pela autora Débora estava em um turbilhão de raiva e frustração. A revelação de que Milena estava grávida de Lucian a havia lançado em uma espiral de fúria e desespero. A notícia não apenas ameaçava desmoronar todos os seus planos, mas também questionava sua própria percepção de controle e poder.Ela andava pelo seu apartamento, seus passos pesados e impacientes, como se cada movimento pudesse repelir a ira que a consumia. As paredes opulentas, normalmente um reflexo de seu status e sucesso, pareciam agora uma prisão de frustração e fúria. O som de seus saltos batendo no chão ecoava como um sinal de sua desordem interna.Débora havia convocado Marta para uma reunião urgente, suas mãos apertadas em punhos enquanto ela se preparava para confrontar a empregada de Lucian com a notícia que, para ela, era quase insuportável.— Marta! - exclamou Débora, sua voz carregada de uma raiva que parecia prestes a transbordar. — Onde está a sua cabeça? Como você me deixou chegar a este ponto?
por Donovan Cheguei à casa dos meus pais, sentindo o peso das últimas semanas esmagarem meu peito. A notícia de que Milena estava no hospital e que estava grávida me atingiu com tanta força que eu ainda não conseguia processar. Ao entrar na mansão dos meus pais, fui imediatamente envolvido por um ambiente carregado de tensão.A atmosfera estava tão densa quanto o meu próprio estado emocional.A casa dos meus pais sempre foi um ambiente de paz para mim, muitas e muitas vezes busquei esse refúgio para me isolar do mundo impiedoso que muitas vezes encaramos.Mas hoje estava tudo diferente.Quando entrei na sala de estar, vi Alexander e Beatrice com expressões sérias, um tipo de gravidade que não era comum em nossos encontros. Sentei-me, e o que estava para vir era algo que eu não estava preparado para enfrentar.— Lucian, sente-se, por favor - disse Beatrice, sua voz tremendo com uma mistura de preocupação e tristeza.Sentei-me no sofá, sentindo um nó se formar em minha garganta.
— Acho que abduziram meus pais e deixaram outros no lugar. Vocês sempre foram pessoas boas, sempre buscaram ser justos e nunca soube que agiram de forma inescrupulosa com ninguém… mas diante disso que estão me falando, eu não conheço vocês! — Lucian - grita meu pai impaciente - você acha mesmo que mudamos só porque tivemos que agir diante de uma situação inesperada??? Continuo sendo o mesmo pai e com o mesmo caráter ilibado. Sua mãe, a mesma mãe amorosa e preocupada. Nada mudou! — Mudou sim papai! Desculpa, vocês agiram pelas minhas costas. Não foram sinceros em tempo nenhum. Porque não me falaram a verdade desde de sempre. Meus pais se olham, buscando apoio um no outro. — Porque filho - meu pai me diz - porque Milena queria ocupar seu coração.E assim, uma tonelada de gelo cai em mim de forma desgovernada. Eu passei todo esse tempo achando que ela era uma interesseira.— Milena nos proibiu de contar sobre nosso neto. Ela nos convenceu de que precisava chegar ao teu coração, para
por Donovan Sentei-me em minha mesa, o escritório em completo silêncio, exceto pelo som ocasional dos papéis sendo mexidos e o murmúrio distante da cidade lá fora. O sol estava começando a se pôr, lançando uma luz suave através das janelas do meu escritório, mas, apesar da beleza do entardecer, eu me sentia em um turbilhão interno.Precisei deixar meus pais com a Milena no hospital, pois já havia dias que não vinha ao escritório da empresa. Muito embora tenhamos uma boa equipe que me auxilia em tudo, haviam coisas que precisavam da minha supervisão.Mesmo com meu coração pedindo para ficar com Milena, precisei dar atenção para a razão e a responsabilidade de comandar uma grande corporação.Hoje, eu havia decidido, enfrentar uma das conversas mais difíceis da minha vida. Chamei Débora para vir ao escritório, uma decisão que me causava um nó na garganta e uma sensação de angústia. A confusão sobre nossos sentimentos e o que havia acontecido havia me consumido, mas, após refletir prof
Tempos depois pela autora A casa de Lucian estava imersa em um silêncio inquieto naquela tarde, a calma quebrada apenas pelo ocasional farfalhar das folhas do jardim que balançavam ao vento. A atmosfera era carregada de uma sensação indefinível, um prenúncio de que algo estava prestes a mudar drasticamente. Milena, embora ainda muito fragilizada pela recente fuga e recuperação, havia decidido ficar na casa de Lucian para sua própria segurança e para se recuperar melhor.Já havia se passado um bom tempo desde que deixara o hospital. Tanto o médico que lhe atendeu quanto seu próprio obstetra recomendaram cautela em tudo o que fosse fazer a partir da alta hospitalar.Lucian garantiu que iriam seguir tudo conforme foram orientado e assim, Milena estava sendo muito bem cuidada por não apenas Lucian, mas sua amiga Letícia, os pais dela, seus sogros e até tia Marta, estavam todos cuidado para que sua gestação fosse a mais tranquila possível. por MilenaEstava sentada à beira da cama, m
pela autora Milena estava sentada no sofá da sala de estar, olhando para o horizonte através das janelas amplas que davam para o jardim. A tensão nos seus ombros era palpável, e seus olhos, embora cansados, refletiam uma determinação silenciosa. Mas, naquele dia, algo estava se formando dentro dela, uma sensação de desconforto crescente que ela não podia ignorar.À medida que a tarde avançava, a sensação de mal-estar começou a se intensificar. Milena tentava ignorar as ondas de dor que se espalhavam pelo seu corpo, mas logo perceberia que não poderia mais ignorar o que estava acontecendo. Cada contração era um lembrete cruel da fragilidade do momento e da urgência que estava prestes a se instaurar.De repente, uma onda de dor particularmente forte a fez soltar um gemido baixo. Ela tentou se levantar, mas a dor era tão intensa que ela caiu de volta no sofá, segurando a barriga com força. Seu coração começou a bater mais rápido, e ela percebeu que algo estava definitivamente err
pela autora A noite envolveu a cidade em um manto silencioso, mas dentro do hospital, uma tempestade estava prestes a se desenrolar. Milena estava em trabalho de parto prematuro, e a atmosfera na sala de parto era tensa, carregada de uma ansiedade que podia ser sentida em cada palavra murmurada pelos médicos e enfermeiras ao redor dela. Milena estava deitada na maca, pálida e suando, seu rosto uma máscara de dor e exaustão. Suas mãos seguravam firmemente os lençóis, os dedos contraídos em agonia enquanto outra onda de dor a atingia, mais intensa que a anterior. As contrações estavam vindo em uma frequência assustadora, cada uma mais avassaladora que a anterior, deixando-a sem fôlego, sem forças para gritar. Os monitores ao seu redor piscavam e apitavam, registrando cada batimento cardíaco, cada movimento.O som das máquinas era uma sinfonia perturbadora, um lembrete constante da fragilidade do momento. A equipe médica estava em alerta máximo, cientes de que cada segundo contava
por Donovan O ar da sala parecia se comprimir no meu peito enquanto eu via Milena se contorcer em dor. Cada gemido, cada expressão de sofrimento no rosto dela era um golpe certeiro no meu coração. Eu corri pelos corredores, desesperado, chegando na sala de parto a tempo de ver o momento mais importante da nossa vida. Ela estava ali, lutando com todas as forças para trazer nosso filho ao mundo. Nunca a vi tão determinada, tão cheia de coragem. Era como se ela estivesse colocando toda a sua alma naquele instante, como se soubesse que o que estava por vir mudaria tudo.Eu me aproximei, com o coração na garganta, e segurei a mão dela.— E você não passara por isso sozinha, estou aqui por vocês — murmurei, tentando transmitir a força que, naquele momento, eu mesmo não sentia. A verdade é que estava apavorado. Nunca pensei que assistir ao nascimento de um filho pudesse ser algo tão grandioso e aterrorizante ao mesmo tempo. As emoções se misturavam, criando um caos dentro de mim.D