Collin*A floresta parecia infinita.Ela corria, os pulmões queimando a cada respiração, o coração trovejando no peito. O desespero impulsionava seus passos, mas o medo sussurrava que poderia não ser rápida o bastante.Se a encontrassem antes de sair dali, tudo estaria perdido.O céu começou a clarear. Pequenos raios de sol filtravam-se por entre as copas das árvores, mas antes que pudesse sentir algum alívio, um som cortou o silêncio da manhã.Um uivo. Alto. Estridente.O sangue de Collin gelou.Liam.Por um segundo, seu corpo paralisou. O som reverberou dentro dela, despertando algo que não queria encarar. Mas o tempo não era seu aliado-precisava continuar.Foi então que tropeçou.O chão desapareceu sob seus pés, e antes que pudesse reagir, sentiu-se mergulhando em algo frio e espesso. A lama a engoliu num baque pesado.Ela emergiu arfante, tossindo, o cheiro pútrido impregnando suas roupas e pele. Mas Collin não se deu ao luxo de reclamar. O perigo ainda a rondava.Com dificuldade,
Collin*Collin sentou-se na cama lentamente, o corpo ainda fraco. Sua cabeça pulsava, a visão embaçada.O homem se aproximou, hesitante.— Calma aí, você levou uma queda feia no riacho.Mas Collin já estava se levantando, mesmo que suas pernas tremessem sob seu peso.— Eu preciso sair. — Sua voz saiu rouca, mas determinada.O homem ergueu as mãos em um gesto pacificador.— Você vai desmaiar de novo se...— Eu preciso sair! — ela cortou, sua paciência se esvaindo, o sangue latejando.O desconhecido ficou imóvel por um momento, avaliando-a. Então, sem dizer mais nada, deu passagem.Collin caminhou até a porta e a abriu com força. A luz do sol atingiu seus olhos como navalhas, forçando-a a piscar várias vezes até que sua visão se ajustasse.E então, o cheiro familiar a atingiu.O cheiro de casa.Ela olhou ao redor. Algumas pessoas caminhavam pela vila, rostos conhecidos e desconhecidos se misturando. Mas todos tinham uma coisa em comum: o olhar confuso lançado a ela.Foi então que perceb
Collin*Ela ficou imóvel.O rosto da irmã estava ali, tão próximo, tão familiar... e ao mesmo tempo, tão distante. A última lembrança que tinha dela era um vulto parado ao lado dos pais, observando-a ser levada sem mover um único músculo.O olhar de Colen deslizou por ela, de cima a baixo.E então, ergueu uma sobrancelha.— Como ainda está viva?Collin riu, um som seco e sem humor.— Sorte, talvez.Colen deu um passo à frente, a expressão suavizando.— Ah, irmãzinha... Eu sinto muito. Tentamos ir atrás de você, mas...Estalo.O tapa ecoou pelo cômodo.A cabeça de Colen virou com o impacto, e um silêncio mortal caiu entre elas.A mãe sufocou um grito, levando as mãos à boca, os olhos arregalados em choque.Colen pressionou a palma contra a bochecha avermelhada, o olhar ferido se transformando em pura indignação.— Mas o que diabos...?!— Não venha com suas mentiras para mim, sua vadia.Os olhos de Colen se arregalaram, mas Collin não parou.— Eu me lembro. Me lembro de gritar. De implo
Liam*Ele andava de um lado para o outro no templo, os passos marcando um ritmo tenso contra o chão frio. Tentava rezar para a Deusa Lua, mas sua mente estava em outro lugar.Damon e Caius estavam atrasados.Já fazia mais de um dia.E nada.O peito de Liam subia e descia, os punhos cerrados. Seu lobo estava inquieto, rosnando dentro dele, e o nome de Collin pulsava em sua mente como uma maldição.Foi quando Eve entrou apressada.Liam virou-se num rompante, os olhos tomados por desespero.— Me diga que eles chegaram.A esperança em sua voz era quase dolorosa.Eve apenas balançou a cabeça.— Nenhum sinal.Liam sentiu um gosto amargo na boca.Ele deveria ter ido atrás dela.— Eu devia ter ido atrás dela. — A voz saiu mais para si mesmo do que para Eve.Ela se empertigou, cruzando os braços.— Liam, por que você simplesmente não a deixa ir?Ele se virou para ela tão rápido que Eve recuou um passo.— O quê?— Já parou pra pensar que essa pode não ser a vida dela? Que talvez essa...— Isso
Collin corria o mais rápido que podia, tentando escapar de Caius mas parecia impossível. Ela se jogou para trás de uma árvore grossa, pressionando as costas contra o tronco e segurando a respiração.Collin fechou os olhos, mordendo os lábios para não emitir som algum.Um passo.Outro.Mais um.O rosnado baixo ecoou no ar.E então o ataque veio.Caius saltou contra ela, a força de seu impacto a jogando ao chão brutalmente. O ar escapou de seus pulmões num grito sufocado quando ele a prendeu ali, garras cravadas em seus braços.— ME SOLTA! — ela gritou, lutando com todas as suas forças.Mas ele era maior. Mais forte.Os olhos selvagens de Caius brilharam na escuridão, suas presas à mostra.Um vulto marrom surgiu como um relâmpago.O impacto foi tão brutal que Caius foi arrancado de cima dela, seu corpo lançado contra o solo com violência.Collin ofegou, se arrastando para trás, seus olhos arregalados enquanto via o novo lupino se colocar entre ela e Caius. Um rosnado grave e ameaçador
Quando no escuro da caverna chegaram, Liam a deitou no chão com cuidado e gentileza extrema. O macho se pôs por cima dela, seu corpo quente e pesado. Ele se aproximou, mordendo seu lábio inferior.Marcando-a ainda mais. Seus olhos desceram selvagens por seus seios, ele começou a tirar seu vestido. Queria contemplar seu corpo, saber o que lhe esperava. Quando ela já estava nua, os olhos do macho brilharam como chamas. Ela se sentiaenvergonhada, nunca tinha estado com um homem. Não sabia o que fazer, como agir. Ela sentiu o membro dele ficar ainda mais rígidocontra ela. Ele se pressionou contra seu corpo, afundando o rosto em seu pescoço. — vai ser difícil me controlar, eu quero tanto... Tanto entrar dentro de você com força.— ela encolheu os dedos dos pés. — mas eu não irei machucá-la, eu prometo. — sussurrou lambendo seu pescoço. Lentamente ele ficou sobre os joelhos, e começou a tirar sua calça. Ela lutou contra a vontade de desviar o olhar,queria ver. Queria muito. Quando
Quando a manhã chegou, Collin sentiu um arrepio suave percorrer seu corpo ao despertar. O calor que a envolvia vinha de Liam, que estava atrás dela, o braço firme ao redor de sua cintura, como se a mantivesse presa até mesmo inconscientemente. Ela sorriu de canto, a lembrança da noite anterior queimando sua mente como brasas vivas.Ela se moveu devagar, tentando não acordá-lo, mas foi interrompida por um gemido de dor vindo do outro lado da caverna. O som cortou o ar como uma lâmina, e Liam despertou instantaneamente, os músculos se retesando antes mesmo de abrir os olhos.Sem demora, ambos se ergueram e correram até Damon.— Não tente se levantar — ordenou, a voz carregada de preocupação oculta sob sua rigidez habitual.Damon soltou um suspiro pesado, piscando várias vezes antes de encarar os dois.— Onde estamos?— Em uma caverna, longe o bastante para que Caius não nos encontrasse à noite. Você estava muito ferido para voltarmos direto para a aldeia — Collin explicou, ajoelhando-se
Damon ainda estava ferido quando voltou para casa. O curandeiro fizera o possível, mas seu corpo estava longe de estar recuperado. Quando ele se deitou no sofá, tentando encontrar uma posição menos dolorosa, Eve se aproximou, cruzando os braços.— Por que não vai dormir na cama?Damon ergueu os olhos para ela, confuso.— Porque você não me quer lá.A resposta a atingiu como uma lâmina afiada. Ela engoliu em seco, tentando ignorar o aperto no peito.— Você está ferido.— E você está grávida.Ela cerrou os punhos, tentando manter a paciência.— Damon, estou falando sério. Você precisa de um lugar confortável para dormir, senão nunca vai se recuperar. Vá para a cama. Eu durmo aqui.Damon soltou uma risada curta, sem humor.— De jeito nenhum. Você está grávida, Eve. Você não vai dormir nesse sofá desconfortável enquanto eu ocupo a cama.— Eu ainda posso dormir no sofá…— Não. — A palavra veio firme, definitiva. — Eu vou continuar aqui.Ela revirou os olhos, impaciente. O homem era mais te