VALERIAEmpurrei a porta de madeira quase caída das dobradiças, que rangeu com um som agudo e assustador.Lá dentro, o cheiro de mofo, madeira podre e decomposição atingiu meu nariz como um tapa, enquanto meus olhos tentavam se ajustar à escuridão.Olhei ao redor e vi alguns pedaços de madeira de uma antiga moldura de porta. Peguei um deles com minhas mãos trêmulas, me preparando para brincar de heroína mais uma vez.Sabia que isso era extremamente perigoso e nada inteligente, mas não podia deixar que levassem Edward bem diante dos meus olhos. Não podia perder outro filhote, não poderia me perdoar.Avancei, passo a passo, por um cômodo que parecia ser o hall de entrada e depois uma sala. Eu mantinha os olhos no chão, onde algumas tábuas estavam levantadas, formando buracos profundos e sombrios, sem fim aparente.— Srta. Valeria! — A voz chorosa de Edward chamou por mim, vinda de cima. Levantei a cabeça rapidamente e o vi no alto da escada, entre sombras e alguns raios de luar que pass
ALDRICQuando cheguei àquela praça e não vi Valeria, senti meu sangue congelar.Tentei chamá-la pelo vínculo, mas parecia estar muito longe.Segui seu cheiro como um louco, até encontrar a cadeira de rodas do filho do Alfa abandonada em um pátio interno. Algumas pessoas me contaram o que tinham visto ou ouvido.Ela estava, mais uma vez, em perigo, imprudentemente perseguindo um desconhecido.Eu sabia que fazia isso pelo filhote, mas arriscar sua vida dessa forma, se expondo ao perigo, fazia meu sangue ferver de raiva e me dava vontade de puni-la com umas boas palmadas.“Valeria, eu prometo que não vou castigá-la se estiver a salvo. Nem vou repreendê-la. Só, por favor, fique viva.”Suplicava em minha mente, correndo na minha velocidade máxima pela alcateia, quase me transformando em minha besta, deixando o Alfa para trás enquanto me seguia.Quando cheguei àquela casa velha, senti os ratos escapando pela parte de trás. Mas não tinha tempo para persegui-los agora; depois eu os caçaria.N
ALDRICAgora que ela estava se alimentando do meu poderoso sangue de lycan, tóxico e venenoso para qualquer outra fêmea, qualquer dúvida que eu pudesse ter desapareceu completamente.— Calma, pequena, não se apresse, Val... Eu não vou a lugar nenhum. É sua, toda a minha vida é sua — sussurrei, beijando sua testa suada enquanto sentia como ela enlouquecia, sugando meu pescoço e me mordendo profundamente com presas afiadas.O puxão de sua boca em minha veia provocava arrepios de prazer que desciam direto para meu membro, fazendo-me soltar um leve rosnado.Meu corpo reagia, mesmo contra a minha vontade. Dar vida e força à sua companheira era o maior prazer de qualquer lobo, e eu não era uma exceção.Agora que estava certo de que poderia salvá-la, arrisquei tirar aquele ferro afiado do peito dela.— Resista um pouco, pequena. Vai doer por um instante — avisei, querendo poupá-la dessa agonia, embora soubesse que era impossível.Dobre o tubo com minha mão até ouvir o “crack” da fratura, qua
VALERIAMe ameaçou, e logo em seguida inclinou-se sobre o criado-mudo, remexendo algo na gaveta.Não consegui ver direito, mas percebi que colocou algo na boca e, antes que pudesse questionar, já estava sobre meu corpo, me prendendo na cama e devorando meus lábios.Segurou meu cabelo em um punho, enquanto sua outra mão apertava meu pescoço, impedindo qualquer fuga da sua deliciosa invasão. Sua língua se enroscava na minha, dominando cada espaço.De repente, senti algo deslizar pela minha garganta, e entrei em pânico. O que ele me deu para engolir?Seus dedos pressionaram minhas bochechas, forçando-me a manter a boca aberta."Não lute, Valeria, confie em mim. É um remédio para que não fique cicatriz."Parei de resistir, submetida à sua dominação. Confiar novamente em um homem... Esperava não cometer o mesmo erro de antes.Ele não teria salvo minha vida para depois tirar.Engoli o que parecia uma pequena esfera viscosa, e imediatamente senti um calor intenso se espalhar por todo o meu c
ALDRICChegou um relatório urgente da patrulha informando que encontraram os restos daqueles três homens nos limites da alcateia.— É óbvio que eliminaram as testemunhas. Como conseguiram se infiltrar na alcateia se, supostamente, estavam exilados? — pergunto ao Alfa, que me olha nervoso.— Eles... parece que se misturaram com as pessoas do teatro itinerante, que viaja de uma alcateia para outra.— Os guardas não verificaram direito a caravana — responde, desviando o olhar da minha expressão de "você é um incompetente gerindo sua segurança".— Alfa, preciso das informações que me disse sobre o Altar — Quinn interrompe, falando de repente.Parece que, dessa vez, ele não conseguiu decifrar tão facilmente aquelas malditas inscrições.— Agora? Mas a festa... — ele se cala ao ver minha expressão de "não dou a mínima para essa festa ridícula".Fui à festa por pura cortesia, mas estava morrendo de vontade de ir atrás da minha Valeria.— Cla... claro, Guardião... já volto — ele se levanta, ab
VALERIA— Mas... Aldric, o altar é sagrado... — dou um passo para trás enquanto ele se aproxima, sem hesitar.Um arrepio percorre meu corpo ao ver o olhar perigoso e decidido que ele me lança.— A única coisa sagrada aqui é o que vou fazer com você agora. Não me faça repetir, Valeria. Você me queria aqui, e aqui estou — ele para, sua presença ameaçadora me envolve, o ar parece mais denso, como se sua aura estivesse tocando minha pele.— A partir de agora, não sou mais o seu rei nem o seu chefe. Sou o seu macho, e você vai me chamar pelo meu nome. Obedeça agora! Com mãos trêmulas, levanto o vestido até as coxas e baixo minha calcinha, deslizando-a por meus tornozelos e tirando-a por cima dos meus botins negros.Tento escondê-la atrás de mim, envergonhada pela mancha úmida na peça, mas a mão rápida de Aldric a arranca sem hesitar.— Vejo que essa borboleta está bem quente e sedenta hoje. Suba na plataforma, Valeria.Seus olhos cinzentos semicerrados me observam como os de um predador à
VALERIAO beijo se torna devastador, enlouquecedor, impondo nossas vontades.Nossas mãos se movem mais rápido, mais urgentes, buscando a tão desejada liberação.Os caninos da minha loba falsa pinicam como se fossem verdadeiros, morro de vontade de provar o sangue dele de novo, como uma maldit4 viciada.Arrepios deliciosos descem pela minha coluna. De joelhos, agarrada ao corpo do Rei, estou prestes a gozar e, se ele continuar me atingindo nesse ponto tão sensível da minha boceta, vou ver estrelas muito em breve.No entanto, esqueci algo muito importante: isso é um castigo.— Boa tentativa de me tirar do sério, quase conseguiu, mas ainda não é o suficiente, pequena ômega… — ele rosna com uma voz animalesca perto do meu rosto, completamente perdido.— Não, espera... Aldric! — protesto, fazendo um beicinho descarado quando ele para de me estimular.Ele sorri de lado, tão sexy e provocante que nem consigo xingá-lo.Suas mãos começam a me despir, puxando meu vestido com força e sem pedir p
ALDRICNão vou pensar em coisas mais complicadas que não me levarão a um bom caminho. Vou acreditar que Valeria confundiu o feitiço com seu cio.Porque sim, mesmo sem sua loba interior presente, essa ômega está completamente excitada por um cio que nem parece reconhecer e que deve ter sido desencadeado ao beber meu sangue.Ela estremece, se esfregando contra meu corpo.O desejo já ultrapassou o medo, porque sua pequena mão atrevida está novamente acariciando descaradamente meu membro, e sua boceta quente se mexe para frente e para trás sobre meu eixo, molhando-o completamente e me provocando à loucura.— Ssshhh… Ggrr vamos, Valeria, toma o que está pedindo aos gritos…— Não mais truques? — ela vira um pouco a cabeça para me perguntar num sussurro carregado de luxúria, seus olhos azuis nublados e sedutores.Deusa, como eu amo essa fêmea que você criou para mim. Nunca estive tão excitado, nem mesmo com "ela".— Não mais truques, querida, sou todo seu, Valeria… Mmmnnn… Ssshshh… aaah, por