"Tem certeza que não estará presente? Mesmo se eu pedir muito, muito?" "Você pode pedir o que quiser, menos que eu deixe meu trabalho" "Ser filho do chefe deveria lhe dar algum benefício. Mas eu entendo não querer crescer apenas porque seu pai é o dono. Sentirei sua falta" "Eu também vou sentir, mas acima de tudo, quero que se divirta" — Ainda tem muita coisa para fazer? – Ronny escutou o arrastar da cadeira ao seu lado junto da voz do amigo, sorriu ao largar o celular e lhe encarar. — Tenho. Inclusive preciso fazer uma ligação agora mesmo para o cliente novo. — É uma sorte termos encontrado um cliente louco nessa época do ano. E mais sorte ainda de ter você presente, imagina se o cliente não consegue fazer sua compra porque Jason está de férias? — Ele deveria ter um substituto. – O outro murmurou fazendo Ronny rir — Se eu fosse você, largava tudo para passar o ano novo com a namorada… Praia, ambiente romântico, um jantar à luz da lua, numa ilha longe da cidade. Qual é o seu pro
— Só tem vaga para duas pessoas nessa viagem, e já estamos aqui. - Sussurrou sorridente, mesmo que suas ações ou palavras não fossem nada engraçadas — Fique a vontade, já vamos decolar. Clarisse revirou os olhos novamente e colocou o cinto. Não sabia exatamente como agir diante de toda aquela situação, mas tinha que tomar qualquer providência, pois foi ela quem se colocou ali. Embora Ronny tenha insistido, poderia ter dito não em algum momento, mas optou por ir. Afinal de contas, Vicent tinha razão, ela sentia muitas coisas quando pensava nele… Seria justo ela se aproveitar disso? O avião decolou minutos depois os levando aos céus em poucos segundos. Clarisse não tinha medo de avião, já havia viajado muitas vezes com seus pais, amigos, sozinhas, viagens bobas que fazem bem para sua alma e coração, porém, naquele momento, tudo que poderia lhe fazer mal jazia naquele pequeno espaço no céu. Embora fingisse ler uma revista qualquer, podia se
O olhar dela caiu sobre Vicent que beijava aquela mulher com tanto gosto, com tanto desejo. Será que seu desejo se dava a qualquer mulher? Isso queria dizer que aquele homem estava apenas brincando com sua pessoa, tentando tirar de si uma vida boa ao lado de Ronny, porque era isso que aconteceria caso caísse nas garras daquele ser humano. No entanto, seria mentira se dissesse que não queria está no lugar dela, que não queria está sentada no colo dele sentindo aqueles dedos subirem a saia curta chegando à calcinha, e lá estava ele, massageando-a? Porque não podia ser ela? Porque a Aeromoças gemeu com tanto prazer? Ele sabia o que fazia, onde tocar e como dar prazer, disso ela já tinha provado. Mas assistindo tão de perto, o vendo sorrir enquanto a outra se derreter por completa com seus dedos, com seus beijos… Logo, a mão grande do homem se afastou da calcinha da moça onde esta gemeu pelo mínimo contato, mas logo sorriu quando sentiu sua mão ser guiada até o pau
A ilha da família Tornneght era uma das coisas mais lindas que Clarisse já viu ou esteve durante toda sua vida. Desde a descida da lancha até o jardim da grande casa toda aberta divida em vidros com cortinas balançando de um canto a outro dando a ideia de que havia pessoas por ali, quando na verdade, nem mesmo os empregados tinham chegado ainda. A garota sorriu ao caminhar por ali admirando cada espaço daquele lugar. As poucas árvores, iluminação e o mar que os cercava com uma paisagem bonita. — Esse lugar é realmente muito bonito e mágico, como Ronny disse - Murmurou quando enfim, Vicent se aproximou da menina que ainda estava iludida pela beleza do lugar. — Claro que ele disse muitas coisas boas desse lugar. Quer conhecer a casa? - Como um cavalheiro, Vicent ergueu sua mão a convidando para dentro, e Clarisse aceitou prontamente o seguindo para dentro. E lá dentro como esperado, não diferente. Como na casa do CEO tudo era b
Pegando o celular outra vez, resmungou ao não ter sinal nenhum para falar com seus pais ou Ronny. Logo, logo a virada do ano estava acontecendo e não passaria ou falaria com qualquer uma das pessoas que mais gostava. Será se isso era um mau presságio? Um ano novo chegando e um novo amor estava batendo em sua porta? Levantou da cama chegando às janelas grandes e bem ali, se assustou ao ver outras pessoas na casa. Lembrava-se de ter ouvido Vicent dizer que não havia mais ninguém além deles, mas claro que seria estranho vê-lo fazer comida ou qualquer outra coisa parecida. Olhou-se novamente no espelho adorando o vestido branco e longo que escolheu para aquela noite estrelada. O cabelo longo arrumando para trás. Estava linda como nas outras noites, mas nessa, estaria com uma pessoa especial. Não lhe agradava muito trair a confiança de Ronny, sua autoridade ou o relacionamento dos dois, mas porque não ser totalmente fiel a si mesma? Como conseguiria? Mas terminar co
O sorriso dela estava radiante, diante da lua era ainda mais brilhoso. Gostava quando ela jogava a cabeça para trás animada com a piada contada. Os dedos que brincavam com o garfo enquanto espetava uma ou duas frutas da mesa. Até quando erguia os dedos finos para limpar uma lágrima no canto de olho depois de rir bastante. O peito que subia e descia a cada movimento. Seu cabelo caindo ao redor do rosto, horas cobrindo seus olhos, horas sendo levado aos ventos para se acomodar nas costas. E porque ela conseguia mover suas pernas mesmo por debaixo da mesa? Sentia-a fazer isso e podia se abaixar para ver de longe, mas o vestido longo o impediria de ver sua calcinha. Ah, sua calcinha… Como sua pele deveria estar? Preparada para lhe receber como um troféu na sua cama. Um troféu que ele queria cuidar para sempre. A casa tom de risada, ou voz que ensin
Já passava das três da manhã quando Clarisse despertou. Sentou na cama de uma vez olhando ao redor, Ronny dormia tranquilamente do outro lado todo enrolado numa coberta cinza de ondas que era bem a sua cara. Riu daquilo antes de descer da cama procurando pelo casaco largado no chão e foi ao banheiro. Seus olhos não estavam com olheiras, o cabelo não estava tão bagunçado. Será que ainda poderia procurar por Vicent? Saiu do quarto se esteirando pelos corredores até chegar à porta do quarto de Vicent. Seria louco e difícil de explicar se alguém a visse naquele quarto… ou melhor, se Ronny a visse ali, não havia mais ninguém por perto. Ao menos foi nisso que acreditou. Não bateu na porta e agradeceu quando a maçaneta girou de uma vez e ela pode entrar, e o sorriso que mostrava no rosto morreu ao ver a cama vazia. Foi até a varanda do quarto em busca de Vicent, mas encontrou apenas o vazio. Será que ele realmente resolveu tocar fogo na casa? Mas isso não seria muito
Com o sol naquela casa de praia, Ronny despertou com o cansado da noite passada. A correria, a viagem, a chegada, o pulo na água, até o amor que fez ao lado de sua namorada, tudo isso o fez dormir pela noite toda, nem mesmo uma música poderia ter o acordado. Sentou na cama aos poucos procurando por sua namorada, e por mais que gostasse de vê-la despertar, sabia que Clarisse jamais ficaria dentro de casa quando o sol estava no céu e uma praia linda a sua disposição. Jogou os lençóis para fora da cama e levantou caminhando até a varanda. Encostou-se ali vendo o sol quente tocar em sua pele e abraçar com carinho e toda a quentura que precisava. Depois de um longo banho, desceu para o andar debaixo procurando por seu pai e a namorada, encontrando ambos sentados diante de uma mesa posta com todas as delicias para um café bem reforçado. — Bom dia meu amor, pensei que não acordaria agora - Clarisse declarou ao ver seu namorado desfilar pelo caminho até ele