Quando chegamos à casa de Laiane, fomos recebidas pela mãe dela, Camélia Soares, uma mulher gentil e sempre atenciosa.— Olá, meninas. Que bom ver que minha filha tem amigas de verdade. — disse Dona Camélia, com um sorriso caloroso.— Olá, Dona Camélia. Viemos ver como a Laiane está. — respondi, notando a preocupação nos olhos dela.— Ela está trancada no quarto desde ontem e não quer sair. Com tudo o que aconteceu com o namorado, ela está muito abalada. — explicou Dona Camélia, suspirando.— Vamos falar com ela. — Valentina disse, determinada.Dona Camélia nos guiou até o quarto de Laiane e bateu suavemente na porta.— Laiane, querida, você tem visitas. — disse ela, com uma voz gentil.— Não quero ver ninguém! — veio a resposta abafada de Laiane do outro lado da porta.— São suas amigas, Laiane. — insistiu Dona Camélia.Houve um momento de silêncio antes da porta se abrir lentamente. Laiane nos viu e, sem hesitar, pulou no nosso pescoço, abraçando-nos fortemente. Podíamos sentir o qu
Anthonella Fagundes Lancaster Equilibrar a vida profissional com a criação de quatro filhos é uma loucura, ainda mais com Jhonathan que às vezes se comporta como uma criança. Tem vezes que penso que o tempo não passou para ele. Infelizmente, Berenice se aposentou após a perda de Aloísio, seu marido, e depois de três secretárias, finalmente parece que Jhonathan contratou uma boa secretária.— Senhora Lancaster, venha até a minha sala, por favor. — Jhonathan disse assim que atendi a ligação.Me levantei e fui até a sua sala. Ele fez um sinal para que eu me aproximasse e sentei ao seu lado.— O que precisa, senhor Lancaster?— Meu amor, acabei de receber a ligação da minha mãe. Jimmy vai se formar e ela quer a nossa presença.— Ficaremos quantos dias fora? MaFê tem seus treinos e a faculdade, Gustavo tem escola. Não sei se eles poderiam se ausentar.Pensamos por um breve momento e decidimos que levaríamos os dois menores e deixaríamos Gus e MaFê sozinhos, mas Jhonathan não gostou muito
Maria Fernanda F. LancasterEstávamos na entrada da faculdade, Valentina e eu, esperando Laiane. O dia estava lindo, o sol brilhava, e o clima estava perfeito para aproveitar o tempo com as amigas. Valentina estava ao meu lado, conferindo as mensagens no celular.— Lá vem ela! — Valentina apontou para Laiane que vinha caminhando apressada.Quando Laiane se aproximou, Valentina e eu a carregamos animadamente em direção à cafeteria.— Vamos lá, você precisa se preparar para hoje à noite. — eu disse, sorrindo.— O que tem hoje à noite? — Laiane perguntou, confusa.— Um jantar da ONG Fundação Anthonella Fernanda. Você está convidada. — expliquei, com entusiasmo.— Sério? Que legal! Meu pai faz negócios com uma empresa parceira dessa ONG, então já íamos mesmo. — Laiane respondeu, surpresa.— Vai ser ótimo ter você lá. — Valentina disse, piscando.Nos acomodamos em uma mesa na cafeteria, pedimos nossos lattes e começamos a conversar sobre o jantar e como seria divertido. Depois de um tempo,
Dois meses se passaram desde aquele jantar maravilhoso da ONG. A vida continuou corrida como sempre, entre as aulas e os treinos. Hoje, meus pais estavam viajando para Nova Iorque com AnaFê e Anthony, deixando Gustavo e eu em casa. Antes de saírem, meu pai fez questão de deixar uma lista de exigências para garantir que tudo corresse bem enquanto eles estivessem fora.Eu estava no meu quarto, revisando a lista de coisas que meu pai havia anotado, quando ouvi batidas na porta. Era Gustavo, com um olhar de aborrecimento.— MaFê, sério, essa lista do papai é demais. — ele disse, entrando no meu quarto sem esperar uma resposta.Olhei para ele, tentando não rir.— Gustavo, você sabe como o papai é preocupado com a gente. Ele só quer garantir que tudo corra bem. — expliquei, dando de ombros.— Mas olha isso! "Não sair de casa após as cinco, Uma hora de videogame, manter o quarto arrumado..." — ele começou a ler a lista em voz alta, com um tom de exagero.— E ele tem razão. Você conhece o pap
Depois que resolvemos a situação com Bianca, nos acomodamos no meu quarto e começamos a conversar animadamente sobre tudo e nada. Estava sendo uma noite divertida, mas eu sabia que a qualquer momento o assunto poderia mudar para algo mais pessoal. E foi exatamente o que aconteceu.— Gente, como foi a primeira vez de vocês? — Laiane perguntou, do nada, com um sorriso maroto no rosto. — O meu foi constrangedor. — O meu também, a camisinha entrou e precisei ligar para MaFê e pedir ajuda, lembra disso amiga? — Val e Laine gargalhavam. Senti meu rosto esquentar instantaneamente. Era um assunto que, honestamente, eu evitava pensar. Valentina percebeu minha reação e interveio rapidamente.— Lai, vamos mudar de assunto, a MaFê está ficando vermelha. — ela disse, rindo.Laiane olhou para mim e riu também.— Desculpa, MaFê. Mas, sério, você nunca sente vontade de... sabe... fazer sexo? — ela perguntou, curiosa.— Não, não sinto. — respondi, tentando soar casual.— Uau, você é B.V? — Laiane pe
— Ai, essa é boa! — Valentina exclamou. — Vou começar. Uma vez, no ensino médio, eu soube que o garoto que eu gostava iria participar de uma peça da escola. Então, me voluntariei para ser assistente só para ficar perto dele. No final, acabei tropeçando no palco e derrubando o cenário inteiro. Foi horrível!— Val, isso é clássico! — eu disse, rindo. — Minha vez. Eu estava na sexta série e gostava de um menino chamado Luiz. Descobri que ele adorava bolo de chocolate, então pedi a tia Joyce para fazer um bolo e levei para a escola. Estava no pátio quando Luiz veio correndo, ele me empurrou e acabei caindo em cima do bolo e fiquei toda suja de chocolate, então a paixão acabou em dois tempos. — contei, lembrando e rindo.— Ok, a minha vez. — Laiane começou, tentando não rir. — Eu gostava de um garoto do meu condomínio, então decidi fazer um piquenique no parque para impressioná-lo. Levei tudo bonitinho, só que esqueci de fechar a tampa da garrafa de suco direito. Quando fui pegar, o suco d
Gustavo Fagundes Lancaster Achei que seria chato ficar com a minha irmã, pois Maria Fernanda é sempre chata e certinha, mas é o oposto disso, ela não fica me enchendo o saco, só confirma se eu fiz o combinado e depois está de boa.Minha irmãzona sempre apoia tudo que quero fazer. Muitas pessoas reclamam por ter uma irmã mais velha, mas eu não reclamo, porque ela é legal.As maiores incentivadoras para que eu continue a cozinhar são elas. Meu pai, no início, queria que eu assumisse a empresa igual a ele, mas percebeu que meu talento era para outra coisa. Eu amo cozinhar e não mudaria isso. Até quando alguma invenção minha não fica boa, elas me incentivam a continuar.— Gus, no que está pensando? — Rúbia perguntou.— Nada demais, vamos jogar. Que tal chamar o nosso squad?— Vou chamar eles agora, Rú. Logo, nosso squad, Os Gamelões, estava completo e prontos para a ação. Começamos a jogar e logo estávamos todos concentrados na tela, trabalhando em equipe para ganhar. E ganhamos! Foi um
Enquanto ele preparava os ingredientes, comecei a pensar em como nossa relação tinha mudado nos últimos anos. Gustavo tinha crescido tanto, não só fisicamente, mas também como pessoa. Ele era talentoso, dedicado e, acima de tudo, um irmão incrível.— MaFê, me passa a essência de baunilha? — ele pediu, interrompendo meus pensamentos.— Claro. Aqui está.Trabalhamos juntos na receita, rindo e conversando. O aroma dos cookies logo invadiu a cozinha, e eu não pude deixar de sentir um calor no coração. Essas pequenas coisas, esses momentos simples, eram o que realmente importava.— Pronto! — Gustavo anunciou, tirando a primeira fornada de cookies do forno. — Esses são os melhores que já fizemos.— Concordo! — disse, pegando um cookie e dando uma mordida. — Estão deliciosos.Passamos o restinho da tarde na cozinha, experimentando novas receitas e aproveitando a companhia um do outro. Quando a noite caiu, estávamos exaustos, mas felizes.— Gus, você é realmente talentoso. Nunca pare de fazer