Quando nos despedimos dos meus pais. Pedro, estava mais sério do que o normal, o que era estranho. — Ainda estou no teste do seu pai? — ele perguntou, assim que entramos no carro.Suspirei, tentando não rir. Pedro sempre ficava um pouco tenso quando se tratava do meu pai, e com razão. Meu pai não fazia questão de esconder que estava observando cada movimento dele.— Sim, ainda está — respondi, tentando ser o mais honesta possível. — Mas relaxa, você está indo bem até agora.Pedro sorriu, embora eu visse que ele ainda estava um pouco nervoso. Gustavo estava no banco de trás, brincando com o celular, alheio à nossa conversa. Laiane e Geovani decidiram ir no carro dele, então ficamos só nós três.Chegamos à pizzaria e passamos um bom tempo escolhendo os sabores, com Gustavo insistindo em pedir a pizza de calabresa, como sempre. Depois, compramos sorvetes e nos sentamos em uma mesa perto da janela, onde conversamos e rimos sobre o jogo e as palhaçadas de Geovani. Pedro e Gustavo também n
Enquanto Laiane e eu conversávamos, vimos Pedro e Geovani se aproximando, ambos com sorrisos maliciosos nos rostos. Algo me dizia que eles estavam tramando alguma coisa.— E aí, meninas, prontas para o fim de semana? — Geovani perguntou, colocando as mãos nos bolsos e balançando as sobrancelhas de forma divertida.— Ainda estamos na segunda, Geovani. Não estou pensando no fim de semana agora — respondi a ele que olhou para Pedro. — Mas é que sexta-feira vai ter uma festa, e vocês não vão querer perder — Pedro disse, lançando um olhar para Laiane.— Festa de quem? — Laiane perguntou, desconfiada.— Do Pietro, meu amigo. Vai ser na casa dele — Pedro respondeu com um sorriso.Laiane imediatamente revirou os olhos ao ouvir o nome de Pietro. Pelo o que entendi ela e Pietro tinham uma história complicada, cheia de discussões e provocações, eu não conheci esse cara ainda então não sei. — Ah, vai ser legal, Lai! Vamos todos juntos, prometo que vai ser divertido.Laiane hesitou por um moment
Enquanto Pedro e eu caminhávamos pela festa, ele me levou até um grupo onde um cara alto, de cabelo bagunçado e um sorriso travesso estava no centro das atenções. Era fácil perceber que ele era o dono da festa. Quando nos aproximamos, ele virou o olhar para mim e um sorriso astuto se formou em seu rosto.— E aí, Pedro! — ele cumprimentou meu namorado, dando um tapinha em suas costas, antes de direcionar toda a sua atenção para mim. — E quem é essa deusa que você trouxe com você?Senti minhas bochechas esquentarem um pouco com o comentário, mas dei uma risadinha nervosa, sem saber muito bem como responder. Pedro apertou minha cintura levemente, me puxando mais para perto, como se estivesse marcando território.— Pietro, essa é Maria Fernanda, minha namorada — Pedro respondeu, um tom de orgulho em sua voz. Eu sorri para Pietro, tentando manter a compostura.— Namorada, é? — Pietro disse, arqueando uma sobrancelha com um ar de provocação. — Como é que uma gata dessas foi parar com você,
Bianca SalvadorEstava no canto da festa, com um copo de bebida na mão, observando Pedro e Maria Fernanda de longe. A música alta e as risadas ao meu redor não eram suficientes para abafar o desconforto que sentia ao vê-los juntos. Eles dançavam, riam e trocavam olhares cúmplices, como se o resto do mundo não existisse. Cada vez que Pedro tocava MaFê com aquele olhar apaixonado, meu estômago revirava. Eu sabia que meu rosto devia estar refletindo toda a amargura que sentia naquele momento.— Sério, Bianca, você precisa parar de encarar os dois desse jeito. Está ficando feio — a voz de Pietro me tirou dos meus pensamentos. Ele se aproximou, sorrindo de maneira provocativa, claramente se divertindo com a situação.Revirei os olhos e dei um gole na bebida antes de responder. — Não concordo com isso, Pietro. Não consigo aceitar que ele fique com aquela jogadora de quinta. Pedro merece algo melhor.Pietro soltou uma risada debochada, balançando a cabeça como se estivesse rindo da minha i
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Depois do confronto no banheiro com Bianca, respirei fundo e ajeitei meu cabelo antes de voltar para a festa. Não queria que ninguém percebesse que algo havia acontecido. Assim que me aproximei dos meus amigos, Pedro me chamou de volta para a pista de dança. — Ei, MaFê! Vem cá! — ele gritou por cima da música, estendendo a mão para mim com um sorriso que fez meu coração disparar.Sorri de volta e aceitei a mão dele, deixando que me guiasse para o meio da pista. A música vibrava ao nosso redor, e por um momento, todo o estresse que senti anteriormente desapareceu. Dançamos juntos, rindo e nos divertindo, como se fôssemos os únicos ali. Pedro era incrível, sabia como me fazer esquecer de tudo e aproveitar o momento, ele realmente era o rei da festa. A noite seguiu animada, com todos dançando e se divertindo, mas eventualmente, notei que Laiane estava começando a demonstrar sinais de cansaço. Ela tentava disfarçar, mas seus bocejos estavam ficando fre
Pedro Henrique SoaresEnquanto dirigia de volta para casa, Laiane não conseguia conter sua animação. Ela estava no banco de trás, cantando uma música que eu conhecia muito bem.— “Apaixonadinho por você, meu bem...” — Laiane cantava, exagerando na melodia e na voz, me olhando de canto com um sorriso travesso.Revirei os olhos e balancei a cabeça, tentando não rir. — Laiane, para com isso. Que bobeira.Ela gargalhou, claramente se divertindo às minhas custas. — Ah, qual é, Pedro! Dá pra ver que você tá todo apaixonado. Não precisa disfarçar!Geovani, que estava ao seu lado, só observava a cena, tentando segurar o riso. Laiane continuava cantando a plenos pulmões, e sabia que ela não ia parar tão cedo. Então, tive uma ideia.Olhei para Geovani com um sorriso malicioso no rosto. — Sabe, Geovani, a Laiane adora zombar dos outros, mas ela não conta as histórias dela, né?Laiane parou de cantar imediatamente e me olhou desconfiada. — Pedro, nem pensa em...!— Ah, mas eu penso sim —
Maria Fernanda Fagundes LancasterAcordei e fiz as minhas higienes, escolhi uma roupa e fui até o quarto da minha irmã que havia me intimado a sair com ela hoje. — Ana Fernanda — chamei, batendo de leve na porta entreaberta.Ela se virou na cama, sonolenta, e piscou algumas vezes antes de entender o que estava acontecendo. — Vamos sair mesmo? — perguntou, a voz ainda grogue de sono e sorri. — Vamos sim! Levanta, preguiçosa.Ana Fernanda sorriu de volta, animada, e pulou da cama com uma energia que eu invejava às vezes. Ela correu para o guarda-roupa, já começando a escolher o look perfeito para a nossa saída. Sabia que não seria algo rápido, então me encostei na parede e esperei enquanto ela experimentava uma roupa após a outra, sempre buscando a combinação perfeita.Depois de um tempo, ambas estávamos prontas. Desci as escadas já arrumada e encontrei minha mãe, sentada no sofá com Anthony no colo. Ela me olhou com aquele sorriso caloroso que sempre fazia meu coração aquecer.— O
Me despedi dele mais uma vez, e então pedi ao Seu Valdo que me levasse ao bar. Ele, como sempre gentil e atencioso, prontamente concordando. — Claro, senhorita. Vamos ao bar — disse ele, enquanto entrávamos no carro. No caminho, aproveitei para pensar um pouco sobre tudo o que havia acontecido. Bianca, Pedro, minha família… Era muito para processar, mas o bar da minha mãe sempre foi um lugar onde eu conseguia relaxar e esquecer os problemas por um tempo. Além disso, estar com a minha tia era sempre reconfortante. Quando chegamos ao bar, fui recebida com uma alegria contagiante. Mamãe parecia animada ao me ver, seu sorriso iluminando o ambiente. — MaFê! Que bom que você veio! — disse ela, me puxando para um abraço apertado. Logo depois, minha tia também apareceu, e me envolveu em um abraço caloroso. — Querida! Estava com saudade de você! — disse ela, apertando-me com força. Eu ri, gostando daquela sensação familiar e acolhedora. — Também estava com saudades, tia. Embora tenh