NARRADORAA enorme loba de pelagem negra como a meia-noite, com mechas douradas, cravou os dentes com fúria na criatura.Qualquer um pensaria que suas presas atravessariam o nada. Força bruta contra algo imaterial era difícil de combater.No entanto, Lyra, assim como seus irmãos, era um ser especial com características únicas.Aztoria, a loba de Lyra, dilacerou os fragmentos de magia negra e os engoliu, absorvendo toda a energia maligna do espectro — algo que um lobo ou um lycan comum jamais poderiam processar em seus corpos.— Esses filhos da puta já me deixaram de saco cheio! Aaaah! — Vicky rugiu, abrindo cortes profundos nas palmas das mãos e pressionando-as contra o chão.Seus lábios começaram a recitar feitiços rápidos e incompreensíveis.A montanha tremeu, a floresta sob seus pés se agitou.Como filha de seu pai e descendente do príncipe sombrio Zarek, estava convocando alguns de seus mortos-vivos para ajudá-los na batalha.Tudo indicava que os espectros tinham os segundos conta
Olá, olá, queridos leitores!Nossa, parece que foi ontem, e já se passaram meses e meses nessa aventura que agora chegou ao fim.E siiii, eu sei que vocês ficaram tipo: “Aonde foram essas crianças arteiras?! Quero saber mais!” (hahaha).Pois bem, primeiro preciso confessar que não sou muito fã de sagas divididas em livros separados, porque minhas histórias têm muitos detalhes e subtramas que depois ficam difíceis de explicar do zero em um novo livro.Além disso, novos leitores podem começar na ordem errada e acabar se perdendo na sequência dos eventos. Mas, de qualquer forma, vou arriscar e ver como consigo integrar tudo.Portanto, a novidade é que continuarei com a nova geração em um novo livro, separado deste.Como vocês podem imaginar, aqueles portais levarão os filhos de papai e mamãe para outros mundos, reinos, continentes (ou seja lá o que eu inventar, hahaha), onde viverão suas próprias histórias.Aviso importante: OS PERSONAGENS QUE JÁ APARECERAM NESTE LIVRO NÃO TERÃO MAIS PART
LYRAEu não sei onde estou nem o que aconteceu comigo.Meu corpo parece ter sido triturado, desmontado e costurado de volta de qualquer jeito.Um gemido doloroso escapa dos lábios de alguém. Acho... acho que sou eu mesma.Minhas longas pestanas tremulam de cansaço, e só quero dormir para sempre. Memórias vagas invadem minha mente.— Aahh... — gemo novamente ao tentar mover minha perna direita, e uma pontada excruciante atravessa meu corpo.Meus olhos se abrem e se fecham em desconforto; a luz repentina apunhala minhas retinas."Aztoria?" Chamo minha loba e começo a entrar em pânico ao não senti-la.Não tenho certeza se ela está fraca ou se é algo pior.Tomo o controle do meu corpo e começo a me erguer lentamente. Estou ferida por toda parte e minhas lesões não cicatrizaram bem.Meus poderes estão restringidos. Flashes surgem em meu cérebro entorpecido.Eu estava com meus irmãos, com... com Lavinia. Sim, sim... e também com Vicky.O rosto de Laziel, gritando para que eu segurasse sua m
NO NOVO MUNDO… LYRAMeu pai sempre nos disse para não brincarmos com magia, que era traiçoeira e imprevisível, mas meus irmãos e eu nos achávamos intocáveis.Descendentes de poderosos lycans e Selenias; de Umbros, uma criatura criada a partir do ódio mais profundo: nunca tivemos medo das consequências… até agora.Meu nome é Lyra, sou uma Alfa pura com magia negra correndo em minhas veias. Caí em um vórtice de energia e fui separada dos meus irmãos e da minha família.Abri os olhos no meio de uma selva primitiva e fui resgatada por um lobisomem selvagem, rabugento e nada educado.Embora pareça brincadeira, depois de uma apresentação tão solene, agora mesmo esse selvagem está me carregando sobre o ombro, atravessando a floresta sem o menor cuidado e me deixando quase de cara com a bunda dele.— Ei, meu estômago dói, por favor, preciso descer, já estou melhor… você está me ouvindo…?!BAM!— Aaaah! — soltei um gritinho de susto quando ele me lançou com brusquidão de uma colina e, em seg
LYRA—Não é o que parece, você estava ferido e eu… — minha mente girava sem parar, nem eu mesma acreditava na quantidade de besteiras que estava dizendo.Ele apenas me olhava, a expressão cada vez mais e mais carregada.— O que você viu? — sua voz áspera e fria soou de repente.— Você entende o que eu digo? — respondi animada, já que ele não havia falado nada antes e eu temia que não me compreendesse.Tentei me levantar, sair daquela situação embaraçosa, mas sua mão calejada agarrou meu braço com firmeza.— O que você viu? — repetiu, desta vez com um tom mais afiado e perigoso.— Só que você lutou contra aquele animal e venceu — respondi, tentando puxar meu braço. Mesmo sendo meu companheiro, eu não gostava da aura ameaçadora dele.Não me atrevi a confessar o que descobri em seu lobo.— Você consegue me sentir? Você e eu…— Cale-se — me interrompeu de repente. Eu havia me esquecido de como ele era rude, mas seus olhos logo se voltaram, alertas, para uma direção, ativando também meus i
LYRA— Temos que impedir isso!— Não grite — ele me respondeu entre dentes, seus olhos escuros varrendo o ambiente com cautela. — Não sei quem você é, mas se deseja sobreviver, siga as leis da matilha, ou a próxima naquela fogueira pode ser você.Suas palavras frias me atingiram como uma lâmina, seu olhar penetrante era um mar de tempestades.Senti o peito apertar, queria gritar para que ele parasse de ser tão indiferente — éramos destinados!Mas ele simplesmente deu as costas e se afastou por entre as choças.O rugido de dor atrás de mim gelou meu sangue, e o cheiro de carne queimada penetrou em minhas narinas.Hesitei em me virar, já sabia a barbárie que presenciaria."Não faça isso, Lyra, é horrível, não olhe..." minha loba me alertou."Tenho que olhar, Aztoria," respondi, me virando lentamente. "Tenho que aceitar de uma vez para onde viemos parar e o que teremos que enfrentar."Meus olhos prateados refletiam as chamas e a expressão deformada de dor daquela fêmea, algo que jamais e
LYRA— Aconteceu a recaída na frente daquela mulher? O que sabe sobre ela?Meu coração começou a bater mais rápido quando a ouvi me mencionar.Meus olhos, espiando pelas frestas, observavam Drakkar enquanto eu esperava sua resposta.— Não. — Ele respondeu categoricamente. — Ela não sabe de nada, apenas a encontrei no meio da selva.— É mesmo? — A Curandeira o encarou por alguns segundos, cheia de desconfiança. — Está bem se ela não viu sua… condição. Caso contrário, isso seria um problema, e você teria que eliminá-la."Velha desgraçada. Ele não vai nos trair." Aztoria estava muito segura disso. Eu… nem tanto.Nós éramos perfeitas estranhas para Drakkar. Ele sequer podia sentir o laço entre nós. Precisávamos nos aproximar e conquistar sua confiança.— Aqui está o remédio. — Ela esmagou algumas folhas dentro de um pilão de pedra, e minha atenção se fixou nelas para tentar identificá-las.Eu agradecia pelo cheiro forte de ervas medicinais, pois ajudava a mascarar minha presença.— Deixe
LYRA—Aaahh… —não pude evitar que um gemido sensual escapasse dos meus lábios.Sua mão subiu para apertar meu seio, puxando-o para fora do decote e afundando-o ainda mais entre seus lábios quentes.As sucções de sua boca me faziam estremecer de prazer. Nunca tinha dado meu sangue assim para um macho, e a sensação de compartilhar minha força com ele me excitava e me deixava molhada.Mas quando fui acariciar suas costas, ele se afastou de repente, me deixando confusa, desejando que continuasse.—Te… te machuquei? —Seus olhos, mais escuros, com pequenas luzes brilhando no fundo, me encararam, franzindo a testa, preocupado.Ele achou que meu gemido era de dor?Ele passou a língua pelos lábios, recolhendo os vestígios de sangue. Depois, inclinou-se de novo e, antes de responder, lambeu a ferida para fechá-la."Mmmm… amor, se eu disser que estou doendo entre as pernas, você também vai passar essa linguinha por lá embaixo?""Aztoria!"—Ainda dói? —Sua voz rouca voltou a me questionar.Minha