Quando finalmente pousamos no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, a ansiedade que eu sentia desde o início da viagem transformou-se em pura emoção. Assim que desembarcamos e passamos pela imigração, o ar fresco de Nova Iorque nos envolveu, e a realidade de estarmos finalmente ali nos atingiu em cheio. Valentina não parava de tirar fotos, Laiane olhava tudo com um sorriso no rosto, e eu só conseguia pensar em como aquela viagem seria inesquecível.— Prontas para dominar Nova Iorque? — brinquei, enquanto pegávamos nossas bagagens de mão e nos levantávamos para sair do avião.— Nasci pronta! — respondeu Valentina, com um sorriso confiante.Laiane apenas riu, balançando a cabeça, mas o brilho em seus olhos mostrava que ela estava tão empolgada quanto nós. Seguimos o fluxo de passageiros, descendo as escadas do avião e entrando no terminal. O ar frio da cidade nos envolveu assim que saímos para o saguão de desembarque, e um arrepio percorreu minha espinha, não só por causa do frio, ma
Acordei cedo no dia seguinte, como de costume, embora a empolgação da viagem tivesse me feito dormir um pouco menos. O frio fresco de Nova Iorque ainda estava presente, mesmo dentro da casa aconchegante dos meus avós. A manhã prometia ser animada, e eu estava ansiosa para explorar a cidade com minhas amigas. Valentina e Laiane ainda estavam na cama quando eu decidi levantar e ir para a cozinha.Desci as escadas com calma, tentando não fazer barulho para não acordar as meninas. A casa estava silenciosa, exceto pelo suave som de alguma música clássica tocando ao fundo. O aroma de café fresco preenchia o ar, e eu segui o cheiro até a cozinha.Ao entrar, encontrei meus avós já à mesa, desfrutando de um café da manhã leve. Emma estava com um vestido florido e um avental, preparando mais algumas iguarias para a mesa. Vovô estava relaxado em uma cadeira, folheando um jornal com um café preto ao lado. Nem sabia que ainda existiam jornais impressos. — Bom dia, vovó! Bom dia, vovô! — Cumprimen
O carro parou em frente à primeira loja, e eu mal conseguia conter minha empolgação. Nova Iorque tinha uma energia única, e eu me sentia parte desse mundo vibrante enquanto descia do carro ao lado de Valentina e Laiane. Entramos na loja, que exalava luxo e elegância. As vitrines exibiam roupas e acessórios que pareciam saídos diretamente de um editorial de moda. Eu não sabia nem por onde começar, mas Valentina já estava com um foco claro. Ela se dirigiu direto para uma arara cheia de calças de grife.— Gente, olha essa calça! — Valentina segurou uma peça de jeans que parecia ter sido feita sob medida para o Juliano. — É a cara dele, preciso comprar!Laiane e eu nos entreolhamos e começamos a rir. Valentina sempre tinha esse jeito decidido de fazer as coisas, especialmente quando se tratava do namorado.— Val, você não perde tempo mesmo, hein? — Laiane brincou, dando um leve empurrão nela. — Já tá querendo deixar o Juliano mais estiloso do que ele já é.— Só não vai querer que ele use
Pedro Henrique SoaresJá se passou uma semana desde que MaFê viajou, e sinto como se uma parte de mim tivesse ido junto com ela. As manhãs parecem intermináveis, o trabalho se arrasta e, honestamente, até as provocações de Laiane estão fazendo falta. Nunca pensei que diria isso, mas a presença irritante da minha irmã tem algo de reconfortante. Sem ela por perto, a casa parece um pouco vazia, e me pego pensando nas nossas discussões bobas com uma saudade inesperada.No escritório, o dia se arrasta. Os papéis parecem se acumular, e mesmo que eu tente me concentrar, minha mente continua voltando para MaFê. Lembro-me dos nossos momentos juntos, das risadas e da sensação de tê-la ao meu lado.Quando finalmente chega a hora do almoço, encontro os caras no restaurante. A conversa começa animada, e Geovane não perde a oportunidade de falar sobre o que está por vir.— Cara, esse sábado vai ser top! — Geovane diz com entusiasmo. — Meu amigo está organizando uma festa no rooftop. A vista da cida
Já era sábado à noite, e eu me encontrava em uma festa com Geovane e Juliano. Quando os caras sugeriram vir para cá, eu hesitei um pouco. Não que eu não goste de uma boa festa, mas com MaFê longe, parecia estranho me divertir sem ela. No entanto, Juliano foi bem direto ao me chamar de “meio mariquinha” e me convencer de que eu precisava relaxar um pouco, curtir o momento. Acabei cedendo e, no fim, me empolguei com a ideia. A festa estava a todo vapor, com música alta e gente por toda parte. A casa era enorme, cheia de pessoas que eu não conhecia, mas que claramente estavam aproveitando a noite. Estávamos dançando animados quando uma menina se aproximou de Geovane e ele negou. — Desculpe, não sabia que você tinha vindo com seu namorado. — Ela disse simpática e antes que Geovane pudesse dizer alguma coisa ela se afastou. — Ah, pronto! Agora estão achando que somos namorados. — Juliano balançou a cabeça de maneira negativa. — Pois é, aí quebra a “firma”. — Geovane respondeu. — Sem
O domingo amanheceu com aquele típico sol preguiçoso. Eu estava deitado na cama, olhando para o teto e pensando na conversa que tive com MaFê na noite anterior. A ideia de ela ir a uma balada me deixava com uma pontinha de ciúmes, mas eu confiava nela. Mesmo assim, o pensamento não saía da minha cabeça.Resolvi ligar para Laiane, e saber como a doida da minha irmã estava.— Alô? — Laiane atendeu no segundo toque, com uma voz animada.— Bom dia, irmã. Como está a viagem? — Perguntei, tentando parecer casual.— Ah, está maravilhosa! Essa cidade nunca decepciona. — Ela respondeu com entusiasmo e os avós da MaFê são uma figura. — Fico feliz que estejam se divertindo. — Respondi, preparando o terreno para o que realmente queria dizer. — Mas você podia parar de incentivar minha namorada a ir para baladas, né?Do outro lado da linha, ouvi Laiane rir, e sabia que ela estava se divertindo com a situação.— Ah, Pedro! Está com medo que a MaFê arrume coisa melhor por aqui? — Ela provocou.— Par
Cheguei ao apartamento do Juliano um pouco antes do combinado. O lugar já estava com uma bagunça típica dos nossos encontros. Latinha de refrigerante e cerveja aqui, sacos de pipoca ali e, claro, Geovane já estava largado no sofá, controlando a playlist de músicas que tocava na TV.— Olha só quem chegou! — Juliano gritou da cozinha, enquanto mexia em algo no fogão. — Achei que ia furar.— Nada disso, cara. Estava ansioso para ver qual dorama você escolheu desta vez. — Respondi, jogando minha mochila em um canto e me jogando no sofá ao lado do Geovane.Ele me cumprimentou com um aceno, sem tirar os olhos da tela. Estava tão concentrado na música que tocava que quase não percebeu quando Juliano veio da cozinha com uma tigela de pipoca nas mãos.— Hoje a gente vai assistir a um que eu descobri recentemente. É cheio de ação, fantasia, e tem umas cenas que me lembram aquelas séries de super-heróis que a gente assistia quando era moleque. — Juliano disse, empolgado.— Qual o nome? — Pergunt
Maria Fernanda Fagundes LancasterA noite estava apenas começando quando nós três chegamos à balada em Nova Iorque. O lugar estava lotado, a música pulsava no ar, e as luzes coloridas dançavam sobre a multidão. O ritmo contagiante fez com que esquecêssemos de tudo, e logo estávamos no meio da pista, dançando sem preocupações.Laiane, sempre a mais animada de nós, já tinha arrastado Valentina para o centro da pista, enquanto eu tentava acompanhar o ritmo delas já que a minha perna não está ajudando muito. A sensação de liberdade era incrível, como se não houvesse nada além daquele momento. Estávamos rindo, dançando e simplesmente aproveitando a noite.De repente alguns caras se aproximaram de nós, todos com sorrisos nos rostos. Não demorou muito para que eles começassem a dançar perto de nós, tentando se enturmar. Inicialmente, não nos importamos muito, mas quando um deles tentou se aproximar mais de Laiane, ela rapidamente levantou a mão.— Tenho namorado, desculpa — disse ela, com um