✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩
—A gente quase fez isso antes. Por favor. —Ela me puxou fortemente e envolveu as pernas em minha cintura. Seu vestido de pano fino subiu na altura de peito, como resultado do ato de subir as pernas.
Eu sentia ela dançando contra o meu membro. Era perturbador.
—Para, Liza... A gente não pode. Eu não posso fazer isso com você. Por favor-
Ela puxou-me pela nuca, fazendo com que eu cedesse, e eu caí sobre a mesma.
Sentia tudo. Eu estava sentindo tudo. Em cima daquele corpo quente, soltei um gemido abrupto, em meio a respiração ofegante.
Minhas bolas doíam, buscando aliviar o que havia dentro.
Ela era quente.
Ela era tentadora.Eu a beijei. Eu a beijei feito um esfomeado. Minhas mãos desesperadas foram tirando as alças finas daquele vestido, deixando-a despida. Ela não usava nada além de uma calcinha por baixo das vestes.
Eu me sentia no paraíso, com o céu pintado de vermelho sangue. A medida em que meus lábios beijavam a chupavam o seu corpo todo, minhas mãos apertavam seus braços com tanta força, que foram deixando manchas extremamente vermelhas por sua pele pálida.
Mas eu não percebi.
Ao tirar seu vestido e sua calcinha, também me despi. Nu, me ajoelhei em frente ao colchão e a puxei para mim, pelas pernas.
—Wictor... —Ela puxou os lençóis para suportar o contado dos meus beijos em seus lábios de baixo.
Estava molhada. Ela era lisa. Com a língua, fui abrindo seus pequenos lábios e senti Elizabeth estremecer.
Meus cabelos foram pressionados quando ela enfiou a mão em minha cabeça, não suportando os efeitos que minha língua causavam pela região encharcada.
Eu não a fiz gozar. Eu a fiz reprimir. Sabia que ela estava quase lá.
Subi.
Ela me olhou sem entender. Nunca havíamos feito aquilo. Talvez ela esperasse que eu a deixasse terminar, mas eu jamais a deixaria.
Ela me olhou de cima, repreendendo o meu recuo.
—Por quê?
—Porque somos irmãos e eu não posso fazer isso. Não com você. —Me levantei, sentindo o mastro doer sob a pressão de não ser usado.
Atravessei o quarto e estiquei o braço, alcançando um roupão jogado sobre o divã. Arremessei para ela.
—Acho melhor você se lavar e sair. Papai não está muito bem e pode vir me chamar. Acho que ele não acharia normal ver você nua na minha cama, ou se vestindo pra sair daqui.
Frieza.
Era tudo o que eu conseguia dar para ela enquanto evitava olhar em seus olhos, tratando-a com desdém.Ela estava confusa, eu sabia que estava. Nós nunca havíamos feito aquilo e eu estava surtando. A nossa família era baseada em princípios criteriosos, duvido muito que eles aprovariam algo parecido.
...
Elizabeth nem se lavou. Eu percebi uma movimentação rápida antes que a porta batesse violentamente.
Qual o nosso problema com portas?Adentrei ao banheiro, em meu quarto, e esvaziei. Segurei o pau na mão e lancei as costas contra o mármore aquecido na parede do box. À medida em que minha mão subia e descia, eu mal conseguia controlar os meus pensamentos.
Eu queria que fosse ela. O meu corpo implorava por ela.Mas que diabos!Aquela situação me serviu como impulso para que eu embarcasse nas loucuras do meu pai e arranjasse uma noiva.
Eu precisava tirar a minha irmã da cabeça antes que esse romance sombrio fosse além de uns beijos safados.Após tomar um banho demorado e me masturbar, me vesti adequadamente e deixei o quarto. Estava pronto para encarar o meu pai com a decisão que ele gostaria.
—Ah, um minuto! Onde o meu pai está? —Parei um dos empregados na escada.
—Eu estava indo lhe chamar, senhor. Eles estão se reunindo à mesa para o jantar.
Agradeci com um sorriso mínimo e acelerei os passos pelos degraus de madeira.
Eles estavam lá, sentados à mesa planejando o aniversário da minha irmã. Ela seria debutante.
Inspirei fundo, estufando o peito, e expirei liberando a ansiedade. Apesar de apertar bem a ponta dos dedos, eles ainda se mantiveram lá quando eu abri as mãos para puxar uma cadeira de frente para Elizabeth.
—... Eu sei que parece exagerado, mas só se tem 15 anos de idade uma vez na vida!
—Mamãe, papai; eu não preciso de uma festa gloriosa. Eu prefiro um bolo, meus amigos, uma dança com o papai e uma dança com o Wictor.
Engasguei, chamando a atenção para mim. O suco de frutas me causou uma pressão no peito enquanto eu tossia.
—Mas o que diabos tinha nesse suco? —Questionou o meu pai, soltando o garfo e a faca sobre a mesa.
—Eu... Eu estou bem! —Pisquei, espalhando a vermelhidão dos olhos. —Eu estou bem. —Inspirei, ainda terminando de tossir. —Foi culpa minha. Estava com sede, só isso. Desculpa.
Papai e mamãe se olharam, dispensando a empregada que estava voltando para a mesa.
—Bom, continuando o assunto, eu não quero nada grandioso. É sério. Sem amigos poderosos e... Sem as minhas tias também papai. —Pediu Elizabeth, fatiando seu pedaço de bife.
Após alguns minutos em silêncio, apenas talheres batiam no prato levemente, acompanhados ao som de copos que iam e vinham da mesa.
Eu e meu encorajamento tivemos a iniciativa de quebrar o silêncio.
Com um pigarreio, engoli.
—Mamãe, papai, eu gostaria de dizer que aceito conhecer algumas pretendentes.
Foi a vez de Elizabeth se engasgar com um pedaço de carne.
Ignorei.
—A nossa família precisa da herança e do controle da fábrica de café, pra controlar a indústria do café nesse país. Eu sou o primogênito. Eu tenho que tomar decisões difíceis desde já, e se isso implica salvar a minha família, então eu aceitarei me casar para o nosso bem.
Ela me olhou, incompreendida. Seu engasgo não durou muito tempo, mas foi o suficiente para deixar rubor em sua pele.
—Ah, meu filho! Que bom! Eu fico muito feliz que tenha repensado sobre isso. —Papai sorriu, erguendo uma taça de suco. —Bom, vamos brindar com suco, mas pedirei que tragam um espumante. O momento é propício.
Assenti.
Ah, Elizabeth. Você precisa ver a sua cara agora...
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩O espumante chegou e o brinde foi feito. Papai e mamãe estavam orgulhosos. Elizabeth não sorria. Ela parecia apática....Após o jantar, papai e mamãe foram conversar no escritório. Ficamos apenas Elizabeth e eu à mesa.Ela me olhava em silêncio enquanto os empregados retiravam as coisas da mesa.Não importa o quanto eu mordesse a minha mandibula, a ansiedade permanecia no mesmo lugar dentro de mim.Eu devia me sentir melhor. Então porque não me sinto?Levantei-me da mesa abruptamente, arremessando o guardanapo sobre a superfície de mármore.Meus pés apressados encontraram os jardins da casa sob a luz do luar. Eu me sentia preso. Havia uma pressão enorme sobre as minhas costas.Retirei os sapatos, encostando-os aos pequenos degraus da entrada, e caminhei pela terra fria, olhando para a lua. Enterrei as mãos nos bolsos da calça para aquece-las.Um graveto se quebrou atrás de mim, obrigando-me a olhar.—Então você vai mesmo se casar? E eu-—Então você não sabe q
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Aquela noite foi difícil pros meus pensamentos. Nem toda a minha dedicação, para amanhecer apresentável, estava funcionando. Rolar de um lado para o outro numa cama gigante, não me fez sentir melhor.Pelo contrário. Me trouxe solidão e angústia profunda.Após algumas horas, as cortinas estavam balançando com o vento. A luz que entrava pelas janelas escandalosamente grandes, me deixava cega.Agarrada ao travesseiro inútil, espremia as pernas em posição fetal. Uma das piores sensações que se pode carregar no peito, é aquela a qual você não consegue dar descrição.Suspirei. Virei para o teto e caí os braços. Cada um para um lado.Por que eu me sinto tão só?Minhas respostas não viriam de um teto branco com detalhes dourados e cinza. Eu precisava reagir à minha própria vida.Joguei as pernas para fora da cama e me arrisquei a começar o dia como se esperasse por um evento comum. Embora eu soubesse que seria uma situação constrangedora conhecer a futura noiva do meu i
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Meus pais haviam pensado em tudo e quando eu concordei em conhecer algumas pretendentes, eles foram atrás de Mary Jacob.Se você não sabe quem é Mary Jacob, por onde esteve durante os últimos 15 anos?!A minha pretendente é a filha única do contador renomado. Ele foi o contador da minha família até o vovô fechar sociedade com outras pessoas e ele pedir demissão.Nós nunca descobrimos o que o motivou a pular fora dos Konnor....Após a recepção calorosa, levei Mary para um passeio pelo jardim vasto da propriedade dos meus pais.—A sua irmã é realmente tão linda quanto falam. —Informou, agitando as mãos próximas às bochechas ruborizadas pelo calor.—Elizabeth tem seus charmes. —Desviei o rumo daquela conversa. —Os meus pais me disseram que você vai precisar se ausentar por um ano inteiro, isso é verdade?Ela encostou o queixo no peito e cedeu.Não entendi.Parei de andar. Esperava que fizesse o mesmo, no entanto, Mary trocou mais alguns passos em direção à namor
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩...Atravessei a sala em passos acelerados e alcancei a cozinha. Avistá-la comendo sozinha foi quase como um troféu.—Então a candidata à mulher de Deus já foi?O desdém dela acabava comigo. Ela estava me punindo?—Para de gracinha, Elizabeth. —Me aproximei um pouco ranzinza.—Deveria estar feliz, afinal de contas eu vi vocês no jardim. —Terminou o suco, mas o silêncio durou pouco, antes que suas provocações a dominasse. —Da janela do meu quarto, não se esqueça, eu tenho uma vista triunfal.—Não me esqueço. —Com cansaço, debrucei-me sobre a mesa e descansei. —Você estava me vigiando outra vez. Ao menos, dessa vez, eu estava vestido.Fechei os olhos, ouvindo um suspiro curto. Segundos depois, percebi ela se levantar, mas isso não me motivou a abrir os olhos.Talvez nada me motivaria.Seus passos de volta pararam próximos a mim. Estava pronto para abrir os olhos, e quando o fiz, me vi sozinho outra vez. O cheiro dela ainda estava pela cozinha, como ela poderia t
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩...Em meu quarto, fui até a caixinha de primeiro socorros que ficava no banheiro e comecei a mexer nos analgésicos. Não me importei em procurar por um antisséptico.O celular começou a vibrar sobre a escrivaninha, e, após ter tomado três cápsulas de cores diferentes, perambulei até o aparelho barulhento, usando tudo o que havia restado da minha paciência.—Quem é? —Troquei alguns passos em direção à cama, jogando o corpo lento sobre ela.—Wictor, é a titia-—Tchau, tia.Eu estava pronto para desligar, quando a ouvi implorando.—Não, meu querido sobrinho! Por favor, não desligue. Eu te peço. É sobre o seu pai.Ela sabia como me fazer escutar. Apesar de estar sentindo a paz dos analgésicos misturados, eu ainda raciocinava olhando para o teto que estava em movimento.—Continue...—Venha até a minha casa hoje a noite. Eu tenho uma coisa pra lhe mostrar e é coisa séria, Wictor.—Às oito. Eu apareço aí às oito. —Bocejei. —Tia, eu preciso desligar. Estou lambendo as
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Pronta para sair, tamborilava os dedos sobre a mesinha de canto. O meu pai passou por mim, falando ao telefone. Pareceu agitado, mas sequer falou comigo.Passos acelerados se aproximaram. Ergui o queixo desafiador, encontrando o segurança que seria responsável por me levar para a aula de balé. Ele sorriu para mim, estendendo a mão. Seu cavalheirismo era tão real quanto a mão que me tocava naquele momento.Eu sentia falta de ter o Wictor comigo, me dizendo o que fazer. Me falando como não confiar nas pessoas e, frequentemente, me livrando de todas as enrascadas nas quais eu me propunha a ser vulnerável....Bati a porta do carro, arrumando a mochila suspensa sobre um ombro.—Ficarei a sua espera, senhorita Konnor. —O segurança pôs uma mão no volante e a outra sobre a coxa.Eu sabia que ele estava com a mão próxima a cintura para facilitar o saque da arma, mas preferia pensar que ele estava apenas relaxando.Acenei positivamente e me distanciei do carro aos poucos
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Meu coração acelerava diante de uma espera frenética.—Aconteceu comigo, há vinte anos. O seu avô... Eu ainda morava na mansão dos seus falecidos avós, que agora está trancada. Aquela maldita mansão guarda TODOS os podres de todo mundo, pode acreditar. —Titia se serviu com mais vinho, deixando a garrafa quase seca também. Toda a sua delicadeza havia evaporado junto com a bebida enquanto ela falava e bebia em minha frente. —Há vinte anos eu adotei um garotinho lindo. Ele se parecia muito com você, quando era criança. Era sapeca, protetor, arranjava encrenca... Mas era encantador, extremamente inteligente e muito forte. Sempre defendia os mais fracos.Naquele momento eu pude perceber os cantos dos olhos de titia marejando.—T-Titia...—O seu avô não se mostrou contra a minha vontade quando cheguei com ele. Ele parecia tão satisfeito... Mas, durante a última noite de inverno o meu filho desapareceu. Nós estávamos na casa de campo. Eu, o meu filho, os seus avós e
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Há quem diga que violência não é a solução. Eu digo que não é mesmo. Violência é a pergunta e a resposta é sim.Antes de iniciar aquela aula, um professor novo entrou na sala. Ele parecia gentil, falou com todas as meninas, se apresentou e, como de costume, o mesmo adulto de sempre permaneceu dentro da sala. Todas as câmeras ligadas. Tudo estava como de costume.Ao final das aulas, percebi que ele falava freneticamente ao telefone. Parecia nervoso. Andava de um lado para o outro, arrumando a mochila sobre um dos ombros.Eu não confiava nele. Algo nele me assustava. Talvez fosse o fato de ele ser novato para mim. Talvez o motivo fosse seu comportamento esquisito e ansioso... Ele me assustava.Ignorei.Adentrei ao vestiário feminino e tomei o meu banho. A água estava quente, eu estava cansada e a minha roupa estava pendurada esperando por mim. Ao acabar, me vesti pensando em como aquele dia havia sido terrível. Eu só queria que acabasse.Wictor namorando, papai ap