— Ai, essa é boa! — Valentina exclamou. — Vou começar. Uma vez, no ensino médio, eu soube que o garoto que eu gostava iria participar de uma peça da escola. Então, me voluntariei para ser assistente só para ficar perto dele. No final, acabei tropeçando no palco e derrubando o cenário inteiro. Foi horrível!— Val, isso é clássico! — eu disse, rindo. — Minha vez. Eu estava na sexta série e gostava de um menino chamado Luiz. Descobri que ele adorava bolo de chocolate, então pedi a tia Joyce para fazer um bolo e levei para a escola. Estava no pátio quando Luiz veio correndo, ele me empurrou e acabei caindo em cima do bolo e fiquei toda suja de chocolate, então a paixão acabou em dois tempos. — contei, lembrando e rindo.— Ok, a minha vez. — Laiane começou, tentando não rir. — Eu gostava de um garoto do meu condomínio, então decidi fazer um piquenique no parque para impressioná-lo. Levei tudo bonitinho, só que esqueci de fechar a tampa da garrafa de suco direito. Quando fui pegar, o suco d
Gustavo Fagundes Lancaster Achei que seria chato ficar com a minha irmã, pois Maria Fernanda é sempre chata e certinha, mas é o oposto disso, ela não fica me enchendo o saco, só confirma se eu fiz o combinado e depois está de boa.Minha irmãzona sempre apoia tudo que quero fazer. Muitas pessoas reclamam por ter uma irmã mais velha, mas eu não reclamo, porque ela é legal.As maiores incentivadoras para que eu continue a cozinhar são elas. Meu pai, no início, queria que eu assumisse a empresa igual a ele, mas percebeu que meu talento era para outra coisa. Eu amo cozinhar e não mudaria isso. Até quando alguma invenção minha não fica boa, elas me incentivam a continuar.— Gus, no que está pensando? — Rúbia perguntou.— Nada demais, vamos jogar. Que tal chamar o nosso squad?— Vou chamar eles agora, Rú. Logo, nosso squad, Os Gamelões, estava completo e prontos para a ação. Começamos a jogar e logo estávamos todos concentrados na tela, trabalhando em equipe para ganhar. E ganhamos! Foi um
Enquanto ele preparava os ingredientes, comecei a pensar em como nossa relação tinha mudado nos últimos anos. Gustavo tinha crescido tanto, não só fisicamente, mas também como pessoa. Ele era talentoso, dedicado e, acima de tudo, um irmão incrível.— MaFê, me passa a essência de baunilha? — ele pediu, interrompendo meus pensamentos.— Claro. Aqui está.Trabalhamos juntos na receita, rindo e conversando. O aroma dos cookies logo invadiu a cozinha, e eu não pude deixar de sentir um calor no coração. Essas pequenas coisas, esses momentos simples, eram o que realmente importava.— Pronto! — Gustavo anunciou, tirando a primeira fornada de cookies do forno. — Esses são os melhores que já fizemos.— Concordo! — disse, pegando um cookie e dando uma mordida. — Estão deliciosos.Passamos o restinho da tarde na cozinha, experimentando novas receitas e aproveitando a companhia um do outro. Quando a noite caiu, estávamos exaustos, mas felizes.— Gus, você é realmente talentoso. Nunca pare de fazer
Anthonella Fagundes Lancaster Nova York.— Jhonathan, se você pegar o celular mais uma vez para ligar para alguém lá de casa para saber se as crianças estão cumprindo as suas exigências, vamos ter um problema aqui. — Digo, irritada, enquanto Jhonathan verifica o celular pela terceira vez.— É só preocupação de pai, Anthonella. Apenas isso. Deixamos duas crianças em casa.— Deixamos um pré-adolescente e uma jovem com alma de adulta em casa, então relaxe e confie neles.— Tá bom… Tá bom… vou dar um voto de confiança às crianças. — ele resmungou.Revirei os olhos, sabendo que, apesar de suas palavras, ele provavelmente continuaria preocupado. Deixamos AnaFê e Anthony com meus sogros e resolvemos dar uma saída para explorar Nova Iorque. Eu entendo Jhonathan, ele se culpa por ter perdido quatro anos da vida da Maria Fernanda. Sempre digo que não é culpa dele, mas parece que ele não acredita.Decidimos jantar no famoso Le Bernardin, um restaurante renomado de frutos do mar. O ambiente sofi
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Finalmente recebi uma mensagem do programa "Pequenos Chefes". Li a mensagem umas duas vezes e chamei minha mãe, que veio correndo.— O que houve, filha? Se machucou? — Ela perguntou preocupada.— Não, mulher, relaxa! — digo rindo. — Olha a mensagem.Quando mostrei a ela o e-mail, fizemos uma dancinha animada e nos abraçamos.— Seu irmão vai ficar muito feliz quando souber.— Vamos deixar para dar a notícia pra ele semana que vem, na festa de 11 anos?— Sim, esse vai ser o maior presente de todos. Ai, filha! Já estou vendo a cara do seu irmão surpreso.Passaram-se duas semanas e estávamos nos organizando para a festa de Gustavo. Ele queria uma festa na piscina com churrasco e chamou alguns amigos da escola e do karatê. A casa estava cheia de crianças e o clima era de pura alegria.Valentina e eu estávamos rindo dos amigos do meu irmão, que estavam tentando nos impressionar.— MaFê, aqueles meninos ali não param de olhar pra gente. — Valentina comentou
Camila Olivas Depois que eu perdi tudo e toda a confiança da minha família, me regenerei e estou buscando recuperar minha vida. Estava na Etiópia fazendo trabalho voluntário e vi tanta coisa que me assustei com a miséria daquele lugar. Me juntei a um grupo de missionários e fiz diversas missões, mas estava sentindo falta da minha família, então decidi retornar temporariamente.Estava conversando com Anthonella quando Maria Fernanda chegou, ela me olhou amedrontada e rapidamente saiu para o seu quarto.— Parece que Maria Fernanda ainda tem medo de mim, né? — digo a Anthonella, que assente.— Não podemos culpá-la, minha filha sofreu muito para perder o medo de sair novamente.— Imagino, sinto muito por ser a causadora disso.— Águas passadas, Camila. Então me conte tudo o que você fez na Etiópia.Suspirei, sentindo o peso das memórias.— Foi uma experiência transformadora, Anthonella. Vi tanta pobreza, tanta necessidade. Mas também vi esperança. Trabalhamos em comunidades extremamente
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Quando soube que minha tia havia viajado para Nova Iorque, senti-me muito mais segura. Estava na casa de Laiane quando Pedro Henrique entrou sem ser chamado.— O que você quer aqui, seu chato? — Laiane perguntou, encarando o irmão.— Relaxem! Vim convidar vocês para irem à festa do Patrick na sexta. E não se preocupe, MaFezinha, vai ter refrigerante para você.Revirei os olhos. Odeio quando ele me trata como se eu fosse uma menininha.— Pode levar a sua amiga chata também, Valentina.Despachamos ele e, depois, Laiane insistiu que deveríamos ir para a tal festa e disse que pediria aos meus pais.— Não vou prometer nada, meus pais não gostam muito que eu participe de festas.— Entendo que seus pais são protetores com você. Eu prometo que fico do seu lado e não te deixo beber.— Nem se você me dissesse que eu poderia beber, eu faria isso.— Sentindo falta da Valentina.Expliquei a ela que Valentina foi visitar a família do crush dela, que chegou de viag
Pedro Henrique Soares Maria Fernanda era muito diferente das outras meninas que eu estava acostumado a sair e conhecer. Ela tem paixão pelo que faz, não se intimida por conta dos seus princípios. É admirável.Ela estava dançando na pista de dança quando Jaime se aproximou de mim e ficou a encarando.— Aí, arruma aquela gata pra mim. Tô doidinho pra pegar ela. — Dei um belo de um tapa na cabeça dele, que protestou.— Não fala assim dela. MaFê não é uma menina pra se pegar.— O que aconteceu com o pegador? — Ele perguntou rindo.— Aconteceu porra nenhuma. Vai, vaza!Olhei para ela e para Laiane dançando, pensando num jeito de tirar as duas de lá, mas elas acabaram saindo sozinhas. Puxei as duas para ficar comigo e uns amigos, e elas se enturmaram rápido. Do nada, MaFê perguntou por Bianca. Aquela lá parece um carrapato, não desgruda por nada.Ela ficou com raiva porque não a convidei para vir comigo, e foi bem melhor assim. Ela espera um nível de relacionamento que não quero assumir, p