LYRA— Temos que impedir isso!— Não grite — ele me respondeu entre dentes, seus olhos escuros varrendo o ambiente com cautela. — Não sei quem você é, mas se deseja sobreviver, siga as leis da matilha, ou a próxima naquela fogueira pode ser você.Suas palavras frias me atingiram como uma lâmina, seu olhar penetrante era um mar de tempestades.Senti o peito apertar, queria gritar para que ele parasse de ser tão indiferente — éramos destinados!Mas ele simplesmente deu as costas e se afastou por entre as choças.O rugido de dor atrás de mim gelou meu sangue, e o cheiro de carne queimada penetrou em minhas narinas.Hesitei em me virar, já sabia a barbárie que presenciaria."Não faça isso, Lyra, é horrível, não olhe..." minha loba me alertou."Tenho que olhar, Aztoria," respondi, me virando lentamente. "Tenho que aceitar de uma vez para onde viemos parar e o que teremos que enfrentar."Meus olhos prateados refletiam as chamas e a expressão deformada de dor daquela fêmea, algo que jamais e
LYRA— Aconteceu a recaída na frente daquela mulher? O que sabe sobre ela?Meu coração começou a bater mais rápido quando a ouvi me mencionar.Meus olhos, espiando pelas frestas, observavam Drakkar enquanto eu esperava sua resposta.— Não. — Ele respondeu categoricamente. — Ela não sabe de nada, apenas a encontrei no meio da selva.— É mesmo? — A Curandeira o encarou por alguns segundos, cheia de desconfiança. — Está bem se ela não viu sua… condição. Caso contrário, isso seria um problema, e você teria que eliminá-la."Velha desgraçada. Ele não vai nos trair." Aztoria estava muito segura disso. Eu… nem tanto.Nós éramos perfeitas estranhas para Drakkar. Ele sequer podia sentir o laço entre nós. Precisávamos nos aproximar e conquistar sua confiança.— Aqui está o remédio. — Ela esmagou algumas folhas dentro de um pilão de pedra, e minha atenção se fixou nelas para tentar identificá-las.Eu agradecia pelo cheiro forte de ervas medicinais, pois ajudava a mascarar minha presença.— Deixe
LYRA—Aaahh… —não pude evitar que um gemido sensual escapasse dos meus lábios.Sua mão subiu para apertar meu seio, puxando-o para fora do decote e afundando-o ainda mais entre seus lábios quentes.As sucções de sua boca me faziam estremecer de prazer. Nunca tinha dado meu sangue assim para um macho, e a sensação de compartilhar minha força com ele me excitava e me deixava molhada.Mas quando fui acariciar suas costas, ele se afastou de repente, me deixando confusa, desejando que continuasse.—Te… te machuquei? —Seus olhos, mais escuros, com pequenas luzes brilhando no fundo, me encararam, franzindo a testa, preocupado.Ele achou que meu gemido era de dor?Ele passou a língua pelos lábios, recolhendo os vestígios de sangue. Depois, inclinou-se de novo e, antes de responder, lambeu a ferida para fechá-la."Mmmm… amor, se eu disser que estou doendo entre as pernas, você também vai passar essa linguinha por lá embaixo?""Aztoria!"—Ainda dói? —Sua voz rouca voltou a me questionar.Minha
LYRADe joelhos, tive aquele falo tremendo diante do meu rosto, prestes a me furar um olho, endurecido, a ponta dilatada com uma deliciosa pérola de umidade.Me inclinei para frente, segurando-o em meu punho fechado, sentindo-o pulsar sob meus dedos enquanto deslizava a mão para cima e para baixo, massageando-o prazerosamente.Seus sibilos excitados ecoaram acima da minha cabeça.Minha boca salivava, me aproximei para aspirar o aroma da ponta, tão picante e selvagem quanto ele."Deixa eu provar, mmmm, mete ele na boca." Aztoria me incitava a cometer loucuras.Abri os lábios e mostrei a língua, enquanto minha mão se movia ritmicamente.Rodeei a cabeça vermelha com uma carícia suave, lambi a uretra, introduzindo a ponta escorregadia na abertura, gemendo de luxúria, olhando para cima, encarando seus olhos profundos, fixos na minha felação.Diante de seu olhar atento, comecei a chupar a cabeça carnuda.Lasciva e descarada, fazendo barulhos pecaminosos enquanto o sugava cada vez mais fundo
DRAKKARInvadi a zona de caça privada da matilha em busca de uma colmeia que descobri dias atrás.Ao contrário do que eles acreditavam, eu podia comer carne sempre que quisesse.Mas já estava cansado do mesmo sabor queimado do churrasco.O gosto do mel me levou a adentrar a área proibida.Um aroma doce demais invadiu meus sentidos. Pensei que encontraria as abelhas, mas… me deparei com uma fêmea estranha.Ela estava em perigo, e agi por instinto, salvando-a daquele predador. Eu seguiria meu caminho, os guerreiros da matilha estavam por perto e a protegeriam.Mas seus súplicas ecoaram nos meus ouvidos, e quando olhei para aqueles olhos raros e belíssimos… cometi meu maior erro.O aroma doce que me tentava vinha dela, e toda vez que essa fêmea abria a boca, eu não conseguia escapar de suas palavras.Meus olhos a seguiam, mesmo sem querer.Ela é perfeita. E o filho do Alfa a quer para ele, é claro que quer.Eu não tenho direito de cobiçá-la, não tenho direito a nada. A cada dia, minha vi
LYRA— Se você molhar com água quente, as penas saem mais fácil. — Peguei uma tigela de madeira e mergulhei na água fervente.Ajoelhada na frente dele, comecei a mostrar como era fácil arrancar as penas sem levar metade do bicho junto.— Assim você faz menos força e depois passa um graveto com fogo para queimar esses pelos duros… viu? — Levantei a cabeça e encarei aqueles olhos negros como a meia-noite.Minhas bochechas esquentaram um pouco pela proximidade e pela atenção que ele me dava.— Você pode machucar as mãos, eu faço isso. — Ele falou de repente, tirando o pássaro das minhas mãos e examinando meus dedos.Meu coração ficou quentinho, e eu tive vontade de beijá-lo, mas senti vergonha de ser tão grudenta logo de manhã.O animal tinha mais carne do que eu imaginava, pesava vários quilos, e minha mente já estava pensando em como prepará-lo de maneira deliciosa. O problema era a falta de recursos.— Vou até o rio lavá-lo e jogar fora as vísceras, ou você come isso?— As tripas? — M
LYRA— O que está acontecendo aqui, Verak?!Ao tocar o solo com minhas botas, o Alfa da matilha chegou impetuoso, trazendo a feiticeira e outra mulher consigo. Sua presença interrompeu imediatamente a luta.Corri até onde meu macho estava, coberto de feridas e mordidas daquele maldito que não jogou limpo. Pelo menos Drakkar também arrancou vários pedaços do lobo dele.O apoiei quando ele se arqueou, prestes a vomitar.— Aguenta, por favor… — sussurrei, passando seu braço forte sobre meus ombros e acariciando suas costas. Eu sentia o veneno se revirando dentro dele.— Alfa, pedimos justiça! Que as leis da matilha sejam respeitadas!— CALE A BOCA! — o Alfa ordenou a um dos guerreiros, que imediatamente silenciou.O imbecil que joguei da plataforma estava sendo socorrido por outro deles.— Verak, me explique imediatamente essa confusão!— Pai, eu só estava apoiando esses guerreiros… — Ele se transformou em sua forma humana, sangrando por todos os lados. Sua aura furiosa transbordava dos
NARRADORA—Tô de saco cheio de você, Verak! —o rugido do Alfa foi seguido por um tapa estalado.Verak aguentou o golpe furioso do pai com frieza; sua pele já estava mais do que acostumada com aquelas pancadas.—Gosto daquela fêmea, não vou deixá-la pro idiota do Drakkar —respondeu em voz baixa, mas sem recuar.Raras vezes havia desafiado a vontade do Alfa.—Você é burro, é?! —os caninos de Arom estavam expostos, ele tremia de raiva, mas qualquer um poderia ouvi-los.Respirou fundo e tentou se acalmar.—Não podemos ofender a Curandeira. O poder da matilha está ligado a essa mulher, você sabe disso! Não pode arriscar tudo por uma boceta! —segurou os ombros do filho com força, obrigando-o a encará-lo.Sua aura de Alfa dominava o filhote rebelde com mão de ferro.—Você pode ficar com essa fêmea em segredo. Não vai ser o primeiro a ter duas mulheres. Mas sua companheira oficial diante de todos deve ser Nana —seus olhos escuros fitavam os do filho, tão semelhantes aos seus.—Verak, a Curand