NARRADORAUm guerreiro se levantou de repente, dando o alarme, e todos os outros fizeram o mesmo, tensos—até que os aromas conhecidos chegaram às narinas.—São eles!Quando os arbustos se abriram, Drakkar apareceu carregando Nana, e Lyra tinha voltado à forma humana.—Eles estão bem!—Lyra, a gente fez o PDE e funcionou! —Lyra sorriu, é claro que sabia que tinha funcionado.—Ai, meu Deus do céu! É a Nana!No meio da emoção do reencontro, perceberam o corpo mole que Drakkar carregava.Colocaram ela logo em umas peles perto do fogo, mas a Ômega tremia sem controle.Foi aí que Lyra percebeu que o estado da loba era mais grave do que parecia.Nana estava agonizando.—Rápido, tragam umas folhas com esse formato...!Ela pegou um graveto e começou a desenhar no chão, lembrando de tudo que tinha encontrado na expedição com Drakkar.Alguns homens se mobilizaram e saíram para colher as ervas medicinais.—Alguém precisa alimentá-la com sangue, de preferência um macho forte —Lyra orientou, mas ób
NARRADORA—Alfa, com certeza eles fizeram mal pro Verak! —Gertrudis começou a manipular a situação; foi com tudo, sem máscara, contra Drakkar e aquela vadia.—Do que diabos você tá falando?! Drakkar! Onde tá meu filho?! FALEM LOGO, P0RR4!—Alfa, ninguém sabe de nada e isso que ela tá dizendo… não é verdade —Lorenzo encarou a curandeira com a testa franzida.Todo mundo pronto pra defender Lyra e Drakkar.—Eles salvaram a Nana e ajudaram a gente a escapar…—Mentira! —a velha retrucou, levantando o bastão, com o rosto tomado pela malícia—. Vocês só tão enfeitiçados porque o Drakkar…!—Mãe…De repente, a voz sussurrada de Nana apareceu, e uma mão trêmula segurou a saia de Gertrudis.—Filha! —a curandeira se abaixou pra abraçá-la; sentia a dor profunda da Nana.A loba dela tentava encontrar conexão com a sua filhote, mas tava fraca demais.—Nana… —encarou os olhos vazios da menina que, dias atrás, brilhava cheia de vida e sonhos pro futuro.—Eles me… salvaram… Drakkar e Lyra…Com a respira
NARRADORANão importava o quanto explicassem para o Alfa, a dor pela morte de Verak não deixava ele pensar com clareza, e ele ordenou que prendessem Drakkar e Lyra.Por pouco não levou Nana também, mas ainda tinha medo da influência da velha curandeira.Claro que Drakkar resistiu, ninguém ia prender eles de novo."Se levarem eles, vão ter que lidar com a gente!"O grupo do sal estava vendo tudo vermelho de tanta raiva pela injustiça.Verak era um idiota cujos planos deram errado.Ele largou todo mundo à própria sorte sem se importar com nada, só Drakkar e Lyra ficaram do lado deles."ENTÃO TODOS VOCÊS ESTÃO FORA DA MINHA MATILHA! ESTÃO EXPULSOS, SUMAM DAQUI! FORA DAS MINHAS TERRAS!"Os corações dos guerreiros tremeram, ninguém esperava uma reação assim do Alfa.Ficar fora da tribo não era brincadeira. Só a união dos lobisomens permitia sobreviver nesse ambiente tão hostil."Não tenham medo. Quem escolher seguir a gente vai ter uma vida melhor do que nessa matilha."A voz da Lyra chego
NARRADORA—Todos, se transformem! Levem as fêmeas e os filhotes pra um lugar seguro!O Alfa rugiu, mal conseguindo mudar pra forma animal, quando mais de cinquenta lobos furiosos saíram correndo da mata fechada.Eles usavam armaduras pesadas nas costas, camufladas com cheiros de plantas, muito mais preparados do que eles, que foram pegos de surpresa.O lobo negro à frente do bando inimigo entrou pelo portão de madeira, destruindo as defesas fracas e avançando como um aríete contra qualquer um que aparecesse.Arrasaram com a matilha em menos de meia hora.As lutas brutais entre bestas aconteciam entre as cabanas.O chão ficou tingido de carmim; os rugidos de raiva e dor alcançaram o céu.Gertrudes viu tudo de uma colina alta, à distância.Os olhos cheios de espanto diante do fogo e da chacina.O vento trazia morte e conquista.Se ela tivesse demorado só meia hora, ela e a filha teriam morrido.A matilha Vale Fértil foi conquistada.O Alfa jazia derrotado sob as garras do outro Alfa, de
NARRADORADrakkar avisou a curandeira, que já tinha voltado pra forma humana.Gertrudes e Nana também não tinham pra onde voltar.—Tudo bem —as duas disseram, e foram levadas até o fundo da caverna, por uma fenda muito bem camuflada.Drakkar afastou a cortina de folhas que tinham trançado pra confundir os cheiros.Passaram pelo corredor e as duas mulheres chegaram a um novo mundo.Pela rede de cavernas, tinham descoberto uma gruta com respiradouro, livre dos gases e do calor.Não só tinham fontes termais pra banho e ferver folhas, mas também cabanas mais bem construídas com peles, ossos e madeira.O melhor de tudo: caçavam criaturas poderosas, mesmo com poucos guerreiros. Mas nada podia enfrentar as novas armas deles.Gertrudes se conteve pra não fazer perguntas.Principalmente por causa dos olhares hostis das mulheres que esculpiam moldes de pedra.Todo esse progresso tinha sido trazido por Lyra em apenas alguns dias.Ela contou pra todos que a adaga foi feita nessas cavernas e não t
NARRADORAA boca faminta dele não aguentou mais e foi devorar a da fêmea.Movia os lábios sobre os de Lyra, sugava entre os dentes e enfiava a língua pra provar seu gosto.Lyra empurrava o peito dele e Drakkar dava passos pra trás, sem soltar o beijo, até ser encurralado contra uma árvore.A mão grande desceu e entrou por baixo da saia da sua mulher.Ofegantes, com as bocas coladas e as línguas se invadindo.Os dedos calejados acariciavam a fenda molhada, a calcinha encharcada de tesão; passaram pela borda e chegaram nos vincos escorregadios e no clitóris pulsando.Lyra gemeu na boca dele ao ser provocada e tocada de forma tão erótica.Drakkar massageava o clitóris em círculos deliciosos que faziam o corpo dela vibrar.Acariciava entre os lábios da boceta e enfiava o dedo do meio, masturbando e abrindo espaço nela.Drakkar mergulhou o rosto no pescoço dela, aspirando o cheiro doce, rosnando baixo com os movimentos intensos da mão da sua fêmea.O punho pequeno descia e subia na rola en
NARRADORAO Alfa vitorioso esperava entre as ruínas do que um dia foi a matilha Vale Fértil.Seu olhar sombrio, sua sede de vingança não se apagava.De onde tinha saído aquela arma?Tornou a se perguntar, observando a adaga em sua mão.A dor de perder seu filho se misturava com a cobiça. Nenhum daqueles ignorantes parecia saber como fabricá-la, mas seu povo falou de uma mulher de cabelo branco e de outro macho que não estava ali.—Senhor, encontramos um rastro perto daquelas montanhas —o guerreiro anunciou, apontando em uma direção.Eram especialistas em rastrear e conquistar.—Preparem-se.*****No dia seguinte, assim que o sol despontou no horizonte, Lyra, Drakkar, Gertrudes e Nana partiram rumo à passagem intrincada.A gruta íngreme e oculta os levou até uma caverna escura."Não tenham medo, as feras não se atrevem a entrar aqui",disse ela, avançando à frente em sua forma de loba, carregando Nana.A doença de Nana era mais do coração do que do corpo, o vínculo com seu Ômega estava
NARRADORANa mente de Lyra, o lobo que a salvou na selva invadiu seu mundo interior, rondando Aztoria, que o olhava fascinada.Ela era uma Alfa grande, mas seu companheiro era muito mais alto.Eles se cheiravam e se lambiam, se reconhecendo como duas metades de um todo."Sou seu companheiro, pequena. Meu nome é Khalum", ele disse, acariciando o focinho dela.De repente, aquele lycan selvagem pegou Lyra nos braços, e ela se sentiu tão pequena contra a maciez do peito largo dele."Não chore, minha linda Lyra, vou te levar pra casa", a voz de Drakkar invadiu o coração dela.Por que Drakkar agora parecia um lycan?Será que ele já estava curado da maldição depois de absorver aquela magia estranha?Lyra não entendia que tipo de combinação era essa, mas se aconchegou nele e fechou os olhos pra recuperar as forças.O cheiro dele, o calor, a proteção... tudo a envolvia e fazia suspirar."Por que você tá assim? Tipo um lycan", ela ouviu Aztoria perguntar a Khalum."Um lycan?" ele inclinou a cab