Naim não se importava mais com o conteúdo daquela carta, no início havia sido diferente, saber que seu pai de biológico não era aquele que lhe criou com todo amor que ele pode dar, que sua mãe nunca teve coragem de contar a verdade ao filho, nem para o pai que ele conhecia, não contara quem era o causador de sua infelicidade, antes de tudo aquilo. Naim sentiu raiva por Hassan ter escrito aquela carta, desejou nunca ter conhecimento daquele segredo, mas era seu destino. Aquela carta já havia sido muitas coisas, menos sinônimo de alegria, ele sabia que teria de guardá-la, para um dia usar, pois, precisava dela, naquele momento era o único modo de provar que também era filho do Hassan.Mas ele não queria nada que fosse dele, a não ser, conviver com o irmão mais novo. Naim já tinha a riqueza de seu pai adotivo, o único pai que reconhecia, não precisava de mais nada. Tinha conhecimento de todas as letras que estavam naquela carta, por um dia já ter odiado a mesma. Basicamente sabia cada pa
— Não vou pedi desculpas pelo... — Naim tomou a palavra sem desrespeitá-lo, tinha em mente que ainda estava na terra de Khalil, aquela que ele governava. — Não se dê ao trabalho de pôr um título por mim no seu pai, aquele que conheço como tal, ficou na Arábia Saudita, esperando pelo meu retorno. — esclareceu.Khalil não poderia dizer que nada relacionado a eles, depois da carta nada poderia ser agradável. Naim já havia se acostumado, mas com certeza ainda sentia algo com as palavras frias de seu progenitor. — Certamente não deve me pedi desculpas por nada que ele fez ou pensou naquela época. Na verdade, não temos nada a ver com isso.Khalil anuiu, eles realmente não tinham nada a ver com a história que cercava o mesmo homem e duas mulheres. — Mais podemos resolver isso por nós mesmo! — assegurou o sheik. — Não fala de herança, certamente. — Naim, pois os cotovelos sobre os joelhos, tomando uma postura que delatasse seu interesse pelo assunto. — Acredito que não é o que quer, depo
Khalil se sentou ao seu lado. — Não posso mentir para a senhora... Mas receio que seja difícil contá-lhe algo assim, quando para mim também soou inacreditável. — Khalil, você é crescido e eu também, deixe de cautela e diga logo! — Layla não gostava de rodeios assim como ele.— Meu pai deixou uma carta. — foi direto ao ponto, como ela ordenou. — E onde ela estar? — ele podia ver a ansiedade a consumindo em segundos, ela estava interessada. — Não é uma carta para nenhum de nós. — deixou-a confusa. — Desculpe mãe! Mas a carta era para outra mulher, uma mulher com quem ele viveu um curto relacionamento. Ele a deixou pela senhora, ela foi embora, antes que se casassem. Depois ele foi a Arábia Saudita, por coincidência a reencontrou, então ele voltou com um segredo. — Layla sentia seu pobre coração balançar. — Isso já era um segredo. — ela murmurou baixinho.Layla amava tanto o homem que Khalil falava, que teve que olhar para o retrato dos dois novamente, para ter certeza que encont
Layla deixou seus lábios esticarem em um sorriso quando suas lágrimas reservadas rolaram nas pontas dos dedos dele. Ele soltou sua mão e limpou do outro lado, admirando a reação de sua amada. — Espere por mim, minha Layla! — pediu ele. Layla acenou corajosa, um novo vigor a levantava de onde ela achou está quando ouviu a má notícia, mas agora estava tinha fé. Ele a amava, assim como ela o amava, então era apenas esperar por ele e tudo daria certo. Quando Layla menos esperou, sentiu algo macio e quente encontrar sua testa. Ele a abraçava, e beijava sua testa, ela estava com as mãos paradas do lado do corpo, ele a prendia em seus braços com os seus que a rodeavam, agia como se tivesse permissão para fazê-lo. — Doce Layla. — murmurou depois de deixar sua testa, vendo seus olhos curiosos e surpresos, encontrarem os dele, ele riu. — Você é linda! — confessou. — E é por isso que quero que me prometa que não aceitará ninguém além de mim. Que prometa que vai esperar! — parecia uma ordem
Khalil ficou com ela por mais um tempo, sabendo que Aisha já estava dormindo naquele momento. Ele estava cômodo agora, ela aceitou muito bem. Não era de se estranhar que ela dissesse coisas do tipo sentimental, eles quase não falavam de Hassan, não em momentos normais. Aquele não era um momento normal, mas também não era nada triste, como as muitas datas que seguiam depois de sua perda.Na manhã seguinte, Aisha se aproximou dele. — Agora vai permitir que ele venha conhecer a todos? — ouviu sua mulher perguntar enquanto ele se arrumava. — Sim. Ele tem esse direito. — disse concentrado no que fazia. — Concordo. — diz Aisha. Fingindo que iria o ajudar com a camisa, quando Khalil deixou, ela abriu sua roupa, o fazendo estranhar sua ação. — Não está bom. Vou resolver! — ele concordou, acreditou que era a melhor opção.Aisha sorrir, tira sua camisa e passa para suas calças. — Agora entendi. — um sorriso malicioso beira os lábios dele.Aisha o puxa pelo cós de sua calça, o sheik a acom
A garota dos olhos bonitos e cabelos pretos seria mais tarde alguém na vida do filho, mas Aisha não tinha como saber no momento. Assim que o dia encerrou, o telefone de Khalil tocou. Olhando na tela, ele constatou que não era ninguém de sua agenda, mas poderia imaginar quem era, já que esta pessoa disse ter seus meios. — Emir Khalil. — falou a outra pessoa.Khalil poderia ter falado com ele pouquíssimas vezes, mas aqueles momentos foram importantes em sua vida, então ele reconheceu a voz. — Naim. Como vai? — Khalil estava calmo — Muito bem! Obrigado por perguntar. — usou um tom de brincadeira. — Devo perguntar como conseguiu o número? — Khalil foi direto. — Isso faz muito tempo, acredito que não. Como está passando? — mudou de assunto. Aquilo era o de menos, pois o sheik tinha em mente que Naim já sabia deles há muito tempo, então havia conseguido tudo que precisasse com calma.Khalil respondeu enquanto olhava para seu escritório. — Perfeitamente aceitável. — também estava lhe
Samia se aproximou de Aisha, ela estava muito feliz, fazendo a amiga notar rapidamente. — Posso saber o que aconteceu? — Aisha perguntou curiosa.Samia sorrir maior ainda. — Claro! — ela tira algo da bolsa, mostrando a Aisha.Feliz com o que estava vendo, Aisha a abraça forte, desejando muitas bençãos para Samia. — Por Alá, que benção! — diz a outra emocionada, sendo quase apertada pela sheika. — Calma, eu preciso respirar ainda. — brinca, conseguindo que Aisha a soltasse se desculpando. — Me empolguei. Por Alá! Agora você vai saber como é maravilhoso, cada sensação. — Aisha compartilhava de sua alegria. — Samuel já sabe? — perguntou curiosa, já que Khalil não dissera nada. — Não. Acabei de descobrir. — revelou Samia, em seu rosto demostrava ansiedade. — Calma, não se preocupe, ele vai amar a notícia. — passou uma das mãos pelas costas de Samia, franzindo de leve e alisando sua roupa. — Então façamos o seguinte? — Aisha teve sua atenção.A loja estava cheia, então ela a puxou
Algo branco e brilhante no bolso de sua farda chamou sua atenção. A antiga funcionária havia deixado na roupa que usava. Curiosa, ela abriu o convite, notando ser o mesmo que havia visto na lixeira outro dia, perto do caixa de atendimento. Parou de caminhar por alguns segundos para ler o conteúdo: Você está convidada para a festa de aniversário do príncipe Khalil. Ele pediu que compareça às oito horas. A festa terá início às sete. Sinta-se bem-vinda para fazer companhia ao sheik. Iremos lhe fazer uma visita antes do prazo. Aisha sorri com o conteúdo, mesmo parecendo sério. Ela sorriu por ser o segundo convite para uma mulher que se demitiu assim que recebeu o primeiro, ou seja, as chances de encontrá-la eram mínimas, ainda mais se ela tivesse saído do país. O conteúdo esclareceu que o tal sheik não pedia o seu comparecimento e sim, exigia, diferente do que estava escrito. De volta ao caixa, ela saúda sua colega ao lado. Põe o convite em cima da bancada e pergunta: — Quantas