Lucian dirigiu seu carro pelas ruas vazias, sua mente uma tempestade de pensamentos confusos e desesperados. O volante parecia frio e pesado sob suas mãos, e o mundo ao redor parecia se desfocar enquanto ele se concentrava apenas na tarefa de encontrar Milena. O medo e a incerteza eram seus companheiros constantes, e a cada quilômetro percorrido, a angústia de não saber o paradeiro dela se intensificava.Ao chegar à cafeteria onde Milena havia sido vista pela última vez, Lucian parou o carro e ficou em silêncio por um momento, olhando para o local que, antes, era apenas um ponto comum em sua rotina. Agora, era um símbolo de um enigma angustiante e doloroso. O lugar parecia desolado e sem vida, com as luzes apagadas e o interior sombrio. Ele sentiu uma onda de tristeza e nostalgia misturadas, um aperto no peito que parecia quase físico.Ele se lembrou de dias mais felizes, de momentos simples que compartilhara com Milena. Lembrou-se das conversas leves, dos risos teocados, e da f
por Milena O silêncio opressivo do porão pesava sobre mim como uma sentença de morte. Cada segundo naquele lugar frio e úmido me parecia uma eternidade, uma tortura lenta e contínua. A escuridão densa e as paredes sujas que me cercavam eram a única coisa que eu via, dia após dia, roubando de mim a noção do tempo. Eu estava presa em um pesadelo sem fim, e a única coisa que me mantinha viva era a tênue esperança de escapar.As horas se arrastavam, cada uma mais angustiante que a anterior, quando meus olhos finalmente se fixaram em algo que poderia ser minha salvação. Caminhando o mais silenciosamente que podia, avistei uma pequena janela, alta, quase invisível em meio à escuridão e sujeira daquele lugar horrível. Parecia que tudo que havia em volta do porão que eu estava, estava tão decadente quando meu cárcere.Nada aqui era agradável. O cheiro fétido, a sujeira, o abandono eram gritantes. A janela que meus olhos alcançaram era um mero feixe de luz, mas naquele momento, parecia
por Milena Cada respiração que eu dava parecia um grito sufocado, enquanto o pavor corria pelas minhas veias como veneno. A floresta ao redor era uma presença viva, opressiva, um mar de sombras que me envolvia, tentando me engolir a cada passo. As árvores se erguiam como gigantes ameaçadores, seus galhos como mãos prontas para me agarrar e arrastar de volta para o inferno de onde eu havia escapado. Mas eu não podia parar. Cada vez que meus pés tocavam o chão, era como se o próprio medo me impulsionasse, forçando-me a correr, mesmo quando minhas pernas tremiam de exaustão.O ar frio era cortante, misturando-se com a dor que latejava nos arranhões deixados pelos galhos afiados. O chão era irregular, cheio de raízes e pedras escondidas, e cada tropeço era um lembrete cruel de que eu estava a um erro de ser capturada novamente. O pânico estava sempre à espreita, como um animal selvagem pronto para me devorar. Eu corria como se minha vida dependesse disso, porque, de fato, dependia
pela autora Lucian estava sentado na poltrona de seu escritório, os olhos vermelhos de tanto esfregar, tentando afastar a exaustão que pesava sobre ele. Já fazia dias que não dormia direito, e a falta de notícias sobre Milena o corroía por dentro, como ácido. Cada segundo sem respostas parecia um golpe em sua alma, e a culpa o sufocava. A sensação de impotência era implacável, e ele mal conseguia se concentrar em qualquer coisa que não fosse a ausência dela.O silêncio na mansão era opressor, como se todos estivessem esperando por uma notícia, qualquer notícia que quebrasse aquela tensão insuportável. Lucian não parava de pensar nas piores possibilidades, sua mente criando cenários terríveis, onde Milena sofria e ele não podia fazer nada para salvá-la. Ele precisava encontrá-la, mas cada dia que passava sem um sinal dela era uma faca que se enterrava mais fundo em seu coração.De repente, a porta do escritório se abriu com um estrondo, e o chefe de segurança Steve, um homem gra
pela autora Débora caminhava de um lado para o outro em seu luxuoso apartamento, suas mãos trêmulas mal conseguindo segurar o telefone. A notícia havia chegado de forma casual, um sussurro entre conversas que jamais deveriam ter sido ouvidas, mas o impacto foi devastador, como uma bomba explodindo em sua mente. Os malditos capangas que contratará não conseguiram fazer Milena assinar o documento de divórcio. Pelo contrário, ela conseguiu fugir!E mesmo em sua fuga, eles a acharam já chegando a delegacia de uma das cidades próximas. No rompante dela não entregar a todos, aceleraram contra o carro em que a ajudará na estrada.Um acidente horrível, que não havia como existir sobrevivente.E mesmo assim, Milena foi resgatada com vida. Coisa que não aconteceu com os sequestradores dela. Os dois morreram no local do acidente.Milena estava viva. Mas não era isso que a perturbava profundamente. O que realmente a fazia sentir como se o chão tivesse se aberto sob seus pés era o detalh
pela autora A chegada de Lucian ao hospital foi uma corrida desesperada, seus pés pareciam mal tocar o chão enquanto ele avançava pelas portas giratórias. O caos ao seu redor parecia um borrão, um manto indistinto de luzes e sons que não podiam desviar sua atenção da única coisa que realmente importava: Milena. Ele precisava vê-la, precisava saber que estava bem.O coração de Lucian batia acelerado, a adrenalina corria em suas veias, e a angústia o consumia a cada passo. A recepcionista tentou lhe barrar, mas suas palavras foram abafadas pela urgência em sua voz.— Milena! - implorou, a voz quebrada pelo desespero. Sua urgência era ver sua esposa com seus próprios olhos e assim acalmar a sua alma atormentada. Nada até esse momento estava sendo fácil.— Eu preciso ver Milena! - ele implorou desesperado. Após um momento de indecisão, a recepcionista entrou em contato com o setor médico. Lucian esperou com a respiração entrecortada, o tempo parecia esticar indefinidamente até que
pela autora A dor era um manto frio e implacável, envolvendo Milena em uma escuridão que parecia infinita e esmagadora. Cada respiração era um esforço agonizante, e o mundo ao seu redor estava se desfazendo em pedaços nebulosos. Ela flutuava em um limbo assustador, onde a linha entre a vida e a morte era tênue e os limites da realidade estavam se tornando indistintos.O silêncio era absoluto, um peso opressor que se instalava em seus ouvidos e a impedia de se ancorar na realidade. Os sons ao seu redor eram apenas murmúrios distantes, uma sinfonia de vozes abafadas que pareciam vir de um abismo sem fim. Havia algo imenso e sombrio à espreita, uma presença que parecia observar cada movimento seu. O desespero crescia dentro dela, e cada segundo de escuridão parecia uma eternidade de agonia.Gradualmente, o silêncio foi quebrado pelo som de máquinas e dispositivos hospitalares. O ritmo constante dos monitores cardíacos, o zumbido dos respiradores e o som de passos apressados ecoav
pela autora O hospital estava envolto em um silêncio que parecia mais pesado do que o usual. Lucian se encontrava na sala de espera, a mente um turbilhão de pensamentos e sentimentos caóticos. Cada minuto que passava parecia uma eternidade, cada segundo um peso esmagador. Ele tentava se manter em pé, mas a sensação de fraqueza era quase paralisante.A imagem de Milena, frágil e inconsciente, não saía da sua cabeça. Ela estava deitada em uma cama de hospital, com tubos e monitores ao seu redor. A cena era um retrato doloroso da vulnerabilidade, uma imagem que desafiava a força e o controle que Lucian costumava exibir.Ele sabia agora que ela estava grávida, e essa nova realidade apenas adicionava camadas de medo e desespero à sua angústia. A notícia de que Milena carregava um filho, era uma surpresa devastadora, um peso que ele mal conseguia compreender. A ideia de que o bebê estava lutando para sobreviver em meio a tanta adversidade fazia seu coração se apertar ainda mais.As