pela autora A dor era um manto frio e implacável, envolvendo Milena em uma escuridão que parecia infinita e esmagadora. Cada respiração era um esforço agonizante, e o mundo ao seu redor estava se desfazendo em pedaços nebulosos. Ela flutuava em um limbo assustador, onde a linha entre a vida e a morte era tênue e os limites da realidade estavam se tornando indistintos.O silêncio era absoluto, um peso opressor que se instalava em seus ouvidos e a impedia de se ancorar na realidade. Os sons ao seu redor eram apenas murmúrios distantes, uma sinfonia de vozes abafadas que pareciam vir de um abismo sem fim. Havia algo imenso e sombrio à espreita, uma presença que parecia observar cada movimento seu. O desespero crescia dentro dela, e cada segundo de escuridão parecia uma eternidade de agonia.Gradualmente, o silêncio foi quebrado pelo som de máquinas e dispositivos hospitalares. O ritmo constante dos monitores cardíacos, o zumbido dos respiradores e o som de passos apressados ecoav
pela autora O hospital estava envolto em um silêncio que parecia mais pesado do que o usual. Lucian se encontrava na sala de espera, a mente um turbilhão de pensamentos e sentimentos caóticos. Cada minuto que passava parecia uma eternidade, cada segundo um peso esmagador. Ele tentava se manter em pé, mas a sensação de fraqueza era quase paralisante.A imagem de Milena, frágil e inconsciente, não saía da sua cabeça. Ela estava deitada em uma cama de hospital, com tubos e monitores ao seu redor. A cena era um retrato doloroso da vulnerabilidade, uma imagem que desafiava a força e o controle que Lucian costumava exibir.Ele sabia agora que ela estava grávida, e essa nova realidade apenas adicionava camadas de medo e desespero à sua angústia. A notícia de que Milena carregava um filho, era uma surpresa devastadora, um peso que ele mal conseguia compreender. A ideia de que o bebê estava lutando para sobreviver em meio a tanta adversidade fazia seu coração se apertar ainda mais.As
por Milena A sensação de estar flutuando no limbo era ao mesmo tempo estranha e familiar. Eu estava em um lugar sem tempo, onde a dor e a realidade pareciam distantes, como se eu estivesse presa em um sonho nebuloso. A escuridão ao meu redor era impenetrável, um espaço sem começo nem fim, onde eu vagava sem rumo. Meus pensamentos eram uma mistura confusa de lembranças e sensações vagas, sem um sentido claro.Então, a escuridão começou a se dissipar lentamente, dando lugar a flashes de luz e formas indistintas. Era como se eu estivesse sendo puxada de volta para a realidade, uma realidade que eu não queria enfrentar. O peso do meu corpo parecia opressivo, e cada tentativa de me mover era acompanhada por uma dor aguda que me fazia querer recuar.Eu consegui abrir os olhos com um esforço imenso, e o ambiente ao meu redor começou a se materializar lentamente. O quarto de hospital estava iluminado com uma luz fria e implacável, e os sons do monitor cardíaco e das máquinas eram uma c
pela autoraA sala estava silenciosa, o tipo de silêncio que pressiona sobre os ombros e carrega uma carga pesada de expectativa. Lucian estava ao lado da cama de Milena, seus olhos fixos nela com uma intensidade desesperada. As horas que se passaram desde que ela foi levada ao hospital foram um tormento, uma mistura de esperanças e temores que o mantinham em um estado de constante angústia.Ele havia passado as últimas horas esperando, orando, e vendo cada momento como uma eternidade. O ritmo dos batimentos cardíacos do monitor pareciam o único sinal de vida em um mar de incertezas. O medo do desconhecido era uma sombra constante, e a sensação de impotência era dolorosa demais. Ele estava cansado, mas a adrenalina e o desespero mantinham seus sentidos aguçados.Então, de repente, o monitor emitiu um som suave de estabilidade, e Lucian sentiu uma onda de alívio e expectativa. Seus olhos nunca deixaram o rosto de Milena, observando cada pequeno movimento com uma atenção ansiosa.
por DéboraA manhã começava com uma luz fraca que filtrava-se pelas cortinas pesadas do meu quarto, mas eu não sentia nenhuma tranquilidade com a chegada do novo dia. O que me perturbava era a notícia que recebi na noite anterior: Milena havia acordado, mas não se lembrava de nada sobre o sequestro. Essa informação me deixou em uma agitação constante, uma sensação de que a situação estava escapando do meu controle.Marta, com sua expressão ansiosa e seus olhos ligeiramente inchados, me contou que os funcionários da casa haviam ouvido rumores de que Milena estava acordada, mas não tinha recordação de nada do que havia acontecido. As palavras dela ressoavam em minha mente como um eco perturbador. Eu sabia que precisava ir até o hospital, verificar com meus próprios olhos e garantir que o plano estava, de fato, indo conforme eu havia imaginado.O dia estava nublado, e o céu parecia refletir meu estado de espírito tumultuado. Cada passo em direção ao hospital era pesado, carregado de
por Débora Cada pensamento era uma chama de raiva e pavor, e eu estava prestes a explodir. Era uma novidade ruim atrás da outra. A notícia que recebi era uma bomba-relógio prestes a detonar: Milena estava grávida de Lucian. A revelação me atingiu como um golpe traiçoeiro, cortando profundamente e lançando minha mente em um turbilhão de confusão e furia.A notícia me chegou através de uma fonte inesperada. Marta, que estava em contato constante com o hospital, me ligou com uma voz trêmula e preocupada, revelando o detalhe mais insuportável: a gravidez de Milena. Assim que o telefone desligou, eu sabia que não havia mais espaço para a racionalidade. A certeza de que o que eu mais temia estava acontecendo me fez perder completamente o controle.Eu andava pela casa como uma leoa enjaulada, minhas emoções uma tempestade de ódio e desespero. As paredes do meu lar, antes um refúgio de conforto e controle, agora pareciam um labirinto ameaçador. Cada sala, cada corredor parecia estar
pela autora O sol da manhã mal conseguia penetrar as cortinas grossas do quarto do hospital onde Milena estava internada. Lucian, exausto e com uma expressão de desespero profundo, havia decidido que não permitiria mais que nada ameaçasse a segurança dela. A revelação de que ela estava grávida dele o havia abalado, mas também incentivou sua determinação. Agora, cada aspecto da segurança de Milena estava sendo minuciosamente revisado e intensificado.O corredor do hospital estava repleto de uma atividade frenética. Equipes de segurança haviam sido chamadas para garantir que nenhum intruso pudesse se aproximar. Guardas privados estavam estrategicamente posicionados em todos os pontos críticos, e uma equipe de segurança especializada monitorava as imagens das câmeras de segurança em tempo real. Lucian havia contratado os melhores profissionais para assegurar que nada escapasse ao controle.Não havia motivos para ele baixar a guarda. Ele não tinha ideia se o perigo real havia sido s
pela autora Débora estava em um turbilhão de raiva e frustração. A revelação de que Milena estava grávida de Lucian a havia lançado em uma espiral de fúria e desespero. A notícia não apenas ameaçava desmoronar todos os seus planos, mas também questionava sua própria percepção de controle e poder.Ela andava pelo seu apartamento, seus passos pesados e impacientes, como se cada movimento pudesse repelir a ira que a consumia. As paredes opulentas, normalmente um reflexo de seu status e sucesso, pareciam agora uma prisão de frustração e fúria. O som de seus saltos batendo no chão ecoava como um sinal de sua desordem interna.Débora havia convocado Marta para uma reunião urgente, suas mãos apertadas em punhos enquanto ela se preparava para confrontar a empregada de Lucian com a notícia que, para ela, era quase insuportável.— Marta! - exclamou Débora, sua voz carregada de uma raiva que parecia prestes a transbordar. — Onde está a sua cabeça? Como você me deixou chegar a este ponto?