Pedro Henrique SoaresCaminhamos pela praia em direção ao restaurante, todos em um clima mais leve e descontraído. Gustavo e Rubia estavam na frente gritando que estavam com fome.— Se ficarem gritando vão ficar sem comida. — Valentina respondeu fazendo careta. — Deixa eles, Val, são apenas crianças. — MaFê respondeu. — Você que deu a ideia de trazer eles sabe que eles são chatos. — A função de irmã mais velha é essa. Cadê o espírito? — Não tinha paciência nem para brincar de boneca quiçá aturar irmãos chatos. — As duas começaram a “discutir” e resolvemos nem nos meter. O restaurante que escolhemos era um lugar agradável, com uma varanda que dava vista para o mar. Nos acomodamos em uma mesa grande e começamos a discutir o que pedir.— Eu quero uma porção de camarão frito! — Gustavo disse olhando para o cardápio com olhos brilhando.— E uma porção de batatas fritas para acompanhar. — Rubia completou, sorrindo.— Acho que vou de peixe grelhado. — Digo ainda olhando para o cardápio.
— Sente-se aqui, querido. — Disse ela, dando um leve tapinha no sofá ao seu lado.Sentei-me e suspirei profundamente. Minha mãe sempre sabia quando algo importante estava acontecendo.— Então, como foi o seu dia? — Ela perguntou, com um olhar curioso.— Foi bom Laiane não te contou? — Sua irmã me ligou avisando que chegará mais tarde, pensei que você também chegaria mais tarde. — Não, MaFê tem academia e treino amanhã. — Ah sim. O que está pensando filho? Nada demais. — Comecei, hesitando um pouco antes de continuar. — Mas... tive uma conversa séria com MaFê.Ela levantou as sobrancelhas, indicando que estava interessada.— Sobre o quê? — Perguntou ela, sua voz cheia de preocupação e curiosidade.— Falei com ela sobre marcar um almoço com os pais dela. Quero mostrar que estou comprometido, sabe? — Disse, olhando para minhas mãos.— E como ela reagiu? — Minha mãe perguntou, sua voz suave e encorajadora.— Ela disse que ainda não está pronta para assumir um compromisso mais sério.
Sorri, lembrando do dia agradável que passei com Gus, Pedro e os amigos.— Foi um dia muito bom. — Respondi, pegando um pedaço de queijo. — Nos divertimos bastante, andamos pela praia, almoçamos em um restaurante incrível e até brincamos no mar. — E Pedro? — Minha mãe perguntou, levantando uma sobrancelha curiosa. — Como ele se comportou?— Ele foi ótimo, mãe. — Respondi, tentando manter a voz neutra. — Tivemos uma conversa séria no caminho de volta. Ele me perguntou se eu estava pronta para marcar aquele almoço com vocês.Minha mãe e minha tia trocaram olhares de surpresa e curiosidade.— E o que você respondeu? — Minha tia perguntou, com um sorriso malicioso.Suspirei, lembrando do momento tenso no carro.— Eu disse que não sabia se estava realmente preparada para isso. — Admiti, olhando para minhas mãos. — E que precisava pensar.— E o que você sente em relação a ele, MaFê? — Minha mãe perguntou, suavemente. — Você gosta dele?— Eu... acho que sim. — Respondi, hesitante. — Ele tem
O domingo chegou, e o despertador mal tinha tocado quando eu já estava de pé. O sol ainda não tinha aparecido completamente no horizonte, mas eu já estava me preparando para o treino matinal na academia. Coloquei minhas roupas de treino, amarrei o cabelo em um rabo de cavalo e desci as escadas em silêncio, tentando não acordar ninguém.Ao chegar na academia, comecei minha rotina de exercícios, empurrando meu corpo ao limite. Corrida, levantamento de peso, alongamentos... Fiz tudo com dedicação, como sempre, mas hoje parecia que meu corpo estava mais pesado, mais lento. Talvez fosse o cansaço acumulado dos dias anteriores ou o peso das decisões que ainda precisavam ser tomadas, mas, no final, saí da academia sentindo cada músculo do meu corpo reclamando.Após a academia fui para o centro de treinamento onde treinei com as meninas, pois tínhamos um jogo importante pela frente. — Meninas,só mais dois jogos e finalmente iremos poder relaxar e viver. — Hana disse empolgada. — Nem me fale
A segunda-feira chegou, e depois de uma rotina pesada de treinos no domingo, finalmente era hora de voltar à faculdade. Eu já estava me acostumando a dividir meu tempo entre as aulas e o futebol, mas hoje parecia um dia especialmente cheio. Mesmo assim, estava animada para ver minhas amigas e, quem sabe, relaxar um pouco entre uma aula e outra. Após a aula de fisiologia, Laiane, Valentina e eu decidimos passar na cafeteria da faculdade. O lugar estava relativamente tranquilo, um ambiente perfeito para colocar o papo em dia. Pegamos nossos lanches e nos acomodamos em uma mesa próxima à janela, onde a luz do sol iluminava suavemente o ambiente.— Eu ainda não acredito que você finalmente está namorando, Val. — Disse Laiane, rindo enquanto mordia seu croissant. — O Juliano é mesmo o cara certo para você.— É, eu também não acredito. — Valentina respondeu com um sorriso bobo. — Mas é verdade. Acho que depois de tanto tempo, finalmente encontrei meu príncipe encantado.Eu as ouvia distraí
Jhonathan LancasterO avião cruzava os céus com suavidade, e eu tentava me concentrar nos relatórios da empresa que estavam abertos no meu laptop. Tinha sido um dia agitado, cheio de reuniões, e tudo que eu queria agora era chegar logo em casa e descansar. Contudo, minha mente não conseguia se desligar completamente. Toda a vez que eu viajo me dá um aperto no peito deixar os meus filhos e Anthonella sozinhos, principalmente com a ameaça de Priscila nos rondando. Decidi fazer uma pausa dos relatórios e peguei o celular. A primeira coisa que vi foi uma notificação no instagram. Um novo post havia sido enviado, e pela miniatura, parecia ser algo relacionado a MaFê. Cliquei na imagem, e para minha surpresa, era uma foto da minha filha em uma cafeteria, recebendo um buquê de flores enquanto várias pessoas ao redor aplaudiam e sorriam. Meu coração deu um salto no peito, e uma mistura de emoções tomou conta de mim: surpresa, preocupação, e uma leve pitada de ciúmes. Afinal, era minha filha
Maria Fernanda Fagundes LancasterDepois da conversa que tive com meu pai, subi para meu quarto e ao me jogar na cama peguei meu celular que estava repleto de mensagem dos meus avós, das minhas tias e da tia Joy que estava me parabenizando e dizendo que queria ser uma mosquinha para ver a cara do meu pai quando soubesse. “Meu pai não se estressou, apenas conversou comigo e disse que quer conhecer Pedro.” — A resposta da minha tia não demorou a chegar. “Ele pode parecer tranquilo, mas você vai ver quando o seu namorado foi conhecê-lo, conheço bem o seu pai.” “Ah, tia! Meu pai é um amor, ele é sempre um cavalheiro inglês.” — Minha tia enviou diversos emojis gargalhando. Talvez ela esteja certa, mas eu prefiro acreditar que será tranquilo. “Seu tio, está aqui ao meu lado, me fazendo várias perguntas sobre o seu namorado, além do seu pai, você também tem um tio protetor.” “Então eu sou abençoada por ter pessoas dispostas a me defender e agradeço por isso.” Eu só posso agradecer pel
Pedro Henrique SoaresEu estava indo para a aula no meu prédio, com a cabeça cheia de planos para o intervalo, quando vi Bianca ao longe. Tentei desviar, mas antes que pudesse, ela me viu e veio direto na minha direção. Seu olhar decidido me dizia que aquilo não seria uma conversa agradável.— Pedro — ela começou, com aquele tom de voz que eu conhecia bem, uma mistura de determinação e desafio. — Você e a Maria Fernanda... isso não vai durar.Suspirei, parando de andar e tentando manter a paciência. — Bianca, você precisa seguir em frente. Desejo que você seja feliz, de verdade. Mas eu estou com a MaFê agora e estou muito bem.Ela estreitou os olhos, claramente irritada com a minha resposta. — Você acha que vai suportar ficar com ela por muito tempo? Maria Fernanda não vai fazer as coisas como você gosta, Pedro. Ela não é como eu.Bianca deu um passo à frente, tentando se aproximar, mas eu recuei, mantendo a distância.— Bianca, escuta. Você não é a certa para mim. Nunca foi. Eu e M