Dean Sutton
Não sou a pessoa mais certa nessa vida, mas as pessoas poderiam começar a fazer o mínimo e no caso da minha situação é fazerem o seu trabalho direito. Teremos um contratempo e me irrita bastante, primeiro que um dos acionistas não tem nada que se meter com esse projeto. O cara só quer o dinheiro no bolso e é o que farei, sempre foi assim durante anos e agora ele quer dar pitaco? Não é a casa da mãe Joana e falta pouco para não entrar na sala dele e socar a sua cara.
— Então quer dizer que você está namorando a Isabella Hayes…
Scott está atrás de mim igual uma sombra. Estamos a caminho da minha sala.
— Nos conhecemos a um bom tempo, Scott. — Não prolongo muito a conversa. — Faz um tempo que voltamos a ter contato e rolou, lembra daquela viagem há duas semanas? Me encontrei com ela, as coisas esquentaram e resolvemos oficializar.
Sim, estou mentindo. Scott não parece reparar na minha mentira e começa até ficar empolgado. Ele passa o braço por cima do meu ombro.
— Cara, eu estou feliz por você. — Faz um estalo com a boca. — Triste por mim, mas estou feliz por você.
Balancei a cabeça me afastando de Scott.
— E por que estaria triste? — Entramos na minha sala.
— Simples, eu queria uma noite com ela e você me roubou essa oportunidade.
Dei de ombros e dou a volta na minha mesa.
— Bem, agora não existe essa oportunidade mais. — Mexi em alguns papéis em cima da minha mesa ainda em pé. — Agora tira essa ideia da sua cabeça, não quero você imaginando a minha namorada na sua cama.
Conheço muito bem o Scott e ele tem essa mania filha da puta, na última vez teve um sonho erótico com a esposa do nosso chefe. E fez questão de me contar em cada detalhe como se quisesse saber, mas ele estava tão maravilhado com o sonho que teve que precisa contar para alguém e restou para mim ser a vítima da sua confissão.
— Que isso! — Esticou seus braços com um sorriso presunçoso em seus lábios. — Não faço essas coisas com um amigo. Mas quando vocês queiram um ménage… — Deixa a frase no ar.
Sei que ele está querendo me provocar. Depois de finalmente consegui todos os papéis mostrando o financeiro, as datas do cronograma e as metas sai da minha sala novamente. Scott vinha atrás.
— Você por acaso não tem trabalho para fazer? — Me irrito.
Scott é uma pessoa ótima e gosto de ter meu melhor amigo por perto, mas agora sua presença está me irritando.
— Estou fazendo o papel do seu melhor amigo. — Scott diz como se fosse óbvio. — Você está irradiando raiva pelo Sr. Allaire. Não posso deixar que você acerte a cara daquele velho e construir uma reputação ruim em seu nome, eu consigo muito benefícios por ser seu melhor amigo e não posso deixar isso acabar.
Olhei para Scott que logo ergue suas mãos no ar e não diz mais nada. Pouco tempo depois chegamos no andar onde fica a sua sala, passei pela sua secretária não me preocupando com seus pedidos para que esperasse. Entrei na sala encontrando o Sr. Allaire e outro homem, parecia um está tendo uma reunião e a conversa era. Até a mesa jogamos papéis. Sr. Allaire é um francês muito ranzinza e que não faz nada para alavancar essa empresa, ele acredita que o que fez anos atrás foi o suficiente. Dono de uma barriga saliente, o homem calvo tinha os olhos escuros e uma barba bem feita.
— Pode ficar com essas cópias porque tenho as originais. — Não faço questão de manter a minha calma. — Agora para de se meter no meu trabalho, porque tenho muita coisa a fazer.
Não esperei uma resposta da sua parte e sair da sua sala. Que Simon, presidente da empresa, venha falar comigo e eu mostrarei todas as desvantagens de ter Sr. Allaire conosco. Scott percorre o mesmo caminho até a minha sala, me virei no meio do corredor. Ele quase esbarra em mim.
— Vai continuar me seguindo?!
Scott dá um passo para trás.
— Quer que eu chame a Isabella? Está estressado demais, meu amigo. É inútil desperdiçar toda essa energia com Sr. Allaire.
Fechei os meus olhos massageando as têmporas.
— Você avisou para ela sobre o jantar de hoje, não é? Agora que está namorando não precisa ir sozinho.
Cheguei a beliscar a ponta do meu nariz. A Isabela precisa me salvar mais uma vez, olhei para Scott e sorri.
— É claro que falei com ela. Agora precisamos voltar ao trabalho, ok? — Scott continua parado na minha frente. — Ei, não vou fazer nada com ele. Tenho muito trabalho para fazer.
Scott se dá por vencido e finalmente vai trabalhar, entrei na minha sala fechando a porta na chave e peguei o meu celular para ligar para Isabella. Ela tem dono terceiro toque.
— Oi, Dean…
— Preciso que me encontre em um jantar da firma hoje. — Vou direto ao assunto.
— Ah, não, Dean…
— Bella, por favor. — Insistir. — Todos sabem que estamos namorando…
— Não me venha me chamar pelo apelido, Dean. — Se irrita, ouvi barulhos de panela e acho que ela está cozinhando. — O combinado era que a gente fingisse ser namorados no Natal para nossa família e não nesse tempo que estou em Nova York. Por acaso seus pais já te ligaram para parabenizar pelo seu novo relacionamento? Estou ao telefone há três horas, conversando com os meus familiares e a orelha está doendo. Agora, você está me colocando em mais problemas.
Ah, então era por causa disso que meus pais estavam me ligando? Mandei uma mensagem dizendo estar com problemas no trabalho e mais tarde ligaria. Que bom que Isabella já me deixou ciente…
— Nunca te coloco em encrenca, Bella. — continuei chamando-a pelo apelido, porque sei que Isabella se desmancha toda quando a chamo assim.
Usarei tudo ao meu favor! E agora eu apelarei.
— Lembra quem foi que te socorreu para aquelas meninas não te bater? Você lembra quem te ajudou naquela prova de matemática? Por acaso você lembra daquela maquete…
— Dean, isso não é justo!
— Baby, não estou jogando nada na sua cara. — Suavizei mais voz para poder fechar com chave de ouro. — Naquela época te ajudei, porque vi que precisava de ajuda e hoje sou que estou precisando de você, Bella.
Ouvi seu suspiro. Sorri.
— Anos sem se ver e agora você me tortura desse jeito. — Suspira mais uma vez. — Ok, eu vou! Mas terá que mandar uma marmita para minha casa agora, porque acabei de queimar meu almoço por culpa sua.
— Claro, meu amor! — Dou um sorriso vitorioso. — Você tem o namorado mais perfeito do mundo. Mandarei entregar agora!
[...]
Isabella está belíssima vestindo um vestido preto justo em seu corpo e realça com um belo corte em v nos seus seios. Essa noite deixou a imagem de mulher fofa e gentil de lado. Seu cabelo está solto e liso, gosto das ondas naturais do seu cabelo castanho, mas não fica menos linda. A prova de que a mulher ao meu lado está maravilhosa são os olhares que vem recebendo. Mantive Isabella por perto a todo momento com a mão em sua cintura em uma sensação de posse, mas conheço as pessoas dessa sala e sei bem como são. Estamos em uma sala privada do restaurante preferido de Simon.
— É muito bom saber que tenho uma pequena participação nesse relacionamento. — Simon abre seus braços com sorriso largo em seu rosto, engolindo Isabella e eu em um abraço.
Simon é um senhor de minha idade que não aparenta ter a idade que tem, ama uma academia e não permite que um fio cresça em sua cabeça. Isabella fica sem jeito com o abraço repentino do homem.
— Não vou querer ouvir um não, hein? Fui eu que escolhi ela para trabalhar contigo. — Sacode a gente em seus braços.
— Te chamarei para ser o padrinho do casamento. — Debochei.
Simon me conhece e não leva os meus deboches para o lado pessoal. Ele olha para Isabella.
— As fotos estão perfeitas! Não vejo a hora de ver as que você tirou no prédio para o documentário.
— Pode ficar tranquila que estão sendo perfeitamente bem produzidas.
— Não tenho dúvidas! — Recebi o seu olhar descer para o decote de Isabella, ele logo balança a cabeça e me olha. — Que tal, ficar longe do Sr. Allaire hoje? Preciso que esse jantar termine bem.
Isabella me olha com um misto de curiosidade e preocupação. Sorri para Simon.
— Deveria dizer a ele.
Simon suspira.
— Precisava ter ido até a sala dele? Era realmente necessário?
— Eu não me meto no trabalho dele e gostaria que ele fizesse o mesmo comigo. — O sorriso some, fiquei sério.
Isabella coloca mão em meu peito me abraçando de lado e sorri para Simon.
— Hum, estão chamando atenção com essa conversa. — Seus dedos passam levemente em meu peito por cima da camisa. Procurei me acalmar. — Que tal, um acordo? Cuido do Dean e você desse Sr. Allaire?
Simon agora é todo sorriso para Isabella.
— Perfeito!
Ele se retira para falar com os outros presentes e a minha tentativa de me acalmar foi embora quando o Scott aparece com a sua acompanhante e começa uma conversa animadora com Isabella. O problema é que ele não fazia questão de esconder os seus olhares e muito menos elogiar a Isabella. A mulher que estava acompanhando Scott não se importava, até porque ela está sendo paga para está aqui.
Virei a taça de champanhe de uma vez.
— Dean, acho que você já bebeu demais nessa noite. — Isabella diz, tirando a taça da minha mão.
Simon anunciou que estava esperando apenas um convidado que já estava na recepção a caminho dessa sala privada e assim poderíamos jantar.
— Estou bem, Isabella…
— Não sei o motivo da briga entre você e esse Sr. Allaire, mas também não gosto dele. — Isabella olha de rabo de olho na direção dele. Sorri. — Sem bebida, por favor.
Estou longe de estar bêbado e Isabella sabe que sou forte com bebida, ela só está preocupada com meu fígado.
— Finalmente, meu amigo! — A voz alta de Simon chama a atenção de todos.
Um homem com um sorriso contido em seu rosto e que de longe transmitia uma expressão, intensidade e seriedade, pude sua autoconfiança ao falar com os outros. Os seus cabelos em um tom de castanho escuro e os seus olhos e um marrom profundo. Seu rosto é angular com traços marcantes que refletem uma mistura de confiança em mistério.
Isabella olhava fixamente para aquele homem e a cada segundo sentia o seu nervosismo ao meu lado. É estranho, Isabella estar nesse estado é porque alguma coisa aconteceu e é óbvio que ela conhece esse homem. Coloquei minha mão em sua cintura, o que fez ela voltar a realidade e me olhar.
— Quem é ele? — Perguntei.
Isabella Hayes Sentia meu coração bater forte em meu peito. Ele realmente veio para Nova York, cumpriu o que havia me dito. Aquela ligação que mesmo não querendo atender, precisei atender. Alexandro avisou que viria para Nova York e o destino nos queria juntos novamente. Não, queria vê-lo novamente. Alexandro deveria estar bem longe daqui, o mais longe possível de mim. E agora estou vendo ele sendo abraçado entre sorrisos e palavras amigas. Senti a mão de Dean em minha cintura e foi como me despertar para a realidade.— Quem é ele? — Dean pergunta em um sussurro, não chamando a atenção dos outros.Olhei para o meu namorado de mentirinha e senti meu peito subir e descer tão rápido. Levei minhas mãos a cada lado do seu rosto com delicadeza e o beijei. Um beijo tímido no começo, suas mãos estão agora em minha cintura me puxando para mais perto. Dean é alto e curva mais o corpo para frente facilitando o nosso beijo, mesmo de salto alto, não fico na sua altura. Seus lábios estão mais firm
Dean SuttonSe não manter a Isabella vida e bem alimentada, John vem até aqui conferir se estou realmente morto após mandar alguém me matar. Não imaginava receber uma ligação do John, fazia um tempinho que não nos falávamos e a conversa foi bem séria. Me sentia um filho da puta por está mentindo para ele, mas John é o primeiro a encher o saco sobre relacionamento e não é apenas com seu irmão.John foi o primeiro a se casar e ter filhos, e por esse único motivo se acha no direito de opinar na vida dos outros. Isabella aprendeu a colocar um sorriso no rosto a cada palavra desagradável do seu irmão. Anthony é mais de boa em relação a tudo e mais fácil de acreditar nesse namoro, agora com John teremos que ser espertos. Peguei uma garrafa de vinho analisando a marca.— Pelo que me lembro, esse não é o seu favorito. — Essa voz… Olhei para trás. — Oi, Dean. Quanto tempo, não é?Sorrir, coloquei a garrafa de volta no lugar e abracei Emily.— Nossa… — me afastei olhando para ela com mais atenç
Isabella HayesA paciência para secar meu cabelo estava em um nível baixo. Muito baixo. Passava a escova com uma agressividade que duvido que meu cabelo irá sobreviver sem danos algum. Mal consegui secar metade do cabelo quando a companhia tocou. Vou até a porta não importando com o estado deplorável que estou, não precisa estar bonita para xingar uma pessoa que apertava a campainha toda hora e eu torcia para o dedo da pessoa cair. Esse é o meu nível de irritação.— Porque não vai apertar a campainha da sua… — Parei de falar vendo Dean com uma cesta de chocolate na marca Snickers, meu favorito.— Me diz que ainda é o seu favorito… — Franzi a testa. — Eu mesmo montei a cesta, cada detalhezinho.A cesta tinha vários sabores da marca Snickers, um laço na parte de cima e tinha até corações de papel colados na cesta. Peguei a cesta de sua mão e fechei a porta.— Isabella! — Dean me grita.Sorri para minha cesta, pegando um para comer. Podia já senti o cheirinho e o gosto, minha boca em d’
Dean SuttonMe esquivei de Emily quando senti seu beijo no canto da minha boca. Emily me pede desculpa repetidamente, sorrir para aliviar o clima e disse estar tudo bem. Cadê a Isabella? Será que ela está sentindo dor de barriga para demorar tanto assim? Simon ficou bem empolgado ao saber que Emily e eu nos conhecemos, empolgado até demais e acredito que já tenha bebido um pouco. Sua esposa tentava conter a risada exagerada do seu marido.— Tio, não é para tanto. — Emily fica sem graça. — Dean e eu estudamos juntos, apenas. — Ela me olhou. — Não é?Me perdi em seu olhar por alguns segundos, como não olhar para essa mulher e não lembrar do passado? Foi bom e marcante. Droga, cadê a Isabella?— Sim. — Olhei para Simon. — Emily foi uma ótima aluna, tenho certeza que teria sido uma ótima arquiteta.Emily me abraçou e passei meu braço por cima do seu ombro, olhando ao redor a procura de Isabella. O que vejo não me agrada, Alexandro conversava com Isabella em um corretor. Ele pegou em sua m
Dean SuttonHoje faz dois dias que não falo com a Isabella, não diretamente. Trocamos algumas mensagens e o trabalho também não deixou que nos encontrássemos, mesmo que estejamos trabalhando no mesmo projeto. Isabella precisou encontrar com algumas parcerias e fazer o ensaio fotográfico deles, além de documentar tudo. A pouca conversa que tivemos não falamos sobre o sexo sem proteção em uma sala de trabalho. No dia a Isabella apenas disse que poderia ficar tranquilo porque ela toma os remédios e também não gozei dentro. Quando saímos daquela sala foi como se nada tivesse acontecido, ficamos mais uma hora na festa e fomos embora cada um para seu apartamento e indo dormir. Foi uma coisa de momento e não perderemos a amizade por conta disso e muito menos deixaremos de continuar essa nossa mentirinha que salvará nosso Natal. Sentia uma dor nos ombros e achei melhor terminar o trabalho em casa. Sair do levantou mexendo no meu celular indo até o meu carro, a notificação da mensagem da Isa
Isabella HayesChegamos a Greenport, Vila em Long Island, Nova York. Respirei fundo, enchendo meus pulmões. Nossa primeira parada seria na fazendo dos meus pais. Empolgada? Não estou. Dean veio o caminho todo me acalmando e dizendo que tudo daria certo. Pensar em como seria era uma coisa, agora teremos que colocar em prática e viver esse momento.— Dean…— Isabella, relaxa! — Segurou minha mão. — Já estamos aqui, não tem como voltar.Estamos de frente para o grande casarão.— Acho que já vi alguém na janela. — E fiquei mais nervosa.— Pode ser um dos empregados. — Dean me puxa em direção à casa.Com passos relutantes vou atrás dele, Dean está certo, agora não tem volta. Quando levantei a mão para apertar a campainha, a porta se abre. A mulher dona de lindos cachos loiros e um sorriso enorme apareceu, minha mãe me puxou para um abraço apertado e mesmo começando a ficar sem ar retribui o abraço. Dana Hayes, minha mãe, é casada há mais de 40 anos com meu pai, o Félix Hayes. Dona de um c
Isabella HayesNão demorou muito para a casa ficar cheia, Félix tratou logo de avisar meus irmãos e sua família que estávamos aqui. Não era surpresa alguma que as crianças gostassem de ficar pela fazenda, muito espaço para brincar e se divertir. Minhas cunhadas também trabalhavam na fazenda com seus maridos, Félix conseguiu convencer toda a família a trabalhar nesse império. Sou a única desgarrada.Os gêmeos estavam sentados, cada um do meu lado, não deixando que Dean ficasse perto de mim. Às vezes os dois pequenos mandavam a língua para Dean, e Dean fazia o mesmo. Três crianças! Os filhos de John são mais velhos, um menino de 13 anos e uma menina de oito anos. Os gêmeos têm quatro anos.Não sou mais presente da família e minhas cunhadas fizeram questão de me atualizar sobre os acontecimentos daqui.— Seu irmão continua um cabeça de vento. — Letícia olha para Anthony, os homens estão no outro lado da sala conversando. — Só não esquece a cabeça, porque é grudada no pescoço.Rimos. Letí
Dean SuttonConseguimos sobreviver a família Hayes, Isabella quase jogou tudo pelo ar no primeiro estante. Mas seguirmos firmes, a minha única preocupação daquela família é uma: John Hayes. Não importa se Isabella quis fazer parte dessa mentiram para ele, será como se estivesse usando sua irmã. Isabella não é uma mulher-frágil, mas é assim que ele ver sua irmã mais nova.Prevejo uma briga entre esses dois, o que vem mais um problema. Vamos por parte! Agora é minha família que lidaremos.— De 0 a 10 qual são as chances de sobrevivermos a família Sutton? — Isabella caminha ao meu lado, parecia está mais tranquila.&m