KATHERINE— Shhh —eleva o dedo aos lábios, indicando que eu me cale.Imediatamente fico em silêncio.O Duque fecha a porta e se aproxima, sua testa franzida enquanto olha na direção do meu peito.Vejo-o sentar na beirada da cama. Tantas memórias confusas, tantas perguntas que quero fazer.Ele se inclina na minha direção, e eu me estremeço com a proximidade.Sua voz grave e baixa alcança meu ouvido.— Não me chame pelo título aqui. Ninguém pode saber nossa identidade. Somos apenas um casal que foi atacado por bandidos na estrada —sussurra, e eu engulo em seco, assentindo.Ele se afasta um pouco, seus olhos azuis perigosamente próximos.Fico nervosa, não só pela proximidade, mas porque talvez eu tenha feito algo estranho para me curar.Será que o Duque percebeu minha magia?Não pode ser, senão ele já teria me amarrado em uma árvore e me queimado como uma tocha.— Eu… obrigada por me salvar, Du… digo, E… Elliot —saboreio seu nome, que soa estranho nos meus lábios, mas ao mesmo tempo, inc
KATHERINENossas respirações começaram a ficar pesadas, apressadas.Sinto as faíscas no ar, o cheiro de excitação.— Acho que… é melhor eu verificar se o jantar está pronto. A senhora da casa disse que faltava pouco, você deve estar com fome.Ele se levantou como um raio, afastando-se da cama e me deixando ali, inclinada como uma boba, com o rosto ruborizado, enquanto ele caminhava até a velha porta de madeira.— Não vai verificar meu ferimento? —pergunto em um tom suave, que considerei sedutor.Não desistiria tão facilmente.— A senhora Nora me deu algumas ervas medicinais, elas devem fazer efeito. Além disso, você disse que estava bem —respondeu secamente, e antes que eu pudesse mostrar todos os meus encantos, saiu do quarto.— Maldito Duque, tão rígido e cheio de frescuras. Mas o que ele não sabe é que as loucas têm ideias fixas, e eu não vou parar até conceber o herdeiro dele —murmurei, já pensando em todas as armadilhas para aproveitar o fato de que, agora, seríamos forçados a fi
KATHERINEFui recebida por uma horta na entrada, mas as plantas estavam um pouco escassas.Levantei a cabeça e contemplei a escuridão que parecia um breu.Havia apenas algumas luzes fracas de outra casinha ao longe, as colinas cheias de árvores no horizonte, cercas de madeira rústica, a estrada de terra conectando todas as casas.Era a vida no campo.No meio de toda aquela escuridão, uma silhueta começou a se aproximar.Abriu o portãozinho gasto da frente da horta e caminhou pelo caminho de pedras. Era Elliot.— Rossella, por que saiu? Está frio —ele disse, se aproximando rapidamente.— Estava esperando por você. Está bem? —perguntei, dando alguns passos em sua direção.Sua expressão continuava séria e desconfortável.— Fui ver o vilarejo. É… indescritível —disse, cerrando os dentes, o rosto tomado por uma ira mortal.— Essas são as fronteiras, e é óbvio que estão sendo controladas por outra pessoa. Me sinto um incompetente."Bem, isso eu não vou discutir, Duquezinho", pensei, mas sab
ELLIOTFiquei de pé, observando-a com a cabeça baixa.A névoa do pequeno banheiro nos envolvia, aquecendo-nos.Suas mãos delicadas começaram a desabotoar minha camisa de forma desajeitada.Todos esses anos com essa mulher ao meu lado, e nunca havia me afogado nesse desejo ardente que agora estava me consumindo.Ela abriu minha camisa e a deslizou suavemente pelos meus ombros fortes, deixando-a cair no chão.O olhar intenso de seus olhos devorava meu peito.Seus dedos começaram a me acariciar com um pouco de timidez, traçando os contornos da minha pele suada pelo calor.Soltei um gemido rouco ao senti-la deslizar pela linha do meu abdômen contraído.O cheiro de luxúria que emanava do seu sexo estava me enlouquecendo.Ela estava excitada, muito excitada, e pela primeira vez eu gostei demais de ser desejado por ela.— Mmm —passei a ponta da língua pelos caninos que coçavam.Eu precisava me controlar para não deixar nada do meu lobo transparecer, mas sua exploração curiosa pela silhueta e
ELLIOTOuvi-la tão excitada era música para os meus ouvidos, seu corpo arqueando-se contra o meu.Pressionei aquele pequeno botão que a fazia estremecer de prazer.Brinquei um pouco com ele, massageando-o entre os dedos, girando suavemente, enquanto fazia o mesmo com seu mamilo.A palma da minha mão, aberta, deslizou para cima e para baixo em sua descarada vulva.Apesar da água ao redor, algo viscoso e denso escorria do interior dela.Separei os lábios de sua intimidade e explorei a pequena entrada.Ouvi sua respiração acelerada sob o peito, o coração batendo violentamente.Tão viva, tão minha, tão sensual. Essa mulher me pertencia.— Aaahh… —o gemido rouco ecoou pelas paredes do banheiro quando a penetrei com um dedo, mergulhando no forno quente entre seus lábios vaginais.Empurrava e puxava, avançando mais a cada movimento, até que meus nós dos dedos começavam a bater contra seu sexo úmido e excitado.Rossella se contorcia em meus braços, empinando as nádegas para trás e massageando
ELLIOTRossella abaixou a cabeça, tossindo um pouco e arfando rapidamente. Acho que exagerei.— Deixe-me ver, te machuquei? Espere, Rossella, não, não se levante, eu me abaixo… —tentei detê-la quando ela se apoiou em minhas pernas e começou a se levantar.Ela limpou os lábios inchados com a mão, e eu me apressei para verificar se estava machucada.— Eu… perdi o controle, não…— Está tudo bem, —ela pegou meu dedo, que acariciava seu queixo, e o lambeu, sem parar de me olhar de uma forma que fazia cada centímetro do meu corpo vibrar.Sua voz gutural, rouca pelo uso que acabava de dar à garganta, me incendiou ainda mais.— Elliot, eu… pedi para você parar porque…Ela deu outro passo à frente; eu estava preso contra a borda da banheira.— Quero que você goze aqui mesmo, —ela segurou meu pau com a mão e o colocou entre as pernas.Por causa da diferença de altura, apenas a ponta roçou sua entrada escorregadia, mas isso foi o suficiente para nos fazer sibilar de prazer.— Você se importaria
NARRADORAElliot correu como um louco, sem direção, descalço.Ele não sentia as pedras duras nem os arranhões no torso nu provocados pelos galhos afiados em seu caminho.Suava intensamente, sua respiração era irregular.Caiu de repente sobre a grama macia no meio da floresta intricada.Sentia sua pele inteira queimar, como se a temperatura aumentasse sem parar.Seus ossos estalavam de forma estranha.Arqueou as costas em posição fetal, suportando os espasmos dolorosos dos músculos.Com as mãos cheias de garras, abraçou a cabeça, que latejava como se milhares de pregos ardentes estivessem se cravando em seu crânio.Seu coração batia tão rápido que pensou que teria um ataque e morreria ali mesmo.Apertou o peito, cravando as unhas nos peitorais fortes.Algo clamava para sair de dentro dele, tomar o controle, comandar sua vontade, mas ele resistia.Ele sempre resistia.A única vez que cedeu foi naquela noite.Não sabia exatamente o que tinha acontecido, mas foi algo muito parecido; perde
NARRADORA—Não sou nenhum espião. Posso ir e ser útil —Elliot logo se interessou.Ele precisava saber exatamente o que estava acontecendo ali.Apesar dos protestos de Tomas, acabou seguindo-os pela floresta.Avançavam rápido, correndo com agilidade.Elliot nunca ficou para trás. Aquela velocidade e resistência não podiam ser mantidas por um elemental comum.Nenhum deles era comum.*****Eles se esconderam agachados atrás de grandes rochas, no alto de um penhasco.Abaixo, havia um profundo desfiladeiro e, bem ali, passava o largo rio que marcava o limite entre os dois Ducados."Elliot, consegue nos ouvir?" Aldo tentou mais uma vez falar com ele em sua mente, mas nada; Elliot sequer deu sinais de ter percebido.Aldo franziu o cenho.Esse cara estava se fazendo de desentendido ou realmente não conhecia bem seus poderes como ser sobrenatural.De qualquer forma, os sons de cascos de cavalos, o arrastar de rodas e o chapinhar da água os fizeram prestar atenção no que acontecia a alguns metr