Antonio narrando
31 anos antes...
- Aqui estão todas as garotas do orfanato – Saimon fala – consegui pegar os dados de todas.
- Selecionou as que a gente precisa? – Jean Carlos pergunta para o filho.
- Acho que vão gostar dessa aqui – ele fala escolhendo a foto – Sophia Moreira, ela é brasileira, seus pais tentaram entrar na Australia ilegalmente quando ela tinha apenas 4 anos de idade, o barco afundou, os pais morreram e a menina sobreviveu porque um dos passageiros conseguiu salvar ela e colocar ela dentro de um pequeno bote que tinha no barco, ela foi levada para o orfanato e ainda está lá.
- Interessante – eu falo – e a família que ficou no Brasil?
- Todo mundo acredita que ela morreu – Saimon responde – Ela foi levada direto para um orfanato, nenhum consulado nem o governo da Australia, quis gastar dinheiro mandando-a de volta, então decidiram jogar ela em um orfanato com poucas condições, seria mais barato para eles do que todo o trabalho de enviar ela para o Brasil.
- Será que ela vai ser a nossa primeira garota Antonio? – Jean Carlos pergunta. – Ela não tem família, todo mundo acredita que ela está morta, ela é uma indigente para o resto do mundo.
- Você tem mais fotos dela? – eu pergunto.
- Aqui estão algumas fotos que nossa amiga monitora tirou dela para avaliação médica – ele fala colocando fotos dela apenas de calcinha e sutiã sobre a moça – é bonita.
- Ela realmente é bonita, seu rosto é angelical e faz qualquer homem acreditar que é muito inocente – eu pego uma foto na mão.
- O corpo dela também é bonito, algumas cirurgias e exercícios ela fica sensual a ponto de conquistar qualquer homem e levar ele para cama. – Jean Carlos fala.
- Posso ensinar ela vários truques – Saimon fala levantando as mãos e a gente começa rir.
- Eu vou buscar ela no orfanato – Jean Carlos fala – se por acaso der errado, a gente mata e busca outra, até encontrar a garota certa.
- Meu pai está ansioso para esse negócio – Eu falo – vai dar um bom dinheiro se a gente conseguir treinar ela.
- E o seu irmão sabe dos negócios? – Jean Carlos pergunta.
- Não, meu pai não contou a ele. Frederico é um homem muito certo em relação as mulheres, não sabe como é bom brincar com elas e como elas podem se tornar tão perigosas – Eu respondo.
- Eu vou trazer a garota para cá – ele fala.
- Eu prefiro ficar ainda no sigilo – Eu respondo – eu tenho planos para ela futuramente.
- Quais? – Samuel pergunta
- Meu pai já tem idade e a qualquer momento ele pode morrer e se isso acontecer, meu irmão assume tudo – eu falo – nada do que uma boa mulher para mexer com a cabeça de um homem.
- Você já está pensando longe – Jean Carlos fala – vamos primeiro trazer ela para cá e ver o quanto essa garota pode ser útil para nós.
- Meu pai tem razão, só que eu tenho certeza de que ela é perfeita para o que a gente quer – Saimon fala.
Jean Carlos narrando - Sophia – A diretora do orfanato fala olhando para ela – Esse é Jean Carlos.Sophia me encara meio tímida e parecia querer advinhar o que está acontecendo aqui, ela coloca as suas mãos na frente do seu corpo e coloca uma sobre o seu braço.- Olá Sophia – eu falo sorrindo e me levantando – é um prazer conhecer uma menina tão doce e bonita que nem você.- Dê Oi a ele Sophia, não seja mal educada – A diretora fala para ela e ela ainda me olha desconfiada.- Oi, é um prazer conhecer o senhor Jean Carlos – ela fala dando um leve sorriso.Eu devolvo o sorriso a ela.- Sophia, esse senhor é um dos empresários mais famosos da Australia, você teve sorte – A diretora fala se aproximando dela.- Sorte? – ela pergunta.- Você foi adotada por ele – A diretora diz e depois me encara – Agora você terá uma casa, você terá irmãos, vai poder frequentar escolas, ter amigos – ela passa a mão pelo rosto de Sophia lentamente – tudo como você sempre quis.Ela olha para diretora com um
Jean Carlos narrando Com a televisão do meu escritório ligado eu monitoro todos os passos de Sophia em seu quarto.- Será que vai demorar para ela trocar de roupa? – Saimon pergunta quando entra.- Poderia ir tomar banho de uma vez né – Samuel fala – diz que colocou câmera no banheiro também, pai.- Coloquei meninos, apenas na parte do chuveiro e da banheira, assim conseguimos enviar as imagens para o cirurgião ver o que será preciso fazer para moldar ela – eu falo.- Você realmente acha que ela vai ser a garota certa para o que queremos? – Samuel pergunta.- Vamos ter que ver conforme for fazendo o treinamento – Saimon fala a ele – porém, seu histórico é bom, ela é uma indigente na Austrália, seus familiares todos acreditam que ela morreu, não existe ninguém procurando por ela. - Saimon tem razão, isso já faz ela ganhar pontos, eu irei conversar com ela e vou fazê-la entender que para sobreviver ela terá que passar por um treinamento rigoroso – eu falo – mas ela terá tudo que ela s
Saimon narrando Sophia está completando 15 anos de idade, meu pai ficou doente e está internado em casa em seu quarto, mas acompanhava todo o treinamento dela pelas câmeras de segurança. Eu não tinha me enganado quando eu a escolhi, ela era perfeita para o que a gente queria e eu soube disso desde a primeira vez que eu a vi.Ela está com uma arma mais pesada em sua mão olhando para frente, era a primeira vez que ela treinava com essa arma, sua mão escorria sangue e ela se mantinha firme com a dor que deveria estar sentindo.- Levanta o braço Sophia – eu falo e ela faz – segura direito a arma se não você não vai conseguir acertar a mira novamente e será punida por isso. – Ela arruma a arma. – Prepara, engatilha, atira – eu grito e ela atira, mas erra a mira novamente.Ela desce a arma para baixo e eu ando até onde ela deveria ter acertado e tiro a bala, ela tinha errado por menos de 1 cm, eu olho para ela e ela coloca a arma sobre a mesa do seu lado e estende a mão que está machucada
Saimon narrando Faz exatamente dois anos que Sophia está sendo treinada e está dentro do quarto vermelho é assim que chamamos o lugar que foi criado para o treinamento, era um galpão enorme dentro de nossa casa mesmo, o quarto era todo vermelho e com pouca ventilação, lá dentro a gente fazia ela sentir todas as sensações possíveis para ver como estava o seu sentimento, ela sabe que está sendo monitorada 24h do seu dia e por isso não poderia fraquejar em nenhum momento, e eu coloquei na cabeça dela que ela só poderia demonstrar as suas fraquezas para mim, porque assim quando ela estiver fora desse quarto e acontecer algo, ela vai contar para mim sem que eu preciso ficar perguntando.- Você chuta mais alto que isso, não é mesmo? – eu pergunto para ela.Eu tinha passado da etapa da tortura com ela, tentava levar os treinos mais descontraído porque preciso que ela tenha confiança em mim e ao mesmo tempo medo. Ela tinha horário para tudo, ela acordava as 6h tomava seu café da manhã e tre
Sophia narrando Meu corpo está dolorido por causa da recuperação da cirurgia, eu me olho no espelho e não existia mais marcas de nada em meu corpo. Tinha sido uma cirurgia agressiva em todo meu corpo e eu sentia bastante dor.- Como você está se sentindo? – Saimon fala entrando em meu quarto – você deveria estar deitada e não de pé.- É que, eu precisei ir ao banheiro – eu respondo.- Deita-se – ele fala – eu vou passar essa pomada hidratante em seu corpo, tira roupa. – eu assinto.Eu me aproximo da cama e tiro o roupão e depois a minha camisola, ficando nua na frente, eu me deito com dificuldade de barriga para baixo. Faz alguns meses que ele me trouxe para dentro de casa, eu continuava os meus treinamentos, mas conseguia morar aqui, andar pela casa e até mesmo no pátio. Ele estava me preparando para uma grande noite que aconteceria em algumas semanas.- Você ficou ainda mais bonita – ele fala encostando suas mãos sobre o meu corpo e me fazendo suspirar de dor – calma – ele fala pa
Sophia narrando Eu suava que nem louca, ele se senta na poltrona do quarto enquanto eu vou até o bar que tinha no quarto preparar a sua bebida.- Com gelo ou sem gelo? – eu pergunto tirando os meus sapatos.- Com – ele responde. – eu nunca tinha te visto na boate.- Eu cheguei a pouco – eu respondo a ele.Eu fico na frente do copo que eu estava arrumando e despejo o pó so que eu levo um susto quando ele se aproxima de mim e acabo virando todo o pó que estava no anel e Saimon tinha sido claro que eu deveria colocar pouco.- Para você – eu me viro entregando o copo para ele. – Deixa que eu faço uma massagem em você na banheira – eu sorrio passando a minha mão pela sua gravata e abrindo os botões da sua camisa social. George era um homem bonito e bem apresentável.Ele me entrega seu copo enquanto tira a sua roupa e entra dentro da banheira que eu tinha colocado para encher, eu me ajoelho atrás dele e começo a fazer uma massagem em seus ombros, passando a minha mão pelo seu peitoral.- V
8Capítulo 7Frederico narrando - Ele estava acompanhando ontem na festa por uma garota chamada Melina – Kaio que era investigador da polícia e meu amigo fala – só que ninguém tem fotos, imagens, as câmeras de segurança foram apagadas.- Alguém a contratou para matar ele – eu falo indo até a janela do escritório e vendo carros e mais carros chegando para o velório – mas quem?- Seu pai tinha diversos inimigos – ele fala – pode ser qualquer um desses que estão ali embaixo, fingindo que estão chorando pela morte dele.- Nesse meio é tudo oportunismo, tudo mentira – eu respondo.- Desculpa incomodar – Maria, esposa do meu irmão fala entrando – o corpo vai chegar em meia hora cunhado, Antonio mandou avisar que já estão vindo.- Obrigado Maria – eu falo a ela e ela assente com a cabeça.- A morte dele foi por excesso de substâncias que é considerado veneno e por ter batido a cabeça – Kaio fala – o legista acabou de me mandar.- na banheira? Ele bateu a cabeça na banheira? – eu pergunto-
9Capítulo 8Saimon narrando - Me perdoa por ter falhado na missão que você me deu – ela fala – é que, eu não imaginei que ele iria morrer na minha frente.- Você precisa se acostumar – ele fala – ele não será o primeiro e nem o último em suas missões.- Então, você não vai me descartar? – ela pergunta.- Mesmo que todos queira que sim, eu não irei fazer isso, porque eu acredito em você, eu só perdi a cabeça por você ter falhado – eu pego em sua mão e ela a encolhe e eu pego novamente – você é uma boa menina Sophia, não precisa ter medo de matar ninguém.- Matar alguém me lembra de quando meus pais morreram, ninguém os salvou – ela fala me olhando com os olhos cheios de lagrimas.- Sabe o homem que você envenenou na noite passada? - eu pergunto para ela – na época em que os barcos traziam imigrantes para cá, se eles não morriam, viravam escravos dele. Se teus pais não tivesse morrido nos barcos, até você estaria vivendo uma escravidão nas mãos dele – ela arregala os olhos – por algum