Capítulo 168

CLARA

Os dias que se seguiram ao aviso de Henrique foram os mais longos da minha vida. Cada som, cada movimento na rua me deixava alerta. Tito era uma sombra que não conseguíamos afastar, e o medo de que algo acontecesse com Sofia estava sempre presente, sussurrando em minha mente.

Minha mãe tentou me acalmar, dizendo que estávamos seguras em sua casa, mas eu sabia que o submundo sempre encontrava um jeito. Eu não podia arriscar.

Olhei para Sofia brincando na sala com seu ursinho favorito, tão despreocupada, tão alheia ao perigo que nos rondava. Eu precisava protegê-la. E, com o passar dos dias, comecei a aceitar a ideia de que talvez a única forma de garantir a segurança dela fosse me afastar de Henrique. Eu não queria isso. Eu amava Henrique. Mas o amor não podia ser mais forte que a necessidade de segurança.

Numa manhã fria, sentei-me com minha mãe à mesa da cozinha, tentando organizar meus pensamentos.

— Eu acho que preciso ir embora, mãe. — Minha voz saiu baixa, mas decidida. As
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