Haidar sorria para o pai, muito feliz por estar em seus braços. — A mamãe está com ciúmes, meu guerreiro. — Khalil fingiu que Aisha não estava ali, dando atenção apenas para o filho.— Diga para a mamãe fazer outro bebê para ela! — ouviu o bebê gargalhar, provavelmente sem entender o que ele falava.Quando ele se voltou para a esposa, ela estava rubra, com sorriso tímido marcado nos lábios macios. — Assim não precisa mais brigar pela atenção do meu pequeno príncipe. — Aisha não teve coragem de responder, ela não tinha coragem de dizer haver pensando em ter mais filhos.Certamente deveria, um sheik não iria querer ter apenas um filho, todos podiam ter quantos filhos quisessem ali, bastava ter capacidade de criar a todos, sem deixar nada faltar, e Khalil tinha mais que o suficiente para dá de comida a um exército inteiro diariamente. Aisha sentiu as bochechas quentes, não teve como disfarçar. — Então? O que me diz? — Khalil brincou, seu rosto aparecia sério, mas ela bem sabia que não
Ele sorrir, não responde. — E de que garotas está falando? Já conhece alguma? — Aisha toca no assunto que não havia passado despercebido por ela.— Não, mas como ver, tenho tempo o suficiente. Ele ainda nem caminha. — Aisha não resistiu e riu de suas palavras. — De facto! — ela o observou, Samir não ficou constrangido com sua observação demorada. Ele havia aprendido a observar seu entorno, como alvo principal sendo as pessoas. Tudo que aprendera durante aqueles meses com Khalil. — Cuidado aí! Se não, você será o responsável por ele. — Aisha aponta o dedo na sua direção. — Ah! Será um prazer! — sorri o irmão mais novo com travessura. — Quais são seus planos? — Aisha brincou.Samir largou tudo, dando total atenção para ela. — Vou ensiná-lo uns truques que aprendi recentemente, antes de ir embora ele já estará apto a se cuidar sozinho.Aisha arqueou a sobrancelha esquerda na sua direção. Samir sorriu travesso. — Sabe que Khalil me ensinou muito, certo? — sua irmã não concordou.
Samir ouviu uma voz desconhecida atrás dele. — Anda, me dê o garoto! — era uma voz masculina.Samir fez movimento para se virar. — Não olhe para mim. Me dê o garoto. — Samir viu que não havia ninguém ali, não era dia de passeio, apenas eles estavam fazendo aquilo. Por mais que Abu-Dhabi fosse a capital mais segura, ainda existiam aqueles tipos de pessoas, como em todo lugar de mundo. Samir tentou se concentrar em seu próximo passo, não poderia errar, a vida de seu sobrinho estava em jogo, e apenas ele poderia fazer algo, por isso ele não olhou na direção da irmã ou de Layla, deixando que eles achassem que estava sozinho. — E como te darei uma criança, se não me virar? — Samir ousou perguntar. — Não seja engraçadinho! — reclamou o indivíduo, apertando o que parecia ser o cano curto de um revólver. — Viri-se e me dê seu filho! — Samir se virou devagar, ele sorriria se não fosse nada sério. "Pelo menos são idiotas o suficiente para me confundir com outra pessoa, e pensar que Haid
Aisha sentiu seu coração apertar, não só por seu filho, por Samir também, não tinha como negar, eles haviam sido sequestrado e Khalil havia desconfiado por ver o veículo, pois ele só descreveria si tivesse o visto. Ela sentiu seu mundo desabar, suas pernas ficaram fracas, ela teve te se aproximar da parede para não perder o equilíbrio, aquilo fez Layla, que estava de saída da loja, ficar em alerta, ela quase correu para fora. Chegando a tempo de ouvir palavras estranhas vinda do filho que estava ao celular. — Sim, preto. Claro que é seis lugares, acredita que estaria ligando se estivesse dentro dele? — Khalil se irritou com seu ouvinte. — Ainda preciso confirmar tudo que já disse? Façam logo isso. Se este carro sair da capital, alguém morrerá por incompetência. — Khalil avisou, desligando o celular.Layla ficou em choque, seu filho não ameaçava ninguém, agora notara Aisha desamparada, Khalil tocou seu ombro a chamando atenção: — Irei resolver isso, os teremos de volta! — assegurou.
Em algum momento de sua viajem indesejada, aqueles homens mal-intencionados, mudaram de carro, desta vez, apenas três estavam com ele, a diferença não era quase nada, porque suas armas continuavam apontadas para ele e o sobrinho. Ele não poderia simplesmente sair pela porta sem ser notado, como o carro estava em movimento, iria rolar no chão quando caísse, como faria com o sobrinho nos braços?Também não seria simplesmente pular, teria de fugir correndo, enquanto eles ainda teriam dois carros e armas para lhe perseguir se quisessem, porque após dá este trabalho pensariam que melhor seria matar os dois. Samir não via outra saída a não ser revisar em sua cabeça o que estudara sobre o tahtib profissional, quase ninguém sabia as técnicas dele. Samir não podia dizer ser profissional, ele apenas estudou nos livros e visto, enquanto treinou algumas das coisas que assistiu e ouviu nos vídeos ao quais ensinava alguns truques, era apenas um passatempo, mas teria de lhe servir em algum momento
Khalil parou onde o carro havia sido localizado, não havia ninguém suspeito. O sheik se irritou, tentou se manter no controle apenas interrogando aqueles que estavam ali. — O dono deste carro, onde ele está? — o homem baixou os olhos, respondendo prontamente. — Eu sou o dono dele. — Khalil respirou fundo. Era visível a inocência dele diante da situação. — Quem o alugou até poucas horas? — já haviam se passado quase uma hora. — Eu não o conheço senhor... — foi interrompido pelo comandante. — Emir. — avisou ao homem. — Ele não disse o que faria, emir! — o desconhecido de quase cinquenta anos já tremia. Aquele que estava com ele, deveria ser seu filho, mas se manteve longe, sabiamente. — Eu não tenho tempo para te castigar agora, então apenas me diga onde ele foi, qual direção e o que usou para sair daqui! — ordenou irritado.O outro disse o que sabia, ainda temeroso por sua vida. — Eles foram em direção a saída da cidade, mas não parecia que iriam viajar, eles quiseram alugar um
— Sabe, vocês são mesmo idiotas. Quem mandou vocês, não deu as informações necessárias para este sequestro ser um sucesso. — o homem estreitou os olhos na sua direção.Ele se preparou, o homem foi tão burro que o fez segurar o bastão improvisado, para então amarrar em sua mão. Eles confiavam que um revólver apontado para ele era o suficiente para o fazer ficar quieto. Deixou que ele se preocupasse em amarrar pelo menos uma volta, deu o nó... — E o que é isso aqui, se não é o sucesso? — riu um deles.Samir aproveitou a oportunidade única.Apertou o bastão e puxou a mão com corda e tudo, com força, deixando o homem surpreso, o outro lhe apontou a arma ao seu rosto, Samir chutou no meio das pernas daquele que estava a sua frente, que antes amarrou a corda, ele caiu no chão, reclamando por sua dor, Samir bateu parte do bastão na mão do outro, o fazendo deixar a arma cair. — Que droga está acontecendo aqui? — aquele de óculos parou quando viu o jovem se mover, saindo da cadeira com o be
Mal tiveram tempo de se posicionar para executarem Samir e seu sobrinho. Sem que percebesse já haviam sidos alvejados. Samir sentiu o fedor do sangue no momento seguinte, viu os corpos caindo depois do impácto que receberam, suas roupas manchadas de um vermelho muito forte pintaram o chão com aquele líquido que jamais será uma tinta aceitável em obra nenhuma. Os outros dois que sobraram ficaram assustados, procuravam de onde as balas saíram, eles tentaram se proteger atirando por todas as paredes, assim como a porta, esqueceram-se dos seus reféns, mas para sua desgraça descobriram que já era tarde. As paredes tinham algumas rachaduras por onde algo como uma munição da M82, uma arma potente, que pode abater a longa distância, pois pode ser atirado fogo a construções como aquela, blindados e helicópteros. Homens bem protegidos haviam adentrado o local, apontavam seus rifles para os dos homens assustados, eles foram obrigados a largar suas armas e se abaixarem como foi pedido. — انظر