Perspectiva Mason Uma semana depois… Ryder tinha voltado para o grupo de apoio, ele tinha que ficar lá mais alguns meses. Era uma decisão dele, todos demos apoio. Lara foi junto com ele, mas ela sempre estava por aqui. Ryder precisava estar sozinho nas sessões, isso dava a ela algum tempo para fazer suas coisas. Já o Liam apesar de ter mostrado uma melhora absurda, estava tendo acompanhamento médico quatro vezes na semana. Ele não foi contra, sua vontade maior era estar conosco de novo. Hannah estava bem, voltou a sorrir e ser ela mesma. Usou esses dias para conhecer melhor o irmão, e claro mimar Kalel. Ela ainda não tinha enfrentado a mãe sobre a adoção. Lauren ficou por aqui, ela agora cuidava da segurança e toda tecnologia do clube. Estava se esforçando ao máximo para se encaixar aqui, mas no fundo eu sabia que sua vida era ser espiã e que ela se sentia vazia sem isso. Com sorte ela conseguiria alcançar seus objetivos. –Mason, isso não é hora de beber. Venha. –
Perspectiva Mason –Eu vou deixar vocês conversarem. –Hannah me deu um olhar triste. Esfreguei meu rosto, ela sentou ao meu lado esperando uma explicação. Coisa que nem eu sabia como dar. No entanto era agora ou nunca e eu nunca fui de dar pra trás. –Lauren, acontece que eu sinto falta da outra. Isso aí… – Gesticulei para ela. –Não foi quem eu me apaixonei. –Aparência não devia definir seu amor, Mason. Sou eu bem aqui. –Não devia, mas eu sinto falta da Lauren que conheci meses atrás. –Você quer que eu pinte o cabelo? Eu faço isso, use lentes se for preciso. –Não, claro que não. Vamos dar um jeito. –Toque seu rosto, ela me olhou triste. Eu estou apaixonado por ela, isso eu não tinha dúvidas, era o costume da morena que estava atrapalhando. –Me perdoe. Acho que isso é a última coisa que você quer agora. –O que? –Eu… –Ela levantou a cabeça e me olhou assustada. –Estou grávida. –Grávida? Quer dizer que… que… eu serei pai? –Sim. –Meu Deus. –Levantei-me, passei as
Perspectiva Lauren Eu sou uma pessoa livre. Depois de tudo que fiz, não recebi castigo nenhum. Dylan diz que já sofri demais, e que esse foi meu castigo. Ele conseguiu minha demissão com Ben, mas em troca eu prestaria alguns serviços caso eles precisassem. Todos estavam bem por aqui, mesmo depois da morte do Lucca, ou melhor, Matias. Ultimamente o que eu mais tenho feito é tocar minha barriga. Ainda estava me acostumando com a novidade. Estou carregando o bebê do meu amor, o nosso pequeno milagre. Foi assustador quando Mason confessou o que estava acontecendo com ele, e a falta que a minha versão morena de olhos castanhos fazia nele. Felizmente tudo foi resolvido, agora ele está bem e me amando cada vez mais. Tive medo sim desse amor ser ilusão, e ser apenas por causa do bebê. Mas ele mostrava seu amor por mim nós pequenos gestos de carinho. Eu tinha certeza de que ficaríamos bem. Caminhei devagar pelo caminho que eu já conhecia, mas dessa vez eu não estava carregando raiva, o
Perspectiva Lauren Geovana, minha irmã adotiva fechou minha mala e sentou na cama, em seguida seus olhos tensos encontraram os meus. Ela odeia ficar sozinha, mas o meu trabalho exigia isso frequentemente. Nossos pais faleceram em um acidente há três anos, e a dor ainda é muito presente em nossos corações. –Não faça essa cara, eu juro que dessa vez será rápido. –Rápido quanto? –Quatro dias. –Fui até a borda da cama e me sentei. –Não vai sentir minha falta, e quando sentir eu já estarei de volta. –Tá. Mas fique sabendo que eu vou pedir comida e vou chamar uns amigos pra cá. –Tudo bem. –E talvez eu traga… Meu namorado. –Namorado? –O que? Eu já tenho idade e posso muito bem ter um… –Não é essa a questão, só que eu gostaria de saber em um momento mais adequado e não quando estou saindo da cidade. –Eu sei… Não é nada sério, mas pode vir a ser. –Geovana … Tenha um pouco de juízo, ok? –Tá, não se preocupe. –Impossível. –Puxei ela para um abraço. –Você é tudo qu
Perspectiva Lauren Foram meses procurando, e a cada dia que passava as pessoas iam desanimando. Minha vida foi se tornando chata e noturna, eu passava cada segundo atrás deles. Ia em pontos onde a máfia se encontrava, mas ninguém sabia onde encontrar esses desgraçados. Felizmente, um amigo conseguiu uma fonte talvez confiável. Eu estava contando com ela para conseguir alguma coisa. –Então? –Parei ao lado de uma prostituta. –Eu tenho um nome pra você, mas vai custar caro. –Dinheiro não é problema. –Abri minha bolsa e tirei um bolo de dinheiro. Os olhos da garota brilharam de alegria. Essa noite ela ia faturar uma bolada. –O nome é Lincoln Chase. –Ela estendeu a mão ansiosa pelo dinheiro. –Tem certeza? –Faça suas buscas e verá, ele é o cara. –Ela sorriu e me entregou um pequeno papel com o endereço. –É melhor que você esteja certa, ou eu volto aqui e acabo com sua vida. Entreguei o dinheiro, ela verificou as notas para ter certeza se eram reais, ou apenas estava
Perspectiva Lauren 2 anos depois...Estou morando em Nova York, consegui missões que durariam um ano para terminar. Nas horas vagas usava os recursos da agência para descobrir mais desses irmãos, ficava melhor a cada segundo. Os mais novos estavam saindo da reabilitação. Liam e Ryder, seria divertido brincar de gato e rato com esses dois. Só era um pouco impossível encontrar eles, mas eu tinha descoberto um ponto onde Liam aparecia muito no passado. É uma boate para ricos, e eles vendem drogas por lá. Depois de dois meses frequentando e nada dele aparecer, fiz uma amizade. Eu estava no personagem e tinha criado uma vida toda para minha menina, eles acreditaram de primeira. Certa noite, Liam sentou ao meu lado, pediu uma bebida e conversou com alguém. O pouco que ouvi era que seus irmãos estavam ocupados e que ele precisava se aliviar. Fiz com que contassem a ele que eu vendia o que ele precisava e mais algumas coisas. O imbecil me abordou na pista de dança, tentando me seduzi
Perspectiva Lauren Acordei gritando e me debatendo na cama, olhei em volta e me vi segura em casa. Rever o meu agressor não foi nada legal. Passei a noite toda tendo pesadelos com ele, em todos ele me matava. Todos esses anos eu só pensei em vingança, mas não parei pra imaginar como seria vê-lo novamente. Pelo menos ele não me viu e eu estava viva, a questão era até quando. Finalmente levantei, havia muito o que fazer. Eu tinha que elaborar um plano para o que estava fazendo. Todos estão no clube, talvez até Liam, então eu precisava pensar em alguma coisa. Liguei o computador enquanto preparava o café, o interfone tocou e na câmera eu vi que era Dylan. –Merda. –Fechei os olhos e bufei, apertei o botão liberando a entrada dele. Me servi uma xícara de café enquanto ele subia, aproveitei e deixei a porta encostada. Quando Dylan entrou me assustei com a porta batendo, ele caminhou até meu pequeno e moderno equipamento de investigação. –Mas que porra você está fazendo? –Ele
Perspectiva Lauren O táxi parou no clube, paguei a corrida e desci sorridente, olhei para o segurança e sorri meio tímida. Ele acenou para o amigo do lado, os dois riram. Ótimo, eu já estava no personagem. Me aproximei deles com a minha melhor cara de anjo. –Olá, boa tarde, gostaria de falar com seu chefe. –E qual seria o assunto? –Uma vaga para dançarina. O homem franziu a testa e olhou para mim de cima a baixo. Eu estava de tênis, uma saia quase até o joelho, uma blusa de manga comprida, cabelo preso com rabo de cavalo bagunçado. Mas é claro que para ser uma dançarina nesse local eu teria que ser glamorosa, e não uma menina pé de chinelo. Mas tudo fazia parte do plano. –Eu vou chamá-lo. – O homem entrou e demorou cerca de 15 minutos. – Eles estão em reunião, mas você pode entrar e esperar. –Obrigada. –Sorri e passei por eles. Olhei em volta como se fosse a primeira vez no local. Para falar a verdade estava surpresa porque o vazio fazia desse lugar divino.