ELLIOTFiquei de pé, observando-a com a cabeça baixa.A névoa do pequeno banheiro nos envolvia, aquecendo-nos.Suas mãos delicadas começaram a desabotoar minha camisa de forma desajeitada.Todos esses anos com essa mulher ao meu lado, e nunca havia me afogado nesse desejo ardente que agora estava me consumindo.Ela abriu minha camisa e a deslizou suavemente pelos meus ombros fortes, deixando-a cair no chão.O olhar intenso de seus olhos devorava meu peito.Seus dedos começaram a me acariciar com um pouco de timidez, traçando os contornos da minha pele suada pelo calor.Soltei um gemido rouco ao senti-la deslizar pela linha do meu abdômen contraído.O cheiro de luxúria que emanava do seu sexo estava me enlouquecendo.Ela estava excitada, muito excitada, e pela primeira vez eu gostei demais de ser desejado por ela.— Mmm —passei a ponta da língua pelos caninos que coçavam.Eu precisava me controlar para não deixar nada do meu lobo transparecer, mas sua exploração curiosa pela silhueta e
ELLIOTOuvi-la tão excitada era música para os meus ouvidos, seu corpo arqueando-se contra o meu.Pressionei aquele pequeno botão que a fazia estremecer de prazer.Brinquei um pouco com ele, massageando-o entre os dedos, girando suavemente, enquanto fazia o mesmo com seu mamilo.A palma da minha mão, aberta, deslizou para cima e para baixo em sua descarada vulva.Apesar da água ao redor, algo viscoso e denso escorria do interior dela.Separei os lábios de sua intimidade e explorei a pequena entrada.Ouvi sua respiração acelerada sob o peito, o coração batendo violentamente.Tão viva, tão minha, tão sensual. Essa mulher me pertencia.— Aaahh… —o gemido rouco ecoou pelas paredes do banheiro quando a penetrei com um dedo, mergulhando no forno quente entre seus lábios vaginais.Empurrava e puxava, avançando mais a cada movimento, até que meus nós dos dedos começavam a bater contra seu sexo úmido e excitado.Rossella se contorcia em meus braços, empinando as nádegas para trás e massageando
ELLIOTRossella abaixou a cabeça, tossindo um pouco e arfando rapidamente. Acho que exagerei.— Deixe-me ver, te machuquei? Espere, Rossella, não, não se levante, eu me abaixo… —tentei detê-la quando ela se apoiou em minhas pernas e começou a se levantar.Ela limpou os lábios inchados com a mão, e eu me apressei para verificar se estava machucada.— Eu… perdi o controle, não…— Está tudo bem, —ela pegou meu dedo, que acariciava seu queixo, e o lambeu, sem parar de me olhar de uma forma que fazia cada centímetro do meu corpo vibrar.Sua voz gutural, rouca pelo uso que acabava de dar à garganta, me incendiou ainda mais.— Elliot, eu… pedi para você parar porque…Ela deu outro passo à frente; eu estava preso contra a borda da banheira.— Quero que você goze aqui mesmo, —ela segurou meu pau com a mão e o colocou entre as pernas.Por causa da diferença de altura, apenas a ponta roçou sua entrada escorregadia, mas isso foi o suficiente para nos fazer sibilar de prazer.— Você se importaria
NARRADORAElliot correu como um louco, sem direção, descalço.Ele não sentia as pedras duras nem os arranhões no torso nu provocados pelos galhos afiados em seu caminho.Suava intensamente, sua respiração era irregular.Caiu de repente sobre a grama macia no meio da floresta intricada.Sentia sua pele inteira queimar, como se a temperatura aumentasse sem parar.Seus ossos estalavam de forma estranha.Arqueou as costas em posição fetal, suportando os espasmos dolorosos dos músculos.Com as mãos cheias de garras, abraçou a cabeça, que latejava como se milhares de pregos ardentes estivessem se cravando em seu crânio.Seu coração batia tão rápido que pensou que teria um ataque e morreria ali mesmo.Apertou o peito, cravando as unhas nos peitorais fortes.Algo clamava para sair de dentro dele, tomar o controle, comandar sua vontade, mas ele resistia.Ele sempre resistia.A única vez que cedeu foi naquela noite.Não sabia exatamente o que tinha acontecido, mas foi algo muito parecido; perde
NARRADORA—Não sou nenhum espião. Posso ir e ser útil —Elliot logo se interessou.Ele precisava saber exatamente o que estava acontecendo ali.Apesar dos protestos de Tomas, acabou seguindo-os pela floresta.Avançavam rápido, correndo com agilidade.Elliot nunca ficou para trás. Aquela velocidade e resistência não podiam ser mantidas por um elemental comum.Nenhum deles era comum.*****Eles se esconderam agachados atrás de grandes rochas, no alto de um penhasco.Abaixo, havia um profundo desfiladeiro e, bem ali, passava o largo rio que marcava o limite entre os dois Ducados."Elliot, consegue nos ouvir?" Aldo tentou mais uma vez falar com ele em sua mente, mas nada; Elliot sequer deu sinais de ter percebido.Aldo franziu o cenho.Esse cara estava se fazendo de desentendido ou realmente não conhecia bem seus poderes como ser sobrenatural.De qualquer forma, os sons de cascos de cavalos, o arrastar de rodas e o chapinhar da água os fizeram prestar atenção no que acontecia a alguns metr
NARRADORAElliot não entendia o que aquilo significava. Mesmo assim, imitou o gesto.—Juro pela minha vida, morrerei cruelmente se quebrar minha promessa —afirmou, batendo o punho contra o coração.Elliot sabia que aquele homem era um ser sobrenatural; Aldo havia insinuado isso de várias formas.Também compreendia que Aldo suspeitava dele. Parecia que Elliot havia deixado algo escapar quando o resgatou no rio, mas não tinha coragem de perguntar, de se abrir, porque ele não era qualquer pessoa.Ele era o Duque e tinha muito a perder. Ninguém iria chantageá-lo novamente.Suspeitas não eram o mesmo que confirmações.Aldo entrou na casa para descansar com sua família.Elliot suspirou, olhando para o corredor que levava ao pátio.Seguiu naquela direção para esvaziar a tina e recolher o banheiro de onde escapara como um covarde.Ao abrir a porta, que rangeu baixinho, encontrou-se na penumbra do quarto frio.Rossella havia deixado tudo limpo e seco.Apenas a tina ainda tinha um pouco de água
NARRADORA—Rápido, com este barco vocês atravessam o trecho leste do rio e chegam à aldeia vizinha. Procurem por Joaquim, na única pousada que tem lá. Ele deve estar saindo com a caravana de comércio. Digam que vão em meu nome...Aldo dava instruções apressadas enquanto desatavam os nós das amarras e se preparavam para empurrar o pequeno barco pela rampa até a água.Apoiada dentro do velho galpão do embarcadouro, Katherine os observava nervosa, ainda tentando controlar a respiração acelerada após a corrida suicida.Por todos os céus, aqueles homens não pareciam ter acabado de correr como cães loucos pela floresta, enquanto ela sentia que estava prestes a cuspir os pulmões.E isso que tinha sangue sobrenatural; se não tivesse…—Empurremos. —Com um baque surdo e o som da água espirrando, o barco deslizou até os limites do rio.Faltava apenas um empurrãozinho para que descesse pela rampa.Katherine foi ajudá-los; entre os três seria mais rápido.De repente, Elliot, ao lado dela, ficou rí
NARRADORA—O quê? Acha que não aceitarão como pagamento? —ela o olhou com olhos preocupados e até inocentes.Elliot observou nas profundezas de seus olhos.Ela parecia sincera, sem truques ou artimanhas.Estava cada vez mais convencido de que esta não era sua esposa original, e agora era mais do que evidente que essa mulher, idêntica a Rossella, não conhecia seu segredo.—Sim, acho que serve. —Ele estendeu o braço com certa hesitação, pensando que, no último momento, ela se arrependeria.Seu coração deu um salto quando ela colocou o colar mágico na palma de sua mão.—Bem, deixo sob sua proteção, então.—Não é um objeto importante para você? —perguntou ele, já guardando o item em seu corpo. Não pensava em entregá-lo novamente, na verdade, destruiria aquilo por completo.—Bem, nem tanto, acho que pertenceu à minha mãe, mas eu nem a conheci. No fim das contas, os vivos precisam encontrar uma maneira de continuar vivendo —disse Katherine, sem dar muita importância ao assunto.E muito meno