— Não ainda não... - Sua garganta secou. De terno preto, com a blusa de baixo igualmente preta, belo, sensual, os cabelos loiros sempre bagunçados. É ele! Chegou! O que ela deveria fazer? Desesperou-se. Decidiu por continuar conversando com Silas. Ciúmes! Ele sentiria ciúmes?
— Sabe... Nunca é tarde para tentar. Já tem algum candidato? - Ele perguntava sedutoramente, como que se oferecendo e Maria pôde perceber, mas resolveu fingir que não. Riu.
— Oh Silas, ainda não, ainda não!
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Ao chegar, Damon percebeu como a decoração estava bonita, Maria, ou Vitor, tinha um bom gosto para esse tipo de coisa, tinha que admi
sse leilão dê certo, quero ajudar as crianças....Damon queria beijá-la, ali, agora. Para calá-la e acalmá-la. Conteve-se em tocar com o polegar seu lábios que falavam compulsivamente.— Shh... Vai dar tudo certo, você se dedicou muito a isso, vai ser perfeito e todas as crianças vão ficar muito felizes. — Ele a abraçou e depositou um beijo em sua testa. Ela agarrou-se ao terno de Damon. Era tão pequena perto do corpo grande de homem dele. Seus olhos encheram de lágrimas. Céus! Estava sufocada pelo amor que sentia por ele.— Obrigada Damon.Ele separou o abraço ainda segurando em seus braços. Sentiu-se tão confortável a
Maria viu Criseida se afastando com um velho que não conhecia, depois olhou para seu braço que era agarrado fortemente por Damon, mas foi quando levantou os olhos que parecia que tinha levado um murro no estômago. O olhar de Damon penetrava o seu com tanta intensidade que ela sentia que perderia o chão.— Onde você estava Maria?— E-eu... – Ele não a deixou terminar de falar, a empurrou em uma parede agora segurando os dois braços. O lugar onde se encontravam estava vazio e não tinha muita iluminação.— Estava...com Silas? – Maria notou em sua voz certa raiva, talvez ciúmes.— Oh, eu conversei com ele. – Damon a apertou com ma
E ela chorou. Chorou. Temia o dia seguinte. Mas se o parou foi por amor. Sentiu a respiração dele calma, ele tinha dormido. Deu um sorriso bobo. Queria aquilo para sempre. Dormir ao lado dele e apreciar a bela face dormindo. Dormiu esquecendo-se de quaisquer preocupações. O que teria que acontecer, aconteceria depois. Agora ela preocupava-se apenas em sentir Damon.◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇— Venha logo Criseida. – Julian falava beijando o pescoço da senhora.— N-não...pare! Oh Julian... Isso não está certo...Damon. Tenho que pegá-lo...— Deixe o menino pra lá Criseida, deixe ele curtir com a Lancaster...— De
— Maria! – Gritou o assistente desesperado.Qual não foi seu susto ao entrar no apartamento de Maria e encontrá-la encolhida no chão? Correu até o corpo imóvel no meio da sala e a virou para ele. Percebeu que os olhos estavam abertos e que ela chorava.— Maria, o que aconteceu? Vamos fale comigo. – Vitor tentou inutilmente que ela falasse algo para ele, porém Maria não se mexeu, nem piscou. Ela moveu os lábios, mas nenhum som saiu.Afinal, o que tinha acontecido ali?O leilão tinha sido um sucesso e arrecadaram uma boa fortuna, ao ir para o apartamento de Maria achou que ia encontrá-la radiante, até porque o ciúme de Damon com ela foi evidente pelo que disseram Simon e David. Pegou o corpo inerte
Todos acordaram, mas Maria ainda dormia profundamente. Pelo menos parecia em paz dormindo. Foi decidido que Hillary iria à chácara falar com Damon após o almoço. Ficaram na esperança de que Maria acordasse, mas nada. Novamente Vitor comprou o almoço, almoçaram e Hillary dirigiu-se até a chácara.Chegando lá buzinou e quem veio atendê-la foi Criseida.— Boa tarde Hillary, como vai?— Vou bem e a senhora?— Também. Aceita um café? É só passar, é rápido.— Tudo bem.Enquanto encaminharam-se para dentro da casa Hillar
Na sala Hillary e David mantinham-se deitados abraçados, ele estava meio sonolento e logo dormiu, seu plantão seria apenas de 12h e começaria as 19h indo até as 7h do dia seguinte. Devia estar um caco, depois da festa e da noite que ele e Hillary tiveram, ele acordou cedo e foi trabalhar, as 7h e só saiu deu lá as 15h, e agora ainda teria que dar mais um plantão! Hillary silenciosamente levantou-se e foi para o quarto onde estavam Samara e Maria em total silêncio. Não culpava ninguém. Ela mesma nem ao menos sabia o que falar. O que falar que não magoaria Maria? — Ah ele dormiu !Coitadinho! Está tão cansado. — Imagino! — Concordou Sam — David deve me odiar. – Maria comentou com um sorriso deprimido. — Que isso! Por que diz isso?
Seu vôo tinha acabado de aterrissar e ele já estava dentro de um táxi a caminho da instalação para padres. Ele era conhecido ali no Vaticano, pois passara ali três anos de sua vida até se tornar um padre. Observou tudo à sua volta. Naquele tempo nunca imaginou que se tornar padre o faria sofrer tanto.Com um aperto no peito lembrava-se de Maria dizendo que o amava, e as lágrimas saindo dos olhos dela à medida que ele falava certas barbaridades a ela. Como foi um canalha! Depois de passar a noite com ela teve a coragem de dizer tudo aquilo!E para piorar tinha passado a noite com a mulher de seus sonhos e não se lembrava de nada. Isso o deixava mais irritado, queria se lembrar do contato dos corpos, mas nada, tentou lembrar de tudo a viagem inteira. Era tanta coisa acontecendo, perdeu sua
Afinal, o que sente por Maria?Desejo, admiração ou...ou amor? A única coisa que sabe é que ela não saiu de seu pensamento desde que deixou o apartamento dela. E cada hora era de um jeito. Ela aparecia bonita, sensual, mexendo com todo seu corpo o deixando excitado só de pensar nela. Depois voltava meiga, e tímida, nervosa como na noite do leilão, e ele lembrava-se de como foi bom confortá-la, queria dizer que sempre estaria ali para ela. Ou a Maria determinada, que organizou o leilão perfeitamente, que visitava a chácara e coordenava as obras que estavam fazendo, que iria ajudá-los o máximo possível. Ou também a Maria rodeada de crianças, brincando com elas. Sim, daria uma mãe perfeita, tinha certeza que ela amaria os próprios filhos mais do que a si mesma. Mas então sua mente se perturbava e ele sentia uma vontade enorm