Jean Carlos narrando
- Sophia – A diretora do orfanato fala olhando para ela – Esse é Jean Carlos.
Sophia me encara meio tímida e parecia querer advinhar o que está acontecendo aqui, ela coloca as suas mãos na frente do seu corpo e coloca uma sobre o seu braço.
- Olá Sophia – eu falo sorrindo e me levantando – é um prazer conhecer uma menina tão doce e bonita que nem você.
- Dê Oi a ele Sophia, não seja mal educada – A diretora fala para ela e ela ainda me olha desconfiada.
- Oi, é um prazer conhecer o senhor Jean Carlos – ela fala dando um leve sorriso.
Eu devolvo o sorriso a ela.
- Sophia, esse senhor é um dos empresários mais famosos da Australia, você teve sorte – A diretora fala se aproximando dela.
- Sorte? – ela pergunta.
- Você foi adotada por ele – A diretora diz e depois me encara – Agora você terá uma casa, você terá irmãos, vai poder frequentar escolas, ter amigos – ela passa a mão pelo rosto de Sophia lentamente – tudo como você sempre quis.
Ela olha para diretora com um olhar estranho, ela arqueia as sobrancelhas para mim.
- Eu preciso realmente ir? Eu gosto tanto daqui – ela fala .
- Sophia, querida – A diretora fala encarando ela – não seja mal educada, a chance que você está tendo é única. Esse homem ele é milionário, você terá todas as chances na vida de crescer.
- Tenho certeza que você vai gostar da sua nova ida – eu falo me aproximando ela – não quero te fazer mal, o sonho de minha esposa sempre foi ter uma filha mulher, ela faleceu a alguns meses e me fez prometer que eu cumpriria o seu sonho, que eu adotaria uma menina – ela me olha. – Você será muito bem vinda a sua nova família.
Ela apenas assente com a cabeça, a diretora manda ela ir organizar as suas coisas e ela sai da sala.
- Me perdoe por isso – A diretora fala – ela está nervosa, está aqui a oito anos e nunca ninguém cogitou em adotar ela pelo único motivo de ser brasileira.
- Eu entendo, ela está nervosa - eu falo – aqui está o que eu prometi para você, como você sabe as mídias são curiosas demais e se saber que adotei uma menina de 12 anos pode ser que leve para maldade, só que tudo que eu quero é cumprir a promessa que fiz a minha esposa no leito de sua morte.
- Você é um homem digno seu Jean Carlos – ela fala sorrindo – tenho certeza de que Sophia será muito feliz e fique tranquilo ninguém irá saber que você adotou ela.
- Obrigado – eu falo para ela.
Sophia volta para sala da diretora com uma pequena mochila em suas costas.
- Seja feliz minha pequena Sophia – A diretora fala para ela e os seu olhar é de medo.
- Me deixe ficar – ela fala – tem as crianças, eu cuido deles.
- Eles ficarão bem e você também – Ela fala. – agora vai – ela fala apontando para que ela viesse comigo.
Sophia com muito medo anda até minha direção, eu assinto para ela e ela me segue até o carro.
- Você vai gostar da sua nova casa – eu falo para ela que escuta tudo em silêncio – você não terá que fazer mais nada, apenas cuidar do seu futuro – ela me encara. – terá empregados, irmãos e uma vida tranquila e feliz. – Eu falo colocando a minha mão sobre a sua perna e ela me encara dando um sorriso falso.
Assim, que chegamos em casa, ela desce olhando tudo com muita atenção, entramos dentro de casa e ela parece paralisar olhando o tamanho dela.
- Saimon, Samuel – eu chamo os meus dois filhos que tem 18 anos, mas já me ajudam muito nos meus negócios, eles são gêmeos – Essa aqui é Sophia, a nova irmã de vocês. – os dois encaram ela – estamos realizando o último desejo de nossa querida Amélia.
- Prazer, Sophia – Saimon se aproxima dela
- Oi Sophia – Samuel fala de longe.
Ela olha para os dois assustados.
- Oi – ela fala baixo e tímida.
- Não precisa ficar tímida, agora vamos formar uma grande família – eu falo colocando a minha mão sobre o seu ombro – Saimon, leve sua nova irmã até o novo quarto dela.
- Com todo prazer – ele fala olhando para ela – venha comigo Sophia – Sophia acompanha ele até o andar de cima.
Jean Carlos narrando Com a televisão do meu escritório ligado eu monitoro todos os passos de Sophia em seu quarto.- Será que vai demorar para ela trocar de roupa? – Saimon pergunta quando entra.- Poderia ir tomar banho de uma vez né – Samuel fala – diz que colocou câmera no banheiro também, pai.- Coloquei meninos, apenas na parte do chuveiro e da banheira, assim conseguimos enviar as imagens para o cirurgião ver o que será preciso fazer para moldar ela – eu falo.- Você realmente acha que ela vai ser a garota certa para o que queremos? – Samuel pergunta.- Vamos ter que ver conforme for fazendo o treinamento – Saimon fala a ele – porém, seu histórico é bom, ela é uma indigente na Austrália, seus familiares todos acreditam que ela morreu, não existe ninguém procurando por ela. - Saimon tem razão, isso já faz ela ganhar pontos, eu irei conversar com ela e vou fazê-la entender que para sobreviver ela terá que passar por um treinamento rigoroso – eu falo – mas ela terá tudo que ela s
Saimon narrando Sophia está completando 15 anos de idade, meu pai ficou doente e está internado em casa em seu quarto, mas acompanhava todo o treinamento dela pelas câmeras de segurança. Eu não tinha me enganado quando eu a escolhi, ela era perfeita para o que a gente queria e eu soube disso desde a primeira vez que eu a vi.Ela está com uma arma mais pesada em sua mão olhando para frente, era a primeira vez que ela treinava com essa arma, sua mão escorria sangue e ela se mantinha firme com a dor que deveria estar sentindo.- Levanta o braço Sophia – eu falo e ela faz – segura direito a arma se não você não vai conseguir acertar a mira novamente e será punida por isso. – Ela arruma a arma. – Prepara, engatilha, atira – eu grito e ela atira, mas erra a mira novamente.Ela desce a arma para baixo e eu ando até onde ela deveria ter acertado e tiro a bala, ela tinha errado por menos de 1 cm, eu olho para ela e ela coloca a arma sobre a mesa do seu lado e estende a mão que está machucada
Saimon narrando Faz exatamente dois anos que Sophia está sendo treinada e está dentro do quarto vermelho é assim que chamamos o lugar que foi criado para o treinamento, era um galpão enorme dentro de nossa casa mesmo, o quarto era todo vermelho e com pouca ventilação, lá dentro a gente fazia ela sentir todas as sensações possíveis para ver como estava o seu sentimento, ela sabe que está sendo monitorada 24h do seu dia e por isso não poderia fraquejar em nenhum momento, e eu coloquei na cabeça dela que ela só poderia demonstrar as suas fraquezas para mim, porque assim quando ela estiver fora desse quarto e acontecer algo, ela vai contar para mim sem que eu preciso ficar perguntando.- Você chuta mais alto que isso, não é mesmo? – eu pergunto para ela.Eu tinha passado da etapa da tortura com ela, tentava levar os treinos mais descontraído porque preciso que ela tenha confiança em mim e ao mesmo tempo medo. Ela tinha horário para tudo, ela acordava as 6h tomava seu café da manhã e tre
Sophia narrando Meu corpo está dolorido por causa da recuperação da cirurgia, eu me olho no espelho e não existia mais marcas de nada em meu corpo. Tinha sido uma cirurgia agressiva em todo meu corpo e eu sentia bastante dor.- Como você está se sentindo? – Saimon fala entrando em meu quarto – você deveria estar deitada e não de pé.- É que, eu precisei ir ao banheiro – eu respondo.- Deita-se – ele fala – eu vou passar essa pomada hidratante em seu corpo, tira roupa. – eu assinto.Eu me aproximo da cama e tiro o roupão e depois a minha camisola, ficando nua na frente, eu me deito com dificuldade de barriga para baixo. Faz alguns meses que ele me trouxe para dentro de casa, eu continuava os meus treinamentos, mas conseguia morar aqui, andar pela casa e até mesmo no pátio. Ele estava me preparando para uma grande noite que aconteceria em algumas semanas.- Você ficou ainda mais bonita – ele fala encostando suas mãos sobre o meu corpo e me fazendo suspirar de dor – calma – ele fala pa
Sophia narrando Eu suava que nem louca, ele se senta na poltrona do quarto enquanto eu vou até o bar que tinha no quarto preparar a sua bebida.- Com gelo ou sem gelo? – eu pergunto tirando os meus sapatos.- Com – ele responde. – eu nunca tinha te visto na boate.- Eu cheguei a pouco – eu respondo a ele.Eu fico na frente do copo que eu estava arrumando e despejo o pó so que eu levo um susto quando ele se aproxima de mim e acabo virando todo o pó que estava no anel e Saimon tinha sido claro que eu deveria colocar pouco.- Para você – eu me viro entregando o copo para ele. – Deixa que eu faço uma massagem em você na banheira – eu sorrio passando a minha mão pela sua gravata e abrindo os botões da sua camisa social. George era um homem bonito e bem apresentável.Ele me entrega seu copo enquanto tira a sua roupa e entra dentro da banheira que eu tinha colocado para encher, eu me ajoelho atrás dele e começo a fazer uma massagem em seus ombros, passando a minha mão pelo seu peitoral.- V
8Capítulo 7Frederico narrando - Ele estava acompanhando ontem na festa por uma garota chamada Melina – Kaio que era investigador da polícia e meu amigo fala – só que ninguém tem fotos, imagens, as câmeras de segurança foram apagadas.- Alguém a contratou para matar ele – eu falo indo até a janela do escritório e vendo carros e mais carros chegando para o velório – mas quem?- Seu pai tinha diversos inimigos – ele fala – pode ser qualquer um desses que estão ali embaixo, fingindo que estão chorando pela morte dele.- Nesse meio é tudo oportunismo, tudo mentira – eu respondo.- Desculpa incomodar – Maria, esposa do meu irmão fala entrando – o corpo vai chegar em meia hora cunhado, Antonio mandou avisar que já estão vindo.- Obrigado Maria – eu falo a ela e ela assente com a cabeça.- A morte dele foi por excesso de substâncias que é considerado veneno e por ter batido a cabeça – Kaio fala – o legista acabou de me mandar.- na banheira? Ele bateu a cabeça na banheira? – eu pergunto-
9Capítulo 8Saimon narrando - Me perdoa por ter falhado na missão que você me deu – ela fala – é que, eu não imaginei que ele iria morrer na minha frente.- Você precisa se acostumar – ele fala – ele não será o primeiro e nem o último em suas missões.- Então, você não vai me descartar? – ela pergunta.- Mesmo que todos queira que sim, eu não irei fazer isso, porque eu acredito em você, eu só perdi a cabeça por você ter falhado – eu pego em sua mão e ela a encolhe e eu pego novamente – você é uma boa menina Sophia, não precisa ter medo de matar ninguém.- Matar alguém me lembra de quando meus pais morreram, ninguém os salvou – ela fala me olhando com os olhos cheios de lagrimas.- Sabe o homem que você envenenou na noite passada? - eu pergunto para ela – na época em que os barcos traziam imigrantes para cá, se eles não morriam, viravam escravos dele. Se teus pais não tivesse morrido nos barcos, até você estaria vivendo uma escravidão nas mãos dele – ela arregala os olhos – por algum
10Capítulo 9Frederico narrando - Você não pode parar com todos esses projetos – Antonio fala.- É perca de dinheiro e não podemos perder dinheiro dessa forma – eu falo.- Vai cancelar todos os projetos com Saimon? – ele pergunta – ele é nosso amigo de infância.- Ele pode ser o nosso amigo de infância, mas eu não vou admitir uma coisa dessa – eu respondo – não com o nosso dinheiro, se ele quer fazer uma quadrilha de mulheres, ele que faça sozinho.- Você não aceita nada que eu estou impondo – Ele fala me olhando – eu também sou herdeiro.- Quem é o chef aqui sou eu Antonio, você é totalmente irracional e não entende nada de negócios – ele me encara – nesses cinco meses que o papai morreu, eu só vejo dinheiro sem transbordado. Precisamos de armas de verdades, de munição, de homens treinados.- Faça como quiser, você é o chef – ele fala chutando tudo e saindo do escritório com raiva.Eu encaro pela janela a sede da máfia e vejo o movimento lá fora dos homens sendo treinados, eu fique