por Letícia Eu não sabia mais o que fazer. Cada minuto que passava sem notícias de Milena era como uma lâmina cortando minha esperança, pouco a pouco. Eu não sabia mais o que pensar ou imaginar.Esse silêncio.Essa falta de informações. Essa mesmice. Tudo, estava cooperando para que eu não conseguisse me manter inteira. A mansão, antes um lugar de segurança e tranquilidade, havia se tornado um labirinto de desespero e angústia. Para cada lado que se vira, há alguém com expressão de preocupação no rosto.Até os empregados já estão se mantendo mais longe da sala. Só aparecendo quando são chamados ou para anunciar as refeições. Eu não posso continuar assim, sozinha com meus pensamentos devastadores. Preciso encontrar um meio de encontrar minha melhor amiga.Ela deve estar apavorada e sozinha. Meu Deus! Precisava fazer algo, falar com alguém que pudesse nos ajudar de alguma outra forma, sei lá, mas que preciso fazer algo para achar minha amiga, isso preciso. Infelizmente, eu n
pela autora O sol havia se escondido atrás de nuvens pesadas, como se a própria atmosfera estivesse em sintonia com o desespero que pairava sobre a mansão de Lucian. O delegado Silveira, conhecido por sua firmeza e competência, estava reunido com sua equipe na sala de operações improvisada montada em um dos escritórios da mansão. A tensão era palpável, uma mistura de medo e urgência que envolvia cada membro da equipe.Silveira sabia que a situação era grave. Ele havia visto muitos casos em sua carreira, mas nunca antes lidara com algo tão desolador, onde cada minuto que passava sem notícias era uma tortura prolongada. O desaparecimento de Milena Donovan não era apenas um caso de sequestro comum; havia camadas de complexidade e perigo, especialmente com a gravidez dela, algo que ele ainda não podia revelar a Lucian.Ele se virou para a equipe, seus olhos refletindo a seriedade da situação. A mesa estava cheia de documentos, fotos e mapas, todos marcados com anotações e linhas c
pela autora O cativeiro, que havia se tornado o cenário de um pesadelo interminável, estava cada vez mais sufocante. Milena se encontrava em um estado de desespero absoluto, sua mente lutando contra a sensação opressiva de impotência. O tempo havia perdido seu significado, e ela estava sem noção de quantos dias já havia passado naquele lugar horrível.Sentada no chão frio e sujo, olhava ao redor em busca de manter alguma sanidade, mas era difícil com o cenário que seus olhos vislumbravam, tudo ali exalava uma maldita prisão.A ausência de luz natural e a comida irregular, servida com a intenção cruel de desorientá-la, tornaram seu mundo um borrão de medo e incerteza. Ela se sentia como uma marionete em mãos de monstros, e a sensação de estar completamente à mercê deles era esmagadora.O líder dos sequestradores, com sua crueldade e falta de escrúpulos, havia voltado recentemente, trazendo comida para ela, mas também com mais ameaças. Sua presença era sempre acompanhada de uma sen
pela autora O silêncio no cativeiro era quase insuportável. Milena estava encostada na parede fria, seu corpo tremendo de medo e exaustão. Cada pequeno ruído parecia amplificado em seus ouvidos, e seu coração batia acelerado, com um som que parecia ensurdecedor. O desespero estava tomando conta, mas também havia uma faísca de determinação crescendo dentro dela.Quando os sequestradores entraram no quarto, Milena fez o possível para se manter em silêncio, seu corpo tenso com o medo de ser descoberta. Ela havia conseguido soltar suas amarras e estava escondida, apenas esperando pelo momento certo para agir. As palavras que ela ouviu enquanto se escondia eram de um terror imensurável.Os sequestradores conversavam com uma frieza que gelava o sangue. Suas vozes, distantes, eram abafadas, mas Milena conseguiu ouvir fragmentos de suas conversas enquanto se posicionava mais perto da porta. Cada palavra era como uma lâmina afiada cortando sua esperança.— Eu ouvi que Débora está realm
Lucian dirigiu seu carro pelas ruas vazias, sua mente uma tempestade de pensamentos confusos e desesperados. O volante parecia frio e pesado sob suas mãos, e o mundo ao redor parecia se desfocar enquanto ele se concentrava apenas na tarefa de encontrar Milena. O medo e a incerteza eram seus companheiros constantes, e a cada quilômetro percorrido, a angústia de não saber o paradeiro dela se intensificava.Ao chegar à cafeteria onde Milena havia sido vista pela última vez, Lucian parou o carro e ficou em silêncio por um momento, olhando para o local que, antes, era apenas um ponto comum em sua rotina. Agora, era um símbolo de um enigma angustiante e doloroso. O lugar parecia desolado e sem vida, com as luzes apagadas e o interior sombrio. Ele sentiu uma onda de tristeza e nostalgia misturadas, um aperto no peito que parecia quase físico.Ele se lembrou de dias mais felizes, de momentos simples que compartilhara com Milena. Lembrou-se das conversas leves, dos risos teocados, e da f
por Milena O silêncio opressivo do porão pesava sobre mim como uma sentença de morte. Cada segundo naquele lugar frio e úmido me parecia uma eternidade, uma tortura lenta e contínua. A escuridão densa e as paredes sujas que me cercavam eram a única coisa que eu via, dia após dia, roubando de mim a noção do tempo. Eu estava presa em um pesadelo sem fim, e a única coisa que me mantinha viva era a tênue esperança de escapar.As horas se arrastavam, cada uma mais angustiante que a anterior, quando meus olhos finalmente se fixaram em algo que poderia ser minha salvação. Caminhando o mais silenciosamente que podia, avistei uma pequena janela, alta, quase invisível em meio à escuridão e sujeira daquele lugar horrível. Parecia que tudo que havia em volta do porão que eu estava, estava tão decadente quando meu cárcere.Nada aqui era agradável. O cheiro fétido, a sujeira, o abandono eram gritantes. A janela que meus olhos alcançaram era um mero feixe de luz, mas naquele momento, parecia
por Milena Cada respiração que eu dava parecia um grito sufocado, enquanto o pavor corria pelas minhas veias como veneno. A floresta ao redor era uma presença viva, opressiva, um mar de sombras que me envolvia, tentando me engolir a cada passo. As árvores se erguiam como gigantes ameaçadores, seus galhos como mãos prontas para me agarrar e arrastar de volta para o inferno de onde eu havia escapado. Mas eu não podia parar. Cada vez que meus pés tocavam o chão, era como se o próprio medo me impulsionasse, forçando-me a correr, mesmo quando minhas pernas tremiam de exaustão.O ar frio era cortante, misturando-se com a dor que latejava nos arranhões deixados pelos galhos afiados. O chão era irregular, cheio de raízes e pedras escondidas, e cada tropeço era um lembrete cruel de que eu estava a um erro de ser capturada novamente. O pânico estava sempre à espreita, como um animal selvagem pronto para me devorar. Eu corria como se minha vida dependesse disso, porque, de fato, dependia
pela autora Lucian estava sentado na poltrona de seu escritório, os olhos vermelhos de tanto esfregar, tentando afastar a exaustão que pesava sobre ele. Já fazia dias que não dormia direito, e a falta de notícias sobre Milena o corroía por dentro, como ácido. Cada segundo sem respostas parecia um golpe em sua alma, e a culpa o sufocava. A sensação de impotência era implacável, e ele mal conseguia se concentrar em qualquer coisa que não fosse a ausência dela.O silêncio na mansão era opressor, como se todos estivessem esperando por uma notícia, qualquer notícia que quebrasse aquela tensão insuportável. Lucian não parava de pensar nas piores possibilidades, sua mente criando cenários terríveis, onde Milena sofria e ele não podia fazer nada para salvá-la. Ele precisava encontrá-la, mas cada dia que passava sem um sinal dela era uma faca que se enterrava mais fundo em seu coração.De repente, a porta do escritório se abriu com um estrondo, e o chefe de segurança Steve, um homem gra