Katy
Diante da tela do computador, me vejo presa a perguntas que me assombram todos os dias.
O que fazer quando se não acredita no seu potencial?
O que fazer quando a vida não faz mais sentido para você?
Quando há apenas uma única pessoa que te faz seguir em frente, mas você tem medo de ser abandonada?
Eram perguntas que me enlouqueciam dia após dia e sei que preciso dar continuidade ao folder de lançamento das novas tendências para o verão, mas as feridas abertas de um passado não tão distante sagravam me jogando em um limbo de depressão.
Muitos dizem releve, esqueça e siga em frente, mas é difícil esquecer do que destruiu sua vida, e mesmo assim, com muito esforço consegui me reerguer, mesmo que parcialmente, e como válvula de escape me fechei para novas experiências, principalmente as que envolvem amor.
Realmente não me importo muito com o amor e depois daquela noite as coisas funcionam de uma maneira diferente, em um ritmo diferente, pois procuro o máximo me afastar e não me envolver já que o contato físico com homens me desencadeia crises de pânicos incontroláveis, mas a vida gosta de nos pregar peças e tudo o que planejamos e organizamos vira de ponta cabeça em piscar de olhos e é exatamente isso que está acontecendo na minha vida agora.
Samuel Rizzon entrou na minha vida sem permissão, apenas para virar meu mundo de pernas para o ar, e tenho que confessar que ele é o único que consegue tamanha proeza, afinal, costumo repelir todo contato masculino. Não que eu não goste de homens, apenas aprendi a me proteger das cicatrizes que o passado deixou evitando o contato exagerado com homens, mas Samuel consegue abalar meu mundo de forma surpreendente e me lembrar no nosso primeiro encontro me faz sorrir feito boba.
Seguimos para entrada do Brighton Pier e fico encantada com tudo a minha volta, todos os detalhes do parque construído sobre o mar são maravilhosos, e daqui temos uma bela vista da cidade, fora os brinquedos que chamam a atenção com suas luzes coloridas.
Na parte externa a montanha russa me chama a atenção, fora a casa de horrores que faz meus olhos brilharem.
Samuel faz uma leve careta ao ver minha empolgação para ir nos brinquedos, mas logo se anima para me acompanhar.
No interior do Brighton Pier há um grande salão com várias máquinas de jogos, meus olhos brilham diante das máquinas com ursinhos de pelúcia, mas contenho minha afobação parando em frente uma barraca de tiro ao alvo.
Não resisto ao ver que o prêmio é o unicórnio da Agnes do filme “Meu Malvado Favorito” e tenho certeza que meus olhos brilham como nunca antes, amo o filme e amo muito mais a Agnes que é maravilhosa.
A única coisa que preciso fazer é derrubar a pilha de latinhas com alguns tiros.
Samuel percebendo minha agitação paga a primeira rodada deixando que eu tente a sorte.
Acabo me empolgando e miro nas latinhas ansiosa, mas o máximo que consigo é acertar as pilhas de latas ao lado. Chateada e irritada vejo que não conseguirei ganhar o unicórnio fofinho da Agnes e desisto antes que desfalque a carteira do homem ao meu lado.
Samuel observa minhas reações atentamente, debruçado sobre a bancada, e ri ao ver minha tentativa frustrante de acertar as latas.
— Eu queria o unicórnio da Agnes. — Faço uma careta chateada.
Vendo minha tristeza ele paga mais uma rodada e se oferece a tentar. Sem muita dificuldade mira nas pilhas de baixo bombardeando as latas derrubando todas de uma única vez.
Arregalo os olhos pasma com sua atitude, boquiaberta o observo sem conseguir entender direito o que aconteceu, sua prática é surpreendente e sinceramente não esperava que ele fosse conseguir com tanta facilidade.
— Não me olhe assim, prático defesa pessoal e tiro ao alvo porque sou advogado. — Ele dá de ombros, e sorri entregando o unicórnio de pelúcia para mim.
— Achei que você fosse algum super-humano. — Rio pegando a pelúcia. —Obrigada! — agradeço constrangida, mas abraço o unicórnio animada.
Voltamos a caminhar e paramos próximo as barras de proteção admirando o mar a nossa frente, as diversas luzes coloridas que recobrem as águas deixam o local ainda mais belo e encantador.
Por um momento desvio o olhar da paisagem para observar o homem ao meu lado, que mantem as mãos nos bolsos da calça olhando fixamente para o mar, seus penetrantes olhos azuis sobre a paisagem se perdem no horizonte e seus cabelos loiros bagunçados balançam com a brisa suave me fazendo ter uma imensa vontade tocá-los.
— Se continuar olhando assim não responderei pelos meus atos Katy. — Volta sua atenção para mim, com um lindo sorriso no rosto e seus maravilhosos olhos me observam cauteloso.
Sorrio abertamente me afogando na imensidão azul que são seus olhos. E como se as outras pessoas não estivessem à nossa volta admiro seu corpo imponente e majestoso voltado para mim de forma relaxada e descontraída.
Mordo os lábios o analisando e aproximo meu corpo do seu com cautela, envolvo meus braços envolta do seu pescoço e ousada, encosto meus lábios nos dele, dando um beijo demorado subindo meus dedos por seus cabelos que a tempos eu queria sentir.
Samuel não conhece meu passado, mas de alguma forma compreende meus limites e evita tocar meu corpo. O que agradeço, pois não sei como meu corpo reagiria se suas mãos apalpassem minha pele com segundas intenções.
— Katy o que está fazendo? — o grito de Jack me faz ter um sobressalto na cadeira, me lembrando que ainda estou no trabalho.
Apoio a mão no peito fixando meus olhos nele enquanto tento controlar minha respiração que se acelerou, tamanho o susto que levei.
— Quer me matar? — pergunto chateada, sentindo que meu coração quase sair pela boca.
— Faz cinco minutos que estou te chamando pela secretária eletrônica e você não responde, não se mexe e não dá sinal de vida, achei que estivesse morta sentada nessa cadeira. — Ele ergue uma sobrancelha com os braços cruzados no peito.
— Não é nada apenas estava concentrada demais nos orçamentos que mandou preparar — minto descaradamente olhando para a tela do computador.
— Sei. — Estreita os olhos. — Você está pensando naquele bofe que ainda não me apresentou. — Sua voz debochada me faz suspirar.
— Eu não. — Tento soar o mais natural possível, e ele nega com a cabeça rindo.
— Você nem sabe disfarçar, ele vem te buscar todos os dias. — Ri, revirando os olhos. — A dias te pego voando em seus próprios pensamentos e tenho certeza que esses pensamentos tem nome, endereço e um corpo dos deuses.
— Para de ser idiota Jack. — Reviro os olhos.
— Mais respeito sou o seu chefe. — Ele engrossa a voz me fazendo rir.
— Corta essa voz de macho alfa e volte para o trabalho, pois não vou passar a noite refazendo seus deveres para enviar ao Jean. Se você errar mais alguma planilha ele come seu fígado. — Ele faz uma careta, batendo na madeira da porta três vezes.
— Cruzes Katy, que humor ácido é esse, credo. — Ele faz o sinal da cruz. — Tá repreendido. — Acabo rindo da sua atitude.
— O que foi? Jean é um ótimo sócio só não fica muito na cidade. — Afirmo e ele faz uma careta.
-Aquele lá parece que chupa limão todos os dias, ele não tem um pingo de humor naqueles olhos castanhos quando se trata de trabalho. -Jack torce o nariz me fazendo rir.
Jack é um excelente chefe, totalmente centrado e dedicado, porém quando está com preguiça de fazer algo ele joga seu serviço sobre mim, sem contar os seus problemas amorosos. Então eu sou praticamente um cupido, uma conselheira amorosa e secretária pessoal do bonitão a minha frente.
Jack é totalmente complexo e complicado, mas é um chefe maravilhoso e simplesmente não consigo deixá-lo na mão porque ele é um dos únicos homens que amo incondicionalmente e consigo manter uma aproximação tão aberta e livre.
— Vai me dizer o nome do galã que está roubando seu coração? — Ele se encosta no batente da porta me observando.
— Não irei — afirmo rindo. — Volte para o seu trabalho. — O expulso com a mão.
— Tudo bem estou voltando para minha sala, mas você ainda vai me contar toda essa história nos mínimos detalhes. — Ele balança os ombros seguindo de volta para sua sala e eu suspiro revirando os olhos.
Tento me concentrar no trabalho, mas depois da minha conversa com Jack, Samuel tomou conta de todos os meus pensamentos, e ele não precisa de muito para desestabilizar meu mundo.
Suspiro imaginando aqueles maravilhosos olhos azuis curiosos me encarando com um belíssimo sorriso de tirar o fôlego.
Sabe aquele homem dos sonhos ou aqueles príncipes dos contos de fadas que chegam no cavalo branco com um buquê de flores lindíssimo cavalgando lentamente enquanto os cabelos balançam ao vento? Sim, Samuel é assim, mas em uma versão playboy de terno preto, conversível e olhos azuis.
Ele é tão amoroso e carinhoso que me cativa, mas meus medos fazem com que eu me distancie e nem mesmo assim ele desiste de tentar derrubar as barreiras envolta do meu coração.
É estranho dizer isso, mas simplesmente quero abraçá-lo e me sentir totalmente protegida dentro de seus braços fortes, entretanto as incertezas me jogam a realidade perante os olhos e me fazem perceber que talvez a felicidade seja algo passageiro.
O silêncio daquela pequena sala me faz ver o quão vazio é meu coração, o quanto me tranquei em um mundo paralelo e me afastei das pessoas que considero importantes.
Meus olhos focados na tela do computador apenas observavam os borrões das planilhas, e apesar de parecer totalmente focada em meu trabalho sigo no automático enquanto o meu passado obscuro pesa meus ombros sugando o pouco de felicidade que
tenta me dominar.
"Eu destruirei sua vida."
Aquelas palavras retumbam em minha mente, e por mais que tente esquecê-las sei que quem as proferiu conseguiu conclui-las com maestria. Ele não só destruiu minha vida como também a minha fé, mas se ainda me resta algo, bem no fundo do meu coração é um fiasco de esperança que se acende ao encontrar Samuel.
Não sei exatamente se posso confiar nessa pequena chama que cresce em meu peito, mas quero acreditar que sim.
Quero acreditar que tudo dará certo por mais que tudo deu errado até hoje.
Ontem me encontrei com Samuel e a única coisa que posso dizer é “ele é um homem perfeito”. Claro que todos temos defeitos, mas o defeito dele é ser perfeito e sinceramente não sei como isso é possível.
Tento concentrar minha mente no orçamento que precisava terminar, mas não consegui desligar meus pensamentos daquele homem charmoso e sedutor. Às vezes me surpreendo com os estranhos pensamentos que surgem em minha mente, mas sei que é inevitável controlá-los.
Observo o relógio e percebo que já se passou das sete da noite, finalizo o orçamento e deixo o restante para amanhã. Arrumo minhas coisas, pego minha bolsa e sigo para o elevador vendo Jack enfurnado em sua sala.
Nem um pouco surpresa com aquela cena passo pela máquina de café escolhendo um extra forte com pouco açúcar, pois sei que é exatamente assim que ele gosta.
Sigo para sua sala, e mesmo a porta estando aberta dou três toquinhos indicando que estou aqui. Seus olhos cansados e cabelos desgrenhados se voltam para mim surpresos.
Sua mesa abarrotada de papeis me indica que ele vai continuar aqui por um longo período de tempo.
— Você deveria ir descansar um pouco. — Adentro sua sala colocando a xícara de café sobre sua mesa.
Sorrindo, ele me olha sob a lente de seus óculos de descanso e segura a xícara inalando o odor do café. Com um pesado suspiro leva a xícara aos lábios tomando um pequeno gole por ainda estar quente.
— Obrigado! — Seu sorriso indica que ele está satisfeito por eu ter me lembrado dele.
Jack realmente é um menino que precisa de atenção e carinho vinte e quatro horas por dia.
— Não me ignore Jack, você também precisa descansar. — Sorrio tentando convencê-lo.
— Ainda tenho muito trabalho por aqui, vou demorar para ir embora, hoje vai ser um dia cansativo. — Ele suspira tomando seu café.
— Não vou discutir, mas você sabe que deveria se cuidar mais. — Arrumo a bolsa sobre o ombro.
— Eu sei. — Ele faz uma careta. — Não precisa se preocupar comigo, vá logo ao encontro do seu bofe secreto. — Ele revira os olhos, depositando a xicara sobre a mesa com certa força.
Começo a rir ao ver seu jeito e ele me observa com uma sobrancelha arqueada.
— Fica cheia de segredos, me esconde toda a verdade e ainda ri de mim? — Cruza os braços abismado.
— Aprendi com você gato. — Dou uma piscadinha para ele andando até a porta.
— Deus, onde esse mundo vai parar? — Ele finge ofensa.
— Vai embora logo Jack, depois você reclama que George briga com você, mas você dá mais atenção ao trabalho do que ao seu namorado — o repreendo, e ele revira os olhos.
— Eu sei, eu sei, prometo que irei daqui a pouco. — Ele pisca rindo, e eu nego com a cabeça sabendo que ele não tem jeito.
Sigo para o térreo de elevador e me despeço do guarda que fica de plantão todas as noites, quando passo por ele desejo um boa noite. Educadamente ele responde me desejando o mesmo.
Saio a procura do primeiro táxi que posso encontrar, mas sou surpreendida por uma Bugatti Veyron vermelha e preta estacionada em frente ao prédio, nada discreto e muito menos humilde.
Com a sobrancelha arqueada me aproximo do veículo vendo Samuel com as mãos apoiadas no volante. Pigarreio ao lado da janela aberta e seus lindos olhos azuis se voltam para mim com um sorriso no rosto.
Aqueles lindos olhos reluzentes me encaramesperançosos, automaticamente meu coração bate mais forte dentro do peito.— Olá senhor Rizzon, o que faz perdido por aqui? — Me apoio na janela do carro, observando-o do outro lado.— Estava te esperando. — Seu sorriso cresce, sou obrigada a sorrir de volta.— Faz tempo que chegou? — Arqueio a sobrancelha preocupada.— Digamos que uns quarenta minutos. — Ele franze o nariz passando a mãos sobre o cabelo.— Poderia ter me chamado. — Faço uma careta.— Não queria atrapalhar o seu serviço — afirma arrumando a gravata em seu pescoço.— O que deseja?— Que entre. — Ele indica o banco ao seu lado. — Está frio e eu achei que seria uma boa ideia levá-la para casa.— Sabe que não precisa fazer isso
Coloco o celular para carregar e somente agora vejo as inúmeras ligações perdidas de Ethan. Acabo fazendo uma careta ao saber que ele ainda tem esperanças em termos algo, mas minha aversão a ele vem desde o passado, não é culpa minha e nem dele, afinal, ele apenas seguia o que o pai mandava, ainda assim, não me esqueço do quanto ele e seus irmãos importunaram tanto a mim quanto Megan.Para ser sincera Samuel odeia Ethan com todas as suas forças e nem mesmo posso culpá-lo. Na verdade eu queria entender como Megan perdoou os primos com tanta facilidade? Eu não sou o tipo de pessoa que esquece tão facilmente do passado e libera o perdão se esquecendo de todo o mal que nos causaram é quase impossível.Na verdade, o problema em si nem é Ethan, e sim o fato de que não confio em nenhum dos irmãos Avallon. Eles podem ter mudado como Megan
Depois de muito analisar a porta de entrada finalmente aperto a campainha esperando alguém atender.Samuel aparece na porta sem camisa, com os cabelos bagunçados, olhos vermelhos e inchados com uma expressão emburrada.Ao me ver, abre um lindo sorrir esfregando uma mão no olho.— Minha linda menina. — Antes que eu possa dizer algo Samuel envolve seus braços envolta da minha cintura em um abraço apertado esfregando o rosto em meu pescoço me enviando um arrepio de medo por todo o corpo.Procuro não demonstrar a aflição que percorre meu corpo me forçando a aceitar seu toque e retribuo seu abraço com carinho, mas logo me desvencilho de seu aperto sem que ele perceba minha aversão por contatos tão diretos e íntimos.Com ele meus medos são quase nulos, mas contatos muito diretos me afligem um pouco.— O que
— Eu sou o primogênito e herdeiro dos Hugh, mas nunca quis assumir o lugar do meu pai, desde pequeno meu sonho era ser advogado, nunca gostei da administração e o cargo de chefe, isso nunca me atraiu, mas como eu disse sou o filho mais velho, o filho que herdaria todo o império Hugh e Bennett não aceitou a profissão que escolhi, eu seria administrador ou não faria parte do seu império, e bom, como pode ver escolhi a advocacia e meu pai escolheu me abandonar, ele me deixou sozinho para seguir minha vida sem nenhuma ajuda e assim eu fiz. — Ele faz uma breve pausa.Vejo que para ele contar tudo isso é difícil, e com muito pesar ele abre seu coração deixando seus medos e seus fantasmas expostos.— Ele cortou todos os meus benefícios, mesada e dinheiro extra. Minha mãe vendo aquilo não aceitava que ele tratasse um de seus filhos daquela maneira, mas ele
Dias depois...Acordo cedo me preparando psicologicamente para enfrentar Bennett Hugh, melhor fosse que esse homem mal caráter não estivesse por lá, mas temos que nos preparar para tudo, então estou mentalizando um mantra do bem para que tudo dê certo.Sabe quando você tem aquela estranha sensação de que tudo vai vir por água abaixo e de que você vai tocar o terror quando deve ser a dama bem vestida e educada?É exatamente assim que me sinto ao imaginar enfrentar de frente um Hugh.Claro que pouco me importo se ele vai gostar ou não quando eu falar umas belas verdades em sua cara, mas é aí que está o problema. Tenho que me segurar não por mim ou pelo fato dele ser um dos homens mais influentes do mundo dos negócios, conhecido por sua inteligência imbatível e seu mal humor diá
SamuelEncontrar minha mãe tão debilitada sobre uma cama foi um choque tremendo, mas sentir seus toques e todo o seu amor fez meu coração se encher de felicidade.— Mãe eu senti sua falta — digo deixando que as lágrimas rolem pelo meu rosto, sem vergonha de demonstrar meus sentimentos para ela.— Meu menino eu queria tanto te ver. — Ela passa os dedos nos meus cabelos, os penteando para trás em vão. –Eu senti tanto sua falta meu garotinho.Beijo todo seu rosto, sentindo seu cheiro e vendo que a abraçar e tocá-la é real que eu não estou sonhando.Apesar de estar muito magra e cansada ela está linda como sempre. Seu sorriso encantador está presente em seu rosto.— O meu menino eu acompanhei seu crescimento ano após ano estou tão orgulhosa de você.—
KatyConhecer a mãe de Samuel foi muito gratificante. Ela é uma mulher incrível e maravilhosa, mas infelizmente não posso dizer o mesmo do seu segundo filho e do seu marido. Sabe, agradeço por Samuel ter puxado tanto para ela e não ao pai.Essa Mary que acabei descobrindo por acaso não me agrada, por mais que eu saiba que ela faz parte do passado de Samuel não deixo de ter ciúmes.É claro que não vou brigar ou criar caso com ele por uma mulher que nem aqui está, mas isso não me impede de invejá-la por tê-lo conhecido primeiro.Se no lugar de Túlio, Samuel tivesse entrado em minha vida, as coisas hoje seriam completamente diferentes, mas acredito que tudo na vida tem seu tempo.Depois que saímos do hospital acreditei que iriamos embora, mas Samuel me levou para um dos hot&ea
— Oh meu Deus. — Passos as mãos no rosto. — O que eu faço. — Entro em desespero sem saber como apartar os dois.Descontente Samuel avança para cima de Jack e antes que ele conclua seu ato corro em direção aos dois gritando.— Parem. — Me jogo entre os dois segurando o braço de Samuel que recua um pouco para não me acertar.— Saia Katy eu vou acabar com esse maluco. — Samuel arma mais um soco, eu apoio as mãos em seu peito o empurrando em defesa a Jack, que está atordoado demais para conseguir revidar.— Não Sam, ele é o meu chefe. — falo em desespero entre os dois, mas me sinto uma pluma em meio a uma manada de elefantes.— Porra. — Samuel se afasta com irritação. — Por que seu chefe está trancado de cueca dentro do seu apartamento? — Ele passa as mãos pelos cabe