NARRADORASigrid logo encontrou seus pais entrelaçados em uma dança.Observou divertida enquanto seu pai cochichava algo no ouvido de sua mãe. Apostava o que fosse que era algo indecente; seu pai sempre tão intenso, especialmente quando se tratava de amar sua companheira e sua família.Ainda lembrava quando ele apareceu no palácio com os três filhotes nos braços, quase causando um infarto nos reis e fazendo Aldric querer assassinar Silas novamente.Culpando-o por tê-la feito sair com a barriga tão grande; chegou até a acusá-lo de querer roubar seus netos só para ele.Nada de novo, apenas mais um dia típico no castelo do Rei Lycan.Eles se juntaram aos casais que dançavam, conversando, brincando e se divertindo.— Tio Zarek, você continua matando o ritmo! É um assassino da música! — Sigrid zombou de seu mentor. Só ela para fazer isso.Entre as expressões de Zarek, Silas e Laziel, era difícil saber quem movia menos os músculos faciais no dia a dia.— Sigrita, não seja má, estou há meia
NARRADORATodos estavam de pé sobre o saliente. Nyx observou o céu sobre suas cabeças; não se via nada além de uma densa camada de escuridão.— Acho que precisamos atravessar esta caverna, não consegui me elevar mais com meus portais. — Lavinia comunicou.Havia um campo de energia flutuando sobre a montanha.— Gente, acho que a brecha aqui está prestes a se abrir! — disse, animada.— Espere o meu retorno. — Laziel se virou para comandar a cabeça gigante e negra que se destacava às suas costas.Um sibilo baixo ecoou da névoa escura espectral.E assim, com mais imprudência do que bravura, a nova geração poderosa de seres sobrenaturais se aventurou pelo túnel escuro, agora iluminado pelas luzes mágicas invocadas por Nyx.— Há espectros mais à frente. Fiquem atentas. Eu vou controlá-los, irei na frente. — Laziel avançou primeiro.Com a presença de espectros, ele era o único capaz de enfrentá-los.À medida que a luz no final do caminho se tornava mais intensa, a má premonição crescia no pe
NARRADORAA enorme loba de pelagem negra como a meia-noite, com mechas douradas, cravou os dentes com fúria na criatura.Qualquer um pensaria que suas presas atravessariam o nada. Força bruta contra algo imaterial era difícil de combater.No entanto, Lyra, assim como seus irmãos, era um ser especial com características únicas.Aztoria, a loba de Lyra, dilacerou os fragmentos de magia negra e os engoliu, absorvendo toda a energia maligna do espectro — algo que um lobo ou um lycan comum jamais poderiam processar em seus corpos.— Esses filhos da puta já me deixaram de saco cheio! Aaaah! — Vicky rugiu, abrindo cortes profundos nas palmas das mãos e pressionando-as contra o chão.Seus lábios começaram a recitar feitiços rápidos e incompreensíveis.A montanha tremeu, a floresta sob seus pés se agitou.Como filha de seu pai e descendente do príncipe sombrio Zarek, estava convocando alguns de seus mortos-vivos para ajudá-los na batalha.Tudo indicava que os espectros tinham os segundos conta
Olá, olá, queridos leitores!Nossa, parece que foi ontem, e já se passaram meses e meses nessa aventura que agora chegou ao fim.E siiii, eu sei que vocês ficaram tipo: “Aonde foram essas crianças arteiras?! Quero saber mais!” (hahaha).Pois bem, primeiro preciso confessar que não sou muito fã de sagas divididas em livros separados, porque minhas histórias têm muitos detalhes e subtramas que depois ficam difíceis de explicar do zero em um novo livro.Além disso, novos leitores podem começar na ordem errada e acabar se perdendo na sequência dos eventos. Mas, de qualquer forma, vou arriscar e ver como consigo integrar tudo.Portanto, a novidade é que continuarei com a nova geração em um novo livro, separado deste.Como vocês podem imaginar, aqueles portais levarão os filhos de papai e mamãe para outros mundos, reinos, continentes (ou seja lá o que eu inventar, hahaha), onde viverão suas próprias histórias.Aviso importante: OS PERSONAGENS QUE JÁ APARECERAM NESTE LIVRO NÃO TERÃO MAIS PART
LYRAEu não sei onde estou nem o que aconteceu comigo.Meu corpo parece ter sido triturado, desmontado e costurado de volta de qualquer jeito.Um gemido doloroso escapa dos lábios de alguém. Acho... acho que sou eu mesma.Minhas longas pestanas tremulam de cansaço, e só quero dormir para sempre. Memórias vagas invadem minha mente.— Aahh... — gemo novamente ao tentar mover minha perna direita, e uma pontada excruciante atravessa meu corpo.Meus olhos se abrem e se fecham em desconforto; a luz repentina apunhala minhas retinas."Aztoria?" Chamo minha loba e começo a entrar em pânico ao não senti-la.Não tenho certeza se ela está fraca ou se é algo pior.Tomo o controle do meu corpo e começo a me erguer lentamente. Estou ferida por toda parte e minhas lesões não cicatrizaram bem.Meus poderes estão restringidos. Flashes surgem em meu cérebro entorpecido.Eu estava com meus irmãos, com... com Lavinia. Sim, sim... e também com Vicky.O rosto de Laziel, gritando para que eu segurasse sua m
VALERIA— Você está... você está certa, Esther? — pergunto com a voz trêmula.Meu coração b**e apressado, cheio de felicidade.— Muito certa, Luna. Você está grávida.— Por que não consegui sentir o cheiro, nem seu pai? — pergunto preocupada.— É muito recente, talvez por isso, dê mais alguns dias e você deverá perceber suas feromonas.Ela responde e eu aceno com a cabeça, com os olhos turvos de lágrimas.Sou a Luna da matilha “Bosque de Outono”.Há três anos me casei com o homem que amo loucamente, apesar de não sermos pares destinados, meu Alfa Dorian.Fiz de tudo para ser a Luna perfeita, o pilar no qual ele possa se apoiar, no entanto, uma sombra opaca meu casamento e era o tema do herdeiro.Nunca consegui engravidar e admito que não compartilho muito a cama com Dorian, mas sei que suas obrigações como Alfa o mantêm muito ocupado e estressado.— Por favor, não conte a ninguém na matilha. Quero surpreender meu esposo.— Fique tranquila, Luna, não direi nada. Parabéns! — ela sorri pa
VALERIAEle me morde com ferocidade na coxa e me arrasta para debaixo de seu corpo, controlando-me sem piedade.Tento resistir, pedir ajuda, minhas mãos sobre meu ventre, tentando proteger meu filhote, mas suas garras, como armas mortais, perfuram minha pele, destroçando todo meu pequeno corpo vulnerável.Preciso levantar os braços por instinto quando suas garras afiadas se dirigem ao meu rosto, e grito em agonia por causa de uma ferida profunda que atravessa minha bochecha desde a testa.Ao deixar minha barriga exposta, ele investiu contra nosso filho.— NÃO! O filhote, não! Por favor, Dorian, MEU FILHO NÃO!As lágrimas caíam incessantemente dos meus olhos enquanto eu o suplicava, mas seus caninos devoravam minha carne, e suas garras procuravam, friamente, nas profundezas das minhas entranhas, arrancar a vida que eu carregava.Não sei quanto tempo durou essa agonia; soluçava, implorando enquanto ainda conseguia falar.A dor em todo meu corpo era insuportável, mas a da minha alma, que
VALERIAOuço gritos estridentes, vidros quebrando, um rugido animal, rosnados de Alfa, luta e disputa.Algo quente espirra em meu rosto e braços, minhas garras destroçam e meus caninos rasgam.Não consigo parar, não posso, a raiva me consome por dentro e grita por libertação.Não sei o que estou fazendo, não tenho consciência de mim mesma, só sei que, quando recupero o controle do meu corpo, a primeira coisa que vejo são minhas mãos cobertas de sangue.Estou de joelhos no chão, ao meu redor tudo é vermelho, destroços e partes do que um dia foi um poderoso Alfa, Dorian.O que eu fiz? O que fiz, por Deus?!Olho para a cabeça arrancada a um metro de mim.Seus olhos amarelados ainda me encaram com pânico, e sinto como meu estômago revira.Vomito ao lado, sem conseguir evitar, enojada por toda essa cena cheia de morte e violência.Fui eu quem fez isso? Aqui não há ninguém mais.Olho ao meu redor, não sei onde foi parar Sophia, só sei que alguém foi jogado pela janela de vidro, que está est