Pelos príximos dias, Oliver aparecia apenas para ver como ela estava, e sempre quando ela estava dormindo. Não queria mais brigas. A observava por horas, e saia de mansinho, querendo evitar que ela percebesse sua presença de alguma forma. Não queria desistir dela. Não queria deixá-la sozinha naquela casa. Mas estava quebrado. Precisava de alguma forma se recuperar ao menos um pouco. Aquela casa, aquela situação, aquelas lembranças, faziam um mal a ele, que ele não conseguia nem sequer imaginar o quanto. Mas podia sentir. Ele não queria causar mais dor em si ou na esposa, então achou melhor dar um tempo de tudo. Théo o recebeu de braços abertos e ele era muito grato. Se não fosse por ele, estaria... em um hotel. Irritantemente sozinho. E mesmo que fosse bom estar sozinho de vez em quando, ainda assim, sentia a necessidade de ter com quem conversar.
Liam quase não acreditou quando soube. E mesmo que não estivesse de acordo, não disse uma palavra, e Oliver foi grato também por isso. Não precisava de sermão, menos ainda do melhor amigo. Seria pior ter de escutar coisas que provavelmente deveria escutar. Não estava desistindo, poxa, mas precisava de um tempo. Por ele. Por Felicity. Pelo amor que ainda sentia por ela. Se continuasse naquela casa, ele acabaria dizendo coisas que se arrependeria amargamente. Porque por um momento, ele pensou que tinha sido um erro se casar com ele.Por um momento, em meio a dor, em meio as coisas que escutava dela, ele pensou sim que havia sido um erro. Mas ele sabia que tinha sido apenas um pensamento intrusivo de uma pessoa que estava sofrendo dolorosamente. Então saiu de casa no meio da noite a procura de colocar a cabeça no lugar. E pensar em como se recontruir para tentar voltar para a mulher que amava e ajudá-la a superar a dor da perda da filha deles.
Como ele ajudaria ela se ele mesmo não sabia como se ajudar? Poxa, ele nunca sentiu aquilo em toda sua vida. Ele nunca soube como lidar com aquele tipo de sentimento. Ele sempre foi alguém que se negava a sentir qualquer coisa que o deixasse pensativo ou sem controle. Porque ele tinha o mesmo sangue de seu pai. Era igualzinho a ele. E era extremamente orgulhoso. Nunca deixou as pessoas ajudarem ele ou saberem sobre como se sentia na maioria das vezes. Com exceção de seu irmão mais velho, que sempre sabia, mesmo sem escutar uma palavra. Ele simplesmente sabia.
— Você foi vê-la de novo?
Oliver foi recepcionado por Théo assim que entrou na casa dele. Fechou a porta após um suspiro e anuiu, confirmando suas suspeitas. Que não eram mais suspeitas.
— Ela está dormindo.
— O que quer dizer que ela está tomando os medicamentos.
— Ana conseguiu.
— Não é uma surpresa, ela é a única a conseguir algo de Felicity.
Oliver não respondeu, apenas se jogou no sofá.
— Ela está sofrendo, e precisa de uma ajuda que nem você ou qualquer um de nós amigos podemos dar a ela, essa é a verdade.
— Não deveria ser assim.
— Por que? Porque é o marido dela?
— Exatamente.
Os olhos deles se encontraram.
— Eu sou o marido dela e deveria ajudá-la...
— Como vai ajudar sua esposa, se não consegue nem ajudar a si mesmo?
Oliver engoliu em seco, sabendo que o primo estava certo.
— Não estou sendo cruel aqui, estou sendo sincero. A verdade é que os dois estão um caco. Os dois estão sofrendo. Os dois não estão sabendo lidar com o que aconteceu, e é natural, porque vocês... perderam um filho... e um filho muito desejado...
— Théo...
— Eu sei que não gosta de falar sobre ela, mas se continuar evitando isso, não vai conseguir se livrar dessa dor e de tudo que está sentindo. Poxa, você não é um super-homem. Você quer ajudar a todos, mas não ajuda nem a si mesmo, cara. Você se matou por todos esses meses, apenas esperando que tudo melhorasse, e tudo bem, mas agora, é o momento de você pensar em si mesmo. Nos seus sentimentos. Na sua dor. Por você, mas também por sua esposa. A não ser que queira desistir dela.
Oliver se levantou rapidamente.
— Não é isso que que quero.
— Então se levante. E reaja. Porque não é se afogando em luto e dor e sobretudo orgulho... que vai conseguir ter sua vida de volta.
**--**
Felicity não queria dar o braço a torcer, mas começava a sentir falta de alguém na casa. Minto, do marido. Se sentia sozinha demais, e isso a fazia pensar demais. Pensar em besteira. Mas ela tinha culpa nisso. Ela sabia que foi dura e insuportável. E mesmo assim não conseguia confessar nada disso a ele. Ou a mais alguém. Havia sobretudo ali, a mágoa. Nem conseguia entender mais ela. O motivo dela. Só sentia ali dentro de si, em seu peito, cada vez maior. Mas não culpava Oliver de ter ido embora. Não totalmente, claro, porque mesmo que ele achasse que não, ela sabia que ele vinha aparecendo por ali a noite. De vez em quando na madrugada. Ela não queria que ele soubesse que ela sabia. Parecia que ele estava fazendo muito esforço para ela não saber, então ela continuava fingindo que não percebia quando ele entrava no quarto, ficava horas observando-a e depois saía de mansinho. Ele se preocupava com ela mesmo depois de tudo. Ligava para os sentimentos dela apesar de tudo. Se importava... apesar de tudo.
Ela estava sendo cruel, sim. Durante todos aqueles meses, ela foi cruel. Má. Degenerada. A dor a fez ser uma pessoa completamente diferente do que realmente era. Aquela dor a transformou. E ela só percebeu isso tanto tempo depois. Ela teve a coragem de culpá-lo por tudo. Ela teve a coragem de machucá-lo com suas palavras. Ela teve a coragem de assombrá-lo com aquele terrpivel ocorrido. Logo ela, a esposa.
Ele aguentou foi muito, ela pensou.
Se ele a deixasse, ela não o culparia. Se ele desistisse deles, ela não o culparia. Se ele pedisse o divórcio, ela definitivamente o compreenderia, porque não há um ser nesse mundo que aguente o que ele aguentou. E por tanto tempo. Ela não o merecia. E pela forma como estava destruída por dentro, em cacos, ela não achava que conseguiria continuar sendo a esposa dele. Porque ela não era mais a Felicity de antes. Ela era uma casca facilmente quebrável. E que não tinha mais controle de si ou dos próprios sentimentos.
Ah, como ela queria dormir. Apagar. Ter um sono tranquilo.
Sem sonhos.
Sem pesadelos.
Sem pensamentos.
Nenhum deles.
Nada.
Levantou-se rapidamente da cama, angustiada, jogando o edredom fofinho e quentinho para longe de seu corpo, correndo para o cômodo a frente a fim de passar uma água no corpo molhado pelo suor. Fechou os olhos ao sentir a água tocando seu corpo por inteiro, passou as mãos no rosto ao perceber que mais uma vez chorava, soluçou, não conseguindo controlar aquela dor mais uma vez, escorregou o corpo pela parede fria até o chão, sentando-se com os joelhos encostados em seus seios e as mãos ainda no rosto, gritando enquanto colocava tudo que sentia naquele momento para fora.
Mais calma, mas não menos angustiada, saiu do banho vestindo-se uma camisola curta e de algodão, e caminhou até a cama. Antes de se sentar, seus olhos encontraram seus remédios nos quais a antiga Penélope Barone os receitou. Não havia concordado em ir até uma psicóloga, mas a loira tinha uma amiga que prescreveu as receitas.
— Eu não sei o que está sentindo, apenas posso imaginar, porque sou mãe.
Fingiu não ouvir a amiga e continuou a fazer os bolinhos doces; ela fazia muita comida quando estava angustiada. E naquele momento, ela mal conseguia suportar tudo que sentia, mesmo que não estivesse sozinha, mesmo que suas amigas estivessem com ela, mesmo que estivessem ali para apoiá-la.
— Mas eu sei que se enfiar na dor não é o melhor remédio.
E as outras concordavam com Penélope.
— Nós estamos todas preocupadas com você, Felicity.
Não olhou para a antiga Ana Mancini, mesmo que sentisse que ela se aproximava.
— Por favor, pelo seu bem, tome os remédios.
Felicity a ignorou.
— Vão te ajudar.
Olhou para Laura ao ouvir aquelas palavras saindo de sua boca.
— Me ajudar a quê? – Sua voz saiu grosseira. – A superar o fato de eu ter sofrido um aborto? A me esquecer da minha filha?
— Você não vai se esquecer da sua filha. – Diz carinhosamente. – Ela sempre vai estar no seu coração, Feli, você vai se lembrar dela para sempre.
— Sabe o que você está perdendo agora? – Victória finalmente se pronunciou. – Bom, para começar, seu marido. Você está o afastando. E em algum momento, será para sempre, será que não consegue enxergar?Ele nem dorme mais aqui, Felicity.
E se você disser, que é ele que a deixa sozinha, eu vou te bater. Sou sua melhor amiga, mas vou te bater, e te fazer ver que está sendo injusta e ingrata. Porque ele ficou ao seu lado durante todo esse tempo, mesmo sendo culpado constantemente pelo que houve.
Laura olhou para Ana com repreensão.
Ela precisa escutar, Laura. Ela tem que entender a situação, e eu não vou passar mais a mão na cabeça dela. Sua dor é terrível, eu compreendo, e estou do seu lado para o que der e vier, mas não vou... te deixar destrir aquele homem. Não é ele quem te deixa sozinha, é você quem está se deixando sozinha. E amiga, eu não digo isso para te deixar chateada, só quero abrir seus olhos.
Penélope se aproximou de vagar, pegando em uma das mãos da amiga.
— Acha mesmo que Lívia iria ficar feliz em ver a mãe dela se afundar na dor? Ela não é um motivo para você se afugentar no quarto dela ou no próprio, se esquecer das outras pessoas que te amam tanto e criar seu próprio mundinho, ela é o motivo de você se levantar e dizer: eu posso fazer isso, um dia de cada vez, pela minha filha.
Lágrimas desciam pelo rosto de Felicity, mas nem por isso Ino deixou de completar após uma curta pausa.
— Ela é o motivo de você se levantar e lutar, Feli. Lutar para ser feliz, para mudar o que essa tragédia fez com sua vida e a de seu marido. Lutar por seu casamento.
— Acha que é a única que está sofrendo?
Mais lágrimas desceram ao ouvir Laura.
— Oliver também sofre, mas calado, porque não pode nem mesmo dizer o que está sentindo quando você não está ali por ele. Para ele.
Pegou os remédios que a fariam dormir melhor e abriu, enquanto sentia as lágrimas descendo mais e mais por seu rosto. Mal podia respirar por conta daquelas lembranças, da dor que era saber que estava destruindo não só sua própria vida, mas a do homem que ainda amava apesar de tudo. E por isso, fechando os olhos por um momento, derrubou uma quantidade de comprimidos nas mãos e os jogou todos de uma vez dentro de sua boca.
Soltou a respiração devagar, deitando-se na cama.
Agora ela dormiria tranquila, agora ela conseguiria parar de sentir aquela dor horrível na qual a tirava todo o ar de seus pulmões. E dormiria. Finalmente.
Oliver soube que havia algo de errado no instante em que não a encontrou na cozinha, como sempre, fazendo seus bolinhos, cookies ou seja lá o que fosse que não a deixasse agitada por todo o dia. Era cedo, mas nem tão cedo, e por isso imaginou que a encontraria ali, na cozinha, cozinhando, que era o que ela fazia quando estava com a cabeça cheia. Mas não foi o que encontrou ao entrar em casa. Tudo estava escuro quando subiu as escadas, e foi isso que o fez ficar em alerta pela primeira vez. Estranhou quando não ouviu seus passos ou mesmo seus sussurros; porque ela havia passado a falar sozinha desde que tudo aconteceu. Por um momento imaginou que sua esposa estivesse dormindo, mas passava das 8h e ela ainda não havia se levantado, então era impossível. Havia tido uma noite ruim e acabou se atrasando para o trabalho, mas nem por isso deixou de passar ali para vê-la. Ainda que soubesse que a encontraria desperta. Pela primeira vez em dias. Vários dias. Quinze, para ser mais exato. Seguiu
Oliver estava naquela sala de espera, angustiado, esperando por uma notícia e que ela fosse boa. Após chegar com sua esposa em seus braços, gritando desesperado por ajuda, trouxeram uma maca e a levaram, mas aquele não era o hospital no qual trabalhava Agatha Villela, a médica na qual era a chefe dos residentes sua esposa trabalha — a mesma na qual havia sido de sua esposa em sua residência no hospital Villela —, e por isso ligou para a mulher loira, pedindo para que ela comparecesse e cuidasse de Felicity. Sabia que ela era a melhor e naquele momento ele precisava da melhor. Sentia-se um pouco culpado; talvez, se não tivesse dito todas aquelas coisas, ela não tivesse feito o que fez. Ele só pensava na angústia que foi encontrá-la com o pulso fraco, completamente desmaiada sobre a cama, com aquele vidro com poucos comprimidos dentro. Quantos ela havia tomado? Por que ela faria isso sabendo o quanto era perigoso? No que ela estava pensando... E Oliver, que andava de um lado par
E então, após dizer o nome, desligou. Seus amigos também deveriam saber, mas não conseguiria ligar para mais alguém e falar com sua própria boca, então abriu o WhatsApp, abriu o grupo no qual estavam todos os seus amigos, inclusive sua esposa, e digitou rapidamente onde estava, o que havia acontecido, contou que não sabia nada de Felicity ainda e pediu para que não comparecessem, pois seria muito tumultuado; ele não conseguiria suportar naquele momento de tensão, mesmo que soubesse que os amigos seriam gentis. Prometeu notícias e então desligou a tela, dando um longo suspiro em seguida. Tinha medo do que ouviria dos médicos, mas precisava acreditar de que ela ficaria bem – do que aconteceu a pouco, claro, afinal, ela não estava bem emocionalmente e nem sabia se ficaria se não aceitasse ajuda. Não demorou muito para que seu irmão chegasse. Ele sentou-se ao seu lado e ouviu atentamente a tudo que havia acontecido, e assim como imaginou, ouviu que não era sua culpa. Thomy estava sempre
— Eu sinto muito, ele acabou de se transformar em um staf. — Eu não quero saber dele, ou no que ele se transformou ou não, eu quero saber se posso ver minha esposa. – Diz de maneira grosseira, mas não se desculpou, estava irritado por tudo que aconteceu a pouco e preocupado com a esposa mesmo que dissessem que ela estava bem. — A Villela o acompanhará até o quarto dela. E eu estarei de plantão hoje, então caso precise de mim, é só chamar. — Obrigado. – Diz verdadeiramente, antes de olhar para seu irmão. — Vai lá. Eu vou avisar a nossa família e aos seus amigos que ela está bem. O moreno mais novo apenas balançou a cabeça antes de seguir a médica, na qual conhecia a um tempo já que ela havia sido a chefe de sua esposa na época da residência dela no hospital mais renomado daquele país. A mais velha havia pedido desculpas por sua conduta de a pouco, mas Oliver apenas balançou a cabeça; não estava preocupado com as palavras dela ou mesmo se importando, tudo que ele queria naquele mo
— Sabe o que senti quando entrei no quarto e... – Sentiu o nó de antes na garganta. – E a encontrei inconsciente? Como me senti ao te chamar, várias vezes e você não abriu os olhos? Ela mordeu o lábio, sentindo o choro vir da garganta. — Eu pensei que estava morta, Felicity. — Me desculpa. – Sua voz saiu embargada, assim como a dele a pouco. — Não faça mais isso. – Praticamente implorou. – Apenas... não faça, por favor. O silêncio reinou por um tempo. — Eu não estou bem. – Confessou com os olhos lacrimejados. – Eu não sou a melhor pessoa nesse momento, e não consigo ser quem você precisa. Eu não consigo. Estou destruída, completamente. – Ela deu uma pausa dando um baixo soluço, antes de confessar o que jamais havia o feito para ninguém. – Eu sonho com a nossa filha, eu falo com ela, eu vejo ela, Oliver... Ele engoliu em seco. — E eu sei que ela não está... viva. Mas eu penso que sim, então, acredito que estou muito doente. – Confessou entre o choro. – Então, eu acho, que o
Enquanto dirigia até em casa, com o som ligado bem baixinho para ele não acabar dormindo no volante, ele pensava em tudo que houve entre ele e a esposa naqueles meses. E que seriam ainda mais difíceis quando chegasse a data no qual seria o dia que a filha deles nasceria. Não faltavam tantos dias assim, e a chegada o deixava angustiado, então ele imaginava o que sua esposa sentia por pensar no mesmo que ele. Ele gostaria de pensar que ela não se lembraria nem tão cedo, que ela teria outras coisas com o que se preocupar, mas sabia que não era verdade. Ela provavelmente se lembraria naquele mesmo dia ou no máximo no dia seguinte, isso se já não estava pensando nisso quando se virou de costas para ele há alguns minutos atrás. Engoliu em seco e seu corpo se arrepiou por imaginar a dor dela; ele estava sofrendo, muito, mas conseguia controlar isso melhor que ela. A primeira vez que havia chorado após descobrir da perda, havia sido há algumas horas atrás, antes de toda aquela confusão aconte
Chegou ao fim de seu corredor e olhou para a primeira porta do outro, do seu lado direito, e pela primeira vez andou até ela, devagar. Havia uma plaquinha decorativa na qual a amada havia comprado; um cordão cor-de-rosa, várias perolas e um laço delicado enfeitavam toda a forma oval da placa — com exceção do laço, que ficava na ponta de cima —, com estampa floral; ao redor, uma moldura artesanal delicada; no centro havia o nome “Lívia” e ao lado uma linda ursinha princesa na qual tinha um vestidinho cor-de-rosa. Oliver levou um tempo olhando para aquela plaquinha, até que finalmente pegou na maçaneta, girando-a e abrindo a porta minimamente, apenas o bastante para que ele pudesse ver o interior do quarto. Ele encontrou tudo da mesma forma que estava desde que havia sido montado com todo carinho; havia um berço em conjunto com uma cômoda rosa e branca na qual tinha duas gavetas, dois nichos — onde havia uma manta rosa-bebê dobrada perfeitamente e uma caixinha de música na mesma cor — e
Assim que chegou ao condomínio no qual seus pais moravam, não precisou se apresentar, muito menos dizer quem iria visitar; quando o viram, o reconheceram e o deixaram passar. Dirigiu até onde se encontrava a mansão Barbieri e assim que chegou, os portões de aço se abriram para os lados. Estacionou o carro em frente a porta, desceu e o travou, antes de finalmente subir os quatro degraus que o levariam a porta de madeira clara. A porta se abriu não muito depois de apertar a campainha, e então encontrou sua amada mãe a sua frente; ela sorriu assim que percebeu que era o filho mais novo e o abraçou, forte. Pela forma como ela o abraçava, Oliver sabia que ela já estava sabendo sobre o que houve. — Estamos sabendo sobre Felicity. Não era preciso ela dizer, mas o moreno não disse uma palavra. — Como está? Gostaria de não ouvir aquela pergunta, e sua mãe pareceu entender seu olhar, pois logo em seguida tocou seu rosto, mudando de assunto. — Você comeu? — Não, mas... — Então entre, que