Aqueles lindos olhos reluzentes me encaram esperançosos, automaticamente meu coração bate mais forte dentro do peito.
— Olá senhor Rizzon, o que faz perdido por aqui? — Me apoio na janela do carro, observando-o do outro lado.
— Estava te esperando. — Seu sorriso cresce, sou obrigada a sorrir de volta.
— Faz tempo que chegou? — Arqueio a sobrancelha preocupada.
— Digamos que uns quarenta minutos. — Ele franze o nariz passando a mãos sobre o cabelo.
— Poderia ter me chamado. — Faço uma careta.
— Não queria atrapalhar o seu serviço — afirma arrumando a gravata em seu pescoço.
— O que deseja?
— Que entre. — Ele indica o banco ao seu lado. — Está frio e eu achei que seria uma boa ideia levá-la para casa.
— Sabe que não precisa fazer isso todos os dias. — Abro a porta do carro e tenho a sensação de ser observada.
Olho para trás e vejo apenas o guarda que acena se despedindo, me acomodo ao seu lado tirando aquela estranha sensação dos meus pensamentos.
— Eu gosto de vir buscá-la. — Balança os ombros pensativo.
— Desculpe por fazê-lo esperar. — Sorrio encolhendo os ombros.
— Não se desculpe, vim sem avisar, a culpa não é sua. — Ele segura minha mão depositando um suave beijo, fixando seus olhos nos meus.
A intensidade daqueles mares azuis me faz querer suspirar, inconscientemente observo seus cabelos loiros desalinhados querendo correr meus dedos por eles apenas para sentir seus fios macios entre meus dedos.
Envergonhada desvio meus olhos dos seus arrumando minha postura no banco.
— Sam — sussurro, e ele solta minha mão erguendo as suas em sinal de paz.
— Amigos — ele afirma. — Eu não fiz nada. — Se defende.
Acabo rindo com sua reação.
— Eu não te acusei de nada, mas se você está tão preocupado é porque estava com pensamentos inapropriados. — Ergo uma sobrancelha, observando-o divertida.
Ele desvia o olhar coçando o queixo por um momento fazendo uma careta.
— É errado querer roubar um beijo seu e ter você só para mim todos os dias da minha vida? — pergunta duvidoso e eu sinto meu coração quase sair pela boca, mas tento disfarçar minha surpresa.
Fixo meus olhos nos seus por um momento e logo desvio constrangida.
Por mais que eu quisesse falar que não era errado, apenas me mantenho em silêncio.
— Por que você não deixa eu me aproximar Katy? — pergunta pensativo, e eu fixo meus olhos em minhas mãos. — Eu só quero fazer parte da sua vida e você me repele. Me dê só uma oportunidade.
Evito encará-lo e sinto meu coração se acelerar com medo do rumo daquela conversa.
Eu não quero perder Samuel, não quero me afastar dele ou vê-lo ir embora como todos os outros, mas também não quero que ele descubra sobre meu desastroso passado. Eu só o quero ali do meu lado sem questionamentos e sei que isso será impossível, pois Samuel não se calará para sempre.
Um grande nó sufoca minha garganta e sinto meus olhos marejarem. Forço as lágrimas a voltarem não querendo chorar em sua frente.
— Me desculpe eu... Eu prometi que iríamos devagar e esperaria seu tempo. — Ele dá a partida no carro, e eu agradeço mentalmente.
Fazemos metade do caminho até minha casa em um silêncio pesado.
Em alguns momentos me pego observando-o e vejo um misto de preocupação e culpa em seus olhos.
Queria perguntar se está tudo bem, mas prefiro me manter em silêncio, pois a culpa está começando a me incomodar, afinal a distância que há entre nós sempre foi imposta por mim, e ele nunca tentou avançar o sinal em momento algum respeitando os meus limites sem questionamentos.
Samuel é a única pessoa que insiste em permanecer ao meu lado além dos meus familiares e meu chefe. Não deveria tratá-lo com tanta frieza.
Noto que seus dedos se apertam suavemente sobre o volante do carro e seus olhos fixos na rua me incomodam. Ele é sempre muito brincalhão, mas hoje as coisas pareciam não estar muito bem.
— Desculpe — peço novamente, e seus lindos olhos se voltam para mim rapidamente.
— Eu é quem lhe devo desculpas, não quero te forçar a nada Katy. — Um pequeno sorriso preenche seus lábios.
— Obrigada..., mas tem algo te incomodando é visível — afirmo, e a surpresa fica estampada em seu rosto. — Foi algo que eu disse?
Não quero forçá-lo a nada, mas percebo que assim como eu, Samuel é uma pessoa fechada que não costuma se abrir com os outros e às vezes é necessário colocarmos para fora aquilo que nos sufoca, mesmo eu não seguindo meus próprios pensamentos.
— Eu sei que tem coisas que não gostamos de compartilhar com ninguém e que tem segredos que gostamos de manter guardados. Eu sou a prova viva disso, mas só queria dizer que se tiver algo te incomodando você pode contar comigo. — Volto toda a minha atenção para ele, que pensativo, permanece em silêncio.
Depois de alguns momentos ele sorri como um menino travesso e diz.
— Então namora comigo? — Sua voz brincalhona não esconde a verdade por trás daquele pedido.
Não é a primeira vez que ele faz esse pedido, mas como em todas as outras vezes sinto meu coração pulsar forte e a emoção dominar meus sentidos. Samuel nunca escondeu de ninguém o que sente por mim, apenas eu construo barreiras onde não deveriam existir.
A quem estou querendo enganar?
Sinto uma forte atração por ele e estar ao seu lado é o que almejo todos os dias. Sua fragrância única prende minha atenção e aquele cheiro almiscarado acabou se tornando sua marca registrada, um cheiro másculo e inebriante que me tira o chão.
Seu jeito brincalhão que me cativa, seus gestos de carinho, sua preocupação com meu bem estar. Estou simplesmente apaixonada por esse homem, mas não quero dar o braço a torcer para mim mesma, para os medos... para os meus traumas.
— Sim — respondo.
Ele freia bruscamente o carro, levando os outros a buzinarem e gritarem com sua parada brusca.
— Sério? — Surpreso e assustado ele ignora as buzinas e xingamentos dos carros que desviam de nós.
— Acho melhor conversamos em outro lugar. — Faço uma careta rindo.
Mais do que depressa ele acelera o carro e como não estamos longe do meu apartamento chegamos rápido. Samuel estaciona na primeira vaga que encontra próximo ao prédio e me observa receoso.
— Katy? — Ele suspira com olhos arregalados.
— Apesar de você ter fugido do assunto principal que é o fato de estar silencioso e preocupado eu aceito ser sua namorada. — Sorrio, e ele desvia o olhar.
— É um assunto familiar complicado. — Seu sorriso se desfaz gradativamente.
— Ok, não vamos falar sobre isso. — Seguro sua gravata, fazendo-o olhar para mim. — Só fiquei preocupada, não precisa se obrigar a contar nada, eu mais do que ninguém te entendo. — Acaricio seu rosto e sua expressão de preocupação se suaviza.
— Eu posso te beijar? — pergunta me fazendo rir, eu maneio a cabeça em concordância, pois quero muito sentir seus lábios contra os meus novamente.
Samuel envolve cuidadosamente os dedos em minha nuca e nossos lábios se encontram em beijo calmo que se intensifica a cada segundo.
Solto o cinto de segurança, o que faz Samuel avançar ainda mais em minha direção, aproveito para enroscar meus dedos nos fios macios de seus cabelos. Ele desce sua mão por meu corpo e seus dedos se fixam em minha cintura pressionando aquele local com cuidado, mas aquele ato faz todo o meu corpo tencionar e rapidamente Samuel recua quebrando o nosso beijo enquanto encosta sua testa na minha deslizando o polegar por minha bochecha.
Minha respiração se acelera e me sinto culpada por carregar as marcas de Túlio até hoje. Eu não queria, eu juro que não queria a sombra daquele homem em minha vida, mas não consigo me libertar tão facilmente das marcas gravadas em minha mente, não consigo me livrar da sensação de desespero causada por aqueles dias presa à mercê de seus desejos.
Eu não queria aquelas sensações, é claro que não queria, mas elas são mais fortes do que eu, e sei que Samuel não merece minhas recusas, mas ainda não descobri uma maneira de afastá-los de mim.
— Eu sei que você ainda esconde seus segredos e confesso que queria saber o que te causa tantos medos, mas eu prometo que vou esperar com paciência até que você me conte tudo. — Deixa um beijo na minha testa sorrindo.
— Eu sei que você irá esperar. — Acaricio seu rosto sabendo que é verdade. — Eu confio em você. — Deixo um suave beijo em seus lábios.
Samuel me observa por incontáveis segundos sem dizer nada e aproveito o momento para admirá-lo. Não canso de observá-lo e gravar os traços de seu rosto em minha mente.
— Boa noite senhor Rizzon, até amanhã. — Pisco abrindo a porta do carro pronta para sair.
Antes que eu possa colocar os pés na calçada ele segura minha mão, me puxando de volta apenas para deixar um demorado beijo em meus lábios.
— Boa noite minha belíssima menina. — Seu sorriso encantador toma conta de seu rosto, me deixando atordoada.
Despeço dele mais uma vez e saio do carro andado em direção ao prédio. Samuel só dá partida no carro quando tem certeza que estou em segurança dentro do prédio e antes de vê-lo partir aceno em despedida.
Assim que passo pela recepção cumprimentando senhor Rodrigues, que está atrás do balcão com um sorriso no rosto.
— É bom ver você saindo um pouco Katy, esse jovem parece te amar muito e faz tempo que não vejo esse sorriso bobo em seu rosto. — Rodrigues sorrir animado.
— Cala boca Rodrigues. — Reviro os olhos caminhando até o elevador.
— Vai lá Katy, solta esse coração. — Rio com seu comentário.
— O que posso fazer se tem pessoas que chegam para arrebentar as barreiras que construímos?! — Entro no elevador rindo.
— Estava na hora. — Ele pisca para mim, reviro os olhos querendo mandá-lo a merda, mas as portas do elevador se fecham impedindo que eu extravase minha raiva.
Apesar de tudo gosto muito daquele velho barrigudo e brincalhão, o conheço desde que me mudei para cá e Rodrigues é uma das muitas pessoas que não gostava de Túlio. Ele sempre fazia questão de dizer que Túlio era um imprestável que gostava de viver as minhas custas, mas como o amor é cego acreditei que era implicância.
Antes estivesse escutado os conselhos dele e de Megan que seria bem melhor, ele não sabe de tudo o que aconteceu entre nós, mas sabe que Túlio me fez muito mal por isso me tranco do presente com medo do meu passado.
Ao sair do elevador vou direto para o meu apartamento e depois de Philipe e Adam aprendi a trancar as portar corretamente. Aqueles dois velhos fizeram muito mal a mim e principalmente a Megan, não cairia na besteira de esquecer as portas abertas novamente.
Jogo minha bolsa no sofá e sigo para o banheiro tomando um banho demorado e relaxante.
Agora sou oficialmente uma desencalhada e preciso contar esse milagre para Megan o mais rápido possível. Eu sei que ela vai surtar e me encher de perguntas, mas tenho que confessar que estou muito feliz por dar uma oportunidade a Samuel, afinal ele está sendo muito compreensível em esperar eu estar preparada para contar tudo sobre meu passado e nenhum outro foi tão paciente e compreensível como ele.
Sei que uma hora ou outra ele se cansará de esperar e terei que expor todas as minhas verdades, mas não sei dizer quando estarei pronta para abrir meu coração.
Trazer átona todo o mal que Túlio me causou era a última coisa que eu queria fazer e se pudesse viver e apagá-lo do meu futuro agradeceria aos céus.
Túlio é um mostro, uma enorme pedra no meu caminho e a única coisa que quero e simplesmente apagá-lo da minha vida de uma vez por todas. Sei que não deveria jogar esse fardo em Samuel, mas confesso que no fundo do meu coração coloco todas as esperanças da minha salvação em suas mãos mesmo ele não sabendo de nada.
Tiro esse pensamento da minha mente indo para o quarto me trocar, estou em uma nova fase da vida onde Samuel não é Túlio.
Samuel é um homem digno, maravilhoso, amoroso e carinhoso que me faz bem e a única coisa que quero nesse momento é me entregar as novas experiências que viverei com ele.
Coloco o celular para carregar e somente agora vejo as inúmeras ligações perdidas de Ethan. Acabo fazendo uma careta ao saber que ele ainda tem esperanças em termos algo, mas minha aversão a ele vem desde o passado, não é culpa minha e nem dele, afinal, ele apenas seguia o que o pai mandava, ainda assim, não me esqueço do quanto ele e seus irmãos importunaram tanto a mim quanto Megan.Para ser sincera Samuel odeia Ethan com todas as suas forças e nem mesmo posso culpá-lo. Na verdade eu queria entender como Megan perdoou os primos com tanta facilidade? Eu não sou o tipo de pessoa que esquece tão facilmente do passado e libera o perdão se esquecendo de todo o mal que nos causaram é quase impossível.Na verdade, o problema em si nem é Ethan, e sim o fato de que não confio em nenhum dos irmãos Avallon. Eles podem ter mudado como Megan
Depois de muito analisar a porta de entrada finalmente aperto a campainha esperando alguém atender.Samuel aparece na porta sem camisa, com os cabelos bagunçados, olhos vermelhos e inchados com uma expressão emburrada.Ao me ver, abre um lindo sorrir esfregando uma mão no olho.— Minha linda menina. — Antes que eu possa dizer algo Samuel envolve seus braços envolta da minha cintura em um abraço apertado esfregando o rosto em meu pescoço me enviando um arrepio de medo por todo o corpo.Procuro não demonstrar a aflição que percorre meu corpo me forçando a aceitar seu toque e retribuo seu abraço com carinho, mas logo me desvencilho de seu aperto sem que ele perceba minha aversão por contatos tão diretos e íntimos.Com ele meus medos são quase nulos, mas contatos muito diretos me afligem um pouco.— O que
— Eu sou o primogênito e herdeiro dos Hugh, mas nunca quis assumir o lugar do meu pai, desde pequeno meu sonho era ser advogado, nunca gostei da administração e o cargo de chefe, isso nunca me atraiu, mas como eu disse sou o filho mais velho, o filho que herdaria todo o império Hugh e Bennett não aceitou a profissão que escolhi, eu seria administrador ou não faria parte do seu império, e bom, como pode ver escolhi a advocacia e meu pai escolheu me abandonar, ele me deixou sozinho para seguir minha vida sem nenhuma ajuda e assim eu fiz. — Ele faz uma breve pausa.Vejo que para ele contar tudo isso é difícil, e com muito pesar ele abre seu coração deixando seus medos e seus fantasmas expostos.— Ele cortou todos os meus benefícios, mesada e dinheiro extra. Minha mãe vendo aquilo não aceitava que ele tratasse um de seus filhos daquela maneira, mas ele
Dias depois...Acordo cedo me preparando psicologicamente para enfrentar Bennett Hugh, melhor fosse que esse homem mal caráter não estivesse por lá, mas temos que nos preparar para tudo, então estou mentalizando um mantra do bem para que tudo dê certo.Sabe quando você tem aquela estranha sensação de que tudo vai vir por água abaixo e de que você vai tocar o terror quando deve ser a dama bem vestida e educada?É exatamente assim que me sinto ao imaginar enfrentar de frente um Hugh.Claro que pouco me importo se ele vai gostar ou não quando eu falar umas belas verdades em sua cara, mas é aí que está o problema. Tenho que me segurar não por mim ou pelo fato dele ser um dos homens mais influentes do mundo dos negócios, conhecido por sua inteligência imbatível e seu mal humor diá
SamuelEncontrar minha mãe tão debilitada sobre uma cama foi um choque tremendo, mas sentir seus toques e todo o seu amor fez meu coração se encher de felicidade.— Mãe eu senti sua falta — digo deixando que as lágrimas rolem pelo meu rosto, sem vergonha de demonstrar meus sentimentos para ela.— Meu menino eu queria tanto te ver. — Ela passa os dedos nos meus cabelos, os penteando para trás em vão. –Eu senti tanto sua falta meu garotinho.Beijo todo seu rosto, sentindo seu cheiro e vendo que a abraçar e tocá-la é real que eu não estou sonhando.Apesar de estar muito magra e cansada ela está linda como sempre. Seu sorriso encantador está presente em seu rosto.— O meu menino eu acompanhei seu crescimento ano após ano estou tão orgulhosa de você.—
KatyConhecer a mãe de Samuel foi muito gratificante. Ela é uma mulher incrível e maravilhosa, mas infelizmente não posso dizer o mesmo do seu segundo filho e do seu marido. Sabe, agradeço por Samuel ter puxado tanto para ela e não ao pai.Essa Mary que acabei descobrindo por acaso não me agrada, por mais que eu saiba que ela faz parte do passado de Samuel não deixo de ter ciúmes.É claro que não vou brigar ou criar caso com ele por uma mulher que nem aqui está, mas isso não me impede de invejá-la por tê-lo conhecido primeiro.Se no lugar de Túlio, Samuel tivesse entrado em minha vida, as coisas hoje seriam completamente diferentes, mas acredito que tudo na vida tem seu tempo.Depois que saímos do hospital acreditei que iriamos embora, mas Samuel me levou para um dos hot&ea
— Oh meu Deus. — Passos as mãos no rosto. — O que eu faço. — Entro em desespero sem saber como apartar os dois.Descontente Samuel avança para cima de Jack e antes que ele conclua seu ato corro em direção aos dois gritando.— Parem. — Me jogo entre os dois segurando o braço de Samuel que recua um pouco para não me acertar.— Saia Katy eu vou acabar com esse maluco. — Samuel arma mais um soco, eu apoio as mãos em seu peito o empurrando em defesa a Jack, que está atordoado demais para conseguir revidar.— Não Sam, ele é o meu chefe. — falo em desespero entre os dois, mas me sinto uma pluma em meio a uma manada de elefantes.— Porra. — Samuel se afasta com irritação. — Por que seu chefe está trancado de cueca dentro do seu apartamento? — Ele passa as mãos pelos cabe
KatyMais uma noite mal dormida por conta dos dois homens que me deixam maluca, mesmo dormindo no meu quarto não consigo me sentir bem ao saber que os dois estão na sala ao lado.Apesar de muito rolar de um lado para o outro consegui cochilar um pouco, mas a olheira envolta dos meus olhos é evidente. Obviamente não culpo nenhum dos dois pelos meus traumas, mas é difícil relaxar.Jack é apaixonado por George, mas infelizmente ele não sente o mesmo, às vezes me sinto culpada por ter colaborado com o início desse relacionamento. Já Samuel tem se mostrado ciumento e depois de conhecer seu irmão ele está ainda mais preocupado do que o normal.Samuel é superprotetor e não adianta tentar convencê-lo do contrário, depois do que aconteceu com Philipe e Adam, ele faz questão de manter minha segu