Dean Sutton
A correria que está em minha vida não está escrita. Estou para fazer um dos maiores projetos da minha vida, não, é qualquer coisa. Meu rosto está nos quatro cantos do mundo e até um documentário está sendo produzido. A responsabilidade está sendo grande em ter que revitalizar as estruturas antigas e não esquecer de preservar a herança arquitetônica de um prédio do interior de Manhattan. Não posso fugir dos padrões, mas querem que eu entregue tudo fora dos padrões.
Gente louca, eu sei!
Sou o melhor arquiteto da empresa, sendo conhecido por meu talento e inovação no design de espaços urbanos e o meu nome alavancará novos projetos para esse lugar. Que sorte que sou um dos acionistas e estarei lucrando de todas as formas. Ou se alguém bater na porta e não tenho dúvidas que é o Scott, meu melhor amigo e que trabalha na área financeira daqui. Não nos estressamos um com o outro frequentemente, conseguimos sempre entrar em um acordo quando o assunto é orçar algum projeto. Scott não espera uma resposta minha e entra na minha sala. Sem educação!
— Cara, você está atrasado! — Estica as mãos olhando ao redor. — O que continua fazendo aqui?
Termino de arrumar os papéis, colocando em minha pasta. O trânsito de Nova York está horrível, terei que pedir um táxi porque a chance de conseguir um lugar para estacionar meu carro é mínima. Scott é um homem de boa aparência, um porte físico invejável, os olhos claros e a pele morena chama atenção de muitas mulheres e é o que ele gosta. Temos apartamentos no mesmo prédio, saímos para correr frequentemente e acabamos convivendo mais do que queremos.
— Estou quase pronto. — arrumei gravata em meu pescoço. — Esqueci alguns desenhos e precisei vir buscar. E aí, como estou?
Dou uma volta, mostrando todo o conjunto completo. Sou um homem alto, com os cabelos loiros que tem uma cor incrível refletindo ao sol, os olhos são azuis intensos mostrando toda minha determinação e gentileza. Um sorriso que encanta muito e que dá raiva também, sempre gosto da primeira opção. Estou vestindo um terno preto e a formalidade hoje é grande porque darei uma entrevista.
— Está atrasado! — Repete e vem até mim arrumar meu cabelo. — Sabe quem será a fotógrafa, não é? — sorriso malicioso sujo em seus lábios quando se afasta.
Lá vem! Scott estava dias falando sobre a fotógrafa freelance que contratamos, não tinha ideia de quem estava falando até dois dias atrás. Scott estava todo cheio de sorrisos e lábia ao falar da mulher, até ver a foto dela. Fiquei surpreso ao reconhecer a Isabella Hayes, a nossa família são amigas de longas datas, mas com os anos foi preciso nos afastar e não montamos contato. Pelo menos não eu e ela, nossos pais ainda continuam morando em uma cidade do interior daqui de Nova York.
— Isabella Hayes, sim, sei quem é. — Peguei a minha pasta e sai da sala sendo seguido por Scott.
— Só isso? Sério? — Scott caminha ao meu lado e ergue uma sobrancelha. — Não vai comentar o quanto ela é…
Parei e olhei para ele.
— Olha, o respeito. — Scott me olha desconfiado, suspirei e passei a mão pela testa. — Cresci com ela, fazia um tempo que não havia. É um pouco desconfortável você falar dela como costuma falar das outras mulheres.
— Ciúmes?
— Óbvio que não! — Suspiro, irritado e segui para o elevador. — É que não me sinto confortável ficar falando dela desse jeito. Sei que nós dois tem de dizer o que se pensa sem receio e sempre comentamos sobre as mulheres. Mas com ela não, ok?
Chamo o elevador. Scott ergue suas mãos no ar se rendendo.
— Tudo bem, não falo que a Isabella Hayes é uma gostosa e que você está doido para fazer o que não fez anos atrás. — Olhei para ele abismado. Scott dar de ombros. — Não estou mentindo. Vocês vão conviver bastante tempo para fazer essa chama sem ter novamente.
Entrei no elevador e dou o dedo no meio para o Scott. Esse cara consegue ser bem cuzão e idiota quando quer. Scott dá um tchauzinho e me deseja boa sorte. Continuei, mostrando o dedo do meio até as portas se fecharam.
— Cuzão. — Sussurrei, pegando meu celular no bolso.
Droga! Estou atrasado!
Pegando o táxi só me adiantou na parte do tempo procurar um lugar para estacionar o carro, porque o trânsito continuava horrível e me atrasava mais ainda. Me apresso em entrar no prédio que iria restaurar, havia uma coletiva de imprensa à minha espera. Um raio de flash de alguma câmera me acertou e levei a mão ao rosto.
— Ei! — Eles não poderiam esperar até a hora do discurso?
— Está atrasado, Dean. — A voz meiga e suave chama a minha atenção.
Olhei para ela suavizando meu rosto. Isabella sorri mais quando o caminho até ela.
— Ei, pequena. — Nos abraçamos, o cheiro de flores de jasmim preenche minhas narinas. — Esqueceu de descer foi?
Ela ri e se afasta, dando um tapa de leve em meu braço. Isabella está usando uma calça jeans de cós alto e justa em seu corpo e desenhava bem as curvas, uma blusa branca por dentro da calça com um casaco fino preto por cima. Seu tênis são brancos o que combina perfeitamente com seu look, seu cabelo em um tom castanho está preso em um rabo de cavalo e veja as ondas naturais balançarem com o vento. Essa mulher continua linda, os anos apenas melhorou.
— Para, ok? Cresci sim! — Finge estar brava. — Não tenho culpa se você deve estar tomando bomba para ficar grande desse jeito.
Fiquei sério, não gostei do seu comentário e Isabella ri, aproveitando para tirar outra foto minha.
— Depois dou um jeito em você, mocinha. — Beijo sua testa e caminhamos para onde está a pequena coletiva.
Isabela se despede me desejando boa sorte, pisquei para ela e subi no palanque improvisado. Não era bem essa proposta que a empresa queria passar, mas gosto do simples e esse lugar irá mudar totalmente. É bom ter fotos do antes e depois. Agradecer pela presença de cada um ali e comecei a falar sobre o meu projeto.
— Cuidarei para manter toda arquitetura já presente aqui, preservando toda a herança arquitetônica da cidade enquanto vou adicionar elementos mais modernos. — Sorri, olhando para eles. — O projeto estará integrando soluções modernas que ajudará o meio ambiente, além de incluir a criação de espaços comunitários multifuncionais como praças e áreas de lazer para fortalecer os laços sociais e trazer mais visão para essa cidade.
Continuei mais alguns minutos falando e agradecendo novamente a presença de cada um e da minha equipe, não esquecendo de mencionar Isabella que iria documentar todo esse projeto e não apenas com sua habilidade técnica como fotógrafa. Isabella tem se empenhado bastante durante anos nessa área com uma capacidade de capturar beleza e a importância cultural de todo esse processo. O seu currículo é de dar inveja a muitos. Com certeza estou orgulhoso da mulher que se tornou.
Depois de responder algumas perguntas, finalmente estou livre, é legal posar para algumas fotos e não reclamo. Às vezes as perguntas são desnecessárias demais e é o que me irrita, como gastar um precioso tempo que não temos para desperdiçar. A obra é grande e tenho muito trabalho para fazer. Convidei a Isabela para ir em uma cafeteria próxima.
— Quando fiquei sabendo que iria documentar o projeto do grande arquiteto Dean Sutton, eu não acreditei. — Isabella coloca a mão em seu peito de um jeito dramático, havíamos acabado de fazer nossos pedidos. — Quase caí para trás! E tem um avião na mesma hora voltando para Nova York.
Reviro os olhos.
— Ah, para de imitar Tiffany. — Rimos.
Tiffany é uma amiga da infância apaixonada por mim e ser dramática era com ela mesma. Isabella ri e me olha com carinho.
— Estou feliz em te ver. — Coloca a mão por cima da mesa.
— Digo o mesmo. — Segurei a sua mão, passando o polegar pelo dorso da sua mão em forma de carinho. — Quanto tempo se passou?
— Uns dez anos? — Estreita os olhos. — Ou doze?
— Nossa, é muito tempo!
— Sim. — Choraminga. — Estou com os meus 28 anos e a única coisa que pensei durante esses anos é no meu trabalho, resultando em todo final de ano sendo questionada sobre os namoradinhos, quando vou casar e quando terei filhos.
Faço uma careta.
— Tenho 32 anos e sofro o mesmo. — Nossos pedidos chegaram. — Minha mãe me ligou uma vez por mês para perguntar se estou namorando.
— Mentira!
— É sério! E nessas épocas festivas é quanto mais sofro. — Foi minha vez de choramingar. — Sou um homem de 32 anos e me sinto acuado pela minha família parecendo uma criança de 10 anos.
Isabela ri ao colocar um pedaço de bolo na boca e desliza o garfo entre seus lábios, mordendo a pontinha do garfo ao conter a risada.
— Coitadinho de nós, sofremos mais com a nossa família.
Dou gole generoso em meu café concordando com ela, minha mãe já conseguiu me arranjar belas dores de cabeça tentando arranjar uma namorada para mim. Não é que não quero um relacionamento, mas o trabalho tem tomado muito do meu tempo. E fui deixando as coisas levarem, hoje em dia estou muito bem estabelecido, não poderia ter uma família tranquilamente. O que acaba sendo uma coisa boa.
Isabela suspira e acaba chamando a minha atenção.
— Posso ser sincera?
Balancei a cabeça, concordando.
— Sim, claro.
Ela brinca com o garfo mexendo em seu bolo, antes de me olhar.
— Não estou nem um pouco empolgada de passar o Natal com a minha família. — Dá um sorriso triste. — Essa situação está bem chata.
Isabelle quanto estava chateada, sua família pode ser bem persistente com esse assunto e acaba nos irritando. Para eles pode não ser nada de mais, mas todo ano é o mesmo. Temos que mudar isso, pode ser que um dia casaremos e não temos porque apressar essa etapa.
Um sorriso vai surgindo lentamente nos meus lábios e coloquei o café em cima da mesa sem tirar os olhos da Isabella.
— Ih, você está com cara estranha.
Meu sorriso aumenta.
— Pode ser que eu tenha a solução dos nossos problemas. — Coloquei a minha mão em cima da mesa e mexer os meus dedos pedindo a sua mão, Isabella coloca sua mão em cima da minha. — Bella. — A chamo pelo apelido e recebo seu sorriso em resposta. — E se a gente namorasse de mentirinha?
Dean Sutton— Isabella pensa comigo. — relaxei o meu corpo na cadeira vendo a oportunidade incrível que temos. — Há um bom tempo, nunca vão desconfiar que o relacionamento seja de mentira, muito pelo contrário será a alegria deles e vão embarcar em qualquer conversa que dissemos.Nossa família mora em questão de duas ou três ruas longe uma da outra. Greenport ficar situada no final da Ilha de Long Island e à duas horas e meia de Manhattan. Seus pais comandam algumas fazendas de produtos orgânicos e os meus pais são donos de uma rede de mercados da pequena cidade. São famílias que estão há anos convivendo no mesmo lugar e conhecem todo mundo.— Já assisti a filmes onde contratam uma namorada ou um namorado fake e sabemos que no final não dá nada certo, é algo fatal.Isabella revirou os olhos.— Sério que você está se baseando em filmes, Dean?— Isabella, é pensando nos filmes que podemos melhorar a realidade. — Dou mais um gole no meu café. — A gente fingindo um relacionamento saberemo
Isabella HayesMeu corpo é sacudido de leve, sentia ainda o movimento do carro e a voz baixa do Dean me chamando. Talvez estejamos perto do apartamento onde estou ficando, o dia hoje foi tão corrido que não estou acreditando que dormi nesse pouco tempo de corrida no carro. Estávamos a 30 minutos de distância e minutos de viagem pude ver que o trânsito melhorou bastante.Dean chegou atrasado hoje e ninguém poderia ocupá-lo. Talvez, sim, mas hoje o trânsito estava infernal. Não gosto muito de Nova York, essa cidade é agitada demais, Los Angeles consegue ser bem mais calmo. Me sento no banco sentindo a minha cabeça doendo um pouco. O terno de Dean ficou enorme em mim, mas estou bem quentinha. O casaco que estou usando é muito fininho.— Quanto ficou? — Perguntei ao motorista que foi parando o carro lentamente em frente ao prédio.Dean tira o dinheiro da carteira para pagar o motorista.— Aqui, fica com o troco.— Dean…Me ignorando, Dean abriu a porta pegando sua pasta e saiu. Sai do car
Isabella HayesNo dia seguinte, já estava no estúdio esperando pela chegada de Dean. Por mais que tivesse sido ótimo receber uma carona, Dean precisou ir para o seu trabalho e eu fui para o estúdio preparar a sessão de foto dele que aconteceria hoje na parte da tarde. A equipe estava toda pronta, fiquei na liderança e teria mais dois fotógrafos. Faremos um ensaio fotográfico da equipe de Dean e claro que ele terá uma sessão de foto em especial.— Está preparado a mesa de comes e bebes? — perguntei há um dos funcionários do local.— Sim! Tudo certinho, senhorita Hayes.Sorri para ela e conferi novamente o fundo infinito para a hora das fotos. Na parte da tarde, como combinado, Dean e sua equipe aparecem.— Isabella, você não vai acreditar quem está aqui. — Ouvi a voz do Dean, parei de mexer na minha câmera e me virei para olhá-lo.Arregalei os olhos não acreditando. Ao seu lado estava Anthony, meu irmão. Corre até ele sem pensar duas vezes Anthony me abraça forte, me tirando do chão. A
Dean SuttonNão sou a pessoa mais certa nessa vida, mas as pessoas poderiam começar a fazer o mínimo e no caso da minha situação é fazerem o seu trabalho direito. Teremos um contratempo e me irrita bastante, primeiro que um dos acionistas não tem nada que se meter com esse projeto. O cara só quer o dinheiro no bolso e é o que farei, sempre foi assim durante anos e agora ele quer dar pitaco? Não é a casa da mãe Joana e falta pouco para não entrar na sala dele e socar a sua cara.— Então quer dizer que você está namorando a Isabella Hayes…Scott está atrás de mim igual uma sombra. Estamos a caminho da minha sala.— Nos conhecemos a um bom tempo, Scott. — Não prolongo muito a conversa. — Faz um tempo que voltamos a ter contato e rolou, lembra daquela viagem há duas semanas? Me encontrei com ela, as coisas esquentaram e resolvemos oficializar.Sim, estou mentindo. Scott não parece reparar na minha mentira e começa até ficar empolgado. Ele passa o braço por cima do meu ombro.— Cara, eu es
Isabella Hayes Sentia meu coração bater forte em meu peito. Ele realmente veio para Nova York, cumpriu o que havia me dito. Aquela ligação que mesmo não querendo atender, precisei atender. Alexandro avisou que viria para Nova York e o destino nos queria juntos novamente. Não, queria vê-lo novamente. Alexandro deveria estar bem longe daqui, o mais longe possível de mim. E agora estou vendo ele sendo abraçado entre sorrisos e palavras amigas. Senti a mão de Dean em minha cintura e foi como me despertar para a realidade.— Quem é ele? — Dean pergunta em um sussurro, não chamando a atenção dos outros.Olhei para o meu namorado de mentirinha e senti meu peito subir e descer tão rápido. Levei minhas mãos a cada lado do seu rosto com delicadeza e o beijei. Um beijo tímido no começo, suas mãos estão agora em minha cintura me puxando para mais perto. Dean é alto e curva mais o corpo para frente facilitando o nosso beijo, mesmo de salto alto, não fico na sua altura. Seus lábios estão mais firm
Dean SuttonSe não manter a Isabella vida e bem alimentada, John vem até aqui conferir se estou realmente morto após mandar alguém me matar. Não imaginava receber uma ligação do John, fazia um tempinho que não nos falávamos e a conversa foi bem séria. Me sentia um filho da puta por está mentindo para ele, mas John é o primeiro a encher o saco sobre relacionamento e não é apenas com seu irmão.John foi o primeiro a se casar e ter filhos, e por esse único motivo se acha no direito de opinar na vida dos outros. Isabella aprendeu a colocar um sorriso no rosto a cada palavra desagradável do seu irmão. Anthony é mais de boa em relação a tudo e mais fácil de acreditar nesse namoro, agora com John teremos que ser espertos. Peguei uma garrafa de vinho analisando a marca.— Pelo que me lembro, esse não é o seu favorito. — Essa voz… Olhei para trás. — Oi, Dean. Quanto tempo, não é?Sorrir, coloquei a garrafa de volta no lugar e abracei Emily.— Nossa… — me afastei olhando para ela com mais atenç
Isabella HayesA paciência para secar meu cabelo estava em um nível baixo. Muito baixo. Passava a escova com uma agressividade que duvido que meu cabelo irá sobreviver sem danos algum. Mal consegui secar metade do cabelo quando a companhia tocou. Vou até a porta não importando com o estado deplorável que estou, não precisa estar bonita para xingar uma pessoa que apertava a campainha toda hora e eu torcia para o dedo da pessoa cair. Esse é o meu nível de irritação.— Porque não vai apertar a campainha da sua… — Parei de falar vendo Dean com uma cesta de chocolate na marca Snickers, meu favorito.— Me diz que ainda é o seu favorito… — Franzi a testa. — Eu mesmo montei a cesta, cada detalhezinho.A cesta tinha vários sabores da marca Snickers, um laço na parte de cima e tinha até corações de papel colados na cesta. Peguei a cesta de sua mão e fechei a porta.— Isabella! — Dean me grita.Sorri para minha cesta, pegando um para comer. Podia já senti o cheirinho e o gosto, minha boca em d’
Dean SuttonMe esquivei de Emily quando senti seu beijo no canto da minha boca. Emily me pede desculpa repetidamente, sorrir para aliviar o clima e disse estar tudo bem. Cadê a Isabella? Será que ela está sentindo dor de barriga para demorar tanto assim? Simon ficou bem empolgado ao saber que Emily e eu nos conhecemos, empolgado até demais e acredito que já tenha bebido um pouco. Sua esposa tentava conter a risada exagerada do seu marido.— Tio, não é para tanto. — Emily fica sem graça. — Dean e eu estudamos juntos, apenas. — Ela me olhou. — Não é?Me perdi em seu olhar por alguns segundos, como não olhar para essa mulher e não lembrar do passado? Foi bom e marcante. Droga, cadê a Isabella?— Sim. — Olhei para Simon. — Emily foi uma ótima aluna, tenho certeza que teria sido uma ótima arquiteta.Emily me abraçou e passei meu braço por cima do seu ombro, olhando ao redor a procura de Isabella. O que vejo não me agrada, Alexandro conversava com Isabella em um corretor. Ele pegou em sua m