SIGRIDOuvi um soluço mais alto atrás de mim.A garota, que não havia feito cena diante de Drusilla, agora exalava medo diante do perigo representado por Silas.—Silas, eu te fiz uma pergunta —levantei as mãos, tentando acalmá-lo, enquanto dava passos suaves em sua direção.Ele não respondeu. Apenas a olhava, como um animal selvagem prestes a devorar sua presa.Se eu tinha alguma dúvida, agora estava claro: Silas não era o que ele tinha me mostrado.Aquela submissão diante de mim não passava de uma fachada.Lembrei das palavras de Lucrécia sobre sua rebeldia; sobreviver tantos anos nas mãos daquela maníaca não era para um escravo fraco.Seu espírito não apenas era forte, apesar das feridas em sua alma, mas o poder maldito dentro dele era... aterrorizante.—Eu estou falando com você, Silas. O que faz aqui? Eu te mandei me olhar. Olhe para mim de uma maldit4 vez! —minha irritação começava a aumentar.Cheguei até ele e o encurralei no canto da porta, segurando seu queixo com firmeza e ob
SIGRIDDeusa, esse Silas arbitrário e dominante, masculino e impetuoso, estava me excitando demais.—Silas, você está sendo irracional, eu só jantei… —encontrei-me até mesmo dando explicações, enquanto meu coração disparava.—Demorou muito para apenas um jantar, trouxeram outro escravo desmaiado e depois voltou com essa mulher. Fez com os dois ou com mais? Deixou que a tocassem?O perigo transparecia entre seus dentes, enquanto ele enterrava a cabeça no meu pescoço, farejando toda a minha pele como se buscasse rastros de outras essências.—Com ninguém, maldição, eu não fiz com ninguém…—Prove para mim.—O quê?… —minha respiração acelerou, eu começava a ficar nervosa. Mas que droga! Preciso resistir!—Como… como posso provar? Já dei minha palavra, obedeça…—Não —ele negou simplesmente, esse escravo rebelde.Um segundo depois, sua mão na minha cintura começou a acariciar sobre meu ventre, enquanto sua boca distribuía beijos suaves e úmidos na lateral do meu pescoço, onde a veia pulsava
SIGRIDEu conseguia sentir tantas coisas dentro dele: loucura, obsessão, luxúria, confusão e até medo e dúvidas.—Ajoelhe-se e apoie-se nas minhas coxas —ele segurou a borda da minha calcinha e a puxou completamente, deixando-a presa nos meus joelhos.Eu não entendia, mas obedeci.Naquele momento, senti-me completamente exposta, como se estivesse prestes a urinar.Naquela esquina escura, no meio da madrugada, segurando-me na parede, com o vestido entre os dentes, semidespida, os seios à mostra, as pernas abertas e os quadris empinados.Meu sexo se abriu naquela posição, minha coluna arqueada e minhas nádegas pressionadas contra a dureza quente de Silas. Pelo menos, sabia que ele estava tão excitado quanto eu.—Mmmm —tentei falar.Fiz menção de me levantar, mas ele segurou minhas coxas de maneira dominante, posicionando-me sobre suas pernas também ajoelhadas.Ele me manteve naquela posição tão constrangedora.—Assim você vai gozar mais rápido. Vai gostar, não feche as pernas —aquela vo
SIGRIDRecostei-me ainda mais nele, enquanto suas mãos baixavam para ajeitar minha saia e cobrir minhas pernas do frio.Depois, ele começou a acariciar meus braços para me aquecer.Meus olhos se voltaram para a enorme lua cheia no céu. Eu tinha tantas dúvidas sobre ele; Silas era tão complexo e único.Sentia que sua escuridão me absorvia, me chamava, e cada vez eu podia fazer menos para resistir.—Conseguiu comprovar que eu não estava mentindo? —de todas as perguntas que estavam na ponta da minha língua, foi essa besteira que acabei soltando.—Não, ainda não tenho certeza, minha senhora. Preciso verificar de outras maneiras —sussurrou suavemente contra minha nuca, arrepiando toda a minha pele.—Silas, você sabe que nunca o forçarei a nada. Não estou mentindo. Você conhece segredos que não quero que mais ninguém saiba, por isso não posso simplesmente deixá-lo ir. Não vou vendê-lo para ninguém. Não precisa se obrigar a me agradar.Virei-me um pouco entre seus braços para encará-lo.Seus
SIGRIDO flashback dos meus gemidos excitados e os de Silas, da minha boca dizendo que precisava ir ao banheiro... por todos os céus.Será que eu podia morrer agora mesmo, aqui e agora? Por favor...Pensei em me livrar dela rapidamente e sair desse momento tão desconfortável, mas Silas foi mais rápido e caminhou até ela.Fiquei tensa, mas ainda assim me aproximei. Esperava que ele não me desobedecesse nisso, ou eu realmente ficaria furiosa com ele.— Silas — chamei com firmeza, mas, sem me responder, ele arrancou minha capa rudemente de cima da garota.— Não toque nas coisas da minha senhora — disse ele, autoritário.— E pare de incomodá-la com sua presença. Vá por esse corredor até a área de serviço; amanhã, sua senhoria dará ordens para você.A garota, apesar do medo evidente, ficou no lugar, tremendo, lançando olhares furtivos e ansiosos para mim, enquanto meu cenho se franzia cada vez mais.— Mas... mas sua senhoria me escolheu para servi-lo na cama...— O quê?! — Silas deu um pas
SIGRID"Por favor, vá embora, vá embora agora."Encostei as costas na porta e esperei em silêncio, no meio da penumbra do meu quarto.Eu me sentia tão mal por ter falado assim com ele. Levei a mão ao peito, com a amargura correndo pelas minhas veias.Ele não tinha ido embora; ainda estava ao pé da escada, apenas olhando para cima, frio, impenetrável.Sua aura avassaladora e sombria chegava até a porta onde eu estava recostada, hesitante, mas não ultrapassava a barreira.Ele estava furioso, eu podia sentir. A aura assassina ao seu redor agitava-se de forma feroz e, depois... nada.Silas retirou toda aquela energia maléfica e a guardou hermeticamente dentro de si.Não me deixava perceber nem um vestígio de seus verdadeiros sentimentos, a menos que eu forçasse com minha magia.Ele voltava a ser como era quando nos conhecemos.Fechei os olhos, suspirando, e me afastei da porta, sem querer continuar monitorando-o.Era isso que eu desejava, afastá-lo.Que ele me odiasse, ou melhor, odiasse
SILASRespiro fundo, acalmando meu caos interior, resoluto, como quando resistia e guardava meu ódio repetidamente, planejando um dia minha vingança.Baixei minha mão, com as unhas sangrando, algumas arrancadas até a carne viva. Essa dor já não era algo que me afetava.Peguei a máscara e a observei. Meu dedo deslizou pelo relevo da madeira escura.Só preciso ser mais inteligente, fazer meus cálculos em silêncio e esperar.Finalmente, caminhei de volta ao meu quarto, decidido a ser novamente o escravo mais desobediente de todos.*****SIGRIDEstava passando por um inferno, pela Deusa. Mal consegui dormir esta noite.Sentia um fogo consumindo minha boceta, me fazendo ferver e gritar por um orgasmo, ou melhor, vários.Não sei quantos banhos gelados tomei, nem quantas vezes me toquei, me contorcendo de desejos insatisfeitos. Essa necessidade de ter algo me preenchendo por dentro não cessava.Amaldiçoei Electra, este mundo e o momento em que decidi aceitar essa loucura.O fato de lembrar d
SIGRIDDeixei cair o camisão no chão e caminhei nua até o banheiro, sabendo que nem todo o gelo do mundo seria capaz de apagar este incêndio.Onde está Silas?Subi a perna torneada pelo bordo grosso de madeira e mergulhei em uma banheira redonda de água gelada, com pedaços de gelo flutuando na superfície.— Mmm — gemi, aliviando um pouco os calores.“Será que fui dura demais com ele? Estará ferido? Ele sente ressentimento ou ódio por mim?”“Melhor que odeie Electra, é melhor assim” — repetia isso para mim mesma, mas a cada segundo que passava, afundava mais no desejo de vê-lo e sentir sua presença dominante perto de mim.*****SILASObservei escondido atrás da coluna quando aquela maldita escrava voltou com um balde pesado nas mãos.Eu mal conseguia conter o desejo de torcer seu pescoço. Era melhor que não tivesse tocado na minha senhora.Esperei ela passar e, antes que subisse as escadas, a embosquei por trás, puxando-a pelo braço e jogando-a contra a coluna.Suas costas bateram com