CLARAEu não conseguia tirar as palavras de Lucas da cabeça. O que ele havia me contado sobre o suposto acordo de Henrique mexia comigo mais do que eu queria admitir. A cada passo que eu dava de volta para casa, minha mente girava em busca de uma explicação. Por que Henrique não teria me contado isso? Depois de tudo o que passamos, ele sabia que a única forma de fazer as coisas funcionarem seria com total honestidade.Eu confiava no que Henrique havia dito até agora, mas a dúvida estava ali, como uma sombra constante. Lucas não parecia estar mentindo. E o pior de tudo era que, se ele estivesse certo, esse acordo misterioso não só colocava Henrique em risco, mas também poderia me afetar diretamente.Cheguei em casa ainda sem respostas, mas sabendo que teria que fazer o que vinha adiando desde a conversa com Lucas: confrontar Henrique. Precisava entender o que realmente estava acontecendo. Não podia continuar construindo algo com ele sem saber de toda a verdade.Peguei o celular e envie
Vamos continuar com o Capítulo 47, onde Clara e Henrique enfrentam mais desafios relacionados ao passado de ambos. À medida que tentam manter o compromisso com a transparência e a honestidade, novas complicações surgem, forçando-os a lidar com situações inesperadas. Este capítulo vai aprofundar ainda mais os dilemas emocionais de Clara, e o gancho final indicará que o confronto com o passado ainda está longe de ser resolvido.Capítulo 47CLARAOs dias após a conversa com Henrique foram uma mistura estranha de alívio e tensão. Por um lado, eu me sentia aliviada por finalmente termos aberto todas as cartas na mesa. Henrique havia sido honesto comigo sobre o tal acordo pendente, e eu sabia que ele estava determinado a resolver isso para que pudéssemos seguir em frente sem mais segredos. Mas, por outro lado, uma parte de mim não conseguia evitar pensar que ainda havia algo por vir. Algo que estava além do controle de Henrique — ou do meu.Eu estava tentando seguir minha vida normalmente.
CLARADepois daquela tarde no parque, as palavras de Henrique continuaram ecoando na minha cabeça. Ele estava tentando — isso era claro —, mas o que me incomodava era o fato de que, por mais que tentasse, parecia que as coisas nunca ficariam realmente no controle dele. E isso me deixava inquieta. Como poderíamos seguir em frente quando o passado dele ainda estava tão presente, ainda mais envolvido com pessoas que poderiam complicar nossas vidas?Eu queria confiar que Henrique resolveria tudo. Queria acreditar que, com o tempo, as coisas se ajeitariam e que, finalmente, teríamos a paz que tanto procurávamos. Mas, por mais que eu tentasse me convencer disso, a realidade era que cada novo problema me deixava mais desgastada, mais cansada.Numa noite, enquanto estávamos na minha casa, a tensão entre nós parecia ter chegado ao limite. Henrique estava distraído, claramente preocupado com o que estava acontecendo em relação ao acordo, e eu sabia que, em breve, precisaríamos ter outra convers
CLARAEu passei a noite inteira acordada, pensando em tudo o que Henrique tinha me contado. Por mais que eu tentasse me concentrar em outras coisas, o fato de que minha segurança estava em jogo era algo que eu simplesmente não conseguia ignorar. O perigo, a pressão, o passado dele — tudo isso estava começando a me sufocar, e eu sabia que, em algum momento, teria que tomar uma decisão.Quando o sol começou a surgir no horizonte, decidi que não podia mais adiar. Eu precisava confrontar Henrique novamente e entender até onde ele estava disposto a ir para resolver isso. Não podia ficar esperando que ele encontrasse uma solução enquanto minha vida se tornava cada vez mais complicada.Naquela manhã, enviei uma mensagem pedindo para nos encontrarmos. Ele aceitou rapidamente, o que me fez pensar que ele também estava tão angustiado quanto eu. Marcamos de nos ver no café do centro — um lugar neutro, onde eu poderia manter a calma e, ao mesmo tempo, ter o controle da situação.Cheguei ao café a
CLARAA mensagem no meu celular parecia brilhar na tela, cada palavra se destacando como um alerta, pulsando com um tipo de perigo que eu nunca tinha enfrentado antes. Meu corpo congelou, e por um segundo, foi como se todo o ar tivesse sido sugado da sala. Eu não sabia quem havia enviado a mensagem, mas o recado era claro: eu estava oficialmente envolvida na teia de problemas de Henrique. E agora, meu próprio bem-estar estava em risco.O que eu deveria fazer? A primeira reação foi ligar para ele, contar o que havia acabado de acontecer, mas algo me impediu. Eu sabia que Henrique já estava sobrecarregado, tentando proteger a mim e a si mesmo, e, se eu o chamasse agora, talvez só aumentasse a pressão sobre ele. Mas, ao mesmo tempo, eu não podia simplesmente ignorar aquilo.Peguei o celular novamente e reli a mensagem várias vezes, na esperança de que, de alguma forma, a gravidade da ameaça diminuísse. Mas não diminuiu. O medo começou a tomar conta de mim. Isso não era mais apenas uma qu
CLARAOs dias seguintes foram uma mistura de ansiedade e silêncio. Eu segui o conselho de Henrique — evitava sair sozinha, evitava ficar em lugares públicos por muito tempo, mas o medo era constante. Eu sentia como se estivesse sempre sendo observada, sempre à beira de algo perigoso prestes a acontecer.Cada passo que eu dava parecia mais cauteloso, e cada mensagem que chegava ao meu celular me fazia pular. A mensagem ameaçadora que recebi ainda ecoava na minha cabeça, e, por mais que eu tentasse me manter calma, o medo era uma sombra que me acompanhava a todo momento.Ana percebeu a mudança em mim quase imediatamente. Embora eu tivesse tentado esconder a gravidade da situação, ela sempre conseguia ver além do que eu dizia.— Você está diferente, Clara. O que está acontecendo? — ela perguntou uma tarde, enquanto tomávamos café no meu apartamento, um dos poucos lugares em que eu ainda me sentia segura.Eu hesitei por um momento, mas sabia que não podia continuar escondendo aquilo dela.
CLARAA mensagem no meu celular parecia ecoar em cada canto da casa. “Estamos observando, Clara. E quando chegar a hora, ele não estará lá para te salvar.” Meu coração disparou, e uma sensação de pânico começou a crescer dentro de mim. Dessa vez, não era apenas uma ameaça vaga — era uma promessa. E, pela primeira vez, senti que o perigo estava muito mais perto do que eu havia imaginado.Meus pensamentos correram para Henrique. Ele me prometeu que resolveria tudo, que não deixaria nada acontecer comigo, mas, naquele momento, as palavras da mensagem pareciam mais fortes do que qualquer garantia que ele pudesse me dar. Quem eram essas pessoas? Como sabiam tanto sobre mim? E o mais importante: como estavam me vigiando sem que eu percebesse?Comecei a andar pela casa, meu olhar indo de um lado para o outro, tentando entender se realmente estava sendo observada. Cada janela parecia uma ameaça, cada som, um sinal de alerta. O pânico começou a se espalhar, e eu sabia que precisava sair dali.
CLARAO silêncio na casa de Ana estava sufocante. Eu não sabia quanto tempo tinha passado desde que falei com Henrique, mas parecia que o tempo estava estagnado, como se o mundo estivesse em pausa, esperando pelo próximo movimento. A cada segundo, minha ansiedade aumentava. A sensação de ser observada, de que algo estava prestes a acontecer, me deixava tensa, a ponto de qualquer pequeno som me fazer pular.Ana ficou ao meu lado o tempo todo, tentando me acalmar, mas até ela estava nervosa. A situação tinha saído do controle, e, por mais que quisesse acreditar que Henrique resolveria tudo, eu não conseguia ignorar o fato de que as coisas estavam ficando mais perigosas do que jamais estiveram.— Clara, eu realmente acho que você precisa ir à polícia — Ana disse, quebrando o silêncio.Eu olhei para ela, sabendo que ela estava certa, mas ainda hesitante.— Eu sei, Ana. Mas o problema é que, se eu fizer isso, posso desencadear uma reação que vai piorar tudo. Essas pessoas não são normais.