Collin*Ela ficou imóvel.O rosto da irmã estava ali, tão próximo, tão familiar... e ao mesmo tempo, tão distante. A última lembrança que tinha dela era um vulto parado ao lado dos pais, observando-a ser levada sem mover um único músculo.O olhar de Colen deslizou por ela, de cima a baixo.E então, ergueu uma sobrancelha.— Como ainda está viva?Collin riu, um som seco e sem humor.— Sorte, talvez.Colen deu um passo à frente, a expressão suavizando.— Ah, irmãzinha... Eu sinto muito. Tentamos ir atrás de você, mas...Estalo.O tapa ecoou pelo cômodo.A cabeça de Colen virou com o impacto, e um silêncio mortal caiu entre elas.A mãe sufocou um grito, levando as mãos à boca, os olhos arregalados em choque.Colen pressionou a palma contra a bochecha avermelhada, o olhar ferido se transformando em pura indignação.— Mas o que diabos...?!— Não venha com suas mentiras para mim, sua vadia.Os olhos de Colen se arregalaram, mas Collin não parou.— Eu me lembro. Me lembro de gritar. De implo
Liam*Ele andava de um lado para o outro no templo, os passos marcando um ritmo tenso contra o chão frio. Tentava rezar para a Deusa Lua, mas sua mente estava em outro lugar.Damon e Caius estavam atrasados.Já fazia mais de um dia.E nada.O peito de Liam subia e descia, os punhos cerrados. Seu lobo estava inquieto, rosnando dentro dele, e o nome de Collin pulsava em sua mente como uma maldição.Foi quando Eve entrou apressada.Liam virou-se num rompante, os olhos tomados por desespero.— Me diga que eles chegaram.A esperança em sua voz era quase dolorosa.Eve apenas balançou a cabeça.— Nenhum sinal.Liam sentiu um gosto amargo na boca.Ele deveria ter ido atrás dela.— Eu devia ter ido atrás dela. — A voz saiu mais para si mesmo do que para Eve.Ela se empertigou, cruzando os braços.— Liam, por que você simplesmente não a deixa ir?Ele se virou para ela tão rápido que Eve recuou um passo.— O quê?— Já parou pra pensar que essa pode não ser a vida dela? Que talvez essa...— Isso
Collin corria o mais rápido que podia, tentando escapar de Caius mas parecia impossível. Ela se jogou para trás de uma árvore grossa, pressionando as costas contra o tronco e segurando a respiração.Collin fechou os olhos, mordendo os lábios para não emitir som algum.Um passo.Outro.Mais um.O rosnado baixo ecoou no ar.E então o ataque veio.Caius saltou contra ela, a força de seu impacto a jogando ao chão brutalmente. O ar escapou de seus pulmões num grito sufocado quando ele a prendeu ali, garras cravadas em seus braços.— ME SOLTA! — ela gritou, lutando com todas as suas forças.Mas ele era maior. Mais forte.Os olhos selvagens de Caius brilharam na escuridão, suas presas à mostra.Um vulto marrom surgiu como um relâmpago.O impacto foi tão brutal que Caius foi arrancado de cima dela, seu corpo lançado contra o solo com violência.Collin ofegou, se arrastando para trás, seus olhos arregalados enquanto via o novo lupino se colocar entre ela e Caius. Um rosnado grave e ameaçador
Quando no escuro da caverna chegaram, Liam a deitou no chão com cuidado e gentileza extrema. O macho se pôs por cima dela, seu corpo quente e pesado. Ele se aproximou, mordendo seu lábio inferior.Marcando-a ainda mais. Seus olhos desceram selvagens por seus seios, ele começou a tirar seu vestido. Queria contemplar seu corpo, saber o que lhe esperava. Quando ela já estava nua, os olhos do macho brilharam como chamas. Ela se sentiaenvergonhada, nunca tinha estado com um homem. Não sabia o que fazer, como agir. Ela sentiu o membro dele ficar ainda mais rígidocontra ela. Ele se pressionou contra seu corpo, afundando o rosto em seu pescoço. — vai ser difícil me controlar, eu quero tanto... Tanto entrar dentro de você com força.— ela encolheu os dedos dos pés. — mas eu não irei machucá-la, eu prometo. — sussurrou lambendo seu pescoço. Lentamente ele ficou sobre os joelhos, e começou a tirar sua calça. Ela lutou contra a vontade de desviar o olhar,queria ver. Queria muito. Quando
Quando a manhã chegou, Collin sentiu um arrepio suave percorrer seu corpo ao despertar. O calor que a envolvia vinha de Liam, que estava atrás dela, o braço firme ao redor de sua cintura, como se a mantivesse presa até mesmo inconscientemente. Ela sorriu de canto, a lembrança da noite anterior queimando sua mente como brasas vivas.Ela se moveu devagar, tentando não acordá-lo, mas foi interrompida por um gemido de dor vindo do outro lado da caverna. O som cortou o ar como uma lâmina, e Liam despertou instantaneamente, os músculos se retesando antes mesmo de abrir os olhos.Sem demora, ambos se ergueram e correram até Damon.— Não tente se levantar — ordenou, a voz carregada de preocupação oculta sob sua rigidez habitual.Damon soltou um suspiro pesado, piscando várias vezes antes de encarar os dois.— Onde estamos?— Em uma caverna, longe o bastante para que Caius não nos encontrasse à noite. Você estava muito ferido para voltarmos direto para a aldeia — Collin explicou, ajoelhando-se
Damon ainda estava ferido quando voltou para casa. O curandeiro fizera o possível, mas seu corpo estava longe de estar recuperado. Quando ele se deitou no sofá, tentando encontrar uma posição menos dolorosa, Eve se aproximou, cruzando os braços.— Por que não vai dormir na cama?Damon ergueu os olhos para ela, confuso.— Porque você não me quer lá.A resposta a atingiu como uma lâmina afiada. Ela engoliu em seco, tentando ignorar o aperto no peito.— Você está ferido.— E você está grávida.Ela cerrou os punhos, tentando manter a paciência.— Damon, estou falando sério. Você precisa de um lugar confortável para dormir, senão nunca vai se recuperar. Vá para a cama. Eu durmo aqui.Damon soltou uma risada curta, sem humor.— De jeito nenhum. Você está grávida, Eve. Você não vai dormir nesse sofá desconfortável enquanto eu ocupo a cama.— Eu ainda posso dormir no sofá…— Não. — A palavra veio firme, definitiva. — Eu vou continuar aqui.Ela revirou os olhos, impaciente. O homem era mais te
Collin despertou sentindo o calor do corpo masculino ao seu redor. Seu corpo ainda estava dolorido, sensível, como se cada parte dela lembrasse do que aconteceu na noite anterior. Ela sorriu, um sorriso pequeno, privado. Moveu-se para se levantar, mas antes mesmo de tentar sair da cama, sentiu os braços dele apertarem ao seu redor.— Onde pensa que vai? — A voz rouca de sono vibrava contra sua pele.Ela riu baixinho.— Tomar um banho. Talvez café. — respondeu, sabendo muito bem que ele não a soltaria tão fácil.Liam deslizou uma das mãos por sua cintura, descendo até os quadris e apertando-os com possessividade.— E se eu não deixar você sair da cama? — murmurou, a voz carregada de desejo, os lábios roçando contra seu pescoço.Collin estremeceu, tentando manter um mínimo de controle.— Então… terei que fugir.Liam soltou uma risada baixa, um som perigoso. Suas mãos seguiram o contorno do corpo dela, parando sobre sua bunda antes de apertá-la com força, trazendo-a ainda mais para ele.
Cada fibra do corpo de Collin tremia. O ar ao seu redor parecia pesado, sufocante.Liam se voltou para ela, os olhos arregalados como se estivesse diante de um fantasma. Suas mãos tremiam ao cerrar os punhos, a tensão em seus ombros revelando a tempestade que rugia dentro dele.Atrás dele, seus lupinos começaram a se reunir, rosnando, prontos para atacar os de Maden. O confronto estava prestes a explodir.Mas nada poderia tê-lo preparado para as próximas palavras.— Que merda você está dizendo, seu maldito sádico?! — Liam cuspiu as palavras, a voz carregada de ódio.Maden abriu um sorriso grotesco, os olhos brilhando com uma diversão cruel.— Estou dizendo a verdade, meu… “amigo”. — A palavra pingava veneno. Então, ele virou o rosto para Collin, observando-a como um predador observa sua presa. — Essa aí ao seu lado… é minha filha.O mundo de Collin girou.Ela sentiu o corpo estremecer, como se cada pedaço de si estivesse se despedaçando.Liam ficou imóvel. Nenhuma palavra lhe veio.—