- Não! – Falei, esperançosa.- Então é a palavra de sua irmã contra a de Danna. E ela não pode ser acusada injustamente. Isto pode levar a um possível processo por calúnia e difamação, que eu mesmo posso entrar contra você, caso ela deseje.- Danna empurrou minha irmã na piscina. O padre Killian é testemunha. – Lourenço disse com altivez.Como Killian podia compactuar com aquilo? Era inacreditável o quanto parecia que ele queria me destruir. Que tipo de padre mentia daquela forma? Ele não me viu empurrando Juliana na piscina.- Então o padre Killian terá que testemunhar isto oficialmente, caso seja movido um processo contra Danna, o que por hora não existe. – Jorge foi passou total confiança no que dizia.- Pelo que sei, você está aqui por causa do desaparecimento de Danna. Como minha prima está viva e sentada aqui no sofá de casa, creio que não há mais nada que possa fazer por aqui, Lourenço – Vanessa foi enfática.Jorge e Calum deram um passo para frente, abrindo espaço para outra p
POV KILLIAN DE ALCÂNTARAFiquei surpreso com a forma como as palavras saíram da minha boca, como se estivesse exigindo dela que ficasse. Quando percebi todos os olhares na minha direção, atordoei-me, como se devesse uma explicação:- Claro que Danna é livre para tomar qualquer decisão. Mas a encontrei quando chegou aqui, há algumas semanas atrás. E há poucas horas soube de tudo que ela fez para salvar uma menina e levá-la de volta em segurança para o orfanato. É visível que temos um amadurecimento... E a possível existência de sentimentos bons – sorri, tentando transparecer o quanto estava satisfeito com a mudança dela, mesmo sabendo que no dia anterior jogou Juliana da piscina. Tentei me livrar de qualquer julgamento pessoal, afinal, eu não era Deus para fazer aquilo – Eu gostaria de convidá-la para trabalhar no orfanato
Danna respirou fundo antes de dizer:- Só espero que quando confie em mim não seja tarde demais.Dizendo aquilo Danna virou as costas e foi para um dos cômodos da casa, fechando a porta.- Ela... Não irá se despedir? – A madrasta perguntou, talvez mais para si mesmo do que para alguém em específico.- Ela não tem capacidade para isto. – A voz do pai saiu fria.- Sim, ela tem – Isla saiu em defesa da sobrinha – Mas você não foi nada amistoso. Vir de tão longe para tratá-la desta maneira?- Foi você que me chamou, Isla! – ele pareceu confuso – Quer que eu trate Danna, como? Ela sempre foi assim... Arredia, ardilosa, mentirosa... E acha que é melhor que todo mundo. Vivi com ela por 22 anos, sendo que 12 destes ela só me deu dor de cabeça. Quer que eu ache que num mês vivendo em Machia minha filha
POV DANNA DAVEPercebi que a luz foi ligada e abri os olhos, com dificuldade. Me dei em conta que tinha adormecido.- Amanheceu? – Perguntei para Vanessa, confusa.- Não, não amanheceu. E por mais que você esteja com a cara de exausta, precisamos conversar.Virei para o lado da parede, sem tirar a cabeça do travesseiro e fechei os olhos, fingindo não ouvir.- Por favor, Danna... Não pode fingir para mim que está tudo bem. Até pode enganar o seu pai, mas não a mim. Sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas sinto que algo está errado. E eu nem sei porque sinto isto tão forte... Mas sinto.Eu não diria a ninguém o que aconteceu porque sabia que não acreditariam. E já tinha pensado um pouco antes de “apagar” na cama e me dei em conta de que tudo havia sido minha culpa.Se eu não tivesse ido ao encontro d
Vanessa me abraçou com força. Correspondi ao abraço, respirando fundo para não sentir o gosto das lágrimas, impedindo-as de cair.- Você poderia ter morrido por conta deste desgraçado! – ela falou enquanto a cabeça descansava no meu ombro e eu sentia suas lágrimas mornas molhando o tecido da camiseta que Jorge havia me emprestado – Seu pai é um dos homens mais influentes do país, Danna. Sabe que Lourenço não ficará impune se Júlio Dave souber a verdade.- Meu pai não acredita em mim!- Basta fazer um exame e comprovar que o que diz é verdade!Puxei o tecido da calça que se acomodava na minha vagina e senti o gosto do vômito vindo na minha boca:- Ainda sinto ele gozando dentro de mim, Vanessa!- Ele não... Usou preservativo?- Tomei uma pílula do dia seguinte antes de vir para c&a
POV KILLIAN DE ALCÂNTARANão sei por quanto tempo fiquei ali, paralisado, tentando concluir se ela era ou não real. Se a tivesse imaginando na minha frente, não seria a primeira vez.Os cabelos estavam desgrenhados e fiquei incerto se chegou a penteá-los. Usava uma camiseta simples e jeans e nos pés um tênis sujo. Ela não tinha maquiagem alguma no rosto. E ainda assim era incrivelmente linda e sexy.Fechei os olhos de novo, respirando fundo. Era difícil compreender o que a minha mente estava tentando fazer comigo. Seria Deus me tentando para saber o quanto eu era forte? Mal Ele sabia que eu era uma rocha e suportava qualquer provação.Ouvi um som e abri os olhos novamente. Ela se aproximava, com uma das pernas parecendo ferida, movendo-se com dificuldade. Percebi os hematomas nos seus braços e o curativo na testa.- Danna?- Esqueci de pedir que não fala
Jamais passou pela minha cabeça que encontrar aquela mulher, no alto da torre da igreja, seria minha possibilidade de ser consumido pelo pecado a luxúria. Bastava eu orar. Eu precisava ir para a igreja e pedir perdão a Deus, orando enquanto meus joelhos aguentassem ficar no chão.Virei as costas e comecei a fazer meu caminho de volta. E rezei intimamente para que Danna não dissesse nenhuma palavra e me deixasse ir.- Não tem coragem de responder a minha pergunta? – Ouvi a voz dela e imediatamente parei, como se meu corpo fosse todo dela e a mente não tivesse mais poder algum sobre mim.- Transaria com ela?Virei-me e respondi, de forma automática:- Não! Eu gosto dela como uma irmã.Danna não demonstrou absolutamente nenhuma reação com a minha resposta. Parecendo querer deixar mais claro que eu não tinha interesse da forma como ela pensava
Por uma parte do caminho ela tentou não me tocar. E aquilo de alguma forma me aliviou. Eu a conduzia com um braço envolvendo suas pernas e o outro as costas. Minha mão repousava abaixo de seu seio, que eu evitada olhar de qualquer forma possível.Até que Danna passou os braços pelo meu pescoço, envolvendo-me de uma forma que me alucinou totalmente. Nunca em toda a minha vida uma mulher teve tanto poder sobre mim. Eu teria realmente gostado de Juliana algum dia? Ou Danna Dave era a primeira mulher que despertava sentimentos verdadeiros no meu coração?A mão esquerda dela alisou levemente minha nuca, enquanto evitávamos trocar qualquer palavra. O dia já estava claro e logo avistei a torre da igreja. Por mais que eu estivesse cansado pelo longo trajeto com ela no meu colo, ainda assim queria que o tempo passasse bem devagar.- Quer... Me contar sobre o acidente? – Perguntei, q