— Eu concordo completamente, senhor — disse com sinceridade. — E vou trabalhar todos os dias para ser essa pessoa.Ele se levantou lentamente, indicando que a conversa estava chegando ao fim. Eu me levantei também, um pouco mais confiante, mas ainda consciente do peso das suas palavras.— Pode ir agora — disse ele, com um leve aceno de cabeça. — Acho que temos um jantar para terminar.Assenti, agradecendo silenciosamente por ele ter sido honesto e, de certa forma, até mesmo justo comigo. Caminhei em direção à porta, mas antes de sair, virei-me para ele mais uma vez.— Obrigado, senhor Jhonathan. Prometo que vou cuidar bem da Maria Fernanda.Ele não respondeu imediatamente, mas quando o fez, foi com um tom mais suave.— Espero que sim, Pedro. Por enquanto, você tem minha atenção. Não me faça mudar de ideia.Com isso, saí do escritório, sentindo que, embora a batalha estivesse longe de ser vencida, pelo menos havia dado um passo importante. Sabia que o verdadeiro desafio seria continuar
Depois que terminamos de retirar a mesa e lavar a louça, Anthonella e eu nos encostamos no balcão da cozinha, rindo de uma história engraçada que eu tinha acabado de contar. Ela tinha uma risada fácil e contagiante, algo que certamente passava para a Maria Fernanda. Eu estava começando a entender de onde a leveza e o bom humor da MaFê vinham.— Pedro, me conta um pouco mais sobre sua família — Anthonella disse, depois que nossas risadas diminuíram. — Eu sei que você tem uma irmã, mas e seus pais?Eu respirei fundo, pensando por onde começar. Não era um assunto que eu costumava abordar com frequência, mas Anthonella tinha uma maneira de fazer com que as pessoas se abrissem.— Meus pais são pessoas boas e ocupadas. — comecei, sorrindo ao lembrar deles. — Meu pai tem uma empresa voltada para a engenharia e minha mãe tem uma galeria de arte. — MaFê mencionou que você tinha um irmão gêmeo? — ela perguntou, com um tom mais suave, quase hesitante.Senti um aperto no peito ao ouvir a pergun
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Acordei animada no dia seguinte. Hoje era o grande dia do jogo, e uma sensação de confiança me preenchia. Eu sabia que sempre me disseram que excesso de confiança podia ser arriscado, mas hoje, algo me dizia que sairíamos campeãs. Desci as escadas com um sorriso no rosto, mas quando vi meus pais conversando na cozinha, percebi que algo estava errado. Assim que eles me notaram, ficaram tensos, e isso só aumentou minha desconfiança.— Bom dia, filha! Dormiu bem? — Minha mãe perguntou, tentando sorrir, mas dava para ver que algo a estava preocupando.— Dormi sim, obrigada. — Respondi, observando-os atentamente.— Parece que você está animada para o jogo de hoje. — Meu pai comentou, mas o sorriso que me deu não era o de sempre.— Está acontecendo alguma coisa que eu não estou sabendo? — Perguntei, olhando de um para o outro, tentando entender o que estava acontecendo.— Não, filha, só coisas de trabalho. — Meu pai respondeu, mas seu tom de voz não era to
Quando nos despedimos dos meus pais. Pedro, estava mais sério do que o normal, o que era estranho. — Ainda estou no teste do seu pai? — ele perguntou, assim que entramos no carro.Suspirei, tentando não rir. Pedro sempre ficava um pouco tenso quando se tratava do meu pai, e com razão. Meu pai não fazia questão de esconder que estava observando cada movimento dele.— Sim, ainda está — respondi, tentando ser o mais honesta possível. — Mas relaxa, você está indo bem até agora.Pedro sorriu, embora eu visse que ele ainda estava um pouco nervoso. Gustavo estava no banco de trás, brincando com o celular, alheio à nossa conversa. Laiane e Geovani decidiram ir no carro dele, então ficamos só nós três.Chegamos à pizzaria e passamos um bom tempo escolhendo os sabores, com Gustavo insistindo em pedir a pizza de calabresa, como sempre. Depois, compramos sorvetes e nos sentamos em uma mesa perto da janela, onde conversamos e rimos sobre o jogo e as palhaçadas de Geovani. Pedro e Gustavo também n
Enquanto Laiane e eu conversávamos, vimos Pedro e Geovani se aproximando, ambos com sorrisos maliciosos nos rostos. Algo me dizia que eles estavam tramando alguma coisa.— E aí, meninas, prontas para o fim de semana? — Geovani perguntou, colocando as mãos nos bolsos e balançando as sobrancelhas de forma divertida.— Ainda estamos na segunda, Geovani. Não estou pensando no fim de semana agora — respondi a ele que olhou para Pedro. — Mas é que sexta-feira vai ter uma festa, e vocês não vão querer perder — Pedro disse, lançando um olhar para Laiane.— Festa de quem? — Laiane perguntou, desconfiada.— Do Pietro, meu amigo. Vai ser na casa dele — Pedro respondeu com um sorriso.Laiane imediatamente revirou os olhos ao ouvir o nome de Pietro. Pelo o que entendi ela e Pietro tinham uma história complicada, cheia de discussões e provocações, eu não conheci esse cara ainda então não sei. — Ah, vai ser legal, Lai! Vamos todos juntos, prometo que vai ser divertido.Laiane hesitou por um moment
Enquanto Pedro e eu caminhávamos pela festa, ele me levou até um grupo onde um cara alto, de cabelo bagunçado e um sorriso travesso estava no centro das atenções. Era fácil perceber que ele era o dono da festa. Quando nos aproximamos, ele virou o olhar para mim e um sorriso astuto se formou em seu rosto.— E aí, Pedro! — ele cumprimentou meu namorado, dando um tapinha em suas costas, antes de direcionar toda a sua atenção para mim. — E quem é essa deusa que você trouxe com você?Senti minhas bochechas esquentarem um pouco com o comentário, mas dei uma risadinha nervosa, sem saber muito bem como responder. Pedro apertou minha cintura levemente, me puxando mais para perto, como se estivesse marcando território.— Pietro, essa é Maria Fernanda, minha namorada — Pedro respondeu, um tom de orgulho em sua voz. Eu sorri para Pietro, tentando manter a compostura.— Namorada, é? — Pietro disse, arqueando uma sobrancelha com um ar de provocação. — Como é que uma gata dessas foi parar com você,
Bianca SalvadorEstava no canto da festa, com um copo de bebida na mão, observando Pedro e Maria Fernanda de longe. A música alta e as risadas ao meu redor não eram suficientes para abafar o desconforto que sentia ao vê-los juntos. Eles dançavam, riam e trocavam olhares cúmplices, como se o resto do mundo não existisse. Cada vez que Pedro tocava MaFê com aquele olhar apaixonado, meu estômago revirava. Eu sabia que meu rosto devia estar refletindo toda a amargura que sentia naquele momento.— Sério, Bianca, você precisa parar de encarar os dois desse jeito. Está ficando feio — a voz de Pietro me tirou dos meus pensamentos. Ele se aproximou, sorrindo de maneira provocativa, claramente se divertindo com a situação.Revirei os olhos e dei um gole na bebida antes de responder. — Não concordo com isso, Pietro. Não consigo aceitar que ele fique com aquela jogadora de quinta. Pedro merece algo melhor.Pietro soltou uma risada debochada, balançando a cabeça como se estivesse rindo da minha i
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Depois do confronto no banheiro com Bianca, respirei fundo e ajeitei meu cabelo antes de voltar para a festa. Não queria que ninguém percebesse que algo havia acontecido. Assim que me aproximei dos meus amigos, Pedro me chamou de volta para a pista de dança. — Ei, MaFê! Vem cá! — ele gritou por cima da música, estendendo a mão para mim com um sorriso que fez meu coração disparar.Sorri de volta e aceitei a mão dele, deixando que me guiasse para o meio da pista. A música vibrava ao nosso redor, e por um momento, todo o estresse que senti anteriormente desapareceu. Dançamos juntos, rindo e nos divertindo, como se fôssemos os únicos ali. Pedro era incrível, sabia como me fazer esquecer de tudo e aproveitar o momento, ele realmente era o rei da festa. A noite seguiu animada, com todos dançando e se divertindo, mas eventualmente, notei que Laiane estava começando a demonstrar sinais de cansaço. Ela tentava disfarçar, mas seus bocejos estavam ficando fre