Aquela segunda-feira estava longe de terminar quando Ronny chegou pela manhã. Tudo parecia perfeito. Seu café estava pronto e bem quente, sem açúcar como gostava em cima da sua mesa junto dos seus outros amigos. A sala bem organizada com seus trabalhos do dia enfileirado prontos para serem iniciados e terminados com o mesmo esforço. Sentou ali para começar o dia, uma mensagem da namorada, uma da sua mãe, e as de Dylan contando como estava a organização para a festa na praia. A festa na praia seria uma das suas realizações, transformaria o namoro em algo mais sério com um anel de brilhante? Isso seria mais que perfeito. Clarisse era sua alma gêmea, em tudo se combinava. Mas deixando tudo isso de lado, colocou-se a trabalhar antes de seus amigos chegarem quando um e-mail chegou para abalar suas estruturas. Ronny se afastou da tela procurando reler aquele email mais algumas vezes apenas para saber se não estava enganado. Porque não parecia real. — Que cara é essa? Parece que viu um f
— Festa na praia? Com Ronny e o pai? - Vivian comentou pela quarta vez naquela hora. Via Clarisse experimentar todos os vestidos e biquínis que comprou para passar dois dias longe de casa. — Eu não sei se é uma boa ideia. — Porque não seria uma boa ideia? Ronny me convidou para passar o ano novo numa linda casa de praia para termos momentos românticos e dessa vez, tenho quase certeza que nosso relacionamento ficará mais intenso. - Virou para sua amiga que lhe encarava jogada da cama — O que está se passando por sua cabeça?— Não fique agindo como se não tivesse me contando o que aconteceu quando foi provar os vestidos. - Clarisse suspirou voltando a sua cama também — Você o beijou, vocês tiveram um momento íntimo, quase transam, e ainda assim, insiste em passar o ano novo numa casa com o namorado e o pai dela que quer dormir contigo?— O que o Vicent quer ou deixa de querer não me importa agora. O que aconteceu naquele dia e depois não é importante. Eu amo o Ronny, ele é romântico e
— Todo o trabalho dele ficou para mim. Talvez eu nem consiga ir para a casa de praia. – Clarisse concordou querendo a todo custo acreditar que não tinha dedo de Vicent no meio disso tudo, mas isso era impossível.— Não tem problema a gente não não esse fim de ano. A casa da praia não vai sair do lugar. E você sabe que qualquer lugar que estivermos juntos, vai ser especial.— Você é um amor. – Vicent assistia a cena com total atenção; Ronny era amoroso e parecia realmente gostar da ideia de se casar com Clarisse. Mas e ela?Será que ela sentia alguma coisa? Ter ela numa casa de praia sem mais ninguém lhe comprovaria muita coisa. Poderia desistir dela, caso não tivesse chance...Bom, ele não era um homem que desistiria fácil.Ir ao extremo para conseguir seus objetivos sempre foi o foco da sua vida.— Acho que Clarisse não gostou da ideia de não ir à praia. Soube que fez até compras – Rapidamente, os olhos dos jovens voaram em Vicent do outro lado da mesa — Você já foi muitas vezes para
"Tem certeza que não estará presente? Mesmo se eu pedir muito, muito?" "Você pode pedir o que quiser, menos que eu deixe meu trabalho" "Ser filho do chefe deveria lhe dar algum benefício. Mas eu entendo não querer crescer apenas porque seu pai é o dono. Sentirei sua falta" "Eu também vou sentir, mas acima de tudo, quero que se divirta" — Ainda tem muita coisa para fazer? – Ronny escutou o arrastar da cadeira ao seu lado junto da voz do amigo, sorriu ao largar o celular e lhe encarar. — Tenho. Inclusive preciso fazer uma ligação agora mesmo para o cliente novo. — É uma sorte termos encontrado um cliente louco nessa época do ano. E mais sorte ainda de ter você presente, imagina se o cliente não consegue fazer sua compra porque Jason está de férias? — Ele deveria ter um substituto. – O outro murmurou fazendo Ronny rir — Se eu fosse você, largava tudo para passar o ano novo com a namorada… Praia, ambiente romântico, um jantar à luz da lua, numa ilha longe da cidade. Qual é o seu pro
— Só tem vaga para duas pessoas nessa viagem, e já estamos aqui. - Sussurrou sorridente, mesmo que suas ações ou palavras não fossem nada engraçadas — Fique a vontade, já vamos decolar. Clarisse revirou os olhos novamente e colocou o cinto. Não sabia exatamente como agir diante de toda aquela situação, mas tinha que tomar qualquer providência, pois foi ela quem se colocou ali. Embora Ronny tenha insistido, poderia ter dito não em algum momento, mas optou por ir. Afinal de contas, Vicent tinha razão, ela sentia muitas coisas quando pensava nele… Seria justo ela se aproveitar disso? O avião decolou minutos depois os levando aos céus em poucos segundos. Clarisse não tinha medo de avião, já havia viajado muitas vezes com seus pais, amigos, sozinhas, viagens bobas que fazem bem para sua alma e coração, porém, naquele momento, tudo que poderia lhe fazer mal jazia naquele pequeno espaço no céu. Embora fingisse ler uma revista qualquer, podia se
O olhar dela caiu sobre Vicent que beijava aquela mulher com tanto gosto, com tanto desejo. Será que seu desejo se dava a qualquer mulher? Isso queria dizer que aquele homem estava apenas brincando com sua pessoa, tentando tirar de si uma vida boa ao lado de Ronny, porque era isso que aconteceria caso caísse nas garras daquele ser humano. No entanto, seria mentira se dissesse que não queria está no lugar dela, que não queria está sentada no colo dele sentindo aqueles dedos subirem a saia curta chegando à calcinha, e lá estava ele, massageando-a? Porque não podia ser ela? Porque a Aeromoças gemeu com tanto prazer? Ele sabia o que fazia, onde tocar e como dar prazer, disso ela já tinha provado. Mas assistindo tão de perto, o vendo sorrir enquanto a outra se derreter por completa com seus dedos, com seus beijos… Logo, a mão grande do homem se afastou da calcinha da moça onde esta gemeu pelo mínimo contato, mas logo sorriu quando sentiu sua mão ser guiada até o pau
A ilha da família Tornneght era uma das coisas mais lindas que Clarisse já viu ou esteve durante toda sua vida. Desde a descida da lancha até o jardim da grande casa toda aberta divida em vidros com cortinas balançando de um canto a outro dando a ideia de que havia pessoas por ali, quando na verdade, nem mesmo os empregados tinham chegado ainda. A garota sorriu ao caminhar por ali admirando cada espaço daquele lugar. As poucas árvores, iluminação e o mar que os cercava com uma paisagem bonita. — Esse lugar é realmente muito bonito e mágico, como Ronny disse - Murmurou quando enfim, Vicent se aproximou da menina que ainda estava iludida pela beleza do lugar. — Claro que ele disse muitas coisas boas desse lugar. Quer conhecer a casa? - Como um cavalheiro, Vicent ergueu sua mão a convidando para dentro, e Clarisse aceitou prontamente o seguindo para dentro. E lá dentro como esperado, não diferente. Como na casa do CEO tudo era b
Pegando o celular outra vez, resmungou ao não ter sinal nenhum para falar com seus pais ou Ronny. Logo, logo a virada do ano estava acontecendo e não passaria ou falaria com qualquer uma das pessoas que mais gostava. Será se isso era um mau presságio? Um ano novo chegando e um novo amor estava batendo em sua porta? Levantou da cama chegando às janelas grandes e bem ali, se assustou ao ver outras pessoas na casa. Lembrava-se de ter ouvido Vicent dizer que não havia mais ninguém além deles, mas claro que seria estranho vê-lo fazer comida ou qualquer outra coisa parecida. Olhou-se novamente no espelho adorando o vestido branco e longo que escolheu para aquela noite estrelada. O cabelo longo arrumando para trás. Estava linda como nas outras noites, mas nessa, estaria com uma pessoa especial. Não lhe agradava muito trair a confiança de Ronny, sua autoridade ou o relacionamento dos dois, mas porque não ser totalmente fiel a si mesma? Como conseguiria? Mas terminar co