O hospital estava imerso em um silêncio pesado, pontuado apenas pelos ecos de passos apressados e murmúrios de médicos e enfermeiros. A atmosfera estava carregada de uma tensão palpável, como se o próprio edifício estivesse segurando a respiração à espera de notícias. Milena, exausta e emocionalmente destruída, estava sentada na sala de espera, seus olhos fixos em um ponto vazio enquanto o medo e a incerteza consumiam cada pensamento.Foi quando Beatrice e Alexander chegaram, depois de terem saído por um momento para respirarem um pouco fora daquelas quatro paredes da sala de espera, a angústia estampada em seus rostos era nítida a preocupação que os estava consumindo. Beatrice parecia um fantasma de si mesma, seus olhos vermelhos e inchados, enquanto Alexander caminhava com a postura rígida de um homem que lutava contra um luto avassalador. Eles caminharam até onde Milena estava, e a visão dos pais de Lucian trouxe um novo nível de desespero à situação.— Milena, precisamos fala
pela autora Letícia caminhou até Milena com passos cuidadosos. A sala de espera do hospital parecia maior do que realmente era, com paredes silenciosas que refletiam a angústia daqueles que ali aguardavam. O estado de Lucian continuava grave, sem qualquer alteração. Era como se o tempo tivesse parado, como se cada segundo pesasse mais que o anterior. Milena estava sentada em uma cadeira desconfortável, com os olhos inchados e as mãos trêmulas repousando sobre o ventre. Ela não conseguia conter a mistura de ansiedade e medo que pulsava em seu peito. Letícia se aproximou, sentando ao lado da amiga. Pegou a mão de Milena entre as suas, oferecendo um toque de conforto em meio ao caos. Por um momento, ambas ficaram em silêncio, sentindo o peso da situação. Milena lutava contra as lágrimas, mas sabia que a qualquer momento elas iriam escapar.— Milena… - Letícia começou, sua voz baixa e carinhosa, buscando o tom certo para não soar invasiva. — Eu sei que é difícil encontrar pala
por DonovanA batalha dentro de mim era feroz, uma guerra silenciosa travada nas profundezas da minha alma. Havia momentos em que a escuridão parecia inevitável, quando meu corpo, exausto, quase se entregava à tentação de desistir. Era como se uma força invisível me arrastasse para o abismo, sussurrando promessas de paz eterna. Mas, sempre que a sombra parecia prevalecer, algo dentro de mim se levantava. Uma força, intensa e poderosa, surgia das profundezas do meu ser. Essa força tinha nome, tinha forma. Era Milena. Era o amor que eu sentia por ela que me empurrava de volta à superfície. Não era apenas uma lembrança, era um impulso vital. O rosto de Milena, tão cheio de vida, sua voz sussurrando meu nome, suas mãos quentes tocando as minhas... cada fragmento dessas memórias eram âncoras que me impediam de afundar. Eu sabia que a vida que me esperava não seria fácil. Haveria dor, haveria sofrimento, mas também haveria muito mais muito amor. Então, como se fosse puxado de um
por Donovan A dor me atingia com uma intensidade cruel enquanto eu lutava para sair do hospital. O corpo imobilizado pelo colete cervical e o braço fraturado eram apenas um reflexo das cicatrizes mais profundas que eu carregava no coração. Mas nada, absolutamente nada, poderia me impedir de ir atrás de Milena. Eu precisava vê-la, precisava que ela soubesse o que sentia. Cada passo era uma tortura, mas era uma tortura que eu estava disposto a enfrentar.Pedi para Steve passar a dirigir para mim por algum tempo, como eu não tinha ideia do que estava lidando, nada melhor do que meu chefe de segurança para cuidar da minha segurança e locomoção.— Chegamos senhor Donovan - me avisou Steve. Finalmente, cheguei ao prédio onde Milena estava morando. Meus pensamentos estavam uma confusão total, mas uma coisa estava clara: eu precisava dela, precisava dela ao meu lado, precisava dela para viver. Steve me ajudou a chegar até o apartamento dela. Milena não sabe, mas assim que se mudou par
pela autora Milena se encontrava em um espaço sombrio e nebuloso, onde o ambiente parecia distorcido, como um espelho quebrado refletindo seus medos mais profundos. O lugar era uma mistura de sombras e névoa, onde as formas não tinham contornos definidos, mas o sentimento de opressão era palpável. O som de seus próprios passos ecoava de maneira inquietante, e ela estava sozinha, ou assim parecia.De repente, uma figura familiar emergiu da névoa. Era Débora. Seu semblante carregava um sorriso de triunfo, um sorriso que parecia irradiar um brilho maligno e cruel. Ela estava lá, imponente e confiante, e a visão dela fez o coração de Milena disparar. Ela estava atônita, mas não havia como fugir do confronto.— Olá, Milena - Débora disse, com um tom de voz que transbordava satisfação perversa. — Vejo que você ainda não conseguiu escapar da minha influência, mesmo depois da minha partida.Milena sentiu um gelo na espinha. A visão de Débora era como um soco no estômago, e cada palav
Lucian mal conseguia manter os olhos abertos. O cansaço havia se acumulado em seus ombros como um peso insuportável, e cada passo em direção à casa de seus pais era um esforço monumental. Após dias intensos de tratamento e reabilitação, ele estava ansioso para ter um momento de tranquilidade. A ideia de passar a noite na casa dos pais parecia um alívio, um espaço onde ele poderia encontrar algum descanso longe da pressão constante. Os dias de fisioterapia estavam sendo intensos e o levando a loucura. Mas como seu médico disse inúmeras vezes, isso era necessário para garantir que ele se curasse cem por cento. Ao entrar na casa, o ambiente estava diferente do que ele esperava. A casa dos pais estava envolta em uma aura especial, com uma iluminação suave e um toque de elegância inesperado. A suavidade das velas e as flores frescas que decoravam a mesa de jantar criavam uma atmosfera romântica que Lucian não conseguia entender. A sensação de surpresa o atingiu instant
por Milena O grande dia finalmente chegou, e eu me sentia envolta por uma onda de emoções intensas e misturadas. Cada detalhe do nosso casamento foi pensado com tanto carinho que parecia um sonho prestes a se concretizar. O sol brilhava radiante no céu azul, enquanto a brisa leve balançava as flores brancas e rosas que decoravam a tenda montada para a cerimônia. O aroma de jasmim e rosas misturava-se no ar, criando uma atmosfera mágica que me envolvia. O momento mais significativo para mim foi quando entrei na tenda. Ao invés de um buquê de noiva, eu carregava nosso filho, Lohan, em meus braços. Seus pequenos olhos brilhavam curiosos, e seu sorriso, inocente e encantador, era a essência da nossa alegria. Vestida em um vestido de noiva de chiffon delicado e rendado, eu sentia o peso das tradições se desvanecer, substituído pela pura felicidade de ter Lohan ao meu lado. Cada passo que dava era acompanhado pelo suave toque da música instrumental que preenchia o espaço, en
Por Milena Nossa, estou voltando bem tarde para casa. Levei mais tempo do que queria na biblioteca. Infeliz ideia de vir caminhando, agora o campus está deserto. Apenas os poucos seguranças e nada mais. A luz dos postes de iluminação se apagam bem na hora que estou passando. – Mais essa agora! – murmuro para mim mesma, tentando ignorar a sensação de inquietação que cresce dentro de mim. Mas continuo mesmo assim, pois preciso chegar em casa logo. Estou tão cansada! E de repente um carro surge do nada… E freia em cima de mim! Acabo com o susto caindo no chão. Que droga! Meu Deus… Estou parecendo um purê mole esparramado pelo prato, sentada neste chão. O coração b**e descontrolado no peito enquanto tento recuperar o fôlego. O motorista desce do carro às pressas, seus passos rápidos na direção onde estou caída. Mas espera! Eu não acredito! Ele abaixa e olha a lataria do carro. Não é possível uma coisa dessa! Estou estabacada no chão, e o homem está olhando seu carro!