Ser a secretaria de um homem como Vicent Tornneght era um trabalho em tempo integral. Um trabalho que nada podia sair do lugar ou se igualar a qualquer outro. Cuidava de seus afazeres dentro da empresa e fora dela também, com seus romances, presentes para namoradas, amantes e todas as garotas a qual ele achava que serviria para uma ou duas noites antes de enjoar e mandar bloquear em todos os lugares.Dylan conhecia seu chefe como a palma de sua mão, mas não o suficiente para acreditar no olhar que ele lançava a namorada de seu filho como se estivesse prestes a avançar contra a menina e lhe comer no meio do salão. Poderia está errada? Claro que sim. Vicent adorava o filho para fazer aquele tipo de coisa… Mas e Clarisse? Ela gostava mesmo de Ronny?Não duvidava das escolhas de Ronny e do amor dele, e antes de ambos sorrirem um para o outro daquele jeito tão íntimo, acreditava que a querida Clarisse também sentisse todo o amor e carinho pelo namorado. Não. Claro que não! Aquilo era coisa
Aquela manhã parecia mais fria que a noite anterior.Depois de passar o final de semana inteiro na casa dos Tornneght, sendo admirada e cuidada por todos daquela mansão, Clarisse finalmente acordou em sua cama depois de numa noite incrível de sono. Seus olhos focaram no teto do quarto como se fosse à única coisa do universo. E por um momento, achou que deveria ter sido mesmo. O final de semana na casa do namorado ao lado de Ronny e Vicent Tornneght foi intensamente bom, pelo menos em alguns momentos… Tipo a festa e toda aquela cena.A cena incrível que estudou e gravou na mente de Vicent comendo aquela mulher jamais sairia da sua mente. Não era como se quisesse estar no lugar daquela modelo linda, mas os gritos dela, o gemido dela, e toda aquela euforia na esperança de gozar mais vezes ao rebolar naquele pau. Mas não podia fazer algo assim. Ronny era uma pessoa incrível demais para ser traído, já bastou toda aquela pegação enquanto provava os vestidos, então não, não podia.Depois de
— Quero me casar com ela - Vicent se surpreendeu. Dylan já tinha dito alguma coisa daquele tipo? Se não tinha, errou em não avisar. Sorriu de lado voltando ao seu computador. — Eu sei que você não gosta muito dela. E que talvez eu pensar em casamento nesse momento da minha vida parece meio estranho. Eu sou novo e não poderia pensar nisso, mas eu quero. Eu gosto dela. E ela gosta de mim também. — Só gostar de uma pessoa não faz dela a certa para um casamento. Precisa ter muita coisa, e você é muito novo para esse tipo de… Prisão. — Casamento não é uma prisão. - Vicent apenas sorriu como se aquilo fosse a melhor piada da sua vida. — Tá. Tudo bem, você não aceita um casamento com ela, mas pelo menos pode aceita-la na casa de praia. — Quando você se formar na faculdade e ainda achar que casar com Clarisse é uma boa ideia, eu posso dar a minha benção. E podemos sim ir para a praia no ano novo. — Você pode levar sua namorada modelo. Seremos dois casais - Vicent concordou sorrindo. Enga
Aquela segunda-feira estava longe de terminar quando Ronny chegou pela manhã. Tudo parecia perfeito. Seu café estava pronto e bem quente, sem açúcar como gostava em cima da sua mesa junto dos seus outros amigos. A sala bem organizada com seus trabalhos do dia enfileirado prontos para serem iniciados e terminados com o mesmo esforço. Sentou ali para começar o dia, uma mensagem da namorada, uma da sua mãe, e as de Dylan contando como estava a organização para a festa na praia. A festa na praia seria uma das suas realizações, transformaria o namoro em algo mais sério com um anel de brilhante? Isso seria mais que perfeito. Clarisse era sua alma gêmea, em tudo se combinava. Mas deixando tudo isso de lado, colocou-se a trabalhar antes de seus amigos chegarem quando um e-mail chegou para abalar suas estruturas. Ronny se afastou da tela procurando reler aquele email mais algumas vezes apenas para saber se não estava enganado. Porque não parecia real. — Que cara é essa? Parece que viu um f
— Festa na praia? Com Ronny e o pai? - Vivian comentou pela quarta vez naquela hora. Via Clarisse experimentar todos os vestidos e biquínis que comprou para passar dois dias longe de casa. — Eu não sei se é uma boa ideia. — Porque não seria uma boa ideia? Ronny me convidou para passar o ano novo numa linda casa de praia para termos momentos românticos e dessa vez, tenho quase certeza que nosso relacionamento ficará mais intenso. - Virou para sua amiga que lhe encarava jogada da cama — O que está se passando por sua cabeça?— Não fique agindo como se não tivesse me contando o que aconteceu quando foi provar os vestidos. - Clarisse suspirou voltando a sua cama também — Você o beijou, vocês tiveram um momento íntimo, quase transam, e ainda assim, insiste em passar o ano novo numa casa com o namorado e o pai dela que quer dormir contigo?— O que o Vicent quer ou deixa de querer não me importa agora. O que aconteceu naquele dia e depois não é importante. Eu amo o Ronny, ele é romântico e
— Todo o trabalho dele ficou para mim. Talvez eu nem consiga ir para a casa de praia. – Clarisse concordou querendo a todo custo acreditar que não tinha dedo de Vicent no meio disso tudo, mas isso era impossível.— Não tem problema a gente não não esse fim de ano. A casa da praia não vai sair do lugar. E você sabe que qualquer lugar que estivermos juntos, vai ser especial.— Você é um amor. – Vicent assistia a cena com total atenção; Ronny era amoroso e parecia realmente gostar da ideia de se casar com Clarisse. Mas e ela?Será que ela sentia alguma coisa? Ter ela numa casa de praia sem mais ninguém lhe comprovaria muita coisa. Poderia desistir dela, caso não tivesse chance...Bom, ele não era um homem que desistiria fácil.Ir ao extremo para conseguir seus objetivos sempre foi o foco da sua vida.— Acho que Clarisse não gostou da ideia de não ir à praia. Soube que fez até compras – Rapidamente, os olhos dos jovens voaram em Vicent do outro lado da mesa — Você já foi muitas vezes para
"Tem certeza que não estará presente? Mesmo se eu pedir muito, muito?" "Você pode pedir o que quiser, menos que eu deixe meu trabalho" "Ser filho do chefe deveria lhe dar algum benefício. Mas eu entendo não querer crescer apenas porque seu pai é o dono. Sentirei sua falta" "Eu também vou sentir, mas acima de tudo, quero que se divirta" — Ainda tem muita coisa para fazer? – Ronny escutou o arrastar da cadeira ao seu lado junto da voz do amigo, sorriu ao largar o celular e lhe encarar. — Tenho. Inclusive preciso fazer uma ligação agora mesmo para o cliente novo. — É uma sorte termos encontrado um cliente louco nessa época do ano. E mais sorte ainda de ter você presente, imagina se o cliente não consegue fazer sua compra porque Jason está de férias? — Ele deveria ter um substituto. – O outro murmurou fazendo Ronny rir — Se eu fosse você, largava tudo para passar o ano novo com a namorada… Praia, ambiente romântico, um jantar à luz da lua, numa ilha longe da cidade. Qual é o seu pro
— Só tem vaga para duas pessoas nessa viagem, e já estamos aqui. - Sussurrou sorridente, mesmo que suas ações ou palavras não fossem nada engraçadas — Fique a vontade, já vamos decolar. Clarisse revirou os olhos novamente e colocou o cinto. Não sabia exatamente como agir diante de toda aquela situação, mas tinha que tomar qualquer providência, pois foi ela quem se colocou ali. Embora Ronny tenha insistido, poderia ter dito não em algum momento, mas optou por ir. Afinal de contas, Vicent tinha razão, ela sentia muitas coisas quando pensava nele… Seria justo ela se aproveitar disso? O avião decolou minutos depois os levando aos céus em poucos segundos. Clarisse não tinha medo de avião, já havia viajado muitas vezes com seus pais, amigos, sozinhas, viagens bobas que fazem bem para sua alma e coração, porém, naquele momento, tudo que poderia lhe fazer mal jazia naquele pequeno espaço no céu. Embora fingisse ler uma revista qualquer, podia se