A segunda-feira chegou, e depois de uma rotina pesada de treinos no domingo, finalmente era hora de voltar à faculdade. Eu já estava me acostumando a dividir meu tempo entre as aulas e o futebol, mas hoje parecia um dia especialmente cheio. Mesmo assim, estava animada para ver minhas amigas e, quem sabe, relaxar um pouco entre uma aula e outra. Após a aula de fisiologia, Laiane, Valentina e eu decidimos passar na cafeteria da faculdade. O lugar estava relativamente tranquilo, um ambiente perfeito para colocar o papo em dia. Pegamos nossos lanches e nos acomodamos em uma mesa próxima à janela, onde a luz do sol iluminava suavemente o ambiente.— Eu ainda não acredito que você finalmente está namorando, Val. — Disse Laiane, rindo enquanto mordia seu croissant. — O Juliano é mesmo o cara certo para você.— É, eu também não acredito. — Valentina respondeu com um sorriso bobo. — Mas é verdade. Acho que depois de tanto tempo, finalmente encontrei meu príncipe encantado.Eu as ouvia distraí
Jhonathan LancasterO avião cruzava os céus com suavidade, e eu tentava me concentrar nos relatórios da empresa que estavam abertos no meu laptop. Tinha sido um dia agitado, cheio de reuniões, e tudo que eu queria agora era chegar logo em casa e descansar. Contudo, minha mente não conseguia se desligar completamente. Toda a vez que eu viajo me dá um aperto no peito deixar os meus filhos e Anthonella sozinhos, principalmente com a ameaça de Priscila nos rondando. Decidi fazer uma pausa dos relatórios e peguei o celular. A primeira coisa que vi foi uma notificação no instagram. Um novo post havia sido enviado, e pela miniatura, parecia ser algo relacionado a MaFê. Cliquei na imagem, e para minha surpresa, era uma foto da minha filha em uma cafeteria, recebendo um buquê de flores enquanto várias pessoas ao redor aplaudiam e sorriam. Meu coração deu um salto no peito, e uma mistura de emoções tomou conta de mim: surpresa, preocupação, e uma leve pitada de ciúmes. Afinal, era minha filha
Maria Fernanda Fagundes LancasterDepois da conversa que tive com meu pai, subi para meu quarto e ao me jogar na cama peguei meu celular que estava repleto de mensagem dos meus avós, das minhas tias e da tia Joy que estava me parabenizando e dizendo que queria ser uma mosquinha para ver a cara do meu pai quando soubesse. “Meu pai não se estressou, apenas conversou comigo e disse que quer conhecer Pedro.” — A resposta da minha tia não demorou a chegar. “Ele pode parecer tranquilo, mas você vai ver quando o seu namorado foi conhecê-lo, conheço bem o seu pai.” “Ah, tia! Meu pai é um amor, ele é sempre um cavalheiro inglês.” — Minha tia enviou diversos emojis gargalhando. Talvez ela esteja certa, mas eu prefiro acreditar que será tranquilo. “Seu tio, está aqui ao meu lado, me fazendo várias perguntas sobre o seu namorado, além do seu pai, você também tem um tio protetor.” “Então eu sou abençoada por ter pessoas dispostas a me defender e agradeço por isso.” Eu só posso agradecer pel
Pedro Henrique SoaresEu estava indo para a aula no meu prédio, com a cabeça cheia de planos para o intervalo, quando vi Bianca ao longe. Tentei desviar, mas antes que pudesse, ela me viu e veio direto na minha direção. Seu olhar decidido me dizia que aquilo não seria uma conversa agradável.— Pedro — ela começou, com aquele tom de voz que eu conhecia bem, uma mistura de determinação e desafio. — Você e a Maria Fernanda... isso não vai durar.Suspirei, parando de andar e tentando manter a paciência. — Bianca, você precisa seguir em frente. Desejo que você seja feliz, de verdade. Mas eu estou com a MaFê agora e estou muito bem.Ela estreitou os olhos, claramente irritada com a minha resposta. — Você acha que vai suportar ficar com ela por muito tempo? Maria Fernanda não vai fazer as coisas como você gosta, Pedro. Ela não é como eu.Bianca deu um passo à frente, tentando se aproximar, mas eu recuei, mantendo a distância.— Bianca, escuta. Você não é a certa para mim. Nunca foi. Eu e M
Maria Fernanda Fagundes Lancaster O sábado finalmente chegou, e com ele, um nervosismo que eu não esperava. Estava no meu quarto, tentando me concentrar em cada detalhe enquanto me arrumava. Escolhi um vestido azul simples, mas elegante, que eu sabia que Pedro gostava. Cabelo solto, maquiagem leve... tudo estava pronto. Olhei no espelho, respirando fundo. "Você consegue, MaFê", pensei.Desci as escadas, ouvindo a conversa abafada de meus pais na sala. Assim que entrei, vi meu pai, Jhonathan, com uma expressão que poderia fazer qualquer um correr para as colinas. Ele estava com os braços cruzados, a testa franzida e a boca fechada em uma linha fina. Parecia que estava planejando uma guerra.— Jhonathan, desfaz essa cara — minha mãe disse com firmeza, lançando um olhar de advertência para ele.— Pai, por favor, não seja rude — pedi, me aproximando. Já sabia que convencer meu pai a ser amável seria uma tarefa difícil, mas valia a tentativa.Ele olhou para mim, com uma expressão que mist
Pedro Henrique SoaresA tensão no ar era quase palpável enquanto eu seguia Jhonathan pelo corredor até o seu escritório. Cada passo que eu dava parecia ecoar na minha mente, como se o chão estivesse anunciando minha chegada para algo importante. Mesmo com todas as conversas agradáveis e os sorrisos que trocamos na sala de jantar, eu sabia que esse era o momento que realmente importava. O momento em que o pai de Maria Fernanda, o homem que eu admirava por ser um empresário de sucesso e, ao mesmo tempo, temia por ser seu pai protetor, iria me colocar à prova.Assim que entramos no escritório, Jhonathan fechou a porta atrás de nós com um clique suave, mas que para mim soou como um estrondo. Olhei ao redor e percebi que o espaço refletia muito de sua personalidade. As paredes eram adornadas com prateleiras cheias de livros de negócios e troféus de diversas conquistas, e a mesa, grande e imponente, ocupava o centro da sala. Ele gesticulou para uma das cadeiras de frente para sua mesa.— Se
— Eu concordo completamente, senhor — disse com sinceridade. — E vou trabalhar todos os dias para ser essa pessoa.Ele se levantou lentamente, indicando que a conversa estava chegando ao fim. Eu me levantei também, um pouco mais confiante, mas ainda consciente do peso das suas palavras.— Pode ir agora — disse ele, com um leve aceno de cabeça. — Acho que temos um jantar para terminar.Assenti, agradecendo silenciosamente por ele ter sido honesto e, de certa forma, até mesmo justo comigo. Caminhei em direção à porta, mas antes de sair, virei-me para ele mais uma vez.— Obrigado, senhor Jhonathan. Prometo que vou cuidar bem da Maria Fernanda.Ele não respondeu imediatamente, mas quando o fez, foi com um tom mais suave.— Espero que sim, Pedro. Por enquanto, você tem minha atenção. Não me faça mudar de ideia.Com isso, saí do escritório, sentindo que, embora a batalha estivesse longe de ser vencida, pelo menos havia dado um passo importante. Sabia que o verdadeiro desafio seria continuar
Depois que terminamos de retirar a mesa e lavar a louça, Anthonella e eu nos encostamos no balcão da cozinha, rindo de uma história engraçada que eu tinha acabado de contar. Ela tinha uma risada fácil e contagiante, algo que certamente passava para a Maria Fernanda. Eu estava começando a entender de onde a leveza e o bom humor da MaFê vinham.— Pedro, me conta um pouco mais sobre sua família — Anthonella disse, depois que nossas risadas diminuíram. — Eu sei que você tem uma irmã, mas e seus pais?Eu respirei fundo, pensando por onde começar. Não era um assunto que eu costumava abordar com frequência, mas Anthonella tinha uma maneira de fazer com que as pessoas se abrissem.— Meus pais são pessoas boas e ocupadas. — comecei, sorrindo ao lembrar deles. — Meu pai tem uma empresa voltada para a engenharia e minha mãe tem uma galeria de arte. — MaFê mencionou que você tinha um irmão gêmeo? — ela perguntou, com um tom mais suave, quase hesitante.Senti um aperto no peito ao ouvir a pergun