Jean Carlos narrando
Com a televisão do meu escritório ligado eu monitoro todos os passos de Sophia em seu quarto.
- Será que vai demorar para ela trocar de roupa? – Saimon pergunta quando entra.
- Poderia ir tomar banho de uma vez né – Samuel fala – diz que colocou câmera no banheiro também, pai.
- Coloquei meninos, apenas na parte do chuveiro e da banheira, assim conseguimos enviar as imagens para o cirurgião ver o que será preciso fazer para moldar ela – eu falo.
- Você realmente acha que ela vai ser a garota certa para o que queremos? – Samuel pergunta.
- Vamos ter que ver conforme for fazendo o treinamento – Saimon fala a ele – porém, seu histórico é bom, ela é uma indigente na Austrália, seus familiares todos acreditam que ela morreu, não existe ninguém procurando por ela.
- Saimon tem razão, isso já faz ela ganhar pontos, eu irei conversar com ela e vou fazê-la entender que para sobreviver ela terá que passar por um treinamento rigoroso – eu falo – mas ela terá tudo que ela sempre desejou na vida.
- Meu pai – Samuel fala – Espero que vocês dois esteja certo no que estão dizendo para a gente não perder tempo com uma mulher que pode nos trair no futuro.
- Quem passar pelo nosso treinamento meu irmão, nunca mais irá pensar por si mesmo – Saimon fala. – não terá mais desejo próprio e muito menos sentimentos.
A gente a observa no quarto, faz alguns dias já que ela está aqui e ela ainda está bastante assustada, nas refeições ela ainda não falava nada.
- Vamos entrar em ação o quanto antes – Eu falo. – Busque sua irmã Saimon.
- Não precisa pedir duas vezes papai – ele fala.
A vontade de criar um grupo de mulheres poderosas surgiu algum tempo conversando com Antonio e seu pai, era dificil se vingar e matar os nossos inimigos sem que alguém investigasse ou desconfiasse. Então começamos a investigar como era a forma mais rápida de chegar neles e percebemos que as mulheres consegue envolver um homem tão rapidamente que nem uma cobra envolve sua presa. A primeira seria Sophia que irá passar por todo o treinamento necessário, a gente iria tentar moldar ela da nossa forma e se desse certo, a gente iria fazer igual com outras mulheres e assim a gente teria armas humanas andando pelo mundo matando por nós, se uma fosse descoberta, a gente as matava e seria eliminada e depois treinaria mais uma em seu lugar, fazendo com que o ciclo nunca terminasse.
- Papai – Samuel fala se aproximando de mim. – o que vocês vão fazer com essa garota de verdade? Vocês vão machucar ela?
- Calma – eu falo para ele – vamos treinar ela para dor, para tortura, vamos dar uma nova chance de vida para ela, vamos treinar ela para matar, para obedecer e ser uma grande mulher.
- O senhor não acha que está brincando de mais de como ser Deus? – ele pergunta.
- Samuel para de ser bobo, você sabe o que a gente faz aqui, você sabe todos os inimigos que a gente tem, precisamos inovar e está a frente deles, daqui a pouco um deles entra por essa porta e mata a gente e ai eu quero ver como será.
- Ela não tem culpa de nada – Samuel fala.
- Ela é mulher e mulher nasceu para seguir as nossas ordens – eu falo a ele – você precisa aprender como se trata uma mulher Samuel.
Quando ele ia falar algo, a porta é aberta e era Saimon com Sophia.
- Chegamos papai – Saimon fala.
- Querida Sophia, você dormiu bem? – eu pergunto para ela.
- Sim – ela fala sorrindo.
- Estamos muito felizes de ter você aqui com a gente – eu falo para ela e me aproximo dela encostando a minha mão agora em seu queixo e fazendo seu rosto levantar-se para encarar os meus olhos.
- O senhor queria falar comigo – sinto um nervosismo em sua voz.
- Sim – eu respondo para ela sorrindo – Eu te tirei daquele orfanato porque vi em seus olhos que você era uma garota sonhadora, cheia de vida e que tinha muitos desejos para realizar nessa vida e um desses desejos era – eu a viro para ela se olhar para o espelho – ser livre e se tornar uma grande mulher no futuro.
Saimon e Samuel se senta no sofá e nos encara, ela se encara no espelho e depois me encara através dele, eu sorrio para ela passando as minhas mãos pelos seus ombros.
- Eu não estou entendendo o que você quer dizer – ela fala.
- Você perdeu os seus pais muito jovens, o governo tirou você de sua família quando decidiu não te enviar novamente para o Brasil, você deve ter muito rancor dentro do seu coração – eu encosto as minhas mãos em seus ombros, baixando a alça da sua blusa. – Eu quero te tornar uma mulher invencível, uma mulher que todos vão temer, vão elogiar, vão se espelhar e querer ser igual. Eu vejo potencial em você, você fará parte da nossa equipe, uma equipe que está sempre junto, batalhando junto. A gente quer o seu bem minha pequena Sophia – ela me encara – e você sabe disso – eu beijo o seu ombro e sinto que sua mão começa a tremer e eu viro ela novamente para mim – olha nos meus olhos e apenas me responda, se você confia em mim, confia que eu quero o seu bem e que eu quero te ensinar a ser uma mulher forte, uma mulher que vai conseguir se defender sozinha de todos que tentarem te fazer mal. Eu sei que você sofreu muito dentro daquele orfanato e eu quero mudar a sua vida a partir de hoje. – ela nem pisca os olhos – você confia em mim, pequena Sophia?
Eu passo a minha mão lentamente pelo seu rosto.
- Eu sei que os seus pais te amava de mais e vieram para cá querendo o seu bem, querendo te dar uma vida melhor – seus olhos se enche de lágrimas – você deve ter lembranças lindas com eles, então está na hora de você fazer com que eles sinta orgulho de você, você sabe que pode dar orgulho a eles não é mesmo? – ela assente – e você quer isso? – ela assente – então você confia em mim?
- Confio – ela responde e eu sorrio para ela.
- Saimon vai te levar para o treinamento – ela me encara – você vai sair de lá uma nova mulher.
Saimon se levanta e estende a sua mão para ela.
- Pelos seus pais e por você – eu falo para ela – me deixe orgulhoso da minha nova filha – ela me encara e depois encara Saimon.
- Vamos? – ele pergunta sorrindo para ela e ela pega em sua mão.
Ele a tira de dentro do escritório e a partir de agora, ela não teria mais contato com ninguém, a não ser com quem ela precisasse ter.
(...)
Um ano se passou e Sophia nunca mais saiu do quarto vermelho, ela vivia lá dentro e eu observava junto de Saimon, Samuel e Antonio todo o seu treinamento.
- Seus gritos de dor é música para o meu ouvido – Antonio fala.
- Ela resistiu os primeiros dias – Saimon fala – Até achamos que ela não iria conseguir aguentar tudo que foi estabelecido a ela.
- Sophia não vai me decepcionar – eu falo olhando para a tela da televisão – ela melhorou a sua mira rapidamente.
- Também, ela errou duas vezes e você mandou queimar ela – Samuel fala.
- É necessário aprender a lidar com a dor – Antonio fala para ele – Quando ela aprender a não sentir mais dor, ela vai estar pronta.
- Se ela for pega, descoberta, ela vai ser torturada e vamos ter que ter certeza que ela jamais vai abrir a boca e entregar a gente – Eu falo – ninguém pode saber que estamos por trás desse projeto.
Eu encaro Saimon que olhava para Sophia com outros olhares, eu sei que Saimon se encarregaria de moldar ela como a gente queria.
- O cirurgião enviou as mudanças que será feito nela – Saimon fala – apenas no corpo, ele disse que seu rosto é perfeito.
Ele pega as fotos dentro de um envelope e coloca sobre a mesa, eu as pego observando.
- Acredito que ainda não precise mexer em seus seios, ela ainda vai crescer e eles também vão – eu falo – até porque, ela é atraente da forma que é.
- Ela tem apenas 13 anos, eu concordo com meu pai – Samuel fala.
- É – Saimon fala – ela está ficando cada vez mais bonita, quando ver a metade dessas cirurgias serão descartas.
- O importante é ela se tornar uma assassina fria – Antonio fala – não podemos deixar com que ela tenha sentimentos, que ela se apaixone por alguém, porque se isso acontecer, todo o treinamento pode ir por água baixo.
Eu olho para as cenas no monitor da televisão e abro um sorriso em meu rosto, o meu plano estava começando a dar certo e eu em sinto satisfeito por isso.
Saimon narrando Sophia está completando 15 anos de idade, meu pai ficou doente e está internado em casa em seu quarto, mas acompanhava todo o treinamento dela pelas câmeras de segurança. Eu não tinha me enganado quando eu a escolhi, ela era perfeita para o que a gente queria e eu soube disso desde a primeira vez que eu a vi.Ela está com uma arma mais pesada em sua mão olhando para frente, era a primeira vez que ela treinava com essa arma, sua mão escorria sangue e ela se mantinha firme com a dor que deveria estar sentindo.- Levanta o braço Sophia – eu falo e ela faz – segura direito a arma se não você não vai conseguir acertar a mira novamente e será punida por isso. – Ela arruma a arma. – Prepara, engatilha, atira – eu grito e ela atira, mas erra a mira novamente.Ela desce a arma para baixo e eu ando até onde ela deveria ter acertado e tiro a bala, ela tinha errado por menos de 1 cm, eu olho para ela e ela coloca a arma sobre a mesa do seu lado e estende a mão que está machucada
Saimon narrando Faz exatamente dois anos que Sophia está sendo treinada e está dentro do quarto vermelho é assim que chamamos o lugar que foi criado para o treinamento, era um galpão enorme dentro de nossa casa mesmo, o quarto era todo vermelho e com pouca ventilação, lá dentro a gente fazia ela sentir todas as sensações possíveis para ver como estava o seu sentimento, ela sabe que está sendo monitorada 24h do seu dia e por isso não poderia fraquejar em nenhum momento, e eu coloquei na cabeça dela que ela só poderia demonstrar as suas fraquezas para mim, porque assim quando ela estiver fora desse quarto e acontecer algo, ela vai contar para mim sem que eu preciso ficar perguntando.- Você chuta mais alto que isso, não é mesmo? – eu pergunto para ela.Eu tinha passado da etapa da tortura com ela, tentava levar os treinos mais descontraído porque preciso que ela tenha confiança em mim e ao mesmo tempo medo. Ela tinha horário para tudo, ela acordava as 6h tomava seu café da manhã e tre
Sophia narrando Meu corpo está dolorido por causa da recuperação da cirurgia, eu me olho no espelho e não existia mais marcas de nada em meu corpo. Tinha sido uma cirurgia agressiva em todo meu corpo e eu sentia bastante dor.- Como você está se sentindo? – Saimon fala entrando em meu quarto – você deveria estar deitada e não de pé.- É que, eu precisei ir ao banheiro – eu respondo.- Deita-se – ele fala – eu vou passar essa pomada hidratante em seu corpo, tira roupa. – eu assinto.Eu me aproximo da cama e tiro o roupão e depois a minha camisola, ficando nua na frente, eu me deito com dificuldade de barriga para baixo. Faz alguns meses que ele me trouxe para dentro de casa, eu continuava os meus treinamentos, mas conseguia morar aqui, andar pela casa e até mesmo no pátio. Ele estava me preparando para uma grande noite que aconteceria em algumas semanas.- Você ficou ainda mais bonita – ele fala encostando suas mãos sobre o meu corpo e me fazendo suspirar de dor – calma – ele fala pa
Sophia narrando Eu suava que nem louca, ele se senta na poltrona do quarto enquanto eu vou até o bar que tinha no quarto preparar a sua bebida.- Com gelo ou sem gelo? – eu pergunto tirando os meus sapatos.- Com – ele responde. – eu nunca tinha te visto na boate.- Eu cheguei a pouco – eu respondo a ele.Eu fico na frente do copo que eu estava arrumando e despejo o pó so que eu levo um susto quando ele se aproxima de mim e acabo virando todo o pó que estava no anel e Saimon tinha sido claro que eu deveria colocar pouco.- Para você – eu me viro entregando o copo para ele. – Deixa que eu faço uma massagem em você na banheira – eu sorrio passando a minha mão pela sua gravata e abrindo os botões da sua camisa social. George era um homem bonito e bem apresentável.Ele me entrega seu copo enquanto tira a sua roupa e entra dentro da banheira que eu tinha colocado para encher, eu me ajoelho atrás dele e começo a fazer uma massagem em seus ombros, passando a minha mão pelo seu peitoral.- V
8Capítulo 7Frederico narrando - Ele estava acompanhando ontem na festa por uma garota chamada Melina – Kaio que era investigador da polícia e meu amigo fala – só que ninguém tem fotos, imagens, as câmeras de segurança foram apagadas.- Alguém a contratou para matar ele – eu falo indo até a janela do escritório e vendo carros e mais carros chegando para o velório – mas quem?- Seu pai tinha diversos inimigos – ele fala – pode ser qualquer um desses que estão ali embaixo, fingindo que estão chorando pela morte dele.- Nesse meio é tudo oportunismo, tudo mentira – eu respondo.- Desculpa incomodar – Maria, esposa do meu irmão fala entrando – o corpo vai chegar em meia hora cunhado, Antonio mandou avisar que já estão vindo.- Obrigado Maria – eu falo a ela e ela assente com a cabeça.- A morte dele foi por excesso de substâncias que é considerado veneno e por ter batido a cabeça – Kaio fala – o legista acabou de me mandar.- na banheira? Ele bateu a cabeça na banheira? – eu pergunto-
9Capítulo 8Saimon narrando - Me perdoa por ter falhado na missão que você me deu – ela fala – é que, eu não imaginei que ele iria morrer na minha frente.- Você precisa se acostumar – ele fala – ele não será o primeiro e nem o último em suas missões.- Então, você não vai me descartar? – ela pergunta.- Mesmo que todos queira que sim, eu não irei fazer isso, porque eu acredito em você, eu só perdi a cabeça por você ter falhado – eu pego em sua mão e ela a encolhe e eu pego novamente – você é uma boa menina Sophia, não precisa ter medo de matar ninguém.- Matar alguém me lembra de quando meus pais morreram, ninguém os salvou – ela fala me olhando com os olhos cheios de lagrimas.- Sabe o homem que você envenenou na noite passada? - eu pergunto para ela – na época em que os barcos traziam imigrantes para cá, se eles não morriam, viravam escravos dele. Se teus pais não tivesse morrido nos barcos, até você estaria vivendo uma escravidão nas mãos dele – ela arregala os olhos – por algum
10Capítulo 9Frederico narrando - Você não pode parar com todos esses projetos – Antonio fala.- É perca de dinheiro e não podemos perder dinheiro dessa forma – eu falo.- Vai cancelar todos os projetos com Saimon? – ele pergunta – ele é nosso amigo de infância.- Ele pode ser o nosso amigo de infância, mas eu não vou admitir uma coisa dessa – eu respondo – não com o nosso dinheiro, se ele quer fazer uma quadrilha de mulheres, ele que faça sozinho.- Você não aceita nada que eu estou impondo – Ele fala me olhando – eu também sou herdeiro.- Quem é o chef aqui sou eu Antonio, você é totalmente irracional e não entende nada de negócios – ele me encara – nesses cinco meses que o papai morreu, eu só vejo dinheiro sem transbordado. Precisamos de armas de verdades, de munição, de homens treinados.- Faça como quiser, você é o chef – ele fala chutando tudo e saindo do escritório com raiva.Eu encaro pela janela a sede da máfia e vejo o movimento lá fora dos homens sendo treinados, eu fique
11Capítulo 10Sophia narrando Saimon tinha me passado um plano muito bem elaborado e parece que ele não tinha sido planejado de uma hora para outra, demorou muito tempo para ele ser desenvolvido.- Você acha que consegue? – ele pergunta.- Sim – eu respondo a ele – eu prometo que irei te fazer feliz.- ótimo minha menina – ele responde.Eu fui adotada pelo seu pai quando eu tinha 12 anos de idade, eu fui treinada para atirar, lutar, matar, ser forte e não sentir dor nenhuma. Eles colocaram na minha cabeça que eu teria um destino muito ruim se tivesse ficado naquele orfanato e que até o pior poderia ter acontecido, Saimon me dava uma vida boa, dinheiro, carro, cartões, eu tinha tudo que eu queria.Eu me deito na cama sobre o peito de Saimon, e ele passa as mãos pelas minhas costas, ele nunca mais tinha encostado um dedo em mim, eu tinha feito uma nova cirurgia para esconder as cicatrizes.Eu fico deitada sobre o seu peito pensando nos dois risquinhos de positivo que tinha dado naquel