Pedro Henrique SoaresDepois de passar um dia inesquecível ao lado de MaFê e sua família, dirigi de volta para casa com um sorriso inabalável no rosto. A experiência tinha sido melhor do que eu poderia imaginar. Além do carinho de MaFê, tinha sido recebido de braços abertos por toda a família, incluindo o sogrão, que se mostrou mais acolhedor do que eu esperava. O relógio novo que brilhava em meu pulso era uma lembrança física de como o dia tinha sido especial.Assim que estacionei o carro na garagem, desliguei o motor e respirei fundo, deixando que a satisfação do dia inundasse meu peito mais uma vez. Era como se uma nova etapa da minha vida estivesse se abrindo diante de mim, e eu estava pronto para abraçá-la com todo o entusiasmo.Entrei em casa e fui direto para a sala de estar, onde encontrei minha mãe sentada no sofá, lendo um livro, e Laiane deitada preguiçosamente no outro sofá, assistindo a um filme. Quando me viram, ambas levantaram os olhos e sorriram ao me verem entrar.—
Maria Fernanda Fagundes LancasterEstávamos esperando meu pai descer para irmos quando a campainha tocou, assim que abriram a porta, fui surpreendida pela presença de alguém que eu não esperava ver: a tia Camila.Meus irmãos imediatamente a abraçaram, como se ela fosse uma visitante querida que não viam há anos. E, de certa forma, era verdade. Fazia um tempinho que tia Camila não aparecia, e, para mim, a lembrança dela estava entrelaçada com coisas que eu preferia esquecer.Fiquei parada por um momento, observando a cena. A alegria nos rostos dos meus irmãos contrastava com o receio que se alojava no meu peito. Eu sabia que deveria me aproximar e cumprimentá-la, mas havia algo em mim que me mantinha distante. Eu ainda me lembrava de como ela havia se afastado de nossa família em um momento crucial. Naquela época, eu era apenas uma criança, mas as memórias eram vívidas o suficiente para me fazer hesitar em confiar nela novamente.Minha mãe, apareceu na sala logo depois, seguida pelo meu
Com a chegada do novo ano, senti uma mistura de excitação e nervosismo tomar conta de mim. Finalmente, o tão esperado dia de nossa viagem para Nova Iorque havia chegado. Eu, Laiane e Valentina estávamos prontas para embarcar nessa aventura juntas. Era difícil acreditar que logo estaríamos explorando uma das cidades mais icônicas do mundo.Valentina, sempre a mais entusiasmada, estava particularmente empolgada com a ideia de conhecer a empresa do pai dela. Ela não parava de falar sobre como seria incrível ver de perto tudo o que ele construiu.— MaFê, você não acha que vai ser o máximo ver a empresa do meu pai? — Valentina perguntou, com os olhos brilhando de expectativa. — Eu estou tão curiosa para conhecer tudo!Sorri para ela, contagiada por sua animação.— Sim, eu também estou curiosa para ver como é lá — admiti. — Tenho certeza de que vai ser uma experiência incrível. E quem sabe, a gente até aprenda algo novo sobre negócios!Valentina riu, concordando com a cabeça.— Com certeza!
Quando finalmente pousamos no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, a ansiedade que eu sentia desde o início da viagem transformou-se em pura emoção. Assim que desembarcamos e passamos pela imigração, o ar fresco de Nova Iorque nos envolveu, e a realidade de estarmos finalmente ali nos atingiu em cheio. Valentina não parava de tirar fotos, Laiane olhava tudo com um sorriso no rosto, e eu só conseguia pensar em como aquela viagem seria inesquecível.— Prontas para dominar Nova Iorque? — brinquei, enquanto pegávamos nossas bagagens de mão e nos levantávamos para sair do avião.— Nasci pronta! — respondeu Valentina, com um sorriso confiante.Laiane apenas riu, balançando a cabeça, mas o brilho em seus olhos mostrava que ela estava tão empolgada quanto nós. Seguimos o fluxo de passageiros, descendo as escadas do avião e entrando no terminal. O ar frio da cidade nos envolveu assim que saímos para o saguão de desembarque, e um arrepio percorreu minha espinha, não só por causa do frio, ma
Acordei cedo no dia seguinte, como de costume, embora a empolgação da viagem tivesse me feito dormir um pouco menos. O frio fresco de Nova Iorque ainda estava presente, mesmo dentro da casa aconchegante dos meus avós. A manhã prometia ser animada, e eu estava ansiosa para explorar a cidade com minhas amigas. Valentina e Laiane ainda estavam na cama quando eu decidi levantar e ir para a cozinha.Desci as escadas com calma, tentando não fazer barulho para não acordar as meninas. A casa estava silenciosa, exceto pelo suave som de alguma música clássica tocando ao fundo. O aroma de café fresco preenchia o ar, e eu segui o cheiro até a cozinha.Ao entrar, encontrei meus avós já à mesa, desfrutando de um café da manhã leve. Emma estava com um vestido florido e um avental, preparando mais algumas iguarias para a mesa. Vovô estava relaxado em uma cadeira, folheando um jornal com um café preto ao lado. Nem sabia que ainda existiam jornais impressos. — Bom dia, vovó! Bom dia, vovô! — Cumprimen
O carro parou em frente à primeira loja, e eu mal conseguia conter minha empolgação. Nova Iorque tinha uma energia única, e eu me sentia parte desse mundo vibrante enquanto descia do carro ao lado de Valentina e Laiane. Entramos na loja, que exalava luxo e elegância. As vitrines exibiam roupas e acessórios que pareciam saídos diretamente de um editorial de moda. Eu não sabia nem por onde começar, mas Valentina já estava com um foco claro. Ela se dirigiu direto para uma arara cheia de calças de grife.— Gente, olha essa calça! — Valentina segurou uma peça de jeans que parecia ter sido feita sob medida para o Juliano. — É a cara dele, preciso comprar!Laiane e eu nos entreolhamos e começamos a rir. Valentina sempre tinha esse jeito decidido de fazer as coisas, especialmente quando se tratava do namorado.— Val, você não perde tempo mesmo, hein? — Laiane brincou, dando um leve empurrão nela. — Já tá querendo deixar o Juliano mais estiloso do que ele já é.— Só não vai querer que ele use
Pedro Henrique SoaresJá se passou uma semana desde que MaFê viajou, e sinto como se uma parte de mim tivesse ido junto com ela. As manhãs parecem intermináveis, o trabalho se arrasta e, honestamente, até as provocações de Laiane estão fazendo falta. Nunca pensei que diria isso, mas a presença irritante da minha irmã tem algo de reconfortante. Sem ela por perto, a casa parece um pouco vazia, e me pego pensando nas nossas discussões bobas com uma saudade inesperada.No escritório, o dia se arrasta. Os papéis parecem se acumular, e mesmo que eu tente me concentrar, minha mente continua voltando para MaFê. Lembro-me dos nossos momentos juntos, das risadas e da sensação de tê-la ao meu lado.Quando finalmente chega a hora do almoço, encontro os caras no restaurante. A conversa começa animada, e Geovane não perde a oportunidade de falar sobre o que está por vir.— Cara, esse sábado vai ser top! — Geovane diz com entusiasmo. — Meu amigo está organizando uma festa no rooftop. A vista da cida
Já era sábado à noite, e eu me encontrava em uma festa com Geovane e Juliano. Quando os caras sugeriram vir para cá, eu hesitei um pouco. Não que eu não goste de uma boa festa, mas com MaFê longe, parecia estranho me divertir sem ela. No entanto, Juliano foi bem direto ao me chamar de “meio mariquinha” e me convencer de que eu precisava relaxar um pouco, curtir o momento. Acabei cedendo e, no fim, me empolguei com a ideia. A festa estava a todo vapor, com música alta e gente por toda parte. A casa era enorme, cheia de pessoas que eu não conhecia, mas que claramente estavam aproveitando a noite. Estávamos dançando animados quando uma menina se aproximou de Geovane e ele negou. — Desculpe, não sabia que você tinha vindo com seu namorado. — Ela disse simpática e antes que Geovane pudesse dizer alguma coisa ela se afastou. — Ah, pronto! Agora estão achando que somos namorados. — Juliano balançou a cabeça de maneira negativa. — Pois é, aí quebra a “firma”. — Geovane respondeu. — Sem