KATHERINEMeu coração batia acelerado com a adrenalina percorrendo minhas veias.O Duque nos colocou sob sua proteção, ainda que fosse apenas um ato fingido.Como era bom sentir o poder de tomar decisões, de não ser apenas o fantoche de alguém, uma boneca sem vida.O poder absoluto que esse homem representava parado diante de mim... Olhei-o intensamente, reafirmando meus objetivos na mente, apesar das barreiras.Ele ordenou que a babá e o tal Theodore, que obviamente estava preparando o caminho para abusar da inocência da minha filha e depois passar de noivo a marido de uma nobre, fossem levados embora.Ideias tão macabras não ocorriam a um jovem de 14 anos, isso era coisa da mãe dele.O Duque finalmente se virou e voltou a me encarar, apenas por alguns instantes.Seus olhos azuis brilhavam com reflexos dourados, talvez pelo reflexo do sol.Passou ao meu lado sem dizer mais nada.— Obrigada, Vossa Excelência — sussurrei em voz baixa, sem esperar que me respondesse.Respirei fundo, ali
KATHERINEÉ uma criada que me avisa novamente sobre o jantar.— Levem a comida para o meu quarto, hoje não jantarei no salão — "nem hoje, nem nunca mais".Eu a vejo se retirar com um leve aceno.— Nana...— Pense bem, não há pressa. Um herdeiro não vai nascer em poucas horas. Vá, vá tomar um bom banho, relaxe e reflita com o travesseiro. Eu cuidarei de Lavinia.Suspiro e me levanto, inclinando-me para ela.Dou um beijo em sua testa enrugada.Essa mulher foi a única mãe que conheci em minha vida.— Puxa-saco, grudenta como quando era uma coisinha arteira. Vai descansar, porque batalhas duras te esperam — ela acariciou minhas mãos com um leve tapa.Segui para o meu quarto.A verdade é que minha cabeça estava a ponto de explodir com tantas preocupações.Ninguém disse que viver a vida de outra pessoa seria simples.Assim que fechei a porta do quarto, ouvi batidas na madeira atrás de mim.Abri e vi o criado do salão de jantar.— Desculpe, Duquesa, o jantar já está pronto.— Então traga-o —
ELLIOTMeus passos impetuosos, abafados pelo tapete da saleta, avançaram até a porta do quarto.Eu estava tão puto que nem sequer parei para pensar que estava invadindo sua privacidade.Agarrei a maçaneta e entrei de supetão.—Aaaww, Duque… ahhh —um gemido rouco ecoou pelo quarto.Fiquei congelado na entrada, o cheiro intenso de desejo e luxúria misturado com lavanda flutuando no ar, me fazendo estremecer.Minha respiração acelerou ao ver o que acontecia diante dos meus olhos.Rossella, sobre a cama, com as pernas totalmente abertas em minha direção, sua boceta rosada escorrendo fluidos que desciam pela curva das nádegas, encharcando os lençóis.Dois dedos penetravam fundo naquela pequena abertura, e eu não conseguia desviar o olhar.Meu corpo esquentava como um vulcão prestes a explodir, meu pau endurecendo ao máximo diante dessa visão provocadora.Ela se contorcia, os pés se arqueando sobre o colchão, as costas curvadas pelo prazer intenso, os olhos fechados e o cabelo castanho molh
KATHERINE—Não, esse vestido tão elegante, não. Coloquem no baú roupas mais práticas, sim, sim, essa calça de montaria está ótima — eu indicava às duas criadas que arrumavam o que eu precisava para essa viagem maluca.Caminhei até a janela enquanto elas continuavam com suas tarefas.A noite avançava lá fora, tão escura que era impossível enxergar além das sombras projetadas pelos enormes lampiões.Onde estava o Duque e por que ainda não havia retornado?Uma preocupação martelava forte em minha mente: estaria ele na casa da amante?Eu precisava descobrir logo quem era essa mulher, com certeza alguém deslumbrante e à altura dele.Será que ele está se deitando com ela neste exato momento?Levei o polegar à boca, mordiscando a unha com ansiedade.A inquietação crescia dentro de mim, o medo de que essa mulher engravidasse e ameaçasse a nossa posição aqui.Eu só tinha a velha casa do meu pai, nem mesmo as terras de cultivo.Rossella havia vendido tudo. Ficaríamos completamente desamparadas.
KATHERINESaí com meu vestido simples e confortável para a longa viagem.Arrumei as luvas e a governanta me ajudou a subir na espaçosa carruagem, explicando algumas coisas.—Tenha uma boa viagem, Duquesa —disse ela ao final, e eu agradeci, deslizando para o lado no assento aveludado, deixando espaço para o Duque.Todo o interior era forrado com um damasco verde, com padrões prateados, elegante e luxuoso.Sob os assentos, havia compartimentos fechados.A governanta mencionou que ali estavam guardadas provisões para comer.O luxo era evidente, mas, claro, tratava-se do dono e senhor destas terras.Falando no Duque... esperei e esperei, e nada.Fecharam a porta da carruagem, senti o veículo estremecer quando o cocheiro assumiu sua posição e então o estalo do chicote soou, seguido pelo grito para impulsionar os cavalos.Inclinei-me sobre a janelinha e afastei a cortina. Então o vi.O Duque cavalgava sobre o mesmo majestoso cavalo branco da noite anterior, acompanhado por homens que pareci
KATHERINE— Só estou dando uma olhada nas instalações, posso fazer isso sozinha, pode se retirar — respondi com firmeza, embora por dentro meu coração estivesse disparado.— Insisto, não deveria...— Quem é você para dizer à Duquesa onde ela pode ou não estar dentro de suas próprias terras? — a voz autoritária do Duque fez meu peito aliviar em um suspiro.Eu já estava pronta para gritar a plenos pulmões.— Duque... Vossa Excelência, eu... eu só estava tentando ajudar... — o homem se virou, abaixando a cabeça e sua postura de intimidação.— Ninguém pediu sua ajuda, e eu não gostei nem um pouco da forma como falou com minha esposa. Sr. Philip, tire este homem das colheitas — ordenou implacável.Ele parecia irritado, sua aura ameaçadora fazia todos tremerem.— Sim, sim, senhor — o contador puxou um lenço, enxugando a testa.O trabalhador rural não disse nada. Ia saindo de cabeça baixa, mas eu o interrompi.— Espere! Antes de ir, mova essas pacas. Quero ver o que há atrás e embaixo delas
KATHERINE— Ai, pelo amor de Deus, me desculpe, me desculpe! — tirei o lenço do bolso interno do vestido e me levantei um pouco, inclinando-me para a frente, apoiando uma das mãos entre suas pernas abertas.Comecei a secar as manchas de vinho em sua camisa, deslizando o tecido pelos botões e descendo pelo abdômen.— Acho melhor você se trocar... maldit4 seja, como sou desastrada...— Está tudo bem, Rossella, não tem importância…— Não, não, me deixe ao menos limpar isso — continuei descendo, ansiosa.O vinho havia escorrido.Eu estava tão nervosa que só percebi meu erro quando minha mão tocou uma rigidez.Arregalei os olhos ao perceber que quase estava esfregando a ereção do Duque, que começava a se formar sob o tecido de sua calça.— Eu... — levantei o olhar.Estávamos tão próximos, praticamente eu sobre ele.Ele respirava forte e profundamente, como se estivesse me cheirando.Seus olhos, aqueles olhos tão selvagens e lindos, estavam cravados em mim, predadores.Engoli em seco, e min
KATHERINEAi, não, não, não… que susto!Eu tremia dos pés à cabeça, segurando a faca de pão como se fosse uma arma mortal, apontando-a à frente do meu corpo.Agucei os ouvidos, tentando me mover com o máximo de cuidado para não fazer barulho.Não havia mais passos audíveis, mas com os sons da luta do lado de fora e os gritos, era difícil discernir algo claramente.De repente, a maçaneta de uma das portas laterais começou a girar lentamente. Meu coração parecia querer saltar do peito, o medo me dominava, a mente paralisada pela indecisão.Era a porta que dava para a área da floresta, mais afastada, enquanto o confronto parecia se desenrolar no lado oposto da carruagem, na estrada.Levantei-me, inclinando o corpo, com a cabeça quase tocando o teto e o cabo da faca apertado com tanta força que meus nós dos dedos ficaram brancos.Tremia completamente, meus olhos fixos na entrada, ponderando se a melhor escolha seria sair pela outra porta.Tantas decisões e tão pouco tempo. Em questão de s