Esperei que Killian subisse totalmente o zíper, sentindo seus dedos mornos nas minhas costas, capazes de com aquele simples toque causar-me um arrepio. Era um momento propício a algo mais íntimo, que se não fosse a frase dele antes ou o estouro do zíper, talvez tivesse acontecido. Suspirei, frustrada com o acontecido. Não era a primeira vez que um vestido “explodia” assim que eu o colocava.Killian começou a rir:- Acho que você não cabe mais nisto.Virei-me na direção dele, vermelha de tanta raiva:- Eu não tenho mais nada largo para vestir! Estou horrível.- Está linda!- Estou péssima! – Continuei, pensando em como ele me via naquele momento.Killian pegou meus ombros e me fez encará-lo:- Você é a mulher mais linda que eu já conheci. E nunca duvide da sua beleza, Danna. E sabe o que é ainda melhor? A sua beleza não está só aqui – desceu a mão vagarosamente pelo meu corpo – Mas principalmente aqui – Voltou com a mesma lentidão, explorando cada centímetro que tocava de forma libidi
Abaixei-me na altura de Alegra e alisei sua bochecha rosada:- O sapato não é a coisa mais linda que já vi – sussurrei – Eis aqui o que acho mais lindo que qualquer coisa. – Toquei seu nariz e ela sorriu.Recebi o abraço mais puro e sincero que já tive o prazer de sentir. Desde que conheci Alegra, que finalmente tinha uma certidão contendo o sobrenome Dave de Alcântara, aquele gesto de amor era diário. E se havia uma coisa na vida que eu agradecia imensamente era o fato de aquela miniatura ter cruzado meu caminho e me ensinado a ser não só mãe, mas uma pessoa com sentimentos que iam além de mim mesma. Senti o bebê mexendo dentro de mim. Não era a primeira vez, já que Vitória havia feito aquilo antes. Mas naquele momento foi mais forte e eu tinha certeza de que Killian e Alegra poderiam sentir também.Levantei-me imediatamente e os dois me olharam, preocupados. Pus a mão no ventre e Killian perguntou:- Danna, está tudo bem?Peguei a mão dele e pus na minha barriga. Encarei seus olhos
TRÊS ANOS DEPOISEra festa do padroeiro de Machia, São Francisco de Assis. Aquele era um evento onde a cidade inteira participava, não faltando um cidadão sequer. E claro que a prefeita estava presente, junto de seu marido e suas duas filhas, Alegra e Vitória. As crianças do orfanato também estavam presentes, como sempre acontecia. A diferença é que há alguns anos atrás contávamos com certa de quase trinta participantes de lá. Atualmente dez crianças ainda moravam no lugar e eu ainda tinha esperanças de que fossem adotadas em breve. Eu inclusive havia começado uma campanha de adoção, estendendo para a capital, recebendo auxílio de meu pai com sua influência junto a pessoas importantes. Killian e eu optamos por não recebermos mais crianças até que praticamente todas estivessem adotadas. Nossa intenção era sempre lhes dar o melhor e para que não pudesse faltar o importante, que era atenção e carinho, era necessário reduzir o número. Oficialmente o orfanato pertencia à Machia, finalme
- Digamos que meu coração tem tentado perdoar. E... Talvez eu consiga. Ele tem tentado provar que se arrepende de seus erros.Maria Cecília veio até mim e logo Killian saiu para juntar-se a meu pai e Nadine. Ela me cumprimentou com um beijo e logo perguntei:- Aquele sorriso para o padre... Tem algum motivo especial? Do que falavam? - Você é bem curiosa! – ela riu.- Sabe que sou. E sei muito bem dos “sinais” sobre mulheres que se interessam por padres.- Deus me livre! – ela fez o sinal da cruz – Mas quem me dera! – riu.Estreitei os olhos, confusa:- Maria Cecília... Se comporte.- Já faz um tempo que não me interesso por ninguém – ela observou – E... Celso é bonito.- Celso? – gargalhei – Não é mais “padre Celso”? Mas que porra, agora entendo porque quer ficar com todas as questões entre prefeitura e igreja!Ela sorriu, olhando para o padre:- Você é esperta, Danna Dave. Mas desta vez demorou a perceber.- Sua filha da puta! – Ri – Vai desvirtuar o padre.- Olha quem falando!- Ma
Senti algo agarrar-se a mim com força e quase caí, me desequilibrando. Olhei o garotinho grudado nas minhas pernas, com aquele sorriso cheio de dentes branquinhos que me faziam lembrar uma piranha, já que o rostinho era pequeno para os tantos dentes que ele tinha na boca. Peguei-o no colo:- Olá, minha miniatura preferida! Ele deu-me um beijo no rosto:- Assustei você, tia Danna? – Gargalhou, ansioso pela minha resposta.Arregalei os olhos:- Nossa, eu fiquei muito assustada! Tanto que quase caí... Você é bom em assustar as pessoas.- Mamãe disse que posso me fantasiar de bicho-papão na próxima festa!Pisquei:- Acho que é uma ótima fantasia. Logo ele balançou as pernas e o soltei, vendo-o sair correndo atrás das meninas. Gabriel também era um garoto especial. E tinha um lugar no meu coração.Vanessa me abraçou:- Semana passada ele era um astronauta. Agora quer ser um bicho-papão. – Balançou a cabeça, rindo.- Maria Cecília, preciso da sua ajuda. – Padre Celso se aproximou, solicit
Assim que saiu o resultado mais esperado da festa, de quem havia feito o melhor bolo, que dentre os jurados tinha o padre Celso, Marialva e a prefeita estava fora, por estar concorrendo, venceu, não surpreendendo ninguém, Juliana Sturman.Revirei os olhos, fazendo pouco caso.- Ano que vem a gente vence, mamãe! – Alegra tentou me convencer, com Vitória no colo.Olhei para Vitória, que saboreava um bolo de chocolate com menta, feito por Juliana:- Ei, traidora! – mordi um pedaço do bolo dela, sentindo o sabor diferente e de certa forma... Bom.- É bom, mamãe! – Vitória pareceu tirar as palavras da minha boca.- Bom não é. Mas não é tão ruim, digamos! – Claro que eu não admitiria que pudesse ser bom.- Mamãe, ano que vem vamos fazer um bolo de chocolate com menta? – Vitória propôs.Olhei em volta e vi todos parabenizando Juliana e a pequena Deise e mencionei:- Ano que vem faremos algo que nunca se ouviu falar... Quem sabe um bolo gigantesco que toda a cidade poderá provar ao mesmo temp
- Por que não? O corpo de Cristo é algo bem fácil de fazer. Porém ninguém votaria naquela coisa sem graça, sem gosto e sem a mínima chance de... Provocar orgasmos. – Comecei a rir.Killian chegou e pôs o braço sobre meu ombro, com o semblante questionador:- Pelo visto estão se divertindo. – Observou.- Estamos lembrando de uns certos biscoitos da biscoiteira. – Foi Juliana quem falou, rindo.Killian pôs uma das mãos no rosto, não contendo o riso:- Deus, foi uma situação bem complicada!Suspirei e disse:- Parabéns, Juliana. Mas aposto que o sabor especial foi obra de Deise. – Alfinetei.- Claro, não tenha dúvida! – ela sorriu – Acho que ela é a parte especial de tudo.- No fim, o que vale não é o sabor do bolo, mas o que vem antes dele, como os ingredientes que vão na massa. – Killian deu sua opinião, certamente remetendo às crianças.- Achei prazeroso fazer o bolo com as minhas filhas – confessei – Adorei a bagunça. Mas perder não é nada bom. Por isso ano que vem seremos competidor
- Amo transar com você – ele gemeu – E amo fazer amor com você! Amo... Estar dentro de você, de um jeito ou de outro.- Eu... Vou gozar... – Miei feito uma gata no cio, deixando meus braços na parede, cravando as unhas nas palmas das mãos ao sentir o espasmo causado pelo clímax, pelo prazer intenso e insano que me era causado cada vez que aquele homem me tocava. Senti seu esperma morno e gostoso dentro de mim, imaginando o sabor que tinha, que eu bem conhecia. Ficamos um tempo ali, abraçados, Killian me segurando pelos quadris, deitando a cabeça no meu ombro, nossas respirações aceleradas, os corações batendo num mesmo compasso, tão enroscados que mais parecíamos um do que dois corpos. - O que... Foi isso? – A voz dele estava ofegante e baixa.- Isto foi... Uma boa foda! – Ri.- Garota má! – ele mordeu levemente meu ombro.- Eu nunca disse que era boa! – provoquei. Saindo do banheiro, nos vestimos e descemos para o jantar. Fazíamos a refeição de forma tranquila e divertida com nos