Capítulo 5 Clube de swing

Perspectiva Lauren

O táxi parou no clube, paguei a corrida e desci sorridente, olhei para o segurança e sorri meio tímida. Ele acenou para o amigo do lado, os dois riram.

Ótimo, eu já estava no personagem.

Me aproximei deles com a minha melhor cara de anjo.

–Olá, boa tarde, gostaria de falar com seu chefe.

–E qual seria o assunto?

–Uma vaga para dançarina.

O homem franziu a testa e olhou para mim de cima a baixo. Eu estava de tênis, uma saia quase até o joelho, uma blusa de manga comprida, cabelo preso com rabo de cavalo bagunçado.

Mas é claro que para ser uma dançarina nesse local eu teria que ser glamorosa, e não uma menina pé de chinelo. Mas tudo fazia parte do plano.

–Eu vou chamá-lo. – O homem entrou e demorou cerca de 15 minutos. – Eles estão em reunião, mas você pode entrar e esperar.

–Obrigada. –Sorri e passei por eles.

Olhei em volta como se fosse a primeira vez no local. Para falar a verdade estava surpresa porque o vazio fazia desse lugar divino.

Andando e olhando em volta tinha que admitir que era bonito, o primeiro salão era meio que uma boate de dança muito bem decorada. Com mesas grandes, outras pequenas para casais, uma pista de dança bem chamativa e bar. Acima havia a área vip. Sem sombra de dúvida é um lugar que eu adoraria festejar com os meus amigos.

Passei para o segundo salão onde a magia acontecia, decoração completamente diferente do primeiro. Esse esbanjava luxo. Mesas também grandes, mas de um material caro, eu não tinha certeza se era vidro ou mármore, os acentos eram acolchoados.

As cabines quase todas haviam a barra de pole dance, eu só vi duas que era um pequeno palco redondo, os acentos em volta da cabine também eram acolchoados.

Acima de mim havia as gaiolas, já tinha visto isso em filmes. As meninas ficam ali dentro dançando, é bem legal. Também havia um arco como se fosse um bambolê de aço preso ao teto, não fazia ideia do que era. Por fim, o tecido onde a noiva do chefe se apresentou.

Estava preso no teto muito bem elaborado, fazia desse lugar completamente louco. A pista central nada mais era que uma passarela, aquelas passarelas simples de modelo.

–Uau. Isso tudo é lindo. –Murmurei.

Alguns seguranças estavam me olhando, e o barman também. Eles deviam estar se perguntando o que alguém como eu fazia num lugar como esse.

O bar nesse salão era maior e mais bonito, bancos de ferro acolchoados, bancada de vidro e uma grande quantidade de bebidas.

Do lado direito uma porta que devia ser onde as dançarinas se trocavam, do lado oposto era o banheiro feminino e masculino. Nos fundos havia uma escadaria, a passagem era bloqueada por dois seguranças.

Voltando a olhar a parte principal, havia o grande corredor que leva até o andar de cima. Olhei para a janela de vidro bem no alto, não entendia por que um corredor tão grande assim.

Me aproximei e vi portas de ambos os lados do corredor, não fazia a menor ideia do que era.

–Olá? –Alguém disse atrás de mim.

Virei para a direção oposta do corredor, um rapaz jovem sorriu pra mim.

–Oi. –Eu sorri, um pouco exagerada para parecer normal.

–Posso ajudar?

–Eu estou esperando os donos saírem da reunião, vim para a vaga de dançarina.

–Ah, entendo. Eu sou Lucca. –Ele estendeu a mão, eu apertei e sorri.

–Eu me chamo Lauren. O segurança me pediu para esperar aqui dentro.

–Não tem problema, você pode se sentar e esperar. –Ele apontou para uma mesa mais a frente, assenti. Depois de me sentar olhei pra ele.

Ele olhou o celular, e bufou.

–Merda... Desculpe, eu tenho que subir.

–Sem problema.

Ele acenou e correu para o corredor, em poucos segundos desapareceu. Seu rosto me lembrava alguém, mas não era nenhum dos homens que estavam no meu apartamento naquele dia, disso eu tinha certeza.

Meia hora depois já estava me doendo a bunda e com fome, levantei e fui até o bar. Não havia nada o que comer, comprei um refrigerante e me sentei ali. O rapaz também era jovem, voltou a fazer suas coisas e me deu privacidade. Peguei meu celular, havia mensagem do Dylan.

‘’Como estão indo as coisas? Me ligue assim que sair dai, to com impressão de que você vai estragar tudo.’’

Cretino. Bufei e digitei bem rápido.

‘’Vá a merda, Dylan. Eu ainda estou esperando para falar com alguém.’’

‘’Você sempre tão meiga. Grr! Eu estou preocupado apenas.’’

Eu ri, ele era fofo quando queria.

‘’Meiga? Tá, agora me deixe voltar ao personagem.’’

Uma mão fria tocou meu braço, alarguei meus olhos pronta para gritar. A sensação que sentia era a mesma daquela noite, o medo quando ele me obrigou a ficar no chão.

Não, eu teria que ser muito azarada para ter que ser ele a me atender. Lentamente virei-me, lá estavam aqueles olhos assustadores. Essa era a primeira vez que me sentia pequena, tão pequena que estava apavorada.

–Oi, eu sou Mason um dos donos.

AI MEU DEUS!

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