“A vaidade, a mentira, a prepotência, a raiva, o rancor, a maldade e o pecado às vezes destroem vidas.”Joemar RiosÍsis acorda com o sol entrando pela janela, ainda de olhos fechados, ela estica o corpo se espreguiçando, lentamente seus olhos são abertos, com calma ela observa o quarto luxuoso em que se encontra, repassa em sua mente tudo que ocorrera nos últimos dois dias. Leves batidas na porta a desperta de seus pensamentos sentando-se na cama autoriza a entrada.— Bom dia, Majestade. – Elena a cumprimenta com uma leve reverência, em suas mãos uma bandeja com alguns petiscos e uma xícara de café.— Bom dia, Elena. - Ísis a cumprimenta de volta se ajeitando da cama. - me lembro de lhe pedir para que não me chames assim.— Me desculpe Ísis, é o costume. - Elena fala direcionando um sorriso a Ísis.— Vim lhe trazer um pequeno desjejum e avisar que a “Imperatriz” - Fala fazendo aspas com as mãos ao falar imperatriz. - pediu que a encontrasse na sala do trono com os Marechais Marques e
— Elena, imagino que a fala do senhor Castro a tenha ferido bastante, quero que saiba que ele será devidamente punido, não apenas pela forma que entraste em meus aposentos, mas também pela forma com a qual lhe trataste. - Elena não conseguiu disfarças a surpresa em seu olhar.— Não se preocupes comigo, majestade. - Elena fala retomando sua postura.— Como ela não se preocuparia com sua melhor amiga, menina Elena! - A voz de Angel soa no quarto, assustando ambas as mulheres.— Como ousa entrar no quarto de sua Majestade dessa maneira? - Elena dispara indo em direção à porta, mas é impedida.— Não se preocupe, menina Elena, estou aqui como aliado. - Angel fala se sentando na cama de Ísis. Essa observa atentamente seu “invasor” diferente da última vez que ele aparecera no castelo. Ele não estava vestido com trajes de um cavaleiro, e sim com uma roupa bem peculiar para aquela época, uma calça jeans, suéter preto com o que ela julgou como camisa social por baixo, uma boina preta enfeitava s
— Mandei um mensageiro a Faya informado sua chegada. – disse o Imperador Herbert.— Informou o retorno da Princesa? - Soa a Voz de Uriah.— Não, achei melhor deixarmos isso para falarmos pessoalmente.— Por quê? Temos que resolvermos a respeito do casamento! – A Imperatriz Viúva fala.— Não precisa – Ísis entra na sala interrompendo a conversa.— Como assim?— Acredito que todos devem ser informados de meu retorno ao receberem os convites para celebração que estou organizando com Sinis. - Ísis completa sentando-se a mesa. - Quanto à união matrimonial, é lógico presumir que os presentes já descodificaram a atualização: a mesma foi oficialmente anulada.— Não falo do casamento com o Patife de Castro.— Então?— Imagino um cavaleiro de integridade inabalável, programada para transcender qualquer limite na preservação do seu núcleo essencial.— E quem seria esse nobre homem, minha sogra? – Pergunta o Imperador.— Hora, Enzo Brassard, quem mais poderia ser? Um marechal poderoso e fiel não a
— Chama o Angel de Bruxo novamente e ele põe esse castelo abaixo. - Sinis responde rindo enquanto serve uma xícara de café para Ísis e outra para Enzo, ambas, puro sem açúcar como gostam, então se serviu com um copo de suco de laranja. - Angel é um Espectro, com pouco mais de 1500 anos, quer dizer, Angel desse ano, aquele que veio comigo aqui, já o que entrou no seu sonho, não sei dizer quantos anos ele tem.— Espera explica isso direito. - Enzo fala finalmente tomando um gole de seu café.— O que o Marechal sabe sobre espectros? - Sinis pergunta recebendo um leve acenar em negativo do Marechal. - Pouco se sabe sobre eles, não sabemos como são, de onde vieram, o que querem ou quais seriam seus poderes. Os espectros vivem a margem da sociedade, fazendo o possível para se manterem invisíveis, mas Angel, ele é um fenômeno da natureza, não passaria despercebido nem se quisesse, e convenhamos ele não se esforça tanto para ser invisível. Andy disse que ele possui uma grande missão para com o
— Majestade, tem um Inquisidor na cidade, ele exige que Vossa Majestade compareça a praça. - O soldado estava ofegante, e abatido parecia ter corrido por todo o reino. Ísis olha na direção onde Sinis se encontrava, estando lá agora a Imperatriz Duarte sua mãe.— Soldado, qual seu nome e posto? - Enzo pergunta calmamente enquanto observa a troca de olhares entre Ísis e Sinis.— Soares, senhor, trabalho na patrulha da cidade, eles… eles… - O soldado gaguejava sem saber se poderia falar o que realmente estava acontecendo ou não, na verdade, ele temia que a família real fosse a favor do inquisidor.— Soares, – a voz suave de Ísis chama a atenção do soldado. - Respire fundo, e fale com calma o que está acontecendo. - A postura completamente ereta de Ísis, assim como a suavidade em sua voz, transmitiu ao soldado confiança.— Eles levaram minha mãe e minhas irmãs, estão acusando-as de bruxaria, mas minha Rainha, eu juro elas não são bruxas. Somos uma família simples, não fazemos nada de errad
— Hora, essa pergunta sou eu quem deveria fazer. - Ísis completa se aproximando do palco improvisado. - Mas vou ser cortês e me apresentar primeiro, Princesa Ísis Duarte. - Ísis finaliza subindo ao palco, parando em frente ao inquisidor com ambas mãos a frente do corpo, completamente ereta e a cabeça equida, exibindo com graciosidade a tiara que Angel lhe dera. Nesse momento todos na praça, com exceção dos soldados e da equipe da inquisição, se curvaram para princesa. - E o cavalheiro quem seria?— Noah Murphy, O Inquisidor. - Responde com a postura ereta, como se ele fosse superior à realeza e que essa devesse se curvar a ele, postura essa que Ísis não podia permitir. Ela anda lentamente para o lado de Noah, então sem que esse notassem chuta por trás dos joelhos de Noah, fazendo o mesmo cair de joelhos. - Como ousa…— Essa é forma correta de se dirigir a um membro da realeza. - Ísis interrompe sua fala, olha para cima e sinaliza para Enzo descer, e com outro sinal dirigido a Pedro, to
“Para bem conhecer o caráter do povo, é preciso ser príncipe, e para bem conhecer o do príncipe, é preciso pertencer ao povo.”MaquiavelPedro se retira levando consigo o inquisidor e seus soldados, Ísis então se volta para o povo que observava os desenrolar dos fatos atentamente, ela observa cada expressão de cada um ali presente. Os murmúrios haviam começado no momento em que Ísis se apresentara, afinal aparentemente a princesa retornara ao reino. Toda aquela atenção deixou Ísis incomodada, ela nunca fora boa em receber atenções, muito menos em falar em público, e mesmo com todo seu esforço sua tentativa de disfarçar tal incômodo fora em vão. Pelo menos para um certo Marechal, que logo se postou ao seu lado lhe transmitindo uma certa confiança.— Bom dia! - Ísis saúda o povo. - Acho que meio que estraguei os planos de mamãe, ela queria anunciar meu retorno em uma grande festa. - Fala com uma expressão sem graça, tinha que manter a história de que sua mãe ainda estava viva. - Mas o qu
Com a saída de Enzo e Pedro, Ísis se encontra “sozinha” na sala do trono, afinal os soldados responsáveis tanto por sua segurança quanto do palácio estavam ali, em suas posições observando cada movimento, garantindo que nada escape de seu olhar.Ísis observa por um tempo as portas do salão se fechando, essa seria a primeira de muitas vezes que estaria naquele salão, afinal não tinha como negar ela precisava assumir o posto de princesa e posteriormente de Imperatriz, e nesse momento não tinha como retroceder. Os livros que Sinis a entregara lhe chamam atenção, então resolve folheá-los, iniciando pelo que lhe fora entregue por último, segundo Sinis nesse continha os acontecimentos que procederam seu desaparecimento, relatados por Angel, e já na primeira página o livro prendeu sua atenção, afinal sua dedicatória era explicitamente a ela.“Alguns dizem que a vida é regida pelo destino, outros pelas escolhas, eu acredito em ambas teorias, afinal cada um de nós tem um destino a cumprir, cont