48Capítulo 48Sophia narrandoEu acordo antes de Frederico, ele ainda está dormindo. Eu desço até a cozinha e preparo o nosso café da manhã, a gente ainda não tinha empregados na casa, apenas seguranças e porteiro. Segurança era algo na lista que não poderia deletar, acho que deveria ter uns 25 seguranças em volta da casa e na estrada fazendo a segurança dela durante 24h do dia.Eu arrumo o nosso café da manhã com as coisas que Frederico gosta, frutas, leite fresco, manteiga, frios , pães, eu olho para aquela mesa, para casa toda decorada e eu não acredito que estou vivendo isso.Eu vi ontem a foto de Saimon e ele deu uma boa lição nele, eu não sei se fico aliviada por isso ou se fico com medo do próximo passo de Saimon, mas deixaria rolar um dia de cada vez.Eu subo com a bandeja do café da manhã e paro na frente do quarto que ele tinha preparado para a nossa bebê, eu olho para o quarto e sorrio. Eu entro colocando a bandeja sobre a cômoda e me aproximo do berço novamente, aquele be
49Capítulo 49Frederico narrandoEu estava com Sophia na sala quando meu celular toca e era Antonio.- Frederico nos temos um problema – ele fala- O que aconteceu? – eu pergunto me levantando do lado de Sophia e atraindo o seu olhar para mim.- O carregamento foi roubado – ele fala.- Qual carregamento? – eu pergunto.- De armas – ele fala – o carregamento foi todo roubado.- Quem fez isso? Quem foi o desgraçado que roubou essa carga? – eu pergunto ficando nervoso.- Ainda não sabemos, o motorista e o carona foram encontrados mortos, assim como os tripulantes da segurança – ele fala – no total são mais de 18 mortes.- Alguém armou para nós – eu falo – estou indo para sede agora mesmo.- Tudo bem? – Sophia pergunta.- Eu não queria te deixar sozinha, mas tenho um problema sério na sede – eu falo – eu vou precisar ter que ir até lá – eu olho para todos os lados – Eu quero que você venha comigo.- Com você? – ela pergunta.- Sim – eu respondo – eu ainda estou me acostumando com a segur
50Capítulo 50Sophia narrandoAlgumas semanas se passou desde o nosso casamento, Frederico está bem atarefado na máfia, a gente já tinha escolhido os funcionários para nossa casa e eu já não precisava ir até lá.Hoje a gente estava dando o nosso primeiro jantar em nossa casa, com Hernandes, Isabel, Antonio, Maria e Kaio. Eu tinha preparado um menu e tudo com muita atenção, o primeiro jantar na casa nova era importante ainda mais quando o convidado era o presidente do conselho da máfia, tudo era muito observado por ele e confesso que várias regras da máfia me deixa muito nervosa.- Essa tabua está uma delicia – Isabel fala – foi você que fez?- Não – eu respondo – eu não estou conseguindo nem chegar na cozinha.- Essa fase de enjoos é horrível mesmo – ela fala .- Quanto tempo falta para o novo mascote nascer? – Kaio pergunta.- Algumas semanas – Hernandez fala – Isabel já está no final, graças a Deus. Porque lidar com os hormônios de uma mulher grávida é pior que ter três inimigos co
Antonio narrando 31 anos antes...- Aqui estão todas as garotas do orfanato – Saimon fala – consegui pegar os dados de todas.- Selecionou as que a gente precisa? – Jean Carlos pergunta para o filho.- Acho que vão gostar dessa aqui – ele fala escolhendo a foto – Sophia Moreira, ela é brasileira, seus pais tentaram entrar na Australia ilegalmente quando ela tinha apenas 4 anos de idade, o barco afundou, os pais morreram e a menina sobreviveu porque um dos passageiros conseguiu salvar ela e colocar ela dentro de um pequeno bote que tinha no barco, ela foi levada para o orfanato e ainda está lá.- Interessante – eu falo – e a família que ficou no Brasil?- Todo mundo acredita que ela morreu – Saimon responde – Ela foi levada direto para um orfanato, nenhum consulado nem o governo da Australia, quis gastar dinheiro mandando-a de volta, então decidiram jogar ela em um orfanato com poucas condições, seria mais barato para eles do que todo o trabalho de enviar ela para o Brasil.- Será que
Jean Carlos narrando - Sophia – A diretora do orfanato fala olhando para ela – Esse é Jean Carlos.Sophia me encara meio tímida e parecia querer advinhar o que está acontecendo aqui, ela coloca as suas mãos na frente do seu corpo e coloca uma sobre o seu braço.- Olá Sophia – eu falo sorrindo e me levantando – é um prazer conhecer uma menina tão doce e bonita que nem você.- Dê Oi a ele Sophia, não seja mal educada – A diretora fala para ela e ela ainda me olha desconfiada.- Oi, é um prazer conhecer o senhor Jean Carlos – ela fala dando um leve sorriso.Eu devolvo o sorriso a ela.- Sophia, esse senhor é um dos empresários mais famosos da Australia, você teve sorte – A diretora fala se aproximando dela.- Sorte? – ela pergunta.- Você foi adotada por ele – A diretora diz e depois me encara – Agora você terá uma casa, você terá irmãos, vai poder frequentar escolas, ter amigos – ela passa a mão pelo rosto de Sophia lentamente – tudo como você sempre quis.Ela olha para diretora com um
Jean Carlos narrando Com a televisão do meu escritório ligado eu monitoro todos os passos de Sophia em seu quarto.- Será que vai demorar para ela trocar de roupa? – Saimon pergunta quando entra.- Poderia ir tomar banho de uma vez né – Samuel fala – diz que colocou câmera no banheiro também, pai.- Coloquei meninos, apenas na parte do chuveiro e da banheira, assim conseguimos enviar as imagens para o cirurgião ver o que será preciso fazer para moldar ela – eu falo.- Você realmente acha que ela vai ser a garota certa para o que queremos? – Samuel pergunta.- Vamos ter que ver conforme for fazendo o treinamento – Saimon fala a ele – porém, seu histórico é bom, ela é uma indigente na Austrália, seus familiares todos acreditam que ela morreu, não existe ninguém procurando por ela. - Saimon tem razão, isso já faz ela ganhar pontos, eu irei conversar com ela e vou fazê-la entender que para sobreviver ela terá que passar por um treinamento rigoroso – eu falo – mas ela terá tudo que ela s
Saimon narrando Sophia está completando 15 anos de idade, meu pai ficou doente e está internado em casa em seu quarto, mas acompanhava todo o treinamento dela pelas câmeras de segurança. Eu não tinha me enganado quando eu a escolhi, ela era perfeita para o que a gente queria e eu soube disso desde a primeira vez que eu a vi.Ela está com uma arma mais pesada em sua mão olhando para frente, era a primeira vez que ela treinava com essa arma, sua mão escorria sangue e ela se mantinha firme com a dor que deveria estar sentindo.- Levanta o braço Sophia – eu falo e ela faz – segura direito a arma se não você não vai conseguir acertar a mira novamente e será punida por isso. – Ela arruma a arma. – Prepara, engatilha, atira – eu grito e ela atira, mas erra a mira novamente.Ela desce a arma para baixo e eu ando até onde ela deveria ter acertado e tiro a bala, ela tinha errado por menos de 1 cm, eu olho para ela e ela coloca a arma sobre a mesa do seu lado e estende a mão que está machucada
Saimon narrando Faz exatamente dois anos que Sophia está sendo treinada e está dentro do quarto vermelho é assim que chamamos o lugar que foi criado para o treinamento, era um galpão enorme dentro de nossa casa mesmo, o quarto era todo vermelho e com pouca ventilação, lá dentro a gente fazia ela sentir todas as sensações possíveis para ver como estava o seu sentimento, ela sabe que está sendo monitorada 24h do seu dia e por isso não poderia fraquejar em nenhum momento, e eu coloquei na cabeça dela que ela só poderia demonstrar as suas fraquezas para mim, porque assim quando ela estiver fora desse quarto e acontecer algo, ela vai contar para mim sem que eu preciso ficar perguntando.- Você chuta mais alto que isso, não é mesmo? – eu pergunto para ela.Eu tinha passado da etapa da tortura com ela, tentava levar os treinos mais descontraído porque preciso que ela tenha confiança em mim e ao mesmo tempo medo. Ela tinha horário para tudo, ela acordava as 6h tomava seu café da manhã e tre