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O Sheik do Deserto
O Sheik do Deserto
Por: Anne Vaz
Prólogo - Carolina Al-Makki

Notas da Autora: Se você leu os livros “O pai da minha amiga” e “Madame Suíça”, finalmente vai conhecer a história de amor entre Mahjub e Hope. Espero que gostem desse casal da mesma forma como eu me apaixonei por ele.

Obs.: Os livros são independentes, não havendo a necessidade de ler um para entender o outro. Todas as tramas são explicadas no decorrer do próprio livro. Sem mais deixo vocês com essa história. Dúvidas é só mandar um direct que atenderei a todos. Um beijo e até a próxima.

Carolina Al-Makki

Nunca pensei que criar o Mahjub com essa mistura de culturas fosse ser fácil. Eu, uma brasileira casada com dois homens, sendo que um deles abdicou de seu lugar como herdeiro do sheik no Sudão para ficar ao meu lado.

Criar o nosso filho, um pé aqui no Sudão e, ao mesmo tempo, dando conta de todas as minhas obrigações com a “First” e ao lado de Bruno, foi um pouco difícil nos primeiros meses, mas sempre tivemos muita ajuda para que tudo desse certo.

Mas essa fase que Mahjub está passando está me enlouquecendo e fazendo com que deseje voltar aos anos em que torturava homens para ter o que desejava. Enquanto estou aqui ajudando minha sogra a preparar o jantar para receber a família de Alessa e Mattia, estou com o pensamento no meu filho que resolveu nos dar trabalho.

— Minha Deusa, ele chegou… — Viro em direção ao Bruno que entra na cozinha.

Ele se aproxima lentamente de mim e, pela sua fisionomia, sei que os dois estão passando a mão na cabeça do filho. Limpo as mãos no avental que estava usando, observando atentamente o meu primeiro marido se aproximar de nossa sogra.

— Olá, al'umu… — Ela sorri e estica a cabeça para receber o seu beijo.

— Me diz que o corrigiram! — Exclamei irritada.

— Carol, ele é jovem, sabe que está fazendo isso para cancelarmos o compromisso. — Bruno tenta justificar.

Fecho os olhos, irritada, e me apoio na bancada, sinto os olhos dos dois em cima de mim. Sei que estão preocupados em como estou começando a ficar furiosa com a postura do Mahjub.

Mas está na hora de crescer e entender que a vida dele pode ser boa e feliz se parar de fazer essas idiotices por aí. Saio da cozinha e vou em direção ao escritório onde ele deve estar com Hassan e Salim.

Se esses três homens não dão conta de um menino de vinte e dois anos, podem ter certeza de que farei isso por eles. Entro no escritório e o vejo sentado despreocupadamente com um sorriso em seu rosto.

Sinto meu rosto esquentar irritada com isso, acho que Hassan percebe a minha intenção e se aproxima para tentar me conter, mas para o seu azar, ainda tenho bastante elasticidade e escapo de suas mãos. Consigo retirar o sapato de meu pé e me aproximo de meu filho inconsequente.

— Como… tem… coragem… de dormir… fora… de casa. — Em cada pausa, o acerto com minha sandália.

Ouço Salim rir de minha atitude e Hassan, tentando me segurar, acaba recebendo alguns golpes também. Via meu filho se encolher no sofá tentando se proteger das minhas investidas, mas sem muito sucesso.

— Mãe, al'umu… por favor, pare com isso… — Ele diz já caído no chão.

— Parar com isso? — Digo, alterando a voz. — Imagina a minha vergonha se você for fotografado, Mahjub…

Me afasto e deixo minha sandália cair no chão para poder calçar. Olho para Hassan, bem irritada, e aponto o meu indicador para ele.

— Resolva isso, você não gostará do que farei se ele continuar com essa atitude. Dei a minha palavra para Alessa e nunca faltei com ela. — Digo e olho para o meu filho ainda no chão com certa decepção.

Caminho em direção à pequena mesquita que Salim mandou construir aqui na nova casa. O fato de ter esse arranjo de casamento fez com que meu sogro providenciasse tudo para que os dois se conhecessem e se apaixonassem enquanto eram jovens. Me arrependo de não os aproximar desde a infância e os deixar crescer juntos, como Laís está fazendo com meus netos.

Como toda a nossa família está aqui, a casa está bastante agitada e quero apenas um momento de paz.

“Será que errei em dar a minha palavra para a Alessa”

O pensamento está me incomodando desde que soube que meu filho, herdeiro do Sheik, não havia dormido em casa, que havia ido para uma das boates do meu genro aqui na capital.

— Idealizar o meu casamento com o Henrique quando ainda tinha menos de quinze anos foi mais fácil, não é? — Viro o rosto para a minha filha que entra na pequena mesquita.

Ela retira os sapatos de seus pés e arruma o hijab em sinal de respeito.

— São coisas diferentes, mas mesmo assim foi muito mais fácil com você. — Não consigo conter a risada.

— Mãe? — Ela me chama ao sentar ao meu lado e me abraçar com carinho. — Eles são jovens e vocês sabiam que meu irmão daria trabalho quanto a isso.

— Tinha certeza de que ele começaria a enxergar a beleza da Hope, ela é maravilhosa, lembra tanto você. — A vejo gargalhar.

— Quando ainda era uma garota meiga e com medo de ser quem nasci para ser? — Sorrio e confirmo com a cabeça.

— Vou desfazer o compromisso, está na cara que foi um erro. — Digo chateada.

Sinto quando Laís deita a cabeça em meu ombro e suspira próximo ao meu ouvido. Com a decisão tomada, tenho certeza de que Salim não irá se opor, já que preza bastante a amizade com os de Luca.

Podemos encontrar outra mulher para ser a esposa do meu filho…

Faltava apenas conversar com os pais de Hope, o que provavelmente deverá ser a coisa mais difícil que farei desde que assumi ao mundo que sou casada com dois homens.

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