SIGRIDRecostei-me ainda mais nele, enquanto suas mãos baixavam para ajeitar minha saia e cobrir minhas pernas do frio.Depois, ele começou a acariciar meus braços para me aquecer.Meus olhos se voltaram para a enorme lua cheia no céu. Eu tinha tantas dúvidas sobre ele; Silas era tão complexo e único.Sentia que sua escuridão me absorvia, me chamava, e cada vez eu podia fazer menos para resistir.—Conseguiu comprovar que eu não estava mentindo? —de todas as perguntas que estavam na ponta da minha língua, foi essa besteira que acabei soltando.—Não, ainda não tenho certeza, minha senhora. Preciso verificar de outras maneiras —sussurrou suavemente contra minha nuca, arrepiando toda a minha pele.—Silas, você sabe que nunca o forçarei a nada. Não estou mentindo. Você conhece segredos que não quero que mais ninguém saiba, por isso não posso simplesmente deixá-lo ir. Não vou vendê-lo para ninguém. Não precisa se obrigar a me agradar.Virei-me um pouco entre seus braços para encará-lo.Seus
SIGRIDO flashback dos meus gemidos excitados e os de Silas, da minha boca dizendo que precisava ir ao banheiro... por todos os céus.Será que eu podia morrer agora mesmo, aqui e agora? Por favor...Pensei em me livrar dela rapidamente e sair desse momento tão desconfortável, mas Silas foi mais rápido e caminhou até ela.Fiquei tensa, mas ainda assim me aproximei. Esperava que ele não me desobedecesse nisso, ou eu realmente ficaria furiosa com ele.— Silas — chamei com firmeza, mas, sem me responder, ele arrancou minha capa rudemente de cima da garota.— Não toque nas coisas da minha senhora — disse ele, autoritário.— E pare de incomodá-la com sua presença. Vá por esse corredor até a área de serviço; amanhã, sua senhoria dará ordens para você.A garota, apesar do medo evidente, ficou no lugar, tremendo, lançando olhares furtivos e ansiosos para mim, enquanto meu cenho se franzia cada vez mais.— Mas... mas sua senhoria me escolheu para servi-lo na cama...— O quê?! — Silas deu um pas
SIGRID"Por favor, vá embora, vá embora agora."Encostei as costas na porta e esperei em silêncio, no meio da penumbra do meu quarto.Eu me sentia tão mal por ter falado assim com ele. Levei a mão ao peito, com a amargura correndo pelas minhas veias.Ele não tinha ido embora; ainda estava ao pé da escada, apenas olhando para cima, frio, impenetrável.Sua aura avassaladora e sombria chegava até a porta onde eu estava recostada, hesitante, mas não ultrapassava a barreira.Ele estava furioso, eu podia sentir. A aura assassina ao seu redor agitava-se de forma feroz e, depois... nada.Silas retirou toda aquela energia maléfica e a guardou hermeticamente dentro de si.Não me deixava perceber nem um vestígio de seus verdadeiros sentimentos, a menos que eu forçasse com minha magia.Ele voltava a ser como era quando nos conhecemos.Fechei os olhos, suspirando, e me afastei da porta, sem querer continuar monitorando-o.Era isso que eu desejava, afastá-lo.Que ele me odiasse, ou melhor, odiasse
SILASRespiro fundo, acalmando meu caos interior, resoluto, como quando resistia e guardava meu ódio repetidamente, planejando um dia minha vingança.Baixei minha mão, com as unhas sangrando, algumas arrancadas até a carne viva. Essa dor já não era algo que me afetava.Peguei a máscara e a observei. Meu dedo deslizou pelo relevo da madeira escura.Só preciso ser mais inteligente, fazer meus cálculos em silêncio e esperar.Finalmente, caminhei de volta ao meu quarto, decidido a ser novamente o escravo mais desobediente de todos.*****SIGRIDEstava passando por um inferno, pela Deusa. Mal consegui dormir esta noite.Sentia um fogo consumindo minha boceta, me fazendo ferver e gritar por um orgasmo, ou melhor, vários.Não sei quantos banhos gelados tomei, nem quantas vezes me toquei, me contorcendo de desejos insatisfeitos. Essa necessidade de ter algo me preenchendo por dentro não cessava.Amaldiçoei Electra, este mundo e o momento em que decidi aceitar essa loucura.O fato de lembrar d
SIGRIDDeixei cair o camisão no chão e caminhei nua até o banheiro, sabendo que nem todo o gelo do mundo seria capaz de apagar este incêndio.Onde está Silas?Subi a perna torneada pelo bordo grosso de madeira e mergulhei em uma banheira redonda de água gelada, com pedaços de gelo flutuando na superfície.— Mmm — gemi, aliviando um pouco os calores.“Será que fui dura demais com ele? Estará ferido? Ele sente ressentimento ou ódio por mim?”“Melhor que odeie Electra, é melhor assim” — repetia isso para mim mesma, mas a cada segundo que passava, afundava mais no desejo de vê-lo e sentir sua presença dominante perto de mim.*****SILASObservei escondido atrás da coluna quando aquela maldita escrava voltou com um balde pesado nas mãos.Eu mal conseguia conter o desejo de torcer seu pescoço. Era melhor que não tivesse tocado na minha senhora.Esperei ela passar e, antes que subisse as escadas, a embosquei por trás, puxando-a pelo braço e jogando-a contra a coluna.Suas costas bateram com
SIGRID" Mmm, sim, sim, assim mesmo... mmm, Silas, mais rápido, mais... "BAM!O som surdo de uma porta se abrindo com força me fez congelar mais do que os pedaços de gelo na banheira.Virei-me, chocada, para descobrir que tinha sido pega completamente.Pela Deusa abençoada, eu estava gemendo o nome dele enquanto imaginava que eram seus dedos que me tocavam!— Minha senhora, trouxe o gelo que pediu — ele entrou e fechou a porta, agindo como se não tivesse visto nada.— Certo — foi tudo o que consegui dizer enquanto virava as costas e me afundava na água até quase cobrir o nariz.Meu cabelo curto flutuava na superfície como uma medusa negra.Ahhh, que vergonha! Não, não, não... sou Electra, sou descarada e lasciva.Isso não é nada. Não posso entrar em pânico por qualquer deslize sexual que tiver.De repente, mãos invadiram a água gelada, recolhendo meu cabelo molhado e amarrando-o suavemente em um coque alto.Silas havia se ajoelhado atrás de mim, apoiado na madeira, ele do lado de for
SIGRIDUm gemido rouco escapou das profundezas do meu peito.Meu corpo arqueava-se para cima, com as pernas completamente abertas e a cabeça pendendo sobre o ombro de Silas.Os dedos dos meus pés se contraíam e se flexionavam, tocando de leve o fundo da banheira.Uma mão agarrava a borda, enquanto a outra se movia ritmicamente, espirrando água para fora, guiando a de Silas sob a água, cravando minhas unhas em seu pulso enquanto o empurrava para me penetrar exatamente onde eu precisava.— Mais rápido... Silas, mais... ahh, bem aí, sim... — gemia descontrolada, sem pensar em nada, com a mente em branco, queimada apenas pelo desejo ardente.— Mmm, shhh — ouvi seu grunhido enquanto ele chupava e beijava meu pescoço, segurando e apertando sensualmente meus seios com sua mão livre, brincando com os mamilos.Ele praticamente estava sobre minhas costas como um animal selvagem enjaulado, tentando se conter para não me devorar por completo.Cada vez que aquele falo de gelo me penetrava, atingia
SIGRIDDe repente, um sentimento estranho se moveu dentro de mim. Eu era lenta em relacionamentos, mas não idiota.Era óbvio que Silas sentia-se atraído por Electra. Suas ações diziam isso; eu não o obrigava a nada.Abaixei o olhar e vi, através de sua calça escura, a mancha viscosa de seu desejo liberado. Eu nem sequer o toquei, ele apenas me dava prazer – ou melhor, dava prazer a este corpo – e, mesmo assim, tinha gozado.Será que era por causa da compatibilidade de magias?A cada dia, a teoria da ressonância de almas gêmeas parecia menos absurda.Mas Silas acreditava que aquela magia era de Electra, e não era."Silas, meu nome é Sigrid. Eu não sou essa mulher. Sua magia sombria e amaldiçoada deseja a minha, a minha, não a de Electra."Baixei a cabeça e fechei os olhos, sentada na cama, agora tremendo de frio, recolhendo as pernas expostas.Minha intimidade estava inchada pelas penetrações daquele objeto duro.— Está doendo? — de repente, uma voz falou perto de mim. Levantei o olhar