Eu ainda estava rindo de uma piada que Laiane contou quando ouvi a porta se abrir e Pedro surgir sorrindo. — Como você está, amor? — ele perguntou, se aproximando de mim, mas antes que eu pudesse responder, Laiane tomou a frente. — Ela está ótima, querido, com as melhores amigas do mundo ao lado dela! — disse Laiane, piscando para mim enquanto me jogava um sorriso travesso. Pedro sorriu de canto, ele se virou para as meninas e fez uma pausa dramática. — As melhores amigas do mundo deveriam dar um espacinho para o namorado, não acham? Valentina e Laiane se entreolharam e reviraram os olhos. — Certo, senhor namorado ciumento — Valentina disse, em tom de brincadeira, enquanto pegava o pacote de pipoca. — Vamos deixar vocês dois sozinhos. — Não precisa nos olhar assim irmãozinho, vamos embora. — Laiane completou com um sorriso. Eu ri enquanto elas se despediam de mim com um abraço rápido e sussurravam mais algumas piadinhas antes de finalmente sair. Quando a porta se
A expectativa no ar era palpável enquanto eu me preparava para finalmente tirar o gesso. Sentia um misto de ansiedade e entusiasmo que era difícil de descrever. Era como se uma nova fase da minha vida estivesse prestes a começar, e eu estava ansiosa para deixá-la para trás.Minha mãe estava tão animada quanto eu, se não mais. Ela me acompanhava no hospital, e sua energia era contagiante. Assim que o médico começou a remover o gesso, eu quase não conseguia conter a empolgação.— Finalmente! — Balançei os pés desengonçados enquanto ele terminava o trabalho. — Não vejo a hora de andar normalmente de novo!Mamãe sorriu, seus olhos brilhando com orgulho e felicidade.— Também estou tão animada por você, querida. — Ela me abraçou, apertando-me com carinho.Quando o gesso finalmente foi removido e eu pude me levantar, senti uma onda de alívio e liberdade. Peguei as muletas e, com a ajuda de mamãe, começamos a sair do hospital.— Vamos para a sorveteria? — Ela sugeriu, com um sorriso.— Sim,
Pedro Henrique Soares A noite estava perfeita. A brisa leve e fresca soprava suavemente, e o céu estava claro o suficiente para que as estrelas brilhassem intensamente. Depois do jantar incrível, decidi prolongar um pouco mais nosso tempo juntos, sugerindo um passeio ao parque. MaFê parecia tão animada quanto eu com a ideia, e enquanto dirigia, não conseguia tirar os olhos do sorriso dela. Ela estava feliz, e isso era tudo o que importava para mim.Assim que chegamos ao parque, o ambiente estava tranquilo. Algumas famílias ainda passeavam, e de longe se podia ouvir o som de risadas de crianças, misturado com o leve som das folhas balançando nas árvores. O parque iluminado por postes espalhados estrategicamente criava uma atmosfera ainda mais mágica. Paramos perto da área de balanços, e eu já sabia o que fazer.— Vem, quero te levar para o balanço, — sugeri, saindo do carro rapidamente para ajudá-la.MaFê sorriu para mim com aquele brilho travesso nos olhos, sabia que ela adorava a i
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Dois meses. Dois longos meses de recuperação, consultas e paciência. Mas, finalmente, o dia havia chegado. Saí do consultório médico com um sorriso estampado no rosto e a sensação de liberdade renascida. Eu, Maria Fernanda Fagundes Lancaster, estava oficialmente liberada para começar a fisioterapia e, em breve, me veria de volta aos treinos e à vida que tanto amava.Dei um giro pelo corredor do consultório, o que fez algumas pessoas ao redor rirem, mas eu não me importava. Sentia que um peso enorme havia sido tirado dos meus ombros, e tudo o que eu queria era comemorar. Peguei meu celular no bolso e comecei a pensar em como poderia celebrar esse marco. Foi então que uma ideia surgiu na minha cabeça: uma viagem. Mas não qualquer viagem. Eu queria algo especial, algo para mim e para o Pedro.Lembrei-me de um lugar que uma amiga havia mencionado há algum tempo: um chalé de luxo nas montanhas do Rio de Janeiro, perfeito para momentos românticos. O Dia do
Priscila AlmeidaEstava em casa, deitada no sofá, quando o celular vibrou no bolso da calça. O número não estava salvo, mas eu sabia exatamente quem era. O “amigo” do outro lado da linha não costumava ligar a não ser que fosse necessário. Atendi com um sorriso, já antecipando o que estava por vir.— Fala. — Atendi de forma casual, enquanto me acomodava melhor no sofá.Do outro lado, a voz dele era rouca e urgente.— Tá tudo desmoronando, Priscila. A polícia tá no meu pé, falta pouco pra eles chegarem em mim.Sorri ao ouvir a tensão na voz dele. Era engraçado como alguém que se achava tão esperto estava agora com medo de ser pego.— Relaxa, você sempre foi bom em escapar. Vai dar um jeito. — Minha voz saiu despreocupada, mas eu já começava a planejar o próximo movimento.Ele riu, um riso amargo, sem qualquer traço de humor.— Não tô brincando, Priscila. Isso aqui tá sério. Eu queria acabar com essa história toda antes de ser pego, mas você tá complicando as coisas. Se você vai fazer al
Maria Fernanda Fagundes Lancaster O Dia dos Namorados finalmente chegou. Tinha planejado esse dia com tanto cuidado, e sabia que Pedro ia adorar. Mas, claro, ele não fazia ideia do que estava por vir. Fazia questão de manter tudo em segredo, só para ver a reação dele. Eu estava terminando de me arrumar quando ouvi o barulho da campainha. "Ele já está aqui!" Pensei, sorrindo enquanto terminava de passar o batom. Olhei para o espelho uma última vez, ajeitando o cabelo, e desci as escadas em direção à sala. Assim que cheguei sai do quarto, vi Pedro entrando. Ele estava lindo, como sempre. Vestia uma camisa azul que acentuava seus olhos claros e seu sorriso travesso costumeiro. — Uau, você está... incrível — ele disse, me olhando de cima a baixo, admirando o vestido que eu havia escolhido especialmente para o nosso encontro. Sorri, sentindo minhas bochechas esquentarem com o elogio. Sabia que ele adorava me ver assim, vestida para impressionar, mas hoje o dia era especial, e queria
Quando o carro de seu Valdo finalmente estacionou em frente aos chalés, senti uma onda de excitação tomar conta de mim. Tudo estava perfeitamente planejado, e eu não via a hora de ver a reação de Pedro. Ele olhou ao redor, admirando o lugar, e seu sorriso largo era um reflexo de como aquele lugar já o impressionava. — Que lugar maravilhoso é esse? — Ele perguntou, com os olhos brilhando de curiosidade. Sorri de volta, segurando o mistério por mais um instante. — Você ainda não viu nada, Pedro. Seu Valdo saiu do carro e foi direto para o porta-malas, pegando as nossas malas. Ele as colocou no chão e se aproximou de nós, com aquele sorriso acolhedor de sempre. — Só me ligar se precisarem de algo, ou quando quiserem ir embora — ele disse gentilmente, me lançando um olhar de preocupação, como um segundo pai. — Pode deixar, seu Valdo, muito obrigada — respondi, sentindo gratidão pelo cuidado dele. Ele sempre cuidava de mim como se fosse parte da família. Após se despedir, ele
A taça de champanhe ainda estava ao lado da cama, mas o calor que eu sentia nada tinha a ver com a bebida. Era o toque de Pedro que me fazia perder o fôlego, a forma como seus lábios se moviam sobre os meus, numa mistura de desejo e ternura que eu jamais tinha experimentado antes. Minhas mãos estavam em seus cabelos, e ele me puxava para mais perto, como se tentássemos nos fundir em um só. O quarto desaparecia, junto com qualquer barulho externo. Tudo o que eu ouvia era o som do nosso respirar entrecortado e o bater acelerado do meu coração. Nos separamos por alguns segundos para recuperar o fôlego. Pedro encostou sua testa na minha, e ficamos ali, com os olhos fechados, sentindo o momento. — Você tem certeza, minha linda? — Ele repetiu com um tom suave, mas intenso, como se quisesse ter certeza absoluta de que eu estava confortável. Abri os olhos e encontrei os dele, que me encaravam com um brilho cheio de amor e apreensão. A preocupação em seu rosto me derreteu ainda mais. Pe